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Sistema Nervoso: Estrutura e Funcionamento

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Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
1
 
Sistema nervoso central: 
MEIO INTERNO CORPORAL: 
• Tem dois compartimentes nas células: sendo um externo e um interno 
(VIC e VEC), que são preenchidos por soluções. Possui vários solutos 
dissolvidos que são encontrados em concentrações conhecidas, como a 
água. Os solutos podem ser encontrados de forma livre ou conjugada. Os 
solutos transitam de um lado para o outro. 
• Possui faixas de normalidade 
• O Na é um parâmetro importante para avaliar o nível de hidratação do 
animal, maior concentração de sódio no VEC; 
• O potássio tem maior concentração no VIC; 
• O cloreto tem maior concentração no VEC; 
• Cálcio tem maior concentração no VEC; 
• Células excitáveis: células capazes de gerar potenciais elétricos; 
• A célula possui cargas negativas e positivas, a responsável pela 
negatividade da célula, são as proteínas aniônicas; 
Células excitáveis: são capazes de geral potencial elétrico. 
Osmolaridade: partículas de soluto dissolvido em 1000ml (300 mOsm/L 
normal). 
SNC (INTRODUÇÃO): 
• Só entende por potencial elétrico; 
• O neurônio é uma célula excitável que possui corpo, dendritos, núcleo, 
bainha de mielina e axônio; 
• Ser humano: tem aproximadamente 100 bilhões de neurônios; 
• Vaca tem 80 bilhões; 
• Divisão anatômica: central e periférica; 
• SNC: são todas as estruturas neuronais localizado na estrutura óssea; 
Plasticidade neuronal: é a capacidade de fazer conexões a cada momento, 
também ocorre casos de fadiga emocional por essa razão é necessário 
manter o equilíbrio. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Funções dos neurônios: percepção gustativa e de dor, conduzir impulsos 
nervosos e processar as informações e os seus estímulos. 
Células da Glia (neuróglias): 
• Nutre e protege o sistema nervoso; 
• Micróglia, protege o sistema nervoso macrófago); 
• Macroglia, ajuda a transmissão de impulso nervoso (astrócito); 
• Dois tipos: neurônios e células glias; 
 
Bainha de mielina: serve para aumentar a velocidade da condução nervosa, 
produzida por uma das células da glia. A bainha de mielina tem como função 
proteger o axônio, sendo também uma substancia lipoproteica (lipídio é um mau 
condutor de potencial elétrico). 
Cone axônico: (todo o potencial de ação é atraído por ele). 
Cavidades do SNC: ventrículos (parede revestida por células da glia) possui 
ventrículo lateral terceiro e quarto. 
A condução do potencial do neurônio é denominada de condução 
saltatória, isso é quando tem bainha de mielina 
 
ElETROFISIOLOGIA: 
 
• Potenciais elétricos são criados por células excitáveis, tais como: 
neurônio, células musculares sendo cardíaca esquelética e lisa. 
• Já os nodos cardíacos, não precisam de estímulos, pois são automáticos. 
 
PM: são potenciais de membrana, que possuem ramos sendo potencial de 
repouso (PR) e potencial de ação (PA). 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 O potencial elétrico depende de cargas elétricas, sendo positivas e 
negativas, que são encontradas em solutos nas células. Porque as 
concentrações de íons não são iguais? Para ocorrer o fluxo tem que ter 
diferença de gradientes, assim mantendo o equilíbrio. 
• O íon que tem maior permeabilidade pela membrana é o potássio, pois 
tem um canal para sua passagem (passa por difusão). 
• Célula mais negativa caracteriza o PR. 
• Os eventos elétricos antecedem os mecânicos. 
• Do PT a célula pode entrar em PA, só se entrar em contato com o estímulo 
 
Qual o tipo de estímulo que é aberto por qualquer íon? 
O tipo de canal que é aberto por qualquer íon são os canais de Na (entra 
muito sódio e a célula fica mais positiva) decorrente do PA. O PA, pode voltar 
para o PR (para voltar em repouso você não precisa de estímulo). O potássio 
tem que sair da célula, tornando a célula negativa novamente. A célula fica 
negativa, porque sai potássio, de modo que forme uma camada de cargas 
negativas por fora da membrana. Sai potássio, porque tem um canal próprio. 
A polaridade da célula em repouso é negativa. 
 1º canal que se abre é o canal de sódio 
• Polarizada (PR); 
• Despolarizada (PA); 
Depois de toda repolarização entra em cena os canais de bomba de Na e K, 
entra K e sai Na proporção de 3:2; 
 
SINAPSES, NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES: 
Sinapses são pontos de conexão entre uma célula e outra, podendo ser 
neuronal ou não. Os neurônios trabalham somente através de potencial elétrico, 
e estes possuem ramificações neuronais. 
1) Sinapses elétricas: melhor observada nos animais. 
2) Sinapses químicas: depende de uma substância química que transmite 
informações, tais como: neurotransmissores (ficam armazenados em 
vesículas sinápticas). Os neurotransmissores têm que ser liberados nas 
fendas sinápticas, e para o neurônio ser liberado tem que ser estimulado. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 1) Sinapses elétricas: 1% dos neurônios se comunicam através de 
sinapses elétricas. Não tem como controlar a sinapse elétrica, pois são 
incoordernadas, a sinapse elétrica pode ser encontrada no SNC, e 
também estão relacionadas com mudanças bruscas de comportamento, 
observada principalmente nos animais mamíferos inferiores a nós, na 
testa destes observa se o córtex frontal bem menor, assim os animais não 
executam funções que equilibram funções conscientes. 
 
Em uma sinapse elétrica, o sinal é transmitido diretamente da célula pré-
sináptica, para a pós-sináptica via junções comunicantes, denominados de GAP 
(células conectadas por um “túnel”). 
 
2) Sinapses químicas: 99% dos neurônios se comunicam através de 
sinapses químicas. Estas dependem de uma substância química que 
transmite informações (os neurotransmissores). Os neurotransmissores 
ficam armazenados dentro das vesículas sinápticas e para isso tem que 
ser estimulados, ou seja, necessitam de um potencial elétrico. Tais 
neurotransmissores atuam em receptores de membrana do neurônio. Em 
uma sinapse química o sinal elétrico na célula pré-sináptica é convertido 
em um sinal químico, na forma de um neurotransmissor, o qual atravessa 
a fenda sináptica e se liga a um receptor de membrana da célula pós-
sináptica. O receptor converte o sinal químico em um sinal elétrico na 
célula pós-sináptica. 
 
EXEMPLOS DE NEUROTRANSMISSORES: 
• Acetilcolina (SNS) 
• Serotonina (prazer) 
• Histamina (composto orgânico) 
• Glutamato (aminoácido) 
 
Na sinapse química o terminal pré-sináptico é separado do corpo celular 
do neurônio pós-sináptico pela fenda sináptica. O termina pré-sináptico possui 
vesículas transmissoras que contém substâncias transmissoras que serão 
liberadas na fenda sináptica e essa liberação é controlada por canais de cálcio 
que são dependentes de voltagem dependente. 
Os canais de cálcio são sensíveis a voltagem positiva e estes se 
encontram no terminal do axônio. Quando a célula despolariza, os canais de 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 cálcio se abrem, assim o cálcio entra fazendo com que sua concentração 
aumente dentro do botão terminal, promovendo a fusão das membranas, assim 
unindo as vesículas sinápticas com a membrana do neurônio pré-sináptico 
liberando o neurotransmissor no espaço entre os axônios (fenda sináptica). 
A membrana do neurônio pós-sináptico possui um grande número de 
proteínas receptoras. 
 
 
Receptores: são aqueles que recebem substâncias químicas. Estão localizados 
na superfície de membranas das células pós-sináptica. 
1) Receptores de superfície de membrana plasmática: atuam em 
substâncias proteicas, localizados na superfície da membrana plasmática. 
 
Possuem dois tipos, sendo: inotrópicos e metabotrópicos 
 
• Inotrópicos: ficam juntos a canais iônicos que possibilitam a 
comunicação de VIC e VEC. Quando o neurotransmissor de liga ao 
receptor e promovea abertura do canal iônico. Essa atividade caracteriza 
uma alteração rápida e de duração reduzida no potencial de membrana 
célula pós-sináptica. 
• Metabotrópicos: necessitam de uma produção de um segundo 
mensageiro para ativação dos canais iônicos específicos. Estão 
associadas a proteínas de membranas, também responsáveis por regular 
o metabolismo dessa célula em função, associadas também a enzimas de 
membrana (adenilato ciclase), quando a enzima é ativada quebra 
substratos já existentes no citoplasma da célula, que geram produtos 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 sendo produtos mensageiros, estes fazem os efeitos fisiológicos onde a 
célula estava atuando. 
 
2) Receptores intracelulares: atuam em substâncias lipídicas que são mais 
fáceis de passar pela membrana, os receptores intracelulares são 
encontrados dentro da célula. 
Além de neurotransmissores, também são receptores... 
Acetilcolina: é um neurotransmissor, também receptores colinérgicos, sendo N 
e M. 
Epinefrina: é um receptor adrenérgico, sendo alfa e beta. 
 
1) Potencial pós-sináptico excitatório (PPSE): excitatório; 
Ocorre quando o neurotransmissor se liga ao receptor e promove a 
abertura do canal iônico. O sódio leva sua carga positiva e despolariza a célula. 
Este é mais propenso a gerar potencial de ação. 
 
