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Medicina FTC – 2020.1 Catarina Viterbo NEOPLASIAS DO TGI Gastroenterologia – Prof. Ronado Carneiro – 01/06/2020 • Maioria das neoplasias em seres humanos • Fatores de risco → tabagismo, alcoolismo, obesidade e dieta • Importância do diagnóstico precoce • Screening : exames de rotina →endoscopia, colonoscopia e USG abdome o Cuidado para não solicitar exames desnecessários. • Gama de manifestações: podem começar a manifestação com fadiga, cansaço, sintomas gerais, como a trombose Paraneoplásica de trombose venosa profunda paraneoplasia, ou com uma embolia pulmonar associada a um trombo tumoral. o Algumas neoplasias fora do intestino e alguns quadros relacionados a neoplasia tem início a partir de um trombo que sai do tumor e foi parar dentro do pulmão, provocando embolia pulmonar, um TEP ou um trombo que saiu do intestino e foi parar no sistema nervoso periférico, nos membros inferiores, levou a uma trombose venosa profunda e o paciente abre quadro com edema progressivo e importante com dor no membro inferior. Câncer do esôfago Adeno CA ( vs CA espinocelular →90%) CA espinocelular (CEC): juntamente com o carcinoma epidermóide tem relação com o tabagismo e elitismo. AdenoCA: muito relacionado com o esôfago de barret. Mas não obrigatoriamente tem que ser assim. • O paciente que tem esôfago de Barret entra no grupo de pacientes que tem que ser investigado frequentemente com o sistema de Screaning endoscópico. Isso porque essa alteração da mucosa (metaplasia intestinal completa da mucosa esofagiana) leva a chance cumulativa do desenvolvimento de adenocarcinoma ano após ano. • Requer acompanhamento específico com o Gastro. ♂ > ♀ 6ª maior causa Câncer do esôfago SINTOMAS Disfagia → > 50% da luz: Geralmente se manifesta quando o paciente já está com o quadro avançado. Tem associação quando há um comprometimento de mais de 50% da luz do esôfago. PACIENTE TEM: PIROSE + REGURGITAÇÃO INEXPLICADA + ANEMIA ASSOCIADA + FAIXA ETÁRIA MAIS AVANÇADA. → Não esperar a disfagia para pensar em CA de esôfago. É uma disfagia PROGRESSIVA: diferente da disfagia do paciente com doença da contração de musculatura esofagiana da musculatura. Em geral, é uma disfagia que o paciente já tem já algum tempo ou está associada a uma esofagite do refluxo, que já tem de 5 a 10 anos. Odinofagia e regurgitação Perda ponderal Halitose: A depender do nível de obstrução, o paciente mal consegue fazer o bolo alimentar migar na direção descendente e muitas vezes vai ter resto alimentar acumulado no esôfago dando halitose que acompanha esses quadros frequentemente. Sintomas desde o início (82%) → screening (fatores de Fases mais avançadas →estruturas adjacentes Mx: linfonodos, fígado, pulmão, adrenais e ossos: Nas fases mais avançadas, pela proximidade de estruturas adjacentes, a traqueia, os brônquios, é uma doença que costuma atingir esses órgãos com frequência grande. Então, não raramente faz diagnostico de quadro muito avançado, já com comprometimento da arvore respiratória, que dificulta muito o tratamento e complica o estadiamento da doença. Frequentemente, é uma neoplasia que leva a metástase linfonodal, e para o fígado, pulmão, suprarrenal, ossos. ➔ Existe alguns indícios de que uma pangastrite pudesse proteger, mas isso não está confirmado, pelo contrário, ela quando não tratada pode levar a uma gastrite atrófica, uma atrofia das células do estomago e é fator de risco para câncer gástrico. ➔ O estadiamento tem relação com os sintomas Profundidade: Tamanho, que está relacionado com a profundidade, ao grau de invasão. Uma coisa é um câncer que só atinge a mucosa, outra é aquele que invade a camada muscular. Evidentemente que a chance de sobrevida em 5 anos (quando fala de sobrevida é em média 5 anos após o diagnóstico da doença) vai mudar muito de acordo com o grau de invasão das camadas. Então, isso tem a ver com tamanho e