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Atividades Interdisciplinares Diversidade Sexual e Serviço Social

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
 CURSO: SERVIÇO SOCIAL 
 SEMESTRE: 8°
 Graziele Landgraz – R.A 5013478892
Marcilene de Lima Pereira – R.A 8500506475
 Milena Raquel Gonçalves – R.A 5012452191
Priscila Silva do N. Bravo – R.A 85011515729
Sandra Lima Rios Zambuzi – R.A6179714123
ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES
DISCIPLINAS NORTEADORAS:
Família e Sociedade
Serviço Social Contemporâneo
Desenvolvimento Pessoal e Profissional
Tecnologia da Informação e da Comunicação
Leitura e Produção de texto
 TUTOR PRESENCIAL: Silvana Aparecida Chiusi
 TUTOR À DISTÂNCIA: Jôsi da Costa Greffe
Limeira SP
 2020
INTRODUÇÃO
 
Na contemporaneidade podemos observar uma grande repressão no que diz respeito a diversidade, principalmente no que tange as diversidades sexuais e de gênero, onde é reafirmado os discursos midiáticos conservadores, que fortificam a lógica de dominação, exploração e opressão em uma unidade dialética.
O Serviço social, sendo uma profissão inserida na divisão sócio técnica do trabalho, vem se empenhando em garantir direitos humanos, justiça social e cidadania, buscando seu embasamento nas leis vigentes e no código de Ética dos Assistentes Sociais. 
Este trabalho tem a proposta de trazer reflexões acerca do conceito de família e as dificuldades encontradas, pelos casais homoafetivos para adotar uma criança ou adolescente, devido aos preconceitos e como a mídia influencia as pessoas mais conservadoras, e como o profissional de Serviço Social deve lidar com esta situação, visto que esta amparado por Leis, e tem seu trabalho ancorado por um projeto ético político, e por possuir um conhecimento teórico crítico da realidade em que atua, buscando principalmente a garantia de direitos tanto dos casais homoafetivos como da criança ou adolescente que pretendem adotar. 
DESENVOLVIMENTO
A “fase inicial” do Serviço social predomina um posicionamento moralizador em relação ás expressões da “questão social”, onde via o ser humano de maneira abstrata e genérica, dando enfoque ás estratégias concretas de disciplinamento e controle da força de trabalho, porém no decorrer dos 80 anos da profissão no Brasil, a mesma vem se reformulando, ao buscar novas bases de legitimação, aproximando-se da tradição marxista e o aumento da bagagem teórica, assim a profissão passa a considerar as contradições do seu exercício profissional, e agora vem a se posicionar a serviço dos usuários, quebrando assim o seu enfoque em reprodução do controle social.
Assim este profissional passa a compreender as implicações políticas de sua prática profissional, a polarização da luta de classe, e veio com isto desenvolver seu posicionamento crítico, e passa a ter as questões sociais como seu objeto de estudo e trabalho, e vem portanto a agregar várias problemáticas para enfrentamento da categoria, pois como afirma a autora Iamamoto 2007.P 17 “A questão social expressa, portanto disparidades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características étnico-raciais e formações regionais, colocando e, causa as relações entre amplos segmentos da sociedade cível e o poder estatal”.
Assim o Serviço Social trabalha com a questão social em suas mais variadas expressões cotidianas, como com o indivíduo no mundo do trabalho, a família de uma forma geral, também na área da habitação, saúde, assistência social e jurídica, dentre outras demandas; o trabalho deste profissional no judiciário, vem a atuar nas particularidades do dia a dia, em via de regra nas ações que envolvem a família, infância e juventude e o idoso, por meio da violência intrafamiliar, pela ausência ou insuficiência de políticas públicas como também na capacidade de intervir nos conflitos através de mediações, estando ligado intrinsecamente com a garantia de direito, como afirma CHUARI.
Em sua trajetória profissional, o assistente social sempre esteve inserido na prestação de serviços assistenciais, voltando sua ação de forma prioritária às necessidades sociais e garantia de direitos das classes subalternas. E é na efetivação de direitos, no acesso à justiça e na restituição de cidadania do sujeito das classes subalternas que assistência jurídica pode ser compreendida como espaço de permanentes desafios para ação profissional do Serviço Social (CHUARI,2001 P.138).
Portanto estando o profissional de serviço social trabalhando em um processo de adoção o mesmo tem o papel de elaborar um estudo social para verificar se os pretendentes estão aptos ou não para adotar, e para realizar tal ação o técnico tem que utilizar de todo conhecimento teórico e crítico, como também de instrumentais de que tem conhecimento para elaborar o estudo social e dar seu parecer, também pertence a este profissional orientar os pretendentes a adoção sobre o processo, como também sobre as crianças disponíveis para a adoção, sempre visando a garantia de direito.