2) Potencial pós-sináptico inibitório (PPSI): inibitório; 
 Ocorre dificultando a passagem de íons, de modo que a célula fique mais 
negativa por dentro (hiperpolarizada), assim impedindo que a célula gere 
potencial de ação. O cloro por exemplo quando entra na célula hiperpolariza 
esta, devido sua carga negativa. 
FISIOLOGIA MUSCULAR: 
Funções do sistema muscular (músculo esquelético liso): 
• Contração muscular para locomoção; 
• Proteção dos ossos; 
• Produção de calor; 
• Contração e relaxamento; 
Todos os músculos esqueléticos são inervados. 
Placa motora: quem recebe e faz a conexão sináptica entre neurônio e musculo, 
fica em cima do músculo. 
Junção neuromuscular: junção do neurônio com o músculo esquelético. Em 
todas as junções o único neurotransmissor é a acetilcolina (M e N). 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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Moto neurônio: inerva o musculo e promove movimento (motricidade). 
Canal Catiônico: estão acoplados a placa motora e permitem a entrada de 
cargas positivas, promovendo a excitação do neurônio. O canal só se abre 
quando o receptor é ativado pelo neurotransmissor acetilcolina. Este canal deixa 
passar 2 cátions em sentido oposto um ao outro (sódio e potássio). O fluxo 
desses cátions promove a despolarização da placa motora, fazendo com que ela 
fique positiva, porque o influxo de sódio é maior que o efluxo de potássio. A 
despolarização transfere para o músculo esquelético promovendo a contração. 
Na junção neuromuscular só tem PPSE, pois é mais propenso de gerar 
potencial de ação elétrico. Nesse sentido o neurotransmissor acetilcolina é 
liberado. Para o músculo relaxar não pode ser liberado acetilcolina e para isso 
não pode estimular o moto neurônio, assim hiperpolarizando a placa motora. 
2 FATORES: o primeiro é que uma vez que o neurotransmissor é liberado, 
este pode ser recaptado para formar o botão pré-sináptico, em seguida 
formar o neurotransmissor novamente, o segundo fator é que também 
podem ser metabolizados por enzimas (acetilcolinesterase). 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Acetilcolinesterase é uma enzima que cliva a acetil colina em acetato e 
colina que não são reconhecidos pelo receptor, mas são recaptados no botão 
terminal juntamente com acetil-coA para formar nova acetilcolina e o processo 
recomeçar. 
Componentes do músculo: 
 
Organização da fibra muscular: 
 
As miofribilas são cadeias de sarcomêros (possuem filamentos de actina 
e miosina). Os sarcolemas são envoltórios dos canudos pequenos denominados 
de miofibrilas. O retículo sarcoplasmático é uma rede longitudinal de túbulos que 
passa paralelamente pelas miofibrilas, que possui muito cálcio armazenado, 
sendo uma substância crucial e indispensável para contração do musculo. No 
sarcolema existem os receptores que recebem o sinal do moto neurônio para 
que ocorra a despolarização da fibra muscular. 
Os Túbulos Transversos também são conhecidos como Túbulos T que 
passam lateralmente por meio da fibra muscular. Os Túbulos T ou Túbulos 
Transversos levam os impulsos nervosos recebidos pelo sarcolema para as 
porções mais internas da fibra muscular. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 O músculo esquelético é formado pelos sarcomêros de vários de túbulos 
T que formam um sarcomêro. Os túbulos T possuem 2 cisternas local onde o 
reticulo endoplasmático libera o cálcio. 
Proteínas contráteis: 
• Actina; 
• Miosina; 
Proteínas reguladoras (estrutura dos sarcomêros): 
• Troponina; 
• Tropomiosina; 
Proteínas estruturais: 
• Tinina; 
• Miomesina; 
• Nebulina; 
• Distrofina; 
 
Filamentos finos: 
 
 Na contração o túbulo T tem que ser despolarizado, porque este 
“provoca” a liberação de cálcio pelos retículos sarcoplasmáticos que também sai 
despolarizados. Existem canais de cálcio de voltagem dependentes positivas 
para se abrirem e quando se abrem o cálcio entra. Tem mais cálcio no retículo e 
com isso ele sai e vai para o meio dos filamentos finos e grossos, quando o cálcio 
foi liberado ele se liga a troponina devido sua alta afinidade assim provoca a 
deformação da tropomiosina e essa se deforma deixando seus sítios da actina 
expostos. Os sítios de actina tem forte atração com a cabeça da miosina. Essa 
ligação só ocorre se tiver quebra de ATP (contraiu) formando ADP+Pi, depois 
dessa ligação tem deslizamento assim o músculo contrai. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 No relaxamento ocorre o impedimento da interação entre miosina e 
actina, para isso é necessário o cálcio se desligar e voltar para o retículo 
sarcoplasmático, no qual os filamentos estarão quebrados. O cálcio só volta se 
tiver a bomba de cálcio ativa na membrana que possui uma enzima chamada de 
cálcio ATPase e nova quebra de ATP, também tem que desligar a actina. 
 Existe gasto de energia tanto para contrair quanto pra relaxar, mas exige 
maior demanda no relaxamento do músculo, uma vez que participam de 2 etapas 
de relaxamento. 
ETAPAS: 
1. Ligar actina na miosina (contração); 
2. Desligar actina na miosina (relaxamento); 
3. Cálcio voltar para o retículo (relaxamento); 
Rigidez muscular: as células morrem é entram em processo de decomposição; 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: 
 
DIVISÃO FISIOLÓGICA DO SNC: 
• Sistema nervoso visceral (via aferente e eferente), nas vias eferentes se 
ramificam em SNA que se dividem em simpático e parassimpático. 
• Sistema nervoso somático: determina as percepções dos órgãos internos, 
possui vias aferentes e eferentes, as eferentes se dividem em sistema 
nervoso motor (fibras nervosas responsáveis por todos os movimentos 
que o animal faz) e o sistema nervoso integrador (estuda o 
comportamento do animal). 
Ambos são formados por vias aferentes (enviam a resposta) e 
eferentes (devolvem a resposta do SNC para o SNP). Cada conjunto de vias 
geram respostas específicas, tais como S.N sensorial. 
 
DIVISÃO ANATÔMICA: 
SNC; 
SNP; 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 SISTEMA NERVOSO VISCERAL: 
No sistema nervoso autônomo... 
• Ações involuntárias; 
• Inervam as vísceras (pulmão, coração, rim, fígado, intestino e glândulas); 
• Hipotálamo regula o SNA e o Sistema límbico; 
SNA: SNS E SNP 
Pequenas variações... 
 O ideal é o animal ter o equilíbrio entre esses dois sistemas. Em 
algumas situações é necessário a maior ativação de algum dos dois 
sistemas, sendo um pouco mais do SNS. O desequilíbrio desse sistema pode 
causar até doenças no corpo. Quando o animalestá dormindo o processo de 
circulação sanguínea é menor, devido o metabolismo baixo. O SNP é ativado. 
 Quando o animal se encontra em maior nível de ansiedade, estresse e 
depressão tem maior ativação do SNS. Quando excede essa ativação causa 
doenças psicossomáticas (doenças provocadas por alterações emocionais), 
também diminui a produção de muco do estômago, deixando o epitélio mais 
ácido (gastrite nervosa, intenso estresse). 
SNS: 
• Região toracolombar da medula espinhal; 
• Aumenta a força de contração do coração e frequência cardíaca no 
coração; 
• Os neurônios fazem conexões sinápticas, sendo os mais usados as 
sinapses químicas; 
• O neurotransmissor liberado no SNS é norepinefrina ou noradrenalina que 
atua em receptores adrenérgicos (alfa e beta). No coração se encontra em 
receptores adrenérgicos do tipo beta e quando a noradrenalina atua sobre 
eles aumenta a frequência cardíaca e aumenta a força de contração do 
miocárdio; 
• No momento da corrida de um cavalo por exemplo o intestino tem menor 
motilidade e menor secreção, fazendo com que iniba o SNS do receptor 
tipo Beta; 
• Vaso sanguíneo periférico: vasoconstrição aumentando a RPT e a PA. Na 
parede do vaso existe receptores adrenérgicos que contraem a 
musculatura lisa, fechando o vaso. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 • Dependendo da dose aplicada de noradrenalina, pode estimular ou o 
receptor alfa ou o beta; 
• Alfa: contração (constrição). Beta 2: relaxamento (dilatação) 
• Gânglios simpáticos: é a conexão entre o neurônio pré e pós-sináptico. Os 
gânglios simpáticos são localizados próximos a medula espinhal. A 
sinapse entre o neurônio pré e pós-sináptico ocorre próximo do SNC e 
longe do órgão; 
• Os receptores alfas e beta que determinam a atividade que ocorre com o 
indivíduo; 
• Dilatação dos vasos: pressão cai; 
• Vasoconstrição dos vasos: pressão aumenta; 
• Exceções: são todas no SNS; 
• Fibras simpáticas saem da medula espinhal e vão para as glândulas 
sudoríparas; 
 
APENAS O SNS TEM EXCEÇÕES: 
1. Glândulas sudoríparas: 
• Tem neurônio pré e pós; 
• Terminação nos pequenos animais (coxins); 
• Sudorese mais intenso; 
• As fibras pós-sinápticas também liberam acetilcolina e atuam em 
receptores colinérgicos muscarínicos. Aumenta atividade da glândula 
(sudorese), para regular a temperatura; 
 