profundidade. Disseminação linfonodal: uma coisa é ter um único gânglio, linfonodo acometido, outra é ter metástase de toda uma cadeia ganglionar, e outra é ter mais de 20 gânglios comprometidos, alguns já a distância, isso é muito importante na hora que for estadiar esse paciente Mx à distância: Não raramente, já chega paciente com metástase hepática, pulmonar, SNC, que é o estadiamento levando em consideração a ocorrência de metástase a distância que geralmente está associada a uma classificação ruim de estadiamento, a sobrevida bastante baixa. O exame PET-scan, uma tomografia com emissão de pósitrons, que é essa radiação que vai mostrar, por exemplo, uma metástase de linfonodo distante do foco primário. CÂNCER DE ESÔFAGO – TRATAMENTO Mucosectomia: tem o tratamento endoscópico, que é como se fosse uma raspagem, uma retirada da mucosa comprometida. Porque é uma doença restrita a mucosa, que não invade a submucosa, muscular da mucosa. • Se for uma lesão em alto relevo, que pode caracterizar um quadro mais avançado, dificultando o tratamento endoscópico como mucosectomia e muitas vezes requerendo através de uma esofagectomia. CÂNCER DE ESÔFAGO – TRATAMENTO CIRÚRGICO Esofagectomia: é a retirada, com junção das partes remanescentes, que é a realização de uma anamostose colón-colônica ou colón-entérica, que pode ser um pedaço pequeno ou enorme. QT e RxT pré ou paliativa: não é raro usar esse tratamento. Usado para reduzir o tamanho desse tumor ou até mesmo um paliativo. • Tratamento paliativo para redução do tamanho desse tumor, e para não sofrer tanto com disfagia, odinofagia e para tentar aumentar um pouco a sobrevida dele. Esse paciente frequentemente tem alguns distúrbios da deglutição, disfagia por conta da alteração da contratilidade dessa musculatura, não raramente, não pode dizer que troca de problema, mas tem repercussão do mecanismo de deglutição, de passagem do alimento importante, inclusive alguns pacientes ficam muito emagrecidos. Alguns se adequam anatomicamente, outros não. Não tem repercussão da parte respiratória, mas ás vezes pode ocorrer, depende da técnica cirúrgica, pós operatório. Pode criar uma fístula pela proximidade dessa nova estrutura, com a traqueia, arvore respiratória, pode criar uma fístula entre o esôfago e a traqueia (fístula traqueo-esofâgica). Pode fazer broncoaspiração, microbroncoaspiração, tosse crônica, pneumonia de repetição. → Isso pode acontecer com tumor de esôfago tratado cirurgicamente, mas também com outros tumores. O stent normalmente é colocado em pacientes fora da possibilidade terapêutica curativa. É frequente lançar mão do stent para poder melhorar a passagem do alimento num paciente que não tem possibilidade de tratamento definitivo ou curativo. Existem diversas técnicas cirúrgicas, a toracotomia, incisões laterais, hoje em dia é frequente operar com videotoracotomia, cirurgias minimamente invasivas, com a tentativa de não fazer cirurgia com cortes tão grandes, de porte tão grande. CÂNCER DE ESTÔMAGO Brasil → 3 º frequente em ♂ e 5 º em ♀(Prestar atenção no quão representativo ele é) Homens 60 70 anos → 65 dos pacientes 50 anos em negros): Chama atenção que tem mudado nos 10-20 anos, vê pacientes mais novos, com 40-45 anos (passando a levar em consideração padrão genético e a microbiota intestinal) • Mais de 2/3 continuam sendo indivíduos com mais de 50 anos e tem predileção para indivíduos negros. Fatores de risco: Obesidade, álcool, consumo excessivo de sal, tabagismo, doenças pré existentes, como anemia perniciosa lesões pré cancerosas gastrite atrófica e infecção por H pylori parentes de 1 º grau com CA gástrico, gastrectomia a BII tto de DUP 95 → adenoaCA → Se não souber o que marcar em uma prova, marca isso porque tem grande chance de acertar. Paciente com epigastralgia de forte intensidade, com anemia de 9 de hemoglobina, marcador tumoral altíssimo e um pai que morreu de câncer gástrico →O