É importante salientar que o profissional diante de um caso de adoção por casais homoafetivos, pode se deparar com questões de preconceito discriminatório, tendo em vista que a sociedade brasileira ainda é muito moralista. Mesmo diante de tantos movimentos sociais a favor da livre expressão sexual, ainda têm se o conceito de que família deve ser composta por um casal heterossexual, mas o Serviço Social não pode ter o olhar voltado para a orientação sexual, pois não considera o mesmo ser relevante, desde que os propensos pais ou mães possuam a real possibilidade de exercerem a paternidade ou a maternidades sadia para a criança, garantindo assim aos filhos a plena capacidade de desenvolvimento e que os mesmos estejam certos de suas ações e conscientes de sua identidade sexual.
Portanto o técnico deve possuir um vasto conhecimento teórico-metodológico,
ético-político e técnico operativo para garantir o direito da adoção aos casais homoafetivos, como também formar uma compreensão da sociedade do conceito de família, para que a mesma se dispa dos preconceitos e compreenda que o propósito da adoção é o bem estar da criança ou adolescente, e que este tenha o direito de conviver em uma família, mesmo que esta seja composta por um casal homoafetivo.
Na atualidade essas adoções tem se tornado comum, visto que está amparada por Lei e tem havido uma grande adesão por parte de casais homoafetivos.
Para isto é necessário que a sociedade e principalmente o profissional compreenda que a relação familiar é algo definido por afinidade, responsabilidade e compromissos mútuos, indo além das famílias tradicionais, e que conceito de família muda constantemente ao longo do tempo, e principalmente nas últimas décadas. Um grande exemplo destas transformações é em relação aos divórcios, uniões estáveis (sem o referendo do Estado), como também filhos nascidos fora do casamento, os quais causavam muito preconceito na população e deixava estigmas em pessoas que viviam em tais condições, e percebemos que o debate e a exposição com estes casos fez com que tais situações se tornassem parte do cotidiano, assim como as mudanças nas formas de famílias existentes, como famílias compostas por pai e filhos, mãe e filhos, avó e netos, o conceito de família agora vai muito além dos laços consanguíneos e se constroem por múltiplos fatores como afirma SARTI.
“Pensar a família como uma realidade que se constitui pelo discurso sobre si própria, internalizado pelos sujeitos, é uma forma de buscar uma definição que não se antecipe à sua própria realidade, mas que nos permita pensar como ela se constrói, constrói sua noção de si, supondo evidentemente que isto se faz em cultura, dentro, portanto, dos parâmetros coletivos do tempo e do espaço em que vivemos, que ordenam as relações de parentesco (entre irmãos, entre pais e filhos, entre marido e mulher). Sabemos que não há realidade humana exterior à cultura, umavez que os seres humanos se constituem em cultura, portanto, simbolicamente” (SARTI, 2005. p.27). 
A família é fundamental ao desenvolvimento do ser humano, e é direito fundamental da criança e do adolescente ter a convivência familiar, e uma das formas efetivas de se garantir este direito a estes cidadão é a adoção, e os casais homoafetivos possuem o direito de se candidatar a adoção, pois quer estejam unidos em união estável, ou por casamento, podem manifestar tal interesse e possuem o direito de adotar pois no Brasil para se adotar uma criança ou adolescente tem de se preencher os requisitos de :
· Ser maior de 18 anos independente de seu estado civil, com exceção dos avós ou irmãos do adotando
· O adotante tem que ser, pelo menos, 16 anos mais velho do que o adotando;
· Tem que oferecer um ambiente familiar adequado ao pleno desenvolvimento da criança ou adolescente, além de outros estabelecidos no artigo 42 do Estatuto da Criança e do adolescente 
A lei 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente, não se encontra nenhuma parte que negue a adoção por questões referentes a orientação sexual ou inserção social, ao contrário tem o intuito de assegurar o princípio fundamental de que “ todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (art.5, CF 88), sendo assim não se pode limitar a capacidade de adoção ao ser heterossexual, já que deve se ter um distanciamento entre a moral, valores ou qualquer outro condicionante social que possa denegrir a imagem do indivíduo por questões relacionadas a sua orientação sexual. 
Portanto quando uma pessoa homossexual masculino ou feminino vem a pleitear a adoção, o mesmo não pode sofrer nenhuma ação que denote discriminação, já que o que importa, no substancial, é a idoneidade moral do candidato, como também sua capacidade para assumir as responsabilidades decorrentes de uma paternidade/maternidade adotiva, sem ser o centro das discussões a orientação sexual dos adotantes.
