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PATOLOGIA DO ESÔFAGO

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1 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
PATOLOGIA DO ESÔFAGO 
MATERIAL NO PORTAL (RELATOS DE CASOS) 
a) CARCINOMA EPIDERMOIDE ESOFÁGICO EM PACIENTE 
COM ESÔFAGO DE BARRET: O primeiro caso é 
interessante, já que, o Esôfago de Barret confere risco 
aumentado ao Adenocarcinoma de Esôfago, e, o 
paciente no relato tem Carcinoma Epidermoide. 
b) NEOPLASIA NEUROENDÓCRINA PRIMÁRIA DE 
ESÔFAGO: Na aula de patologia do pulmão, vimos que o 
pulmão trata-se de um sítio de neoplasia 
neuroendócrina, que são aquelas que se originam de 
células embrionárias em outros orgãos como a tireoide, 
e, essas ficam em outros sítios como pulmão, esôfago, 
mas raramente como lesão primária, e, sim, como lesão 
secundária, visto que, ela veio de uma outra 
origem/outro orgão. 
OBJETIVOS 
• Reconhecer as principais patologias malignas; 
• Identificar alterações macro e microscópicas das lesões; 
• Estabelecer relações clínico-patológicas; 
• Interpretar laudos anátomopatológicos; 
• Como solicitar os exames histopatológicos. 
MORFOLOGIA E RELAÇÕES ANATÔMICAS 
 
O esôfago desenvolve-se a partir da porção craniana do 
intestino anterior. É um tubo muscular altamente distensível 
oco que se estende da epiglote à junção gastroesofágica, 
localizado logo acima do diafragma. Ele faz correlação com a 
traqueia, grandes vasos, tireoide, diafragma. E, devemos 
atentar que sua relação com a cardia, tem grande 
importância nessa aula. Na imagem da direita, vemos um 
corte histológico, onde temos uma lâmina corada com 
hematoxilina e eosina. A mucosa é a área mais agredida nos 
casos das lesões, e, à medida que essas vão se 
aprofundando, vão se tornando mais graves. O prognóstico 
do carcinoma e adenocarcinoma é ruim, já que é descoberto 
tardiamente, e, trata-se de uma doença muito “traiçoeira”. 
 
 
 
 
ADENOCARCINOMA ESOFÁGICO: desenvolve-se no interior 
do epitélio colunar displásico. 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS ESOFÁGICO: 
derivado do epitélio estratificado não-queratinizado, 
característico da mucosa normal do esôfago. 
 
NATUREZA DAS AMOSTRAS 
• Íntimos fragmentos provenientes de biopsias por 
Endoscopia Digestiva Alta (EDA). 
Muitas vezes esses fragmentos são ulcerados, estenosados, 
e, isso pode trazer muita dificuldade no ato da biopsia que é 
muito superficial, e, não é adequada para diagnóstico. Por 
outro lado, o endoscopista sempre tem a preocupação na 
hora de fazer essa biopsia incisional porque trata-se de uma 
área que sangra muito, e, as vezes temos varizes, fazendo 
sangrar mais ainda. Para evitar esse sangramento, as 
amostras são sempre ínfimas, de uma dificuldade muito 
grande para trabalhar. Dai a importância de mencionar a 
natureza dessa lesão que está sendo analisada, se tem área 
de necrose, área estenosante, área ulcerada, e, outros 
aspectos possíveis, como aspecto de atrofia. 
 
Essa é uma demonstração técnica do que analisamos, isso é 
um fragmento que veio na endoscopia, e, trata-se de um 
bloco de parafina que faz parte da elaboração da lâmina, e, 
já esta corado por hematoxilina e eosina, podem ser usados 
outros métodos, mas, a princípio, é a coloração universal. 
SINTOMAS 
Tem diagnostico diferencial com IAM, devido aos sintomas 
parecidos. Os sintomas principais dessas doenças do esôfago 
são: 
• Pirose (desconforto do esôfago ao deglutir); 
• Dor retroesternal; 
• Disfagia (dificuldade de engolir); 
• Hematêmese; 
• Obstrução (Acalasia que é uma disfunção da 
musculatura lisa na peristalse, pode ajudar a fazer com 
que membranas se esbocem, e, provoquem obstruções. 
Também podemos ter obstruções por tumores os 
pólipos que crescem para fora); 
• Emagrecimento. 
DISCIPLINA ANATOMIA PATOLÓGICA 
 AULA 5- PATOLOGIA DO ESÔFAGO 
PROFESSOR ULISSES 
 