diagnósticoé óbvio. Pede uma endoscopia. Não há sintomas específicos → fadiga, saciedade, hiporexia perda ponderal, vômitos, epigastralgia /desconforto abdominal, melena SINTOMAS QUADRO AVANÇAD O problema é o paciente que tem uma plenitude, empanzinamento, anemia discreta, uma sensação de fadiga, ou seja, um quadro sistêmico muito pouco específico. Quando começa a ter os comemorativos clássicos, perder peso progressivamente, vômito associado, muita epigastralgia, melena, muitas vezes já está em quadro avançado. Não há sintomas específicos → fadiga, saciedade, hiporexia perda ponderal, vômitos, epigastralgia /desconforto abdominal, melena SINTOMAS QUADRO AVANÇADO Hematêmese e melena 20% Dç disseminada: esses sinais estão muito associados a uma doença gástrica neoplásica disseminada. São sinais que acompanham o tumor gástrico. • gânglio de Virchow • Mulher emagrecida + empastamento do fundo de saco de Douglas (Sinal de Blumer) • Aumento do ovário (tumor de Krukenberg) EDA com “úlcera: se pegar um paciente com essa úlcera tem que fazer ele correr atrás do histopatológico porque muitas vezes esse achado endoscópio de um tumor gástrico que se apresenta como uma úlcera gástrica é indiferenciável de uma úlcera gástrica convencional ´pelo exame endoscópico. H. PYLORI 1994 → ↑ 6x o risco de CA de estômago. CA gástrico e H. pylori →CA pulmão e tabagismo: Quando foi descoberto fizeram uma analogia em relação ao CA de pulmão e tabagismo. Hoje se sabe que não é tão determinante assim. Não é um fator isolado, tem que ter todo um cenário para que isso ocorra. Inflamação crônica do TGI + desequilíbrio proliferação celular / apoptose Proteína Cag A oncogênese Fatores relacionados ao hospedeiro → ↑ resposta hipoclorídrica crônica à infecção →↑ IL 1 beta O problema do tratamento de H.Pylori foi porque ele foi banalizado. O esquema tríplice (Amoxiclina+Claritromicina+ Inibidor de prótons) Nem todo mundo que tem H. Pylori tem que tratar existem critérios efetivos para isso. “Sequência carcinogenética” Infecção H. pylori → Gastrite crônicas → Atrofia glandular → Metaplasia intestinal → Displasia O bom clínico tem que tentar inibir essa gastrite crônica para inibir uma eventual evolução para uma gastrite atrófica e consequentemente metaplasia intestinal e displasia, que podem ser grandes fatores de risco para o desenvolvimento de CA gástrico Estágio do tumor Todo e qualquer tumor vai passar por estadiamento. O paciente no estágio I é um tumor restrito a mucosa do estomago, que facilita o tratamento. Diferente do estágio IV, que tem comprometimento de diversas camadas da mucosa gástrica. Classificação de Bormann - DISSE QUE NÃO VAI COBRAR EM PROVA !!!!! TIPO I – Polipóide: fácil de ressecar. Biópsia mostra um tumor bem localizado e de fácil tratamento TIPO II – Ulcerado com bordas bem delimitadas: Não é dos piores cenários. Borda bem delimita; TIPO III – ulcerado infiltrativa: Infelizmente já tem um padrão mais infiltrativo, não fica restrito a camada mucosa. TIPO IV - infiltrativo difuso: Não respeita mais nenhum limite histológico, já adentrou todas as camadas mucosas. Seria o padrão Iv; TIPO V – câncer gástrico que não se encaixa em nenhum Diagnóstico Anemia 42% casos avançados: Paciente está perdendo sangue aos poucos e muitas vezes esse sangue nem caracteriza uma melena. ANEMIA EM PACIENTE ACIMA DE 40-50 TEM QUE COMEÇAR INVESTIGANDO O TGI!!!! Sg oculto: Avaliação menos invasiva que em 40% dos caso o paciente já está perdendo sangue nas fezes e que ainda não tem a caracterização de melena. Alt. PFH (Prova de função hepática): 26% tem alteração, quando tem diagnóstico de CA gástrico, Isso acontece porque muitos desses pacientes já tem metástase hepática, na realidade, muitas metástase hepáticas o que faz com que o caso esteja fora de terapia. → Pcte FTT = Paciente fora de terapêutica. • Dosas as Transaminases e estão muito elevadas e vai investigar e descobre uma