Buscar

ÉTICA - 2020 - DEONTOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
FACULDADE DE ENGENHARIA NAVAL 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA NAVAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1ª ESTUDO DIRIGIDO DE ÉTICA PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO: JOSÉ GABRIEL DA SILVA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém-PA 
2021 
QUESTÕES 
 
1) Sintetize a ideia do “Imperativo Categórico” a respeito do entendimento e compreensão 
da moralidade e da ética e a ideia do “Relativismo” sobre o mesmo assunto. Comente o 
porquê destas duas ideias serem, de certa forma, contraditórias em sua aplicação dos 
princípios da moralidade e da ética. 
 
R = O imperativo categórico é a ideia central formulada por Kant para que se possa analisar o que 
motiva a ação humana e compreender a moral e a ética. O modo como um indivíduo age com base 
em princípios que gostaria de ver aplicados é a máxima e poderá se tornar o que ele chama lei 
universal. 
 
Agir com base no dever (princípio supremo da moralidade) vai além do conceito de “fazer o que 
gostaria que lhe fizessem” uma vez que sua atitude deve ser livre de interesse e possui um fim em 
si mesma. Está acima do relativismo moral em que o correto depende da situação e do contexto 
em que o sujeito se encontra e está além da subjetividade, pois pode ser aplicado a todos. Em sua 
essência é o “fazer o que gostaria que todos fizessem com todos”, partindo do princípio de que 
suas ações serão corretas se puderem se tornar uma lei universal seguida pela coletividade 
 
2) Defina o termo “Deontologia”. 
O termo deontologia deriva do grego deon ou deontos/logos e significa o estudo dos deveres. 
Sendo definido como um conjunto de deveres, princípios e normas regulamentadoras que devem 
ser seguidas por profissionais, para garantir determinado comportamento, mesmo que as regras 
não estejam regulamentadas juridicamente. Isto por que algumas normas não possuem função 
normativa (presentes nos códigos deontológicos), mas apenas reguladora (como, por exemplo, as 
declarações de princípios e os enunciados de valores). 
 
3) Defina o princípio da “Universalidade” (filósofo Kant) e o Princípio do “Respeito à 
Pessoa” (filósofo Kant). 
 
O princípio universal de Kant consiste na forma de que atua de tal modo que possas querer que 
essa atuação se converta em lei universal". Por exemplo, não é ético roubar porque o roubo não 
pode converter-se em lei universal. Trata-se de atuar por dever, por respeito à lei. Mas não uma 
lei exterior: a lei é intrínseca, o imperativo categórico pressupõe uma vontade humana autónoma 
e livre. Se o homem não se sentisse livre, não poderia ser obrigado a obedecer. 
 
A autonomia da vontade é a constituição da vontade, pela qual ela é para si mesma uma lei - 
independentemente de como forem constituídos os objetos do querer. O princípio da autonomia 
é, pois, não escolher de outro modo, mas sim deste: que as máximas da escolha, no próprio querer, 
sejam ao mesmo tempo incluídas como lei universal. 
 
 
4) Resuma o Capítulo 2 da apostila “Ética Deontologia – Manual Formação” em anexo ao e-
mail. 
 
O ser humano necessita de leis para que o convívio social seja regulado e assim possa manter a 
coesão e a integração social harmoniosa, onde essas regras terão como objetivo auxiliar o 
indivíduo na correta prática de conduta social. 
 
O comportamento social de um individuo é resultado de fatores externos e intrínseco ao próprio 
indivíduo, sendo eles definidos como: hetero regulação que ocorre quando uma entidade externa 
dita ao indivíduo a forma como ele deve decidir ou agir; e como auto regulação que ocorre quando 
o próprio indivíduo realiza a regulação de seu comportamento, ou seja, ele possui a autonomia 
individual para decidir o que é certo ou errado em sua conduta. 
 