2 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
PRINCIPAIS PATOLOGIAS 
São muitas, mas, nessa aula temos interesse nas lesões de 
baixo grau, alto grau, esôfago de Barret, tipos de Carcinoma, 
e, Adenocarcinomas. Mas, é bom citar que existem também 
os Divertículos, que são como alças/bolsas dentro de uma 
luva, que, por um relaxamento muscular, uma disfunção do 
esfíncter de esôfago, acabam causando essas alterações, 
então é uma flexibilidade maior da mucosa/musculatura lisa 
do esôfago, mas isso ajuda a ter infecções, acúmulo de 
alimentos, e, regurgitações de alimentos, juntando 
substâncias, e, acarretando lesões também. A Acalasia, que 
são alterações da peristalse, da atividade muscular lisa, do 
esfíncter gastroesofágico, isso é idiopático, passa 
despercebido, as vezes o estresse, as doenças, os tipos de 
alimentos, as doenças, como Chagas, que apesar de não ser 
comum na nossa região, em outras regiões do país nos 
temos muitos casos. Outra patologia importante, são as 
Esofagites, as quais tem várias etiologias diferentes, as mais 
delicadas são aquelas causadas pela Doença do Refluxo 
Gastroesofágico. Também falaremos um pouco sobre as 
Varizes Esofágicas, e, iremos nos fundamentar um pouco 
mais na Esofagite de Barret, ou Esôfago de Barrett que está 
relacionado a mutações genéticas, inclusive da proteína p53, 
mostrando a correlação mutacional das alterações do 
Esôfago de Barrett como lesão precursora do 
Adenocarcinoma. 
 
Um diagnóstico de Doença de Barret, logo pensamos em 
Adenocarcinoma, mas não é só isso, é também necessário 
analisarmos a presença de displasias leves ou acentuada, ou 
severa. Se pegamos uma doença de Barret, e, vem escrito 
“Displasia leve”, o procedimento com esse paciente é um, 
mas, se for “Displasia Acentuada”, dependendo da clínica, 
em algumas situações, essa deverá ser tratada com 
carcinoma in situ, e, iremos falar isso no decorrer da aula. 
Em alguns países, 60% das doenças malignas de esôfago são 
os carcinomas, e, 40%, os Adenocarcinomas, no Brasil, não 
temos estatísticas adequadas, portanto, não podemos 
afirmar isso de forma alguma com precisão. 
 
Podemos também citar os Pólipos, que são lesões 
vegetantes de células glandulares, as quais, não ocorrem 
apenas no esôfago, mas também no estômago, intestino, e, 
sempre tem relação com adenocarcinomas, portanto, esses 
têm que ser retirados integralmente. Os Pólipos (comuns), 
lipomas (mais comuns), fibromas, são mais mesenquimais, 
portanto, não são da mucosa esofágica propriamente dita, 
todos eles são benignos, e, ao retirar na endoscopia 
digestiva, devemos verificar na sua integridade se tem 
alguma atipia, e, orientar ao clínico o segmento desse 
paciente. Os Fibromas são os causadores de alterações na 
deglutição, no estreitamento da luz do esôfago, e, os 
Papilomas podem ter duas etiologias, até chamamos de 
lesões boderline limítrofes, elas podem ser causada pelo 
HPV, e, então tem relação com carcinoma, mas, podem 
também ser causadas por alterações do próprio organismo 
inclusive por questões genéticas. 
IMAGENS 
Na imagem acima, temos a retirada de um pólipo na sua 
integridade, observamos bem a parte do pedúnculo, mais 
importante para o diagnóstico, que são viáveis, e, o restante 
é área de estenose, muito agredida pela temperatura, 
trauma mecânico, área degenerativa, então, nas biopsias de 
esôfago temos que retirar os pólipos na sua totalidade, já 
que, retirando apenas a parte superficial, acabamos dando o 
diagnóstico ruim, e, não conclusivo, então, os pólipos devem 
ser inteiramente retirados, e, principalmente, a base será 
analisada. 
 