2. Vasos sanguíneos periféricos: 
• Inervam os vasos sanguíneos locais; 
• A parede dos vasos sanguíneos é constituída por uma camada de fibras 
elásticas e uma camada de fibras musculares (musculatura lisa). As fibras 
simpáticas atuam na musculatura lisa. Por conta dessa atuação a 
contração ou relaxamento da musculatura pode variar o lúmen do vaso 
sanguíneo, quando as células se contraem diminuem o tamanho do caso 
(vasoconstrição), quando relaxa (vasodilatação). Quando a norepinefrina 
atua nos vasos causa vasoconstrição. Porém no CORAÇÃO e MÚSCULO 
ESQUELÉTICO a ação da norepinefrina causa VASODILATAÇÃO. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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3
 3. Glândula suprarrenal: 
• Fibra pré-sináptica, entra na glândula adrenal e esta faz sinapse com 
a medula da adrenal estimulando a produzir e liberar catecolaminas 
(grupo de hormônios, sendo o principal liberado a epinefrina); 
• O neurônio pós-sináptico foi substituído pela glândula; 
• Possui 2 regiões (medula e córtex). A fibra simpática que sai da medula 
espinhal penetra na glândula adrenal e inerva as células cromafins. É 
a única fibra que não se divide, consequentemente libera acetilcolina e 
atua no receptor nicotínico. Estimula a célula cromafins a liberar um 
grupo de hormônios periféricos que em conjunto se chamam 
catecolaminas, e são liberados dois tipos: epinefrina=adrenalina (80%) 
e norepinefrina (20%). Os receptores de catecolaminas são 
adrenérgicos; 
SNP: 
• Origem no bulbo e nas fibras nervosas; 
• Receptores colinérgicos: M e N, sendo Muscarínico nos órgãos; 
• Neurotransmissor: acetilcolina; 
• Origina na região bulbo sacral. A fibra nervosa originada no bulbo dá 
origem ao nervo Vago (X par) que libera acetil colina. A fibra nervosa 
originada na região sacral da origem ao nervo pélvico. A ação do vago no 
coração diminui a força e a frequência. No intestino aumenta a motilidade 
e secreção; 
• Pré sináptico: fibra longa; 
• Em momentos de repouso uma pessoa atleta, apresenta uma frequência 
cardíaca menor; 
Todo neurônio pré-sináptico de qualquer sistema sempre libera 
acetil colina, atuando em receptor colinérgicos da membrana do pós-
sináptico, sendo ele nicotínico. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 • Sistema nervoso motor= somático; 
• O sistema nervoso motor é responsável por todos os movimentos que o 
animal faz; 
REFLEXOS MEDULARES: 
• Três tipos de movimentos: reflexos, padrões rítmicos e voluntários (se 
diferem entre si em sua complexidade e grau de controle voluntário); 
• Reflexo: simples e incoordenados. Voluntários: depende do córtex motor, 
movimento consciente. Rítmicos: automáticos; 
REFLEXOS: 
• São movimentos periféricos; 
• Sua função é fazer a proteção do organismo; 
• Se for estimulado no corpo é a medula espinhal que comanda, se for 
estimulado na cabeça é o tronco encefálico que comanda; 
• As fibras motoras saem ao longo da medula espinhal ou no tronco 
encefálico; 
Movimentos realizados pelos reflexos: 
• Estereotipados (iguais); 
• Incoordenado; 
• Simples; 
• Involuntários; 
• Integrados na medula e tronco encefálico; 
O movimento rítmico: combina as características do movimento reflexo 
e voluntários. Já o movimento voluntário são movimentos propositais, 
complexos e a sua execução melhora com a pratica. 
Reflexo possui 5 componentes do arco reflexo: 
• Receptor (toda função deve ser estimulada); 
• Via aferente; 
• Medula espinhal (fazem comunicação através dos neurônios que chegam 
e saem na periferia); 
• Via eferente (necessariamente do central para a periferia e chega no órgão 
alvo); 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 • Órgão alvo (músculo esquelético); 
A lesão parcial de algum desses componentes continua ocorrendo 
reflexo, mas de forma alterada (hipo-reflexia ou hiper-reflexia), normo-reflexia 
é quando os reflexos se encontram normais. A lesão total de um dos 
componentes não acontece nada de reflexo. Nessa situação o animal 
apresenta arreflexia. 
 O receptor é situado na superfície da pele e órgãos internos corporais, 
quando os receptores são ativados através das vias aferentes (sensitiva) 
leva mensagem para medula espinhal ou tronco encefálico, passa para as 
vias eferentes (motoras) e da resposta ao órgão alvo (musculo esquelético). 
TIPOS DE RECEPTORES: 
 São referentes a sua função e seu local que é impulsionado), cada 
seguimento na medula espinhal possui uma função diferente; 
 
1.) Receptor fuso-muscular: localiza-se nas fibras intra-fusais não aguenta 
força, detecta o comprimento do músculo. O arco reflexo, consiste em 
uma resposta involuntária e um estimulo sensorial, também faz a 
contração do músculo quando relaxados. Fibra intra-fusal é o próprio 
receptor. As fibras extra-fusais são grossas, responsáveis pela força. 
 
Vias aferentes IA 
Vias eferentes das fibras extra fusais tipo alfa (contração muscular). Das 
fibras intra-fusais: gama (contração muscular). Ambos são excitatórios 
Alfa e gama são ativados juntos para promover a contração muscular. 
 
2.) Receptor órgão tendinoso de golgi: este são sensíveis a alterações no 
tendão do músculo (contração muscular), os sinais são transmitidos para 
a medula espinha para causar efeitos reflexos no próprio músculo, esse 
reflexo é inibitório. O reflexo inibitório evita que a tensão do musculo se 
torne excessiva, quando essa tensão chega a limites extremas o músculo 
sofre relaxamento instantâneo (estiramento). 
Vias aferentes IB e II 
 
Resumo elaborado por JúliaMadureira // @surtavet 
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 3.) Nociceptores: são localizados na superfície da pele e dos órgãos 
internos corporais. Detectam estímulos nocivos, aqueles que podem 
causar lesão tecidual, desde que seja dado em alta intensidade. Os 
nociceptores são estimuladores da dor 
Vias aferentes II, III, IV 
 
Tipos de reflexos de acordo com o tipo de receptor que é ativado: 
 
 
 
 
TIPOS DE REFLEXOS E SINAPSES: 
 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Reflexo miotático: (provoca a extensão do músculo ou estiramento). É 
estimulado toda vez que as fibras intra-fusais é ativado. Na hora que o músculo 
contrai, o estímulo é o estiramento. Sinapse: monossináptico (quando 
estimulado sua única resposta é a contração. 
Reflexo: miotático inverso: o estímulo é a contração excessiva, quem estira é 
o tendão. Sinapse: dissináptico (relaxamento imediato do musculo de forma a 
evitar perdas). Faz duas sinapses A- da via aferente com o Inter neurônio 
inibitório (despolariza) se fizer contato direto ela ativa o moto neurônio B- Inter 
neurônio inibitório com moto neurônio. Ativam as vias nervosas do arco reflexo, 
daquele músculo que foi estimulado. 
Nociceptores: polissináptco: envolve várias sinapses. As fibras sinápticas se 
conectam com os Inter neurônios excitatórios e inibitórios. Também chamado de 
reflexo cruzado. Exemplo: pisar no caco de vidro. 
 
Alfa e gama são moto neurônios e se ativam simultaneamente para 
promover a contração muscular. 
 
FUNÇÕES MOTORAS – CORTÉX: 
 
Movimentos voluntários (é dependente do córtex cerebral); 
DESENVOLVIMENTO DO SN: 
• Ao longo da evolução o córtex cerebral cresceu muito e se dobrou 
formando giros e sulcos. Se dobrou e encobriu as estruturas expostas; 
• Toda função cortical é consciente e voluntária; 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Quando se fala de sistema motor pode se dizer que é o mesmo que 
sistema de vida de relação. 
 
FUNÇÕES GERAIS DO S.N MOTOR: 
• Controlar a contração de músculos individuais; 
• Controlar o momento de execução de um movimento; 
• Planejar ajustes posturais adequados para determinados movimentos; 
• Compensar a inércia dos membros e a disposição mecânica dos 
músculos, ossos e articulações antes de iniciar o movimento; 
• Primeiro o SNM recebe as informações corporais que podem ser depois 
músculos, ossos e articulações. Estes possuem receptores sensoriais; 
 
FUNÇÃO DAS ÁREAS CORTICAIS MOTORAS: 
• Corpo caloso: hemisférios que se conectam, dividido em 4 regiões: 
frontal, occipital, temporal e parietal; 
• Sulco cruzado: divide eles em posterior e anterior. Tem um giro pré-
cruzado (córtex motor primário) e pós cruzado (córtex sensorial primário 
ou córtex somático sensorial); 
• Córtex motor primário: codifica a força e direção do movimento. Tem 
que ter uma direção exata. EXECUTA O MOVIMENTO; 
• Córtex pré-frontal: PLANEJA O MOVIMENTO. O planejamento é feito 
na área frontal; 
A mensagem sai do pré-motor e vai para o motor primário através de sinapses. 
• Córtex motor suplementar: programa sequências motoras e coordena 
movimentos bilaterais; 
• Córtex pré-motor: controle de movimentos próximas que projetam ao 
membro em direção a seu alvo; 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Ambos córtex estão envolvidos com os movimentos voluntários. A porção 
anterior do encéfalo, faz o movimento, são áreas de associação motoras. Tem 
duas principais estruturas que coordenam os movimentos voluntários 
(cerebelo e núcleo da base). 
 
• Sistema nervoso motor: tem uma classificação em grande em fibras 
nervosas, que reúne o conjunto de fibras motoras e se divide em sistema 
nervoso lateral e sistema nervoso ventral medial. 
 
SISTEMA LATERAL: 
As fibras passam lateralmente ao SNC, os feixes que formam o sistema 
lateral: 
 
• Feixe cortico espinhal: (do córtex motor primário a medula espinhal); 
• Cortico bulbar: (do córtex motor ao bulbo); 
• Cortico pontinocerebelar: sai do córtex motor, envia mensagens do 
córtex para o cerebelo (informação coordenada) não é 100% das fibras 
que cruzam para o lado contralateral na decussação das pirâmides 
bulbares, quando continua do mesmo lado se chama ipsilateral; 
• Feixe rubro espinhal: se origina no mesencéfalo. O mesencéfalo tem 
uma região de teto e assoalho, possui 4 bolinhas que são os folículos 
(rostrais e caudais); 
 Tal sistema responsável pela inervação da musculatura distal dos 
membros (corticoespinhal) e dos músculos da região da cabeça (cortico 
bulbar) faz movimento fino. Por exemplo quando bebe não consegue falar 
pois perde a coordenação dos movimentos finos. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Qual é o único ponto que pode causar lesão em ambos os feixes? 
- Decussação das pirâmides. (PROVA) 
 
SISTEMA VENTRO-MEDIAL: 
 
A) Feixe tecto-espinhal: saem fibras nervosas e cruzam para o lado 
contralateral dentro do próprio mesencéfalo. Musculatura axial do 
tronco (pescoço). 
B) Feixe reticulo espinhal: originado no núcleo formação reticular. As 
fibras saem do núcleo formação reticular. Ipsilateral (não tem 
cruzamento). Toda musculatura relacionada a postura, axial do tronco 
e (responsável pela manutenção da postura) e proximal dos membros. 
Esse feixe não cruza para o lado contralateral. 
C) Feixe vestíbulo espinhal: as fibras saem do núcleo vestibular 
(possuem dois lateral e medial) e vai para a medula espinhal. 
Responsável a manutenção de postura e equilíbrio. Recebe 
informação sensorial, que informa o sistema vestibular. No tronco 
encefálico as áreas motoras modulam os neurônios motores e os Inter 
neurônios da medula espinhal através das vias descendentes mediais; 
inerva a musculatura axial do tronco e proximal dos membros. 
Responsável pela manutenção da postura e equilíbrio. 
 A otite afeta o labirinto que são formados por três semi-canais e estruturas 
ocas que passam endolinfa (líquido). Quando há uma infecção, significa dizer que 
a endolinfa está contaminada, por essa razão tem se a labirintite, nada mais é 
que a perda coordenação de musculatura axial e proximal dos membros, perda 
de postura e equilíbrio, um dos sinais clínicos a serem observados também é o 
nistagmo da cabeça, ocorre quando o animal fica de lado, com a cabeça torta, 
isso se dá devido as alterações labirínticas. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 NÚCLEOS DA BASE: 
2 principais estruturas que coordenam os movimentos voluntários: núcleos 
da base e cerebelo. 
• Planejamento e coordenação motora complexa (acontece através de 
neurônios que liberam neurotransmissores); 
• Manutenção de postura e equilíbrio; 
• Envia informações para o córtex motor primário através dos feixes 
corticoespinhal e corticobulbar; 
• Envia informações para o tronco encefálico através do feixe reticulo 
espinhal; 
• Interfere no sistema lateral e no sistema ventro medial; 
 