Ética 
 
A ética, moral, os costumes, o direito e a deontologia estão inseridos em sistemas de auto regulação 
e hetero regulação, e estes modo de regulação dos comportamentos dos indivíduos constituem 
uma espécie de infraestrutura reguladora da sociedade. 
 
A ética vem sido debatida desde a época dos gregos antigos, onde definiram que a ética tem como 
responsabilidade orientar o comportamento humano. Ou seja, tem por objetivo embasar o ser 
humano para escolher entre o certo e o errado. 
 
A autonomia garantida para o indivíduo através da ética possui um sentido paradoxal, pois, assim 
como ela disponibiliza certa liberdade, ela também gera um encargo devido o individuo ter que se 
preocupar com próximo, dessa forma, deve-se buscar um equilíbrio entre a sua própria liberdade 
e a responsabilidade relativa ao próximo. 
 
A ética é definida como a racionalização do comportamento humano, ou seja, um conjunto de 
princípios obtidos através da razão e que apontam o caminho certo para a conduta, ou seja, tem a 
função de fornecer princípios operativos, normas, valores para a atuação, que o homem vai aplicar, 
de uma forma evolutiva, utilizando a sua razão, procurando em permanência as melhores soluções 
para os problemas que se lhe colocam. 
 
Moral 
 
A moral é um conjunto de regras, valores e proibições vindos do exterior ao homem, ou seja, 
impostos pela política, a religião, a filosofia, a ideologia, os costumes sociais, que impõem ao 
homem que faça o bem, o justo nas suas esferas de atividade, ou seja, a moral e a aceitação de 
regras dadas. 
 
A moral lhe obriga a cumprir um dever fundado num valor moral imposto por uma autoridade. 
Por isso, aplica-se através da disciplina e a motivação para a ação é, neste caso, a convicção e a 
sanção. 
 
Costume 
É uma de hetero regulação que se refere a valores partilhados que vem sendo passados de geração 
em geração, que se baseiam em regras não formais e sem escrita, sendo resultado da experiência 
e história de vida e experiencias passadas. 
 
Esse processo é realizado pela tradição, pela pressão social na conformidade com uma 
determinada forma de agir, e pela ameaça de marginalização pelo grupo em caso de não 
conformidade. 
 
Direito 
 
É o modo de regulação dos comportamentos mais operativo nas sociedades democráticas, pois 
impõe obrigações e estabelece mecanismos procedimentais para garantir a sua aplicação. Através 
das leis, garante-se a organização e o funcionamento da sociedade e estabelecem-se relações claras 
de autoridade e de poder. 
 
A ética e o direito são categorias de normas diferentes, apesar de por vezes se sobreporem e outras 
vezes colidirem, mas existe uma grande diferença que reside no tipo de regulação: na ética as 
obrigações, os deveres são internos, pertencem à esfera privada do indivíduo, enquanto que no 
direito os deveres impostos pela legislação são externos, pois estão dirigidos aos outros. 
 
Deontologia 
 
A deontologia possui características hetero reguladora, pois acontece quando um grupo de pessoas 
se reúne para de delimitar comportamentos com base em normas e regras para garantir a excelência 
no trabalho. 
 
O objetivo da deontologia é estudar o conjunto dos deveres profissionais estabelecidos num código 
específico que, muitas vezes, propõe sanções para os infratores. Melhor dizendo, é um conjunto 
de deveres, princípios e normas reguladoras dos comportamentos exigíveis aos profissionais, 
ainda que nem sempre estejam codificados numa regulamentação jurídica. 
 
Autores relatam que a deontologia deve seguir ações que venham abranger tanto as normas quanto 
o valor. Se o valor não é assumido pelo agente, este não age racionalmente, de forma livre e 
responsável, de acordo com aquilo que, interiormente, sabe que deve fazer. E a verdade é que para 
ser bom profissional, o homem deve desenvolver todas as virtudes humanas, exercitadas através 
da profissão. 
 
 
5) Sintetize o Capítulo 3 da apostila “Ética Deontologia – Manual Formação” em anexo ao 
e-mail. 
 