3 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Esse é o mesmo pólipo, mas, está sendo visto durante a 
endoscopia digestiva, é sempre muito hiperemiado, e, por 
isso, a preocupação quanto a retirada desse pelo risco de 
sangramento. Para conter esse sangramento, às vezes só 
mesmo o gastro consegue, e, as vezes nem consegue com 
medicamento, mas apenas com técnica de balão, fazendo 
uma espécie de curetagem local, queimar o tecido, e, não é 
fácil conter esse processo hemorrágico. As pessoas que 
fazem uso de cocaína, álcool de maneira rotineira, e, outros 
agressores da mucosa, essas acabam falecendo devido a 
hipovolemia, dentre outras consequências que a hemorragia 
vema trazer ao paciente. 
EXEMPLO DE LAUDO 
Acima, temos uma endoscopia, e, uma das observações 
colocadas é que tem lesão estenosante, lesão ulcerada, área 
de necrose, o que favorece sempre ao chamado câncer, ou, 
carcinoma, e, até mesmo o adenocarcinoma. Ao final, ele 
coloca que interrompeu o processo devido a possibilidade 
do sangramento intenso, sendo uma preocupação do 
endoscopista. 
No laudo descritivo, foi relatada uma “lesão infiltrativa”, e, 
quando se fala nessa lesão, pensamos logo em 
adenocarcinoma, e, foi feita biópsia para análise 
histopatológica. Portanto, LESÃO INFILTRATIVA NA EDA 
FAVORECE O ADENOCARCINOMA. 
ESOFAGITES 
QUÍMICAS INFECCIOSAS 
As principais são causadas por microrganismos (ou seja, as 
infecciosas) e pela Doença do Refluxo Gastroesofágico, 
principalmente, relacionado tanto a parte química quanto 
de microrganismos. A Helicobacter pylori entra nesse jogo, 
mas, como iremos falar muito dessas nas patologias do 
estômago, como uma bactéria carcinogênica, vamos 
verificar que ela está presente também no esôfago, mas, 
nesse caso, tem ação contrária, protetora (*”vocês devem ler 
no livro pra não se confundir”). De qualquer forma, os 
agentes como Candida, são importantes, visto que, apesar 
de serem fungos oportunistas, causam danos em paciente 
com imunidade baixa, como diabéticos, transplantados, 
tratados com radio e quimioterapia, e, para esses, faz uma 
diferença imensa, apesar desse patógeno não ter relação 
com câncer. 
Os vírus, principalmente, o Herpes, o qual trata-se de um 
vírus carcinogênico, apesar de não ser tanto quanto o HPV 
(na maioria dos casos, não desenvolve a lesão maligna 
vegetativa no esôfago). Também está relacionado com o 
HIV, não que o vírus causa o tumor, mas a queda da 
imunidade do paciente. O Trypanosoma cruzi, 
principalmente, nas regiões endêmicas, é um fator 
importantíssimo, já que destrói todo o tecido, em especial as 
células nervosas, que mantém o peristaltismo do esôfago, 
principalmente, gastroesofágico, e, esse fator é importante 
para as obstruções, principalmente no Norte do país, mas 
com essa mobilidade que temos hoje em dia, em qualquer 
lugar do país esse é um diagnóstico comum. Temos ainda o 
CMV, o mesmo do colo uterino, o qual tem grande tropismo 
pelo tecido de revestimento, e, é também causador de 
esofagite, além de ser um agente carcinogênico. A Doença 
De Crohn, aquela que afeta principalmente o intestino 
delgado, e, o intestino grosso, o cólon, o TGI inteiro, mas, 
com frequência os intestinos, também está presente no 
esôfago, sendo um dos causadores de esofagite microbiana, 
sendo mais de 30 espécies de bactérias diferentes causando 
danos. 
No caso do Herpes, CMV, e, HPV, as inclusões são 
especialmente no núcleo celular, e, cada um causa uma 
alteração diferente, portanto, conseguimos relacionar o tipo 
de lesão que é uma inflamação do esôfago com seu 
causador, que facilita o trabalho do gastro e do clínico. 
Agora, falando sobre as Esofagites Químicas, é obvio que 
álcool em excesso, refrigerantes, ácidos de alimentos, 
conservantes, condimentos, associados ao fumo, é um dos 
importantes causadores importantes dessas Esofagites, mas, 
essas Esofagites sempre levam primeiro a DRGE, esse, 
principalmente no esôfago distal, próximo ao esfíncter entre 
esôfago e duodeno, é que vai ocorrer mais esses tipos de 
lesões, é uma área mais propícia a esse tipo de tumor, 
inclusive ao Esôfago de Barret e Adenocarcinoma. Do terço 
médio para proximal, são mais os carcinomas. Os fluidos 
quentes também. Inclusive, o refluxo traz uma série de 
substâncias que muitas vezes acumulam dentro das junções 
(cortou, entendi nada). Outro aspecto que deve ser relatado 
aqui são produtos químicos de pessoas que usam na 
tentativa de suicídio. Na quimioterapia também temos 
problemas com as esofagites. 
 