metástase hepática. Muitas vezes você descobre a metástase hepática primeiro para depois descobrir o tumor gástrico. • Muitos pacientes começam a investigação de um sítio primário a partir de evidência de uma metástase para o fígado. IMPORTANTE→ Surgiu uma lesão no fígado começar a investigar para outra neoplasias, principalmente os próprios tumores do TGI. Alfafeto ptn e CA 19.9 → ↑ 30% casos: Seria mais uma ferramenta para pensar no diagnóstico. EDA → Bx múltiplas → Sensibilidade para Adenocarcinoma gástrico> 98% TC abdome estadiamento Mx não identificadas Ecoendoscopia (aparelho endoscópico que tem uma sonda de USG na ponta): tumores precoces Tratamento CA gástrico precoce Se ele está em um estágio muito inicial a gente pode propor um tratamento endoscópico. Isso de azul na imagem é chamado de tatuar a lesão. Se não tivesse esse corante provavelmente não seria possível enxergar a presença da lesão. Com isso é possível tratar a lesão sem a necessidade de uma barriga aberta ou um vídeo laparoscopia. Com a injeção de uma substância você consegue tratar Tratamento cirúrgico Técnica de Gastrectomia Billroth II Bypass gástrico em Y de Roux: Se um tumor acomente uma determinada parte do estômago pode fazer uma gastrectomia parcial do corpo do estômago e você pode fazer um Bypass. Ele chama Y de Roux porque você cria um verdadeiro Y e você faz um by-pass da passagem do alimento para o duodeno, esse alimento não passa mais pelo duodeno, ele vai vir do esôfago e vai cair direto no jejuno e o suco entérico vem pelo duodeno e eles se juntam nessa porção do intestino delgado para poder a digestão continuar. Câncer de cólon CA cólon: 2ª neoplasia +frequente no mundo (1º é mama) Ingestão de gordura saturada é o principal fator de risco: isso ocorre para as outras partes do TGI mas para o colón isso já está bem sedimentado. A dieta hiperlipídica, rica em gordura saturada é uma condição que está relacionado com o individuo ter mais chances de ter um CA de colón. Assim como a Obesidade e constipação Pólipo → pode ser uma besteirinha que vai fazer o seu paciente a ser submetido a uma polipectomia (retirada do pólipo pela colonoscopia) é uma técnica que vai elencar ele e retirá-lo. Mas pode chegar a um pólipo com risco de malignidade e é preciso ser acompanhado com um cuidado ainda maior. Formas de apresentação: possui uma apresentação polimórfica. Desde um caso grave de uma oclusão intestinal súbita, uma anemia, perda de peso sem nenhuma alteração grande do TGI Importante: Essas formas de apresentações devem ser lembradas pois elas podem dificultar o diagnóstico de CA de intestino. Sd. anêmica > 50 anos = investigação mandatória História familiar → adenoCA: Sobretudo nos pacientes com menos de 50 anos. Antecipar 10 anos a investigação da idade do parente que teve CA. Parente teve CA com 48, o paciente faz com 38. PAF (Polipose adenomatosa familiar): doença genética em que os indivíduos têm múltiplos pólipos intestinais. Eles começam a rastrear tumor com 20-15 anos. RCUI → screening totalmente diferente. • Rastreamento é muito dependente da condição o Paciente com síndrome genética, com múltiplos pólipos → Provavelmente vai fazer anual, as vezes semestral. o Pólipos com características benignas, e que não tem nada ara evolução de doenças graves → Paciente faz a cada 5 anos. o Paciente apresenta lesão com chance de malignidade maior, pode ser que tenha que fazer anualmente. o Colonoscopia que mostrou um pólipo que não foi muito fácil de caracterizar → A avaliação por biopsia, histológica deixou uma brecha, uma dúvida, faz a cada 6 meses Epidemiologia • INCA: para cada ano do triênio 2020/2022 → 40.990 novos casos (20.520 em homens e 20.470 em mulheres • Risco estimado:19,63 casos novos a cada 100 mil indivíduos Importante para PROVA: Cerca de 60-65% dos casos são de CA esporádicos,que seriam os indivíduos que não tinham história familiar nada que alertasse uma grande chance de ele desenvolver o CA de colón, a não ser aqueles fatores externos. 