O comportamento humano foi, desde sempre, avaliado sob o ponto de vista do bem e do mal, do 
certo e do errado. A ética diz-nos, não o que o homempode fazer, mas o que o homem deve fazer. 
Ou seja, elucida-nos sobre as escolhas que o homem deve fazer em liberdade e através das quais 
se desenvolve e aperfeiçoa. 
 
Muitos filósofos estudaram e desenvolveram trabalho relacionados a ética, onde foi destacado que 
a ética é essencialmente subjetiva, tem a ver com valores e opiniões pessoais, o que explica porque 
as pessoas discordam sobre tantas questões éticas. Esta discussão entre objetivismo e subjetivismo 
remonta aos Sofistas e a Sócrates e Platão. Enquanto que os sofistas consideravam que o bem e o 
mal refletem as opiniões subjetivas, Platão e Sócrates acreditavam que o bem e o mal faziam parte 
da natureza objetiva das coisas. 
 
Atualmente, autores destacam que a ética tem de residir num fundamento objetivo, válido para 
todos. Sob pena de não ser operativa e de não contribuir para reforçar a coesão social, na medida 
em que é incapaz de enquadrar o homem na sociedade. 
Dentre os principais filósofos clássicos pode-se destacar Platão que diz que agir eticamente é agir 
com retidão de consciência, onde O verdadeiro sábio procura atuar em busca do ideal e corrigir-
se quando se engana. Através da sua inteligência e virtude, o homem regressa ao mundo das ideias. 
 
Outro que merece grande destaque que é conhecido como pai da filosofia é Aristóteles que durante 
toda sua vida procurou se dedicar ao estudo da ética, onde destacou que cada um procura alcançar 
o bem ao atuar, pelo que do bem depende a autorrealização do homem, a sua felicidade. O bem 
próprio do homem é a inteligência: o homem é um animal racional. Por isso, o homem deve viver 
segundo a razão, de forma a alcançar as virtudes, nomeadamente a sabedoria. 
 
Zenão de Cicio defende que o fundamental é viver com retidão, lutando contra as paixões. Aspetos 
fundamentais da doutrina estóica são também a compreensão, o cosmopolitismo (o homem como 
cidadão do mundo) e a igualdade de todos os homens. Já Epicuro enfatizou que o homem deve 
fazer o que gosta mais, o que lhe dá prazer, do corpo e da alma. Esta busca do prazer deve ser 
regida pela prudência: o homem deve diminuir os desejos, para ser autossuficiente, despreocupado 
e tranquilo: "não ter dor no corpo nem perturbação na alma". 
 
Para os contratualista a ética um conjunto de regras e princípios em que temos de acordar para que 
a sociedade funcione. Neste sentido, torna-se difícil distinguir entre normas éticas e normas sociais 
e os principais filósofos desta corrente foram filósofos políticos. É o caso de Thomas Hobbes 
(1588-1679), John Locke (1632-1704), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e, recentemente, John 
Rawls (1921-2002). 
 
Segundo os filósofos contratualistas, há um período da humanidade, que é o período pré-social, 
em que o ser humano se encontra em seu estado de natureza. O estado de natureza é o período em 
que a sociedade ainda não se formou, quando não há uma lei civil e, portanto, uma civilização 
para amparar o convívio social. Esse estado é regido por uma lei de natureza que coloca os seres 
humanos em plena igualdade de direitos. Chamamos esse conjunto de direitos naturais e a teoria 
do estado de natureza de jusnaturalismo. 
 
O grande problema do estado de natureza é que a igualdade de direitos gera conflitos, e, para que 
a convivência seja mais pacífica entre as pessoas, é necessário instituir um conjunto de leis civis 
que solucione todos os possíveis conflitos que podem surgir nela. O estado formado após o estado 
natural é chamado de sociedade civil ou estado civil. 
 