4 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Alimentação rica em produtos vegetais diminui a frequência 
de todas as doenças do esôfago, a alimentação rica em 
produtos animais, provocam alteração maior do esôfago, e, 
os efeitos sinérgicos ocorrem com mais frequência. 
Portanto, esses vírus citados se tornam mais carcinogênicos 
do que outros que não teriam esse tipo de conduta com 
produtos animais. 
 
Nesse caso, é feita uma biopsia excisional, só para confirmar, 
ao mandar esse material para o laboratório, com essa 
descrição que temos, e, com a endoscopia, favorece muito o 
diagnóstico, mas, de cara, com a microscopia, favorece 
muito uma lesão causada pelo HPV, uma papilomatose. Se 
vai ter câncer ou não já é outra história. 
No HPV, teremos sempre um coiloisto. Não temos dimensão 
de citoplasma. Temos o núcleo da célula em mitose atípica, 
núcleo pleomorfico, sem um padrão de forma. Por isso, ele 
demora tanto para ser diagnosticado, não é no primeiro 
momento que ele invade o interior da célula. Primeiro 
teríamos uma esofagite bacteriana, depois uma displasia 
leve a moderada. 
 
Pessoas que tem doenças alérgicas, verminoses, doenças de 
pele, normalmente, ela apresenta grande quantidade de 
eosinófilos no seu exame de sangue, grande parte dessas 
alergias vem dos próprios alimentos, alimentos de origem 
animal, leite, isso sensibiliza também a mucosa, o sistema de 
defesa do esôfago, associando com a doença do refluxo 
gastroesofágico, esses eosinófilos aparecem em maior 
quantidade, portanto, nunca aparece essa esofagite de 
refluxo sem a presença desses eosinófilos, porque no refluxo 
acabamos ter produtos alimentares que retornam do 
duodeno, e, para o esôfago distal, e, isso causa um 
desequilíbrio da ecologia/ ambiente da junção do esôfago 
com o duodeno. Portanto, a DRGE é uma das maiores causas 
de lesões do esôfago, que se relaciona com o aparecimento 
da doença de Barrett. Portanto, é uma esofagite de refluxo, 
são esses produtos do estômago, sejam eles de várias 
naturezas animais, que aumentam o número de eosinófilos, 
que desencadeia a doença de Barrett. 
VARIZES ESOFÁGICAS 
Inúmeras são as causas dessas varizes, como as pílulas que 
acabam sendo dissolvidas no esôfago, cirrose, e, 
esquistossomose hepática. O conjunto de fatores provoca 
aumento da hipertensão, inclusive doenças hepáticas que 
levam a aumento da hipertensão porta hepática, podem 
acarretar a ruptura desses vasos, e, hemorragia. 
ACALASIA 
A acalasia é caracterizada pela tríade de relaxamento 
incompleto do Esfincter Esofagiano Inferior, aumento do 
tônus do EEI e aperistalse do esôfago. 
 
5 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Causas: Doenças da Tireoide, Neuropatia Diabética, Chagas 
e Herpes Simples, Síndrome de Down e Tumores Malignos. 
DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS 
• Clínica; 
• Endoscopia Digestiva Alta; 
• Biopsia (material pequeno e difícil de trabalhar). 
MÉTODOS LABORATORIAIS 
• Histopatológico e Imunohistoquímica; 
• Marcadores tumorais (não há nenhum específico). 
ESÔFAGO DE BARRETT 
 
Esse, tem correlação com o aparecimento do 
adenocarcinoma, o que não quer dizer que quem tem 
esôfago de Barrett, vai ter adenocarcinoma, mas se percebe 
um aumento significativo do Adenocarcinoma em pessoas 
que tem Esôfago de Barret. Se for esôfago de Barrett com 
uma displasia leve, é uma conduta, se for acentuada ou 
severa, o protocolo de acompanhamento é outro. Mas 
temos que lembrar que o Esôfago de Barrett é em 
consequência da DRGE. Se recebemos um laudo com 
“adenocarcinoma”, “carcinoma epidermoide”, etc, é fácil, 
difícil é quando tem um laudo descritivo. Em uma biopsia 
esofágica se tiver “Metaplasia intestinal no esôfago distal”, 
significa que há uma agressão que pode desenvolver Esôfago 
de Barrett. Se por um lado a atrofia protege o esôfago, por 
outro, pode sinalizar uma lesão. 
 