 
Córtex frontal = primário; 
Tudo que tem em um hemisfério tem em outro, sendo: 
• Núcleo caudato; 
• Putâmen; 
• Globo pálido; 
• Subtalâmico; 
• Substância negra; 
 
Sai do córtex e vai para os núcleos da base por via aferentes. Toda 
resposta eferente só sai do globo pálido. 
• Glutamato-excitatório; 
• Gaba-inibitório; 
• Dopamina-atua em receptores dopaminérgicos (excitatório e inibitório); 
O álcool estimula sinapses inibitórias e atua em receptores gabanérgicos. 
 Tudo que vai em direção ao córtex cerebral tem que passar pelo tálamo 
(triagem de informações), pois é ele que direciona para onde a informação tem 
que ir e qual o local do córtex a informação vai ser enviada. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 CEREBELO: 
 
O cerebelo possui vermis, hemisférios intermediários, hemisférios laterais 
e lobo floculo nodular. 
 
FUNÇÕES: 
• Precisão dos movimentos; 
• Planejamento e execução dos movimentos;• Participa do aprendizado motor: automatismo; 
• Manutenção de postura e equilíbrio; 
• Determina a direção e força do movimento; 
• Responsável pelo movimento da cabeça e dos olhos na observação do 
movimento de um objeto; 
• Compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta; 
 
DIVISÃO FISIOLÓGICA DO CEREBELO: 
 
 
• Vestibulocerebelo/arquiocerebelo: equilíbrio e movimento ocular. (Otite) 
• Espinocerebelo/paliocerebelo: Relaciona-se com o tônus, marcha e 
postura do animal. A informação sai da medula espinhal, passa pelo tronco 
e vai para o cerebelo, a informação é enviada para o tronco encefálico no 
núcleo formação reticular sai o feixe de fibras retículo espinhal que inerva 
a musculatura axial e proximal dos membros que pertencem ao SVM. 
Também enviam informações para o córtex m1º que tem que passar pelo 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 tálamo. Sistema responsável pela inervação da musculatura distal dos 
membros (corticoespinhal) e dos músculos da região da cabeça (cortico 
bulbar) faz movimento fino. Por exemplo quando bebe não consegue falar 
pois perde a coordenação dos movimentos finos. 
• Vias aferentes: informações sensoriais vindas das articulações e 
musculatura, são informações proprioceptivo sendo a inconsciente 
(cerebelo) e a consciente (córtex). 
• Cerebrocerebelo/neocerebelo: coordenação motora (movimentos finos). 
Vem do córtex m1º. Cortico pontinocerebelar: sai do córtex motor, envia 
mensagens do córtex para o cerebelo (informação coordenada) não é 
100% das fibras que cruzam para o lado contralateral na decussação das 
pirâmides bulbares, quando continua do mesmo lado se chama ipsilateral. 
Do córtex sai os feixes FCE e FCB. 
SISTEMA SENSORIAL: 
Sistema sensorial=sistema de percepção. 
Interação organismo meio=adaptação 
 
 
Somestesia: conjunto de informações sobre o corpo. Sequência de neurônios, 
fibras sinápticas e sinapses capazes de detectar estímulos ambientais, 
transforma-los em potencial de ação e conduzi-los a regiões cerebrais 
posteriores. 
Percepções: visão, audição, paladar e olfato (especiais, receptores e áreas 
corticais especiais). Tato, dor, temperatura e propriocepção (somestesia). 
Consciente=córtex cerebral. 
As principais percepções: visão, equilíbrio (otite, álcool) e propriocepção. 
 
Qual sistema cerebelar é afetado pela labirintite? Vestíbulo cerebelar 
Anestesia de OTG? Espino cerebelo R: Córtex sensorial primário; 
 
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 PROPRIEDADES SOMESTÉSICAS: 
• Tato; 
• Proprioceptivo; 
• Sensibilidade dolorosa; 
• Sensibilidade térmica; 
Sistema digestório: 
Qualquer alteração no trato digestório pode ocasionar algum tipo de 
patologia no tubo gastrointestinal (TGI). Para que ocorra seu funcionamento 
de forma adequada o indivíduo tem que estar saudável. 
FUNÇÕES: 
✓ Digestão e absorção de nutrientes. 
A digestão tem como objetivo reduzir a partícula ao máximo e a 
absorção tem como objetivo fazer com que ocorra a passagem nutritiva do 
meio externo para o interno. 
ATIVIDADES MOTORAS: 
São as contrações musculares (músculo liso), que são divididas em 
contrações segmentares e peristálticas. 
1. Peristálticas: são os movimentos de propulsão, tem como função empurrar 
o conteúdo no sentido craniocaudal; 
2. Segmentares: são os movimentos de mistura; 
Os esfíncteres são componentes importantes para evitar o refluxo e 
movimentar o conteúdo dentro do TGI, sendo consideradas as partes mais 
finas deste (quando ocorre contração da parede do TGI, significa que houve 
um relaxamento do esfíncter). 
ATIVIDADES SECRETORAS: 
 
✓ Ocorre ao longo do TGI e em diferentes segmentos ocorre diversas 
secreções; 
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 ✓ As secreções são divididas em glândulas intrínsecas e glândulas 
extrínsecas, sendo a parede do TGI, como parte da intrínseca e as 
glândulas salivares, fígado e pâncreas parte das extrínsecas. 
4 componentes importantes: 
1. Água: é um componente fundamental para dissolver misturas e promover 
a atividade de enzimas secretadas, também considerada um solvente 
universal 
2. Muco: também é denominado de secreção mucina e são responsáveis por 
lubrificar a parede toda do TGI, facilitando também sua passagem. Se a 
parede do TGI não for lubrificada pelo muco, o conteúdo do alimento vai 
ficar parado, assim podendo gerar um quadro clínico de constipação, que 
é muito comum em cavalos (diarreia, dor intensa e desidratação rápida). 
3. Enzimas: 
4. Íons: dependendo da secreção iônica, o PH pode se alterar ao longo do 
TGI (H+ ácido) / (HCO-3 base). 
 
FASES DE ATIVAÇÃO DA ATIVIDADE MOTORA E SECRETORA: 
 
Os estímulos mecânicos são sensíveis ao contato com o alimento e 
os estímulos químicos estimulam tanto o movimento quanto a secreção. Já 
a fase cefálica, tem como objetivo estimular a secreção salivar em 
momentos de jejum, ou quando o animal está dormindo. 
O SNA, se divide em SNS e SNP. O SNS tem maior ativação quando 
tem baixa motilidade de secreção e o SNP tem maior ativação quando tem 
alta motilidade de secreção. 
PAREDE DO TGI: 
Divide-se em camadas e estruturas (colocar imagens) 
✓ Mucosa: barreira; 
✓ Epitélio: possui capacidade de produzir secreções endócrinas, exócrinas 
e de transporte dos produtos da digestão luminal; 
✓ Camada muscular: se divide em longitudinal e circular, a longitudinal é a 
camada externa e a circular é a camada interna e densa; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 ✓ Plexos: se dividem em submucoso (estimula a secreção) e mioentérico 
(estimula a motilidade); 
✓ Camada intersticial: possui mio fibroblastos com a função de marca-
passos; 
Para a dieta diária do animal, são necessários 3 alimentos: 
1. Carboidratos > glicose; 
2. Proteínas > aminoácidos (a.a); 
3. Lipídeos > AGV’s; 
A primeira camada de dentro para fora, se denomina de camada 
epitelial, que possui células justapostas, assim só é possível a passagem de 
nutrientes. Já a segunda camada é denominada de camada submucosa, na 
qual se encontra as glândulas intrínsecas, onde se liga a túbulo que manda 
a secreção. A terceira camada é a camada de musculatura lisa, também 
chamada de camada circular (possui forma das fibras) e camada longitudinal. 
 
O esfíncter anal externo, é constituído por músculo esquelético, que 
por sua vez, tem como função promover atividade voluntária. Alguns animais 
conseguem promover movimentos antiperistálticos, porque sua musculatura 
lisa na parte cranial é diferente dos demais. 
 