Com a adoção a criança ou adolescente, que estejam em privação do convívio familiar, e que não tenha mais a possibilidade de retornar para sua família consanguínea vem a ter o direito ao convívio familiar, como também garante o direito do casal heterossexual, exercendo assim a cidadania de ambas as partes, que vivem em um Estado democrático de direito, também é assegurado para ambos a participação e inclusão, conforme Dias explicita.
[...] a verdadeira democracia consiste na abertura de espaços de participações em todos os setores da vida, permitindo a cada ator social a afirmação de sua identidade, a criação de vínculos, o desenvolvimento da consciência política e da responsabilidade social, bem como a realização da autonomia [...] (DIAS, 2003, P.73).
Quando um casal homoafetivo adota uma criança ou adolescente, isso vem a amplificar os direitos da participação das crianças e adolescentes enquanto cidadãos na vida familiar e comunitária, como também garante ao casal a participação como entidade familiar, ampliando assim os direitos deles enquanto cidadãos, pois a primeira medida posta ás crianças e adolescentes em situação de abandono é o abrigamento, primeiramente é dado a preferência para que estas crianças retornem para as famílias de origem, caso haja essa possibilidade, quando não é, há o encaminhamento destas crianças para famílias substitutas, porém não obtendo nenhum sucesso nestas possibilidades estas crianças e adolescentes permanecem na instituição de abrigo, resultando para estas a privação do convívio familiar e comunitário, expressando uma negação da sua condição de cidadãos.
Portanto o assistente social não pode se afastar da discussão teórico-prática acerca da instituição familiar no âmbito do Serviço Social, pois lhe é pertinente que tenha uma compreensão crítica do que é família, para que o mesmo não venha ter o conceito apenas de reprodução humana, e deixar que valores morais e religiosos interfira em sua intervenção, aos assistentes sociais cabe ter uma concepção macro e micro social do seu objeto de intervenção, tendo o conceito de que família é um constructo sócio- histórico que vai além da consanguinidade; para que este profissional tenha um parecer que possibilite a garantia de direito tanto dos casais homoafetivos, como da criança ou adolescente que viria a ser adotada, e assim cumprindo um dos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional, no VI princípio fundamental: Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças. Assim como: A defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo II princípio fundamental do Código de Ética Profissional.
CONCLUSÃO
Diante das mudanças sociais, vemos as leis se modificando também, de modo a se adequarem à realidade. Após a Constituição de 1988, que trouxe para o Ordenamento Jurídico Brasileiro diversas garantias fundamentais, as leis a ela posteriores, fundadas em tais garantias e nos princípios constitucionais buscam adequar-se à realidade, de modo a não violar direitos básicos.
No entanto, as mudanças sociais ocorrem muito mais rápido do que é possível alterar a legislação, fazendo com que se torne impossível para o legislador acompanhar os constantes movimentos sociais e criar leis com base nas novas realidades. Soma-se isso ao aspecto conservador da política brasileira à tendência de se naturalizar comportamento e vemos grupos sociais que acabam excluídos do ordenamento jurídico por sua realidade não adequar às leis, como é o caso de famílias homoafetivas que lutaram pelo direito a união estável e ao casamento civil, e agora lutam pelo reconhecimento de seu direito fundamental de constituição familiar através da adoção conjunta.
A adoção homoafetiva ultrapassa a barreira dos padrões hetero normativos e patriarcais impostos pela sociedade brasileira e se demonstra como uma forma legítima de constituição familiar como qualquer outra.
Por fim, há que se ter em mente que toda criança adotada por um casal homossexual foi abandonada por um casal heterossexual. Tal fato serve para se somar a todos os argumentos acima demonstrados, de que assim como casais heterossexuais ou solteiros têm o direito pleno à adoção, o mesmo deveria ocorrer com os homossexuais. Entretanto, a polêmica e a moralidade que permeiam o assunto geralmente costumam ter maior relevância para os legisladores do que a realização do Brasil enquanto Democracia. O que pretendemos deixar claro é que independentemente da preferência sexual do adotante deve preponderar sempre o melhor para a criança ou adolescente a ser adotado, analisando o preenchimento dos requisitos da adoção com olhos de justiça, que, por óbvio, não se compraz com preconceitos de qualquer estirpe, de modo que não devemos subjugar os benefícios da adoção apenas em razão da sexualidade do adotante que, como ressaltado, nada tem a ver com a capacidade de amar e educar um filho. 
REFERÊNCIAS:
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL: Um olhar sobre a realidade brasileira
BRONZO, CARLA Território como categoria de análise e como unidade de intervenção nas políticas públicas
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS)
 LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL- (LOAS 1993)
 
 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL- (1993)
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1993)
 COELHO, Maria Ivonete Soares. Municipalização da Assistência Social e desenvolvimento local: um estudo da política municipal de Assistência Social de Mossoró/RN (1996 a 2005). 2006. 139f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN, 2006.

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