A questão de colocar essa nota, é de estudos moleculares da 
correlação do Esôfago de Barrett com o aparecimento do 
adenocarcinoma, isso é feito analisando mutações genéticas 
das células tumorais. Então, pegamos o Esofago de Barrett 
da paciente, fazemos um estduo genético antes de qualquer 
alteração, comparamos com as alteraçõesdo Esofago de 
Barrett, e, depois comparamos com as células tumorais do 
adenocarcinoma. Essa evolução dura de 5 a 10 anos, isso 
depende do hospedeiro, país, hábitos alimentares, 
sinergismos de drogas, mas de fato, podemos citar que essas 
alterações são genéticas, mutacionais, para transformar-se 
no esôfago de Barrett e, para o adenocarcinoma temos 
outras mutações que vão sobrepondo. 
Então temos a sequência: 
METAPLASIAS INTESTINAIS -> DISPLASIA LEVE, 
MODERADA OU SEVERA -> HEMORRAGIA -> 
PERFURAÇÕES -> ESTENOSE -> TUMOR 
(ADENOCARCINOMA) 
Não existe protocolo, e, isso é uma controvérsia. Se for 
displasia de alto grau, precisamos fazer endoscopia de 6 em 
6 meses com biopsia, para observar essa evolução. No caso 
do Japão, a endoscopia é obrigatória, devido ao consumo de 
alimentos crus. 
 
As displasias podem ser de leve e alto grau. A leve tem 
acompanhamento bem simples, e, a de alto grau, 
dependendo do quadro clínico, pode ser tratada como um 
carcinoma in situ, que é aquele que não invadiu a camada 
basal, está contido, muito pequeno, em uma área muito 
restrita, mas não deixa de ser um carcinoma, devendo ser 
tratado com radio e quimio, normalmente sem cirurgia, mas, 
como não tem um protocolo, posso fazer a cirurgia se quiser. 
 
6 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
CARCINOGÊNESE 
EDA E BIOPSIA 
CONDUTA: BIÓPSIA INCISIONAL COM OBTENÇÃO DE 
AMOSTRA (ÍNFIMA). 
A endoscopia é a base para fazer a biopsia, e, a biopsia é 
incisional, um fragmento bem pequeno é retirado. Também 
tem o diagnóstico cipatológico, o de retirada do esôfago, 
mas vamos nos ater na EDA. 
IMUNOSSUPRESSÃO 
Temos que ter atenção especial com os pacientes com HIV 
ou AIDS, reumáticos, diabéticos, em hemodiálise, 
transplantados, oncológicos, pacientes imunodeprimidos 
em geral tem maior chance dessas doenças do esôfago. 
AOS MÉDICOS ENDOSCOPISTAS: 
 “A SEGURANÇA DE UM LAUDO HISTOPATOLÓGICO DEVE 
PARTIR DA NATUREZA DA AMOSTRA BIOLÓGICA 
RECEBIDA.” 
P53 
Esse gene é o guardião do genoma, e, quando ele falha, não 
protege o tecido, não protege do aparecimento do câncer. 
REVENDO 
Nenhum paciente irá aparecer de uma hora para outra com 
um carcinoma escamoso ou epidermoide, ele vem com 
história de esofagite, acalasia. Também não aparece um 
adenocarcinoma do nada, tem história de lesões 
cumulativas, o adenocarcinoma é uma sequencia que leva 
até 10 anos ou mais que isso. 
 
 
 
 
FIGURA 17-9 Câncer esofágico. A, O adenocarcinoma 
geralmente ocorre distalmente e, como neste caso, 
frequentemente envolve a cárdia gástrica. B, O carcinoma de 
células escamosas é mais frequentemente encontrado no 
esôfago médio, onde costuma causar estenoses. 
 