25% tem a história familiar e por isso vai ser submetido a protocolo de rastreamento muito típico. Os outros 10% são de alguma síndrome hereditária PAF - RISCO CUMULATIVO Os riscos do paciente ter um um CA de intestino é muito rápida em um curto período de tempo tem uma chance muito grande. CAUSAS DE CÂNCER DE COLÓN Os fatores de risco, exposição ao álcool, tabagismo, obesidade, sedentarismo, idade, um pouco mais o gênero masculino em relação ao feminino, ingestão excessiva de gorduras saturadas. Estágios • Pólipo séssil: não tem pedículo, como se fosse uma continuação da mucosa, é um pouco mais chato de ser retirado, mas pode ser retirado por endoscopia. • Pólipo pediculado: tem um pezinho, uma estrutura que liga a parede intestinal a ele, que vai ser enlaçado e esse indivíduo será submetido a uma polipectomia. • Pólipo com lesão pré maligna: Essa lesão já tem sinais de sangramento dificuldade de conseguir delimitar o grau de invasão, pega quase 30-40% da circunferência intestinal. Isso o paciente tem chance de ter outras lesões ao longo do cólon, do intestino grosso. É um paciente um pouco mais grave. • Lesão mais avançada: compromete quase 50% da circunferência do cólon, com padrão de necrose, ulcerada, e muito provavelmente associada a um prognostico ruim. Que tipo de pólipo maligniza? Muitos pólipos quando são submetidos ao histopatológico, são pólipos hiperplásicos, são inflamatórios, que tem chance quase 0 de evolução para malignidade. Então, são pólipos que não tem nada para fazer, mas é evidente que todo pólipo tem que tirar, tem que fazer a polipectomia. Existe apenas 1 situação, que não é restrita ao pólipo clônico, a várias outras lesões, que é o paciente submetido a uma antiagregaçao plaquetária, anticoagulado por alguma situação, teve trombose venosa profunda recente, tem doença trombótica que tem que ser submetido a uma heparinizaçao profilática, a uma anticoagulaçao crônica. Muitas vezes esse paciente é submetido a uma colonoscopia que acha um pólipo e não pode tirar o pólipo porque ele pode sangrar, e as vezes sangrar até morrer. Aí tem que suspender a anticoagulação, e num outro momento é submetido a essa análise, a essa retirada do pólipo. Isso vale para diversas outras doenças, inclusive fora do TGI, que não deve fazer a biópsia que está anticoagulado. Pólipo Hiperplásico→ caracteristicamente inflamatório, que a chance é praticamente 0. • Adenoma viloso: grande chance de ser o vilão, tem maior chance de malignizar • Adenoma túbulo-vloso: tem chance leve a moderada, um pouco maior que o tubular • Adenoma tubular: menor deles e tem a menor chance de malignização. Outra forma de avaliar, é o grau de diferenciação celular dessa lesão • Displasia severa: tem chance muito maior desse pólipo virar um tumor maligno • Displasia moderada: tem chance moderada desse pólipo virar um tumor maligno • Displasia leve: tem chance menor desse pólipo virar um tumor maligno Distribuição topográfica das neoplasias colorretais A grande maioria está localizada no cólon esquerdo, principalmente no sigmoide e reto, que ocupam a localização de praticamente 70 a 75% dos casos. No cólon ascendente, aonde estão quase 20% dos casos, os quadros podem ser mais complicados. Os pacientes com tumor de intestino localizado no cólon direito têm uma sobrevida média global, ou seja, um tempo de vida, bem menor em comparação com pacientes com neoplasia do cólon esquerdo, porque os pacientes com tumor no cólon esquerdo manifestam mais rapidamente a doença. No cólon direito, o tempo para manifestar a doença é maior e paciente acaba evoluindo para gravidade maior. A sobrevida foi significativamente maior nos pacientes com tumores primários originados do lado E do que originados do lado D do cólon. Média de sobrevida global: 19,4 meses ( D) versus 33,3 meses (E) História da doença • Estágio 0, paciente tem lesão bastante insipiente, restrita a mucosa intestinal, sem comprometimento do mesentério, de linfonodos. • Classe I já tem comprometimento da submucosa, já atingindo a muscular, ainda tem linfonodos negativos. • Classe II, já tem infiltração da muscular, e pode tem linfonodo negativo. E no • grau III já tem infiltração da muscular da mucosa, com linfonodos positivos. No • grau IV já tem metástase a distância, uma metástase única, ou múltiplas metástases hepáticas, pulmonares, paciente bem grave, estágio bem avançado de doença. E no último • Estágio, é um quadro muito dramático, é a carcinomatose peritoneal, é um abdome congelado no exame físico, abdome duro na palpação, parece que o paciente faz abdominal todo dia, e na verdade tem uma infiltração tumoral gigantesca com infiltração de todo o peritônio pelo tumor, configurando um quadro de fora da possibilidade terapêutica, não tem proposta curativa. É a história natural da doença se não fizer nada ou se diagnosticar num estágio avançado. Diagnóstico O diagnóstico, paciente pode ter lesão de reto que consegue no toque retal flagrar uma massa, uma lesão bastante suspeita, num paciente que teve sangramento, uma hematêmese, uma enterorragia. Colonoscopia Tem o anuscopico para pegar lesões anais. Retossigmoidoscopico e o colonoscópio flexíveis, que conseguem atingir até 60 cm da ponta anal para cima, então consegue ver bem o reto. O colonoscópio para investigar. Se tem lesão nos anus ou no reto é obrigatório fazer colonoscopia, mesmo que a retossigmoidoscopia tenha flagrado lesão no reto baixo ou proximal, esse paciente precisa ser submetido a colonoscopia para procurar de eventuais outras lesões no restante do cólon. Rastreamento no brasil, inclui investigação de pacientes acima de 50 anos, a não ser que tenha alguma das condições especiais, portador de doença hereditária, ou o caso na família foi antes dos 50 anos, antecipa o início do screening. Câncer de fígado Câncer de fígado 5 ª causa de câncer e a 3 ª causa de morte por câncer → CHC 90 ♂ 2 4 x ♀ prevalência 65 anos CIRROSE 70 90 dos CHCs → etilismo 14 no Brasil), hepatites virais, DHGNA 3 criptogênica (13%), hemocromatose (20 x). IMPORTANTE LEMBRAR ESSA RELAÇÃO COM A CIRROSE. • >causa de morte em cirróticos compensados Particularidade: “cirrose tumor + tumor” ↑ MORTALIDADE HCV 170 milhões no mundo ( (↑ 17x o risco) HBV 350 milhões no mundo ( (↑ 5 15x o risco) Dx precoce: USG abdome alfa feto ptn 6/6 meses Prevenção não ingestão de álcool e a vacinação p/ HBV Da esteatose ao CHC... CHC Lembrar que doença gordurosa do fígado, o indivíduo pode evoluir desde obesidade, para esteatose, para esteatohepatite não alcoólica já com um componente inflamatório importante, fibrose, cirrose, carcinoma hepatocelular. A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma doença do clínico, que ao longo da história natural da doença pode cursar com o surgimento de um tumor hepático que é o carcinoma hepatocelular. Tem toda a evolução da doença, desde uma hepatite aguda, até a cirrose micronodular, e uma evolução que pode chegar a um tumor enorme. QUIMIOEMBOLIZAÇÃO A depender do tamanho da lesão, se é localizada, pode indicar esse procedimento, que é uma injeção, que é feita de substancias contendo micropartículas, com substancias quimioterápicas que chegam na veia porta, através da veia femoral, chegando na veia porta, e fazendo com que o tumor murche, que diminua de tamanho, para o paciente ser operado ou até mesmo transplantado. Existem regras, critérios de MELD para transplante. Quando essa lesão está muito grande, pode tentar diminuir esse tumor através do quimo embolização. Acessa a veia femoral, ilíaca, veia cava inferior, veia porta, atinge essas micropartículas, os ramos que estão nutrindo ocarcinoma hepatocelular e conseguem diminuir essa lesão. RADIOABLAÇÃO É outro procedimento que através da radiação de calor. É feito pela pele, pela região intercostal entra no fígado, como se fosse uma grande seringa, é por esse método térmico, o calor queima o tumor e diminui o carcinoma hepatocelular. Quando chega dentro do fígado abre esse guarda- chuva, gera corrente de calor e queima o carcinoma hepatocelular METÁSTASES HEPÁTICAS O mais frequente é a metástase hepática. O principal tumor primário do fígado é o carcinoma hepatocelular, é o principal que nasce no fígado. Mas o principal tipo, achado de tumor é a metástase que pode vir de todo o TGI, mas também da mama, pulmão, de sítios extra trato gastrointestinal. As vezes representa o primeiro sintoma de um paciente com doença neoplásica com síndrome colestática. TGI, mama, pulmão e pâncreas. Às vezes, 1º sintoma... (Sd. colestática) Neoplasias benignas do fígado Neoplasias benignas do fígado, que frequentemente aparece na USG ou numa TC. Emangioma, é uma lesão solida, benigna, ricamente vascularizada, nunca vai se tornar um tumor, as vezes assusta o clínico. Outra lesão é a hiperplasia celular focal, também benigna, pode ser grandona, pode parecer com o carcinoma hepatocelular, tem uma cicatriz central em 1/3 dos casos, parece uma estrela, que está muito associada ao uso de anticoncepcional oral em mulheres jovens em idade fértil. Tem o adenoma que as vezes até parece hiperplasia celular focal, lesão benigna, também encontrada em mulheres jovens, que fazem uso de contraceptivo oral. Grande fator confundidor é que embora seja lesão benigna, tem chance, potencial de evolução para malignidade. Ai essa diferenciação dessa lesão só pode ser feita pela biopsia da lesão. Lesão cística hepática, o cisto hepático. Muito comum no USG. É uma bola com líquido dentro que na maioria das vezes são cistos pequenos e sem grande representatividade, sem a mínima chance de evoluir para doença grave. Só vão ser acompanhadas ao longo do tempo. Pode ser gigante, comprimir o estomago, dando sensação de empanzinamento, plenitude, desconforto abdominal, flatulência, distensão abdominal, aí tem que ser esvaziado por uma técnica relativamente fácil para retirada do líquido e o indivíduo se sentir melhor. É muito frequente, o clínico se depara muito. Completamente benigna. A única que causa preocupação é o adenoma. Tem 3 pacientes, mulheres, que usaram anticoncepcional durante muito tempo e que tem pelo menos 4 ou 5 lesões dessa. Uma delas, inclusive a depender da quantidade de lesão, se são disseminadas, difusas, de difícil caracterização anatômica. As vezes tem até indicação de transplante hepático. Porque as vezes não tem condição de fazer hepatectomia, porque tem muitas lesões, e todas tem o mesmo potencial de malignidade. Só que não é mais comum. O mais comum é ter uma mulher com uma lesão dessa de 2-3 cm, localizada em determinado segmento, e que pode ficar acompanhando com USG a cada 6 meses, TC anual, uma RM anual. A depender do tamanho da lesão, do ritmo de crescimento, de evolução, da quantidade de lesões. A depender da situação, tem que adotar uma conduta um pouco mais agressiva e não expectante e propor cirurgia de segmentectomia hepática, que é a retirada de um segmento do fígado, ou hepatectomia parcial ou mesmo transplante. Muitas vezes discute isso com paciente. Porque pode ter um adenoma que pode não está crescendo, mas tem chance para malignidade e de ruptura, de sangrar para dentro da cavidade abdominal, um abdome agudo irritativo. Então, isso tem que falar com o paciente. Quando não consegue chegar ao diagnostico, a melhor conduta é biopsia para caracterização da lesão. Câncer da vesícula biliar Litíase / Pólipos Colelitíase : < 1 % desenvolvem a doença → neoplasia incomum Dx USG abdome, TC abdome, ColangioRM Em função da gravidade desse tipo de câncer, sempre é indicada colecistectomia , em casos suspeitos ATENÇÃO: Múltiplos cálculos, mais de 1 pólipo, > 1 cm, parede espessada, crescimento... Quando o paciente tem múltiplos