Os filósofos diferem na forma do consentimento dado ao contrato, mas concordam que, uma vez 
celebrado, o contrato social constitui a base da lei e da ética e da nossa obrigação social de 
reconhecer e respeitar as necessidades dos outros indivíduos. Na realidade, são teorias mais 
políticas do que éticas. 
 
O bem comum destacado entre diversos filósofos defende uma ética em que o bem individual está 
ligado ao bem comum, da comunidade. Por isso, os membros da comunidade estão ligados por 
objetivos e valores comuns. Esse tema depois de remontado por Platão, Aristóteles e Cícero, 
recentemente foi definido por John Rawls como as condições que existem benefícios de todos, ou 
seja, cada pessoa é dona de uma inviolabilidade fundada na justiça, que nem o bem comum da 
sociedade. Portanto, numa sociedade justa, os direitos garantidos pela justiça não são objetos de 
negociação política nem são computados no cálculo dos interesses sociais". 
 
O padrão ético do utilitarismo é "estão certas as ações que produzam a maior quantidade possível 
de bem-estar”, Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) são os dois autores 
que podem ser considerados os inspiradores do utilitarismo social, político e ético. 
 
A descrição mais comum do utilitarismo diz respeito ao bem estar dos seres sencientes, aqueles 
que são capazes de sentir dor e prazer, em alguns casos mesmo os não humanos. Esta descrição é 
o motivo pelo qual, modernamente, o utilitarismo tem sido usado em discussões acerca do 
sofrimento de animais não humanos e aspectos éticos envolvidos com a produção de animais com 
finalidade alimentar. Para Bentham, utilidade é o agregado de prazeres, depois de deduzido o 
sofrimento de todos os envolvidos em uma ação, uma espécie de prazer liquido, que seria base 
para a felicidade. Stuart Mill por outro lado possuía um conceito mais amplo, focando seus 
esforços nas regras ao invés das ações morais individuais. Nesta conceituação Mill incluía não 
apenas a quantidade, mas a qualidade do prazer, o que contribuiu para a sofisticação do debate. 
Alguns autores por outro lado trataram de desenvolver o chamado utilitarismo negativo, que nega 
o valor positivo do prazer, procurando definir a utilidade em termos de sofrimento, desta forma, o 
mais útil seria o que causa menos sofrimento. 
Atualmente todas as formas de utilitarismo enquadram-se na categoria consequencialismo, tendo 
as consequências das ações humanas como o padrão de certo e errado. Porém, o utilitarismo se 
distingue de outras formas de consequencialismo na medida em que leva em consideração o bem-
estar de todos os indivíduos igualmente. Embora Bentham seja considerado o fundador do 
utilitarismo, o aspecto do utilitarismo que trata do prazer foi descrito historicamente como uma 
forma de hedonismo, e tem raízes antigas na filosofia, desde Aristippus e Epicuro, que viam a 
felicidade como o único referencial de bem, e associavam a felicidade ao prazer. 
 
Immanuel Kant buscou criar um modelo ético que fosse independente de qualquer tipo de 
justificação moral religiosa e se baseasse apenas na capacidade de julgar inerente ao ser humano. 
Para isso, Kant elaborou um imperativo, uma ordem, de forma que o indivíduo pudesse utilizar 
como uma bússola moral: o Imperativo Categórico. 
 
Esse imperativo é uma lei moral interior ao indivíduo, baseada apenas na razão humana e não 
possui nenhuma ligação com causas sobrenaturais, supersticiosas ou relacionadas a uma 
autoridade do Estado ou religiosa. O filósofo buscou fazer com a filosofia o que Nicolau 
Copérnico fez com as ciências. A revolução copernicana transformou toda a forma de 
compreensão do mundo. 
 
A ética de Kant fundamenta-se única e exclusivamente na Razão, as regras são estabelecidas de 
dentro para fora a partir da razão humana e sua capacidade de criar regras para sua própria conduta. 
Isso garante a laicidade, independência da religião, e a autonomia, independência de normas e leis, 
da moral kantiana. Kant buscou substituir a autoridade imposta pela Igreja pela autoridade da 
Razão.