No esôfago distal, porção que está chegando no estômago, 
ou duodeno, justamente nessa área que surge o esôfago de 
Barret. Temos um tumor ulcerado, pleomórfico, com cores 
diferentes, e, a impressão é que saiu da parede, infiltrativo, 
e, cresceu de maneira exofítica, causando obstrução. Temos 
um tumor justamente na área da lesão do esôfago de 
Barrett, e, já vou fazer uma biopsia praticamente sabendo 
que tenho um adenocarcinoma. 
O carcinoma de células escamosas não cresce para dentro 
da luz, ela puxa a mucosa para dentro da luz, e, parece que 
está fazendo uma ligação entre as duas paredes desse tubo 
fibroelastico, ela não dilata mais o esôfago, ela estreita, 
provoca uma estenose. Uma outra característica 
importante, é que essa lesão não está na região do esôfago 
de Barrett, e, sim, mais para região média do esôfago. 
PARA PENSAR: 
O FUTURO DO PACIENTE COM TUMOR DE ESÔFAGO É 
BOM? 
Vai depender do grau da lesão no momento do diagnóstico. 
Devemos lembrar que em biópsia de esôfago não temos 
estadiamento, e, sim, apenas ao fazer ressecção do tumor. 
Depende também do estilo de vida do paciente, devido ao 
sinergismo, o que é fundamental para o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
PROGNÓSTICO: 
Em caso de carcinoma, é de 5 anos. 
As displasias ocorrem de forma gradual e longa. Nenhuma 
doença provoca alteração genética sozinha sem alterações 
epigenéticas. O leite fermentado provoca alergia, causa 
danos, então, tem toda uma interação. 
A mutação genética de um carcinoma epidermoide, é 
diferente da alteração genética de um carcinoma 
neuroendócrino, mas uma coisa é certa, a genética está 
envolvida. 
PATOLOGIA MICROSCÓPICA 
Aparecendo células em Anel de Sinete é sinal de 
malignidade, de Adenocarcinoma. 
Aparecendo grande quantidades de proteína queratina, 
formando Pérolas Córneas, formando ilhas de queratina na 
microscopia por HE, é sinal de Carcinoma Escamoso. 
Apareceu nas células glandulares do esôfago, grande 
quantidade de produção de mucina, é sinal de 
Adenocarcinoma. 
Macroscopicamente, os tumores infiltrativos, são sinais de 
Adenocarcinoma. 
Essa célula tem um núcleo fusiforme, as vezes mais ovalado, 
e, vem para a reborda da membrana plasmática, a 
membrana fica mais grosseira em volta do núcleo, e o 
restante mostra um citoplasma mais claro, uma membrana 
mais delgada como um anel, por isso, apelidada como Célula 
em Anel de Sinete. 
REFLEXÃO 
Mutação da p53, ela deixa de ser fator protetor, guardião de 
toda mucosa do tubo esofágico, principalmente em relação 
aos adenocarcinomas. 
No carcinoma escamoso, fala mais alto os fatores 
epigenéticos, externos, como álcool, fumo, cocaína, 
conservação de alimentos em gelo, e, até 10 anos com 
radiação, que tem aumentado as chances de câncer de 
esôfago, e, não se sabe se o que influenciou foi a radiação 
(gamografia-por cobalto 60 e césio 137). O cigarro, parece 
que não é a nicotina a culpada pelos tumores, e, sim, a 
radiação do cigarro. 
FIGURA 17-10 Câncer esofágico. A, Adenocarcinoma 
esofágico organizado em glândulas em íntimo contacto. B, 
Carcinoma de células escamosas composto de ninhos 
(grupos) de células malignas que recapitulam parcialmente a 
organização do epitélio escamoso. 
 
EXAMES HISTOPATOLÓGICOS 
Descrição das requisições médicas, e, laudos 
anatomopatológicos. 
1: Sendo biópsia de Esôfago Distal, não fico pensando em 
carcinoma, e, sim em Esôfago de Barrett, e, Adenocarcinoma. 
2: Deverá ser complementado pela imuno-histoquímica. 
 
8 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
3: Deveria ter sido comentado qual a região do esôfago, se medial, 
proximal, ou, distal. Em muitos casos, precisaríamos utilizar 
colorações imuno-histoquímicas para saber qual o agente. 
4: Diagnóstico de um carcinoma espinocelular, raro. 
CARCINOMA ESPINOCELULAR 
Tem característica muito importante de ser o mais 
metastático, e, o mais agressivo. Há presença de Pérola 
Córnea. 
 
ALUNO PESQUISE: 
O QUE É PROGNÓSTICO RESERVADO? 
“Prognóstico reservado significa que a probabilidade de 
melhora é pequena. Porém esse significado pode variar de 
acordo com a doença e características do paciente.” 
O QUE É LEITE MURSIK? 
“Mursik é uma variante leite fermentado tradicional das 
pessoas Kalenjin de Kenya.” Está relacionado com o maior 
número de câncer de esôfago nesse região da África.

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