Dentro do TGI, possui neurônios. O conjunto de neurônios, é chamado 
de plexos quando internos a parede. Na parede do TGI, possui dois plexos 
existentes, sendo o plexo submucoso e o plexo mioentérico. O plexo 
submucoso, é responsável por estimular a secreção, que se localiza entre as 
O produto final é absorvido 
no TGI (intestino delgado) 
e possui vilosidades; 
 
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 camadas da musculatura lisa. Já o plexo mioentérico, tem como função 
estimular a motilidade que se localiza entre os músculos. As atividades 
realizadas pelos plexos, são incoordenadas, porém são consideradas 
importantes. 
O SNA, é responsável pela coordenação dessas atividades. 
SNS: diminui a motilidade; 
SNP: aumenta a motilidade; 
 
SEGMENTOS DO TGI: 
1. CAVIDADE ORAL 
2. FARINGE 
3. ESÔFAGO 
4. ESTÔMAGO 
5. INTESTINO DELGADO 
6. INTESTINO GROSSO/ RETO 
1. Cavidade oral: quando se tem alguma de suas estruturas lesadas, isso 
pode atrapalhar a ingestão de alimentos, fazendo com que interfira em sua 
fisiologia; 
Atividade motora: (quebra) 
✓ Mastigação; 
✓ Trituração; 
✓ Deglutição oral (voluntária), feita pelo feixe córtico-bulbar (movimento 
fino); 
✓ Gustação: possui receptores na língua; 
Atividade secretora: saliva (formada por íons, muco, águae enzimas); 
✓ Possui EGF, que é um fator de crescimento epidérmico e contribui com a 
cicatrização do epitélio do TGI. 
✓ A lisozima é uma enzima de função defensiva, muito abundante em 
secreções de animais, tem como objetivo principal auxiliar na manutenção 
de colônias de bactérias da cavidade oral e atuar como agente imunológico 
quebrando se assim a parede celular de polissacarídeos complexos que 
formam as bactérias. 
Regulação neuro-humoral da saliva: 
SNA estimula a secreção salivar; 
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 A saliva é resultante da mistura da secreção de todas as glândulas 
salivares, podendo ser fluida ou viscosa. A saliva fluida, tem maior teor de 
água e a viscosa tem maior ação do muco que são provenientes de algumas 
glândulas. 
A saliva é constituída de adenomêros, esta é produzida na glândula 
salivar e se divide em ácinos e ductos. 
SALIVA PRIMÁRIA: 
✓ Produzida nos ácinos; 
✓ Possui mesma osmolaridade do plasma sanguínea; 
✓ Passam pelos ductos e se modificam; 
As células do ducto são impermeáveis e também são produtoras de 
bicarbonato (HCO-3), conforme a saliva passa ela fica mais alcalina (porque 
o íon secretado pela saliva é o bicarbonato); 
SALIVA SECUNDÁRIA: 
✓ Hipotônica; 
✓ Formada no ducto canalicular; 
✓ Liberada na cavidade oral; 
✓ Ph 7,6 e 8,0 (alcalino); 
No final do ducto intercalado, tem se a maior reabsorção de solutos da 
saliva e menor secreção, então a saliva secretada é considerada hipotônica. 
Nos ruminantes, tanto a primeira saliva, quanto a segunda, é 
considerada isotônica, a produção de saliva é muito maior, porque libera 
muito bicarbonato que auxilia no tampão, assim evitando acidose ruminal e 
deglutição de saliva, também não possuem teor significativo de amilase e o 
PH da saliva tende de ser mais básico devido à alta concentração de 
bicarbonato e fosfato, para evitar que o pré-estômago fique mais ácido do 
que já e normalmente. 
SNS: deixa a saliva viscosa, pois faz vasoconstrição periférica, assim diminui 
o fluxo sanguíneo salivar, diminui a secreção de água e como consequência 
aumenta o muco. Os receptores atuantes são alfas e gama. (Exemplo: a raiva 
é responsável por estimular o SNS, pois baba muito (viscoso)). 
SNP: saliva fluida, receptores muscarínicos; 
OBS: HCO-3 e fosfato são tampões nos ruminantes. 
2. Faringe: 
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 ✓ É um curto segmento entre a cavidade oral e o esôfago; 
✓ Está presente no sistema digestório e no sistema respiratório; 
Atividade motora: deglutição faríngea (segunda fase), a musculatura 
esquelética que é responsável. 
Atividade secretora: fechamento da glote (o alimento não passa); 
3. Esôfago: 
✓ Músculo fino da parede (alimento pequeno); 
✓ Segmento longo e estreito; 
✓ Fica fechado sem a presença de alimentos 
✓ Se dilata pouco; 
✓ Muito frágil e tem pouco espaço por ser estreito, por essa razão tem que 
mastigar; 
✓ Passa pelo esôfago e vai para o estômago; 
Atividade motora: deglutição esofágica (involuntária) e contrações 
peristálticas (musculatura lisa); 
Atividade secretora: produzir muco (facilita a passagem e reduz o atrito do 
alimento com a parede, assim evitando lesões); 
Possui esfíncteres: esofágico-caudal/ gastresofágico/ cárdio; 
O excesso de alimentos ativa o anti-peristaltismo (do caudal para o cranial); 
Distúrbios da deglutição e do esôfago (disfagia): 
 Em alguns casos pode ocorrer a paralisia do processo de deglutição, 
causada por lesões no SNS e no SNP, podendo ser também nos músculos 
e no tronco encefálico. Um outro exemplo, a ser citado é a encefalopatia 
equina, acalasia e megaesôfago. No megaesôfago, ocorre quando o 
esôfago para de funcionar as suas contrações e isso faz com que o alimento 
se acumule de modo que este se dilate, o indivíduo irá vomitar muito 
(distensão exagerada). 
 Já na acalasia, ocorre uma disfunção no esôfago e óstio (incapacidade 
de abertura) cárdio podendo ser total ou parcial, possuindo causas 
inespecíficas, tendo como principais sinais clínicos a perda de massa que 
gera fraqueza muscular e vômito, o esôfago se comprime resultando se então 
em uma hipóxia localizada. Tem que fazer radiografia para diagnosticar, se 
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 alimentar com alimentos mais líquidos e tomar soro, aplicar medicamentos 
que relaxem o esfíncter e fazer cirurgia, também seria uma providência. 
As varizes esofágicas, ocorre quando a parede que os vasos irrigam 
estão lesadas, são também distúrbios observados na parede do esôfago, 
onde há a dilatação destas, quando muito grave, pode gerar uma hemorragia, 
com fezes sanguinolentas. 
4. Pré-estômago: 
(Nos ruminantes são encontrados porções entre o esôfago e o estomago 
químico denominados de pré-estômagos). 
 Os ruminantes neonatos nascem com esses pré-estômagos, mas estes 
não estão efetivamente prontos para executar suas funções. Os pré-
estômagos são câmaras fermentativas. A fermentação é feita por 
microrganismos presentes neles. No entanto, os neonatos só se alimentam 
de leite, e o leite não precisa ser fermentado, e por isso não precisa passar 
nos pré-estômagos. 
De monogástricos aos pré-estômagos... 
Pré-estômagos: rúmen, retículo (câmaras bacterianas e fermentativas) e 
omaso; 
As bactérias vêm através da lambedura da mãe, como elas ruminam, 
essas bactérias vão para a boca. Os neonatos, possuem goteira esofágica. 
Aproximadamente 20 dias, só podem tomar com a cabeça esticada. Quando 
começam a comer capim ou ração, estes podem comer/se alimentar direto 
dos baldes, pois as partículas sólidas de um alimento incentivam o 
crescimento e desenvolvimento dos pré-estômagos, já nas camadas mais 
ventrais, há a presença de alimentos mais liquefeitos. 
 
 
PARTÍCULAS: 
 
 
GASOSA 
SÓLIDA 
PASTOSA 
LÍQUIDA 
Metano e 
CO2 
Não são 
absorvidas 
São eliminadas 
na eructação 
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 ✓ Omaso: folhas 
✓ Reticulo: colmeia 
✓ Rumem: papilas 
 O principal produto da fermentação são os ácidos graxos voláteis, e 
se ocorrer o acúmulo desse ácido, pode ocasionar as mudanças bruscas de 
PH. Geralmente o que foi digerido é depositado, nas partes mais ventrais do 
retículo do rúmen (líquidos), alimentos pastosos – acima da camada líquida 
e alimentos mais sólidos que ainda não foram digeridos – acima das camadas 
pastosas: são os vegetais 
As partículas maiores ficam em cima para poder estimular os 
mecanoceptores (aumento da motilidade) do saco dorsal, e assim absorção 
das AGV´s. 
Timpanismo: (rúmen inchado) 
Acidose: o animal precisa de bicarbonato. O excesso de ácidos nos pré-
estômagos significa gases. 
Menor motilidade ruminal e menor ingestão de fibras; 
Ruminação: tem como vantagem a trituração do alimento, possibilitando 
uma maior absorção de nutrientes, aumenta também a produção de saliva, 
aumentando assim a motilidade. Remastigação do alimento; 
Ciclo secundário: para não deixar acumular gases no rúmen... 
 
Cárdio > esôfago > faringe > traqueia > pulmão > cavidade nasal 
 
Eructação: eliminação dos gases (CH4 e CO2); 
4,1. Estômago 
O estômago é considerado um seguimento de armazenamento de 
alimento, este termina no esfíncter pilórico (controla a quantidade de alimento 
que é enviada // enrijecido), se abre menos, fazendo com que as partículas 
que passam por ele sejam menores, por conta do intestino delgado ser fino, 
é necessário que a passagem de alimento seja pouca. 
Atividade motora: “bomba pilórica” (movimentos peristálticos); 
É necessário tem um espaço para a digestão, devido ao movimento 
intenso e a mistura de enzimas. Bomba pilórica, são movimentos de 
Resumo elaborado por JúliaMadureira // @surtavet 
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 mistura, de propulsão. O alimento faz o movimento de propulsão e 
retropropulsão para poder ser totalmente quebrado. 
A região fúngica do estômago precisa estar mais “aberta”, para poder 
ocorrer a movimentação correta de bate e volta do alimento 
TORÇÃO GÁSTRICA/VÓLVULO GÁSTRICO: (dilatação do estômago) 
Os animais podem desenvolver a torção gástrica/vólvulo gástrico na 
região fúngica e algumas raças tem maior predisposição a isso. 
Nota-se que tal torção é muito comum em cães de porte grande, isso 
ocorre quando o estômago fica cheio de alimento e o animal ao realizar 
atividade física, por ele está conectado ao esôfago e ao intestino delgado, 
ocorre essa torção, isso faz com que o animal não tenha processo de 
digestão e nem absorção dos nutrientes, podendo ocasionar quadros clínicos 
de desnutrição, uma vez que o animal perde massa magra e massa gorda 
velozmente, assim gerando também um quadro de desidratação. 
Devido a esse caso de torção, a região dos esfíncteres está fechada, 
e a comida não vai ter como sair. Além disso, os vasos sanguíneos se 
torceram, causando posteriormente a hipóxia até necrosar. 
Pode ocorrer nos bovinos também, sendo o deslocamento do 
abomaso, a vaca fica prostrada, desidratada e mesmo com o soro não tem 
retorno, já que não tem absorção devido a torção. 
Atividade secretora: secreção gástrica 
✓ Água, íons (principal íon secretado é o HCl, que tem como função conferir 
o PH mais ácido em todos os animais), muco, enzima e fator intrínseco; 
✓ Gastrina, somastostatina e histamina; 
Na atividade secretora, cada substância é produzida por células 
diferenciadas, tais como: 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 ✓ Células parietais: são células do estômago que produzem/secretam HCl e 
fator intrínseco (essencial para a absorção de vitaminas B, a principal 
vitamina é a vitamina B12, que tem como função a estimulação de células 
vermelhas na medula óssea); 
✓ A atividade secretora dessas células parietais é estimulada por um 
estímulo parassimpático; 
✓ O paciente que não tem atividade de células parietais, diminui a 
estimulação da vitamina b12, e consequentemente a diminuição de 
eritrócitos causando a ANEMIA PERNICIOSA (diminuição dos glóbulos 
vermelhos); 
✓ A diminuição do HCl, diminui a ativação da protease (são enzimas que 
quebram ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas). A 
principal protease é o pepsinogênio. Pepsinogênio é a forma inativa da 
pepsina e o que ativa esse pepsinogênio é o HCl; 
 
OBSERVAÇÃO: a inativação das células parietais, causa: 
✓ Degradação da musculatura esquelética; 
✓ Anemia perniciosa; 
 
A inativação das células parietais, irão resultar em uma taxa de 
secreção menor de HCl e por essa razão não irá ativar pepsinogênio, assim 
terá pouca digestão de proteínas e baixa absorção de aminoácidos e com 
isso irá ocorrer a degradação dos músculos. 
✓ Células mucosas: produzem uma espessa camada de muco, estas 
secretam bicarbonato e possuem o PH básico (7,6-8). Ademais, a camada 
mucosa serve de proteção mecânica para o estomago contra o HCl que 
ele mesmo produz. 
✓ Células G: são produtoras de gastrina (hormônios), estes hormônios são 
produzidos e lançados na corrente sanguínea, também tem como função 
estimular as células parietais a produzirem HCl; 
✓ Células principais: liberam pepsionogênio e lipase. A lipase gástrica, tem 
como função digerir gordura e a pepsina, tem como função digerir proteína. 
✓ Células D: produzem somastostatina estomacal que inibe a secreção de 
HCl. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parassimp%C3%A1tico
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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4
 
 
As glândulas gástricas são órgãos localizados nas paredes do 
estômago responsáveis pela produção de suco gástrico (substância que 
contém enzimas e ácido clorídrico). As enzimas servem para fazer uma pré-
digestão dos alimentos e o ácido clorídrico para esterilizar os alimentos, 
matando as bactérias. Para impedir que o ácido clorídrico ataque o próprio 
órgão, ele tem uma cobertura de muco em suas paredes que impedem que 
o suco gástrico ataque as paredes do estômago. 
 
 
REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: 
 
O estômago é muito grande em relação ao duodeno e por isso o 
alimento não pode ser passado para lá ao mesmo tempo. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_clor%C3%ADdrico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muco
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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5
 Possui duas formas de controlar o esvaziamento gástrico: 
 
Mecanismos Hormonais: 
Na primeira porção do intestino delgado (duodeno), possuem células 
sensíveis à presença de ácido, estas são conhecidas como células S, as 
quais secretam secretina que estimulam a redução da motilidade estomacal, 
a secretina promove a maior secreção de bicarbonato do pâncreas e fígado, 
de modo que deixe o meio básico. 
Quando se tem gordura no intestino (duodeno), isso estimula células 
I e liberam hormônio CCK. A CCK age no estômago diminuindo a motilidade 
para dar tempo de a gordura ser digerida/absorvida, estas também têm ação 
sobre o pâncreas, que estimulam a liberação de enzimas (lipase), quando no 
fígado libera a bile, isto é, agem nas vesículas (contração) para emulsificar 
as gorduras, estas também agem no hipotálamo estimulando o centro da 
saciedade (por essa razão quando come muita gordura, demora para ter 
fome). 
A princípio, as gorduras por sua vez, ativam GIP (peptídeo inibidor 
gástrico) que também tem como função diminuir a motilidade. 
A presença de aminoácidos e peptídeos estimulam as células G 
duodenais (gastrina), que também tem como função diminuir a motilidade. 
Importância da regulação do esvaziamento gástrico: 
✓ Permitir um esvaziamento regulado dos conteúdos gástricos a uma 
velocidade consistente com a capacidade de processamento do quimo 
pelo duodeno; 
✓ Evitar a refluxo dos conteúdos duodenais; 
É importante entender como ocorre o controle do esvaziamento 
gástrico, devido a correlação direta entre a taxa de esvaziamento gástrico e 
a ocorrência de úlceras duodenais; 
 
Mecanismos 
Neurais 
Mecanismos 
Hormonais 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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6
 Regulação Neural e Hormonal do esvaziamento gástrico: 
✓ Passagem do bolo alimentar em pequenas quantidades para o duodeno; 
✓ Influenciado pelo tipo de nutriente presente, osmolaridade e PH do quimo; 
✓ Controlado por sinais neurais e hormonais; 
Mecanismos neurais: 
✓ Quando tem alimentos no estômago, os alimentos irão encostar nos 
mecanismos mecanoceptores e quimioceptores, o animal pode ter comido 
muito ou pouco, irá ocorrer a distensão da parede do estômago, quando 
isso ocorrer os sinais de distensão e de estimulação dos mecanoceptores 
e quimioceptores são recebidos e mandados para o bulbo; 
✓ Os plexos intramurais mioentérico e submucoso se comunicam com o SNP 
e com o SNS e ambos fazem o equilíbrio, assim ocorrendo o esvaziamento 
gástrico; 
✓ O estômago está cheio de alimento e não pode mandar esses alimentos 
todo para o duodeno, e para controlar a motilidade e esvaziamento do 
estômago o SNS é ativado e o SNP inibido; 
✓ Distensão, irritação, acidez, aumento da osmolaridade, 
proteínas/gorduras; 
 
OBSERVAÇÃO: os principais fatores que promovem o esvaziamento gástrico 
são o estiramento da parede gástrica e a liberação de gastrina; 
 
5. Intestino Delgado: 
✓ É o principal segmento de absorção dos nutrientes; 
✓ No intestino delgado é encontrado o epitélio de borda em escova que tem 
a presença de células absortivas com as vilosidades e micro vilosidades. 
✓ Divide-se em duodeno, jejuno e ílio; 
Todas as enzimas vêm do pâncreas; 
Atividade secretora: 
✓ Enzimas (enterocinase, responsável por ativar as proteases do pâncreas); 
✓ Muco; 
Atividade motora: 
✓ Possui contrações peristálticas e segmentares;Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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7
 ✓ Motilina são os movimentos de ondas fracas no período entre as refeições, 
ocorre uma pequena ativação da motilidade entre as refeições. 
 
Dois tipos de secreções: 
 
A secreção hepática tem como principais funções a digestão e 
absorção de gorduras, devido à presença dos ácidos biliares e a 
excreção de produtos na corrente sanguínea como a bilirrubina. O 
principal pigmento da bile é a bilirrubina (Bb), produzida pela degradação do 
grupo heme das hemoglobinas. A bile é convertida em estercobilina no 
intestino dando a coloração marrom às fezes. 
Além de ser um produto de excreção, a bile também tem função 
digestiva: os sai biliares degradam as grandes gotas de gordura em gotículas 
menores, facilitando a ação da lipase pancreática sobre as mesmas e atua 
na absorção dos triglicerídeos pelo intestino. A secreção de bile aumenta 
quando há maior concentração de ácidos biliares no sangue. 
 
Bile: 
✓ Produzida pelo fígado; 
✓ Água, íons, colesterol, bilirrubina, ácidos biliares (sais biliares); 
Vesícula biliar; 
Regulação hormonal: 
✓ Colescistocinina; 
✓ Secretina; 
 
A secreção pancreática ou suco pancreático é um liquido produzido 
pelo pâncreas, uma glândula com função exócrina e endócrina, que faz parte 
do sistema digestório. Essa secreção tem a função de atuar no processo 
digestório do alimento. Tem pH entre 7,8–8,2, ou seja, alcalino, devido ao alto 
Secreção 
Hepática 
Secreção
Pancreática 
https://www.infoescola.com/bioquimica/bilirrubina/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/pancreas/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/sistema-digestorio/
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 teor de bicarbonato. Este teor alto de bicarbonato irá neutralizar a acidez do bolo 
alimentar, garantindo o funcionamento da ação das enzimas pancreáticas em pH 
neutro e pouco alcalino. Neste suco existem enzimas capazes de atuar no 
processo de digestão, como: tripsina, amilase pancreática, lipase pancreática, 
entre outras. É um suco viscoso e incolor. Tem grande importância na digestão 
de proteínas, carboidratos, triglicerídeos e ácidos nucleicos. São produzidos 
aproximadamente 1,5 litro diariamente. 
O suco pancreático inativa a pepsina do estômago, assim as enzimas 
podem atuar no intestino delgado. Atua na digestão de carboidratos, através da 
amilase pancreática; na digestão de proteínas, através de enzimas como a 
quimotripsina, tripsina e caboxipeptidase; e na digestão de triglicerídeos gorduras 
neutras, ácidos graxos e glicerol, através da lipase pancreática. 
A produção do suco pancreático é controlada por três etapas: 
✓ Pelo sistema nervoso parassimpático (é responsável pelo aumento das 
secreções e da motilidade do tubo digestivo, por isso vai aumentar a 
secreção pancreática) e pelo neurotransmissor Acetilcolina; 
✓ O hormônio secretina que é secretada no duodeno e no jejuno; 
✓ O hormônio colecistocinina que é secretada no intestino delgado; 
Distúrbios do intestino delgado: 
✓ Insuficiência hepática; 
✓ Insuficiência pancreática; 
✓ Enterite; 
✓ Parasitoses do I.D; 
✓ Tumores do I.D., pâncreas; 
 
6. Intestino Grosso/reto: 
✓ Local de formação das fezes; 
✓ Câmara fermentativa nos equinos; 
✓ Câmara fermentativa dos monogástricos (absorção de AGV’s); 
✓ Armazenamento das fezes; 
✓ Local de absorção de água e eletrólitos; 
✓ Os alimentos que não foram digeridos, são transformados em fezes pelas 
bactérias; 
https://www.infoescola.com/bioquimica/enzimas/
https://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/
https://www.infoescola.com/nutricao/carboidratos/
https://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-nucleicos/
https://www.infoescola.com/sistema-digestivo/estomago/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/intestino-delgado/
https://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-graxos/
https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso-periferico/
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Atividade motora: 
✓ Movimentos de massa (contrações peristálticas); 
✓ Haustrações são movimentos do intestino que viram o alimento, fazendo 
com que a parte que não estava em contato com as paredes intestinais 
passe a ficar em contato e assim ajudar os nutrientes a serem absorvidos 
(contrações segmentares); 
Atividade secretora: 
✓ Muco (facilitar a passagem); 
No intestino grosso, o cécon é considerado a câmara fermentativa nos 
herbívoros monogástricos (equídeos). No cécon, possui segmentação 
haustral (mistura) e peristaltismo (empurrar o conteúdo fecal para o cólon 
ventral direito); 
Quando ocorre grande absorção de água, o alimento pode se juntar, 
assim resultando em uma cólica no animal, o que geralmente resulta em 
quadros clínicos de desidratação rápida; 
Cécon: inervado pelo nervo vago; 
Cólon: inervado pelo nervo pélvico; 
Regulação da motilidade intestinal: 
O intestino grosso, é inervado pelo nervo vago, isto é, na maioria das 
vezes, com exceção na última porção do intestino grosso, cujo é regulado 
pelo SNP (nervo esplâncnico pélvico); 
Reflexo retoesfinctérico: 
O reflexo retoesfinctérico, é responsável pela defecação e é 
considerado um movimento involuntário, que é controlado pelo SNP. Quando 
se tem presença de fezes, estes irão estimulas os mecanismos meca-
quimioceptores. 
O esfíncter anal externo é inervado pelo nervo pudendo, este por sua 
vez controla voluntariamente à abertura e o fechamento do esfíncter, as 
informações saem do córtex > sistema lateral > movimentos finos. Em seus 
receptores saem as vias aferentes até a região sacral, a qual fará contato 
com os nervos pélvicos, assim levando a resposta para dentro do esfíncter 
anal externo por contração da parede do reto e fechamento do esfíncter anal 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 interno, de modo involuntário. No entanto, as fezes serão eliminadas pelo 
controle do esfíncter anal interno, com movimentos voluntários. O 
neurotransmissor responsável por essas ações, tanto no esfíncter anal 
interno, quanto no externo, é o acetilcolina, que possui receptores 
muscarínicos. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE NUTRIENTES (NÃO 
FERMENTATIVA): 
DIGESTÃO: 
- Atividades das hidrolases; 
- Macromoléculas divididas em unidades mais simples; 
ABSORÇÃO: 
- Passagem das moléculas simples através das células epiteliais intestinais; 
- Só ocorre em partículas menores que são capazes de passar por canais 
específicos localizados nas membranas das células do TGI; 
 
Locais de absorção de nutrientes: 
Intestino delgado: epitélio de borda em escova; 
✓ Células absortivas; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 ✓ Vilosidades e micro vilosidades; 
Estômago: barreira gástrica; 
✓ Células mucosas: muco viscoso e aderente; 
✓ Junções fechadas entre as células epiteliais adjacentes; 
DIGESTÃO NÃO FERMENTATIVA: 
A digestão não fermentativa ocorre através da atuação de enzimas 
que são produzidas pelo próprio animal, isto é, através das células secretoras 
que formam glândulas. A digestão de cada ser vivo se adequa de acordo com 
seus hábitos alimentares. 
As enzimas dependem de um meio aquoso para agir, sendo elas, as 
hidrolases, são enzimas que promovem a cisão de um material orgânico 
através da utilização de água, ou seja, promovem a quebra das 
macromoléculas em pequenos tamanhos, considerados suficientes para 
sofrer o processo de reabsorção. No entanto, é no intestino delgado, após a 
digestão que irá ocorrer a absorção de macromoléculas/macronutrientes 
necessários para manter a manutenção do corpo animal (lipídeos, proteínas 
e carboidratos). O ph não fica de fora, pois este é essencial para que ocorra 
a atuação das enzimas. 
Digestão e absorção de nutrientes: 
✓ Carboidratos; 
✓ Proteínas; 
✓ Lipídeos; 
CARBOIDRATOS: 
 
✓ São substâncias orgânicas; 
✓ Podem ser: sacarídeos, glicídios ou açúcares; 
✓ São as moléculasorgânicas mais numerosas do planeta Terra; 
✓ Principais moléculas fornecedoras de energia; 
✓ Podem se dividir em: monossacarídeos, polissacarídeos e 
oligossacarídeos; 
✓ Os carboidratos não estruturais são os mais simples (amido); 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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2
 
 
 A digestão de carboidratos começa na cavidade oral e em seguida para 
o intestino delgado, na cavidade oral, há uma enzima que digere carboidrato, 
sendo a alfa-amilase, esta enzima hidrolisa o amido em dissacarídeos (são 
encontrados na dieta) e glicose, em seguida é secretada pelas glândulas 
salivares e pelo pâncreas. A saliva tem um pH entre 6-9, pH ótimo para a 
ação da alfa-amilase. Porém a ação da alfa-amilase continua no estômago 
até que o pH do mesmo atinja 4, o qual bloqueia sua atividade enzimática. A 
alfa-amilase é responsável por digerir cerca de 40-45% do amido digerido. 
 Os principais tipos de carboidratos consumidos pelos animais na dieta 
são o amido e amilopectina, estes são digeridos por um tipo de enzima 
diferenciada (amilase salivar neutra e amilase pancreática básica). 
 Quando se inicia a digestão de amido, há 3 tipos de dissacarídeos que são 
formados: maltose (maltase), destrina (destrinase) e maltotriose 
(maltotriase), estes serão digeridos no intestino delgado é valido lembrar que 
o resultado do produto final da digestão do amido é a glicose (principal fonte 
energética). 
 
Tipos de enzimas que são digeridas pelo epitélio de borda em escova: 
 
 Dissacarídeos na borda-em-escova da mucosa duodenal em suma, 
dissacarídeos são hidrolisados em seus dois monossacarídeos formadores. 
Exemplo: trealose: está presente em alimentos que sofreram fermentação, esta 
é digerida pela trealase que gera duas moléculas de glicose; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Lactose: pela ação da Lactase é hidrolisada em Galactose + Glicose, esta 
permanece mais tempo no intestino e estimula o crescimento de bactérias 
benéficas intestinais; 
Sacarose: é digerida pela sacarase, e resulta em glicose e frutose; 
- PRODUTOS FINAIS: glicose, galactose e frutose (absorvidos no intestino 
delgado, através do epitélio borda em escova). 
 A glicose e a galactose precisam de um cofator (Na) para serem absorvidas, 
o processo de absorção ocorre por meio do transporte passivo (do meio + 
concentrado para o meio - concentrado). Entra potássio e sai sódio, isso faz 
com que tenha maior gasto de ATP, assim gerando ADP+Pi; 
PROTEÍNAS: 
 
✓ Aminoácidos - formação de proteínas e percursores de certos hormônios 
e pigmentos; 
✓ Possuem proteínas animais, vegetais e bacterianas; 
✓ A falta de proteínas gera anemia; 
✓ Para formar uma proteína depende de aminoácidos, grupo carboxila e 
grupo nitrogenado (amina); 
✓ Podem ser encontradas em rações e carne; 
✓ Produzidas a partir da ativação do DNA que está presente no núcleo. 
✓ Podem formar hormônios que estimulam funções fisiológicas do 
organismo, tais como: tirosina, ADH, ocitocina e PTH; 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 ✓ Toda proteína é digerida pelas proteases, porém na sua forma inativa; 
✓ As proteínas começam ser digeridas no estômago; 
As enzimas que digerem as proteínas são atuantes em pH neutro-
básico. O pepsinogênio se encontra no estômago e na presença de HCl, este 
é convertido em pepsina. O tripsinogênio, está presente no intestino delgado 
e na presença da enzima enterocinase, este é convertido em tripsina, após 
formada a tripsina começa a degradar outras proteínas, assim ativando-as: 
 
Funções do HCl: 
✓ Ativação de pepsinogênio; 
✓ Bactericida; 
✓ Estimulador das células parietais por mecanismos de feedback; 
✓ Desnatura proteínas globulares; 
Regulação hormonal e secreção de enzimas: 
 
A regulação hormonal da secreção de enzimas é feita pela CCK, cujo 
tem como objetivo estimular a liberação de enzimas no pâncreas e o 
intestino. As enzimas intestinais ativam as proteases. Já as células S, têm 
como função detectar a presença de H+ e estimular a liberação de secretina, 
assim estimulando a porção de secreções pancreáticas, estas se encontram 
em conjunto com a porção aquosa que possui íons, sendo o principal íon o 
bicabornato (HCO3-). 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 Também tem outras proteases, além das enzimas pancreáticas. As 
peptidases de borda em escova, estas estão presentes na membrana de 
enterócitos (aminoligopeptidase, aminopeptidase e dipeptilaminopeptidase). 
Para ocorrer a absorção de aminoácidos, tem que ter a presença do 
cofator, pois estes dependem de canais de sódio para que tal processo 
ocorra. Os peptídeos cistólicos ficam dentro das células que dissolvem os 
triglicerídeos que foram absorvidos antes de serem clivados. 
 
LIPÍDEOS: 
✓ Presentes na ração; 
✓ Importantes para formar as células do organismo; 
✓ Os principais lipídeos estão na forma de triglicerídeos, colesterol 
fosfolipídios; 
✓ São moléculas apolares; 
✓ Natureza hidrocarbônica: solúveis em solventes orgânicos; 
✓ Digerido na cavidade oral pela enzima lipase lingual (apenas uma pequena 
quantidade); 
✓ No estômago a lipase gástrica digere apenas uma quantidade de lipídeos 
também; 
✓ Importante para formar a bainha de mielina; 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 A gordura é digerida no intestino delgado e antes da digestão necessita 
do processo de emulsificação, esta é feita através da bile. Toda enzima que 
digere lipídeos é produzida no pâncreas (lipases). 
 Para facilitar a ação dessas enzimas, é necessário a formação de 
micelas (em volta delas tem ácidos biliares que impedem que as gotas de 
gordura se juntem), a micela aproxima da membrana apical (onde se forma 
os fosfolipídios), isso faz com que os produtos finais passem facilmente. 
 Os quilomicrons armazenam toda a gordura reesterificadas, sem eles a 
gordura pode se acumular dentro das células, assim ocorrendo o processo 
de esteatose. O processo de reesterificação, é quando há a formação 
novamente de lipídeos que foram destruídos no lúmen intestinal do TGI. 
Formação da micela: 
 
DIGESTÃO FERMENTATIVA: 
 As enzimas são enzimas produzidas por microrganismos que habitam o 
trato digestório dos animais. Dependendo do alimento consumido pelo 
animal, ele não é capaz de conseguir produzir enzimas digestoras para 
aquele nutriente. No caso dos ruminantes, essa digestão irá ocorrer nos pré-
estômagos, a digestão química irá complementar a fermentativa 
(aproveitamento quase total do alimento) e nos animais monogástricos a 
digestão irá ocorrer no intestino grosso. 
 As enzimas permitem a quebra química dos alimentos. 
Protozoários, fungos e bactérias estão presentes nos microrganismos nas 
câmaras, estes fornecem energia para o hospedeiro, pois além de servirem 
como proteína, são capazes de eliminar compostos tóxicos. 
Ácidos graxos de cadeia curta: 
✓ Ácidos acético; 
✓ Butírico; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 ✓ Propiônico; 
 
 O processo de fermentação é fundamental, pois são vegetais de 
carboidratos estruturais que possuem ligação Beta, digeridos apenas por 
bactérias microbianas, quando digeridos por essas formam AGV’s (principal 
fonte de energia para os ruminantes), metano e CO2, podendo ser 
excretados pela cavidade oral e nasal, em monogástricos anal. 
Vantagens da fermentação: 
✓ Utilização de alimentos fibrosos; 
✓ Utilização de ureia (fonte de nitrogênio); 
✓ Síntese de vitaminas; 
✓ Produção de proteínas de alta qualidade (bactérias); 
Desvantagens da fermentação: 
✓ Produção de amônia; 
✓ Perda de gases; 
✓ Distúrbios digestivos; 
✓ Calor de fermentação; 
ANIMAIS HERBÍVOROS: são capazes de aproveitar alimentos de origem 
vegetal, para os quais não possuem enzimas; 
✓ Bactérias, protozoários e fungos; 
✓ Fornece energiapara o hospedeiro; 
✓ Servir de fonte de proteína; 
✓ Eliminar compostos tóxicos; 
 Os alimentos são classificados de acordo com o conteúdo de fibras e 
outros nutrientes. O tipo de alimento interfere diretamente na fisiologia do 
animal. 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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Ingestão de alimento volumoso: significa dizer que tem muita fibra, 
aumenta o tempo de mastigação, produção de saliva e ph; 
Ingestão de alimento concentrado: menos fibra e mais carboidrato, o 
tempo de mastigação é menor, produção de saliva menor e o ph é baixo. 
(Produzem mais AGV’s). 
 
Principal alimento ingerido pelos ruminantes: celulose; 
✓ Celulose – pectina – amido; 
✓ Sua degradação forma ácidos graxos de cadeia curta (AGV’s); 
HERBÍVOROS MONOGÁSTRICOS: 
✓ Câmera fermentativa localizada depois do estômago químico, ou seja, o 
alimento é eliminado do corpo; 
Digestão de carboidratos: ocorre formação de AGV’s. 
Digestão de proteínas: sua digestão não ocorre nas câmeras fermentativas e as 
proteínas que vão para lá colaboram com a produção bacteriana. 
Digestão de lipídeos: não tem absorção de gordura nas câmaras fermentativas e 
a gordura sai pelas fezes, alguns animais comem as próprias fezes para poder 
resgatar os nutrientes que foram perdidos ali mesmo. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 HERBÍVOROS RUMINANTES: 
✓ Câmera fermentativa localizada antes do estômago químico, ou seja, o 
alimento pode ser absorvido no corpo; 
Digestão de carboidratos: para ocorrer necessita de enzimas que são liberadas 
somente pelas bactérias, pois estas quebram a celulose. Os carboidratos 
estruturais são a celulose e a hemicelulose, já os não estruturais são a pectina e 
o amido. Na sua digestão ocorre liberação de AGV’s, que consequentemente 
produz CO2 e metano e são liberados na eructação. 
Digestão de proteínas: possuem a by pass que não necessita de serem digeridas 
no estômago, pois podem ir direto para o abomaso. As bactérias que digerem as 
proteínas são as proteolíticas e estas quebram as proteínas em pequenas 
pedaços e utilizam esses pedaços para produzir uma proteína, isso ocorre porque 
libera NH4, que é importante para deixar os pré- estômagos alcalinos, devido a 
alta afinidade com o H+. O gado que consome ureia pelo capim, a ureia faz 
manutenção das bactérias (NH4), este faz síntese de proteína. O excesso de 
capim novo pode ser altamente maléfico, devido o alto teor de proteína que 
quando fermentada libera NH3, o NH3 em excesso captura H+, deixando o 
HCO3- livre, de modo que ocasione alcalose metabólica. 
Digestão de lipídeos: fundamental para o armazenamento de energia, o capim 
novo é considerado uma gordura insaturada, o que é ruim, pois é tóxico para as 
bactérias, a gordura insaturada envolvem as bactérias e impedem que as 
bactérias atuem sobre elas, essas fazem hidrogenização (quebra de ligação 
dupla e tripla) e vira então gordura saturada, atuando se na celulose. 
Sistema endócrino: 
 É um conjunto de glândulas que possuem como ação a produção 
dos hormônios; 
 Estuda os estímulos das substâncias químicas hormonais; 
 Todas as substâncias químicas hormonais, são produzidas e tem que ser 
estimuladas, essas atuam em receptores diversos; 
 Os hormônios são produzidos por diversas glândulas, órgãos também; 
 Os hormônios podem ser proteicos e lipídicos; 
HORMÔNIOS PROTEICOS: 
 São proteínas feitas a partir de aminoácidos; 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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  A sua síntese é demorada, porque consiste na ativação do DNA e RNAm 
para formar a proteína; 
 SÃO EXEMPLOS DE HORMÔNIOS PROTEICOS... 
 PTH; 
 ADH; 
 GH; 
 FSH; 
 Insulina; 
 Glucagon; 
HORMÔNIOS LIPÍDICOS: 
 São feitos a partir de gordura, sendo o principal o colesterol; 
 Síntese rápida, todo colesterol é convertido em pregnenolona, isso ocorre 
nas mitocôndrias; 
 SÃO EXEMPLOS DE HORMÔNIOS LIPÍDICOS... 
 Hormônios sexuais, (androgênicos/esteroides). Produzido nas gônadas; 
 Hormônios córtex adrenal; 
 Mineralocorticoides (aldosterona); 
 Glicocorticoides (cortisol); 
 Androgênios (testosterona, tanto macho quanto fêmea); 
Se a nutrição do indivíduo não for saudável, pode ocorrer alterações 
fisiológicas. Um animal com desnutrição proteica ou lipídica, irá de fato 
apresentar alteração de síntese desses hormônios. A alteração pode estar 
relacionada com a reprodução, visto que, as fêmeas não farão ciclo estral, 
pois não formaram hormônio sexual. O excesso da ingestão de substâncias 
proteicas e/ou lipídica, também irá ocasionar alterações fisiológicas, já que o 
excesso de produção destes, podem gerar alguma disfunção hormonal, 
assim afetando a perda da libido. 
Depois de produzidos os hormônios, eles caem na corrente sanguínea 
e atuam em órgãos e glândulas alvo, sempre em receptores. Todos os 
hormônios podem ser influenciados diretamente pelo sistema límbico 
(sistema das emoções/comportamento). No início da síntese e liberação, a 
maioria dos hormônios é iniciada pelo sistema nervoso, especificamente o 
hipotálamo. O hipotálamo se conecta a hipófise (glândula nervosa) através 
do infundíbulo. 
 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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  É necessário ressaltar que o SNC que controla a liberação de hormônios; 
O hipotálamo é responsável pela maioria dos hormônios e responsável 
pelo sistema límbico também, quando ocorre alteração no sistema límbico, a 
fêmea pode se “sentir” com pseudociese (gravidez psicológica), o animal 
pode apresentar infertilidades por conta do emocional afetado. Alguns 
animais quando se encontram em situações de maior estresse, estes podem 
desenvolver alterações na liberação de hormônios do córtex da glândula 
adrenal, o estresse em excesso gera feocromocitoma. O hipertireoidismo, 
é um caso clínico que pode ser citado, e é valido lembrar que esse possui 
várias causas, mas está associado ao estresse também e alterações 
emocionais. 
O hipotálamo coordena os hormônios, pois se ligam a hipófise 
(anterior, superior, intermediária), as maiores porções são a adeno-hipófise 
(células justapostas, tecido de epitélio faríngeo) e neuro-hipófise (tecido 
neural) constituído por neurônios. 
 
Em relação a glândula pituitária, também chamada de glândula hipófise... 
 Hipófise = pituitária 
 Localizada na sela túrcica (cavidade óssea localizada na base do crânio); 
 Conecta com a haste hipofisária; 
 Ligado ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário; 
 
RELAÇÃO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE: 
 
 
NEURO-HIPÓFISE: 
A neuro-hipófise está representada pelos neurônios verdes na 
imagem, possuem dois núcleos formadores da adeno-hipófise: para-
ventricular e supra-óptico hipotalâmicos, estes estão no hipotálamo, que 
emitem os axônios. A neuro hipófise, faz com que o neurônio passe pelo 
Resumo elaborado por Júlia Madureira // @surtavet 
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 infundíbulo e fique armazenados no botão terminal, essas substâncias são 
armazenadas nas vesículas contendo substância proteica. Entra na artéria 
hipofisária e se ramifica dando origem aos capilares, assim formam veias 
hipofisárias, em seguida a artéria libera o hormônio por exocitose. A neuro 
hipófise não produz hormônios, essa apenas armazena e libera os hormônios 
produzidos pelo hipotálamo. 
 
Hormônios produzidos pelo hipotálamo e liberados pela hipófise (ambos 
proteicos) ... 
 
1. ADH; 
2. Ocitocina; 
 
ADENO-HIPÓFISE: 
 Formada por células que estão justapostas que precisam ser estimuladas 
pelos hormônios hipotalâmicos; 
 Também considerados hormônios tróficos (que são produzidos pela 
hipófise); 
 Secreta hormônios a partir da influência da liberação e secreção de 
hormônios que passam pelo hipotálamo; 
 Secreta seus próprios hormônios, que são proteínas, glicoproteínas ou 
polipeptídeos; 
 Neurônios hipotalâmicos (representado de roxo na imagem); 
 São curtos; 
 São liberados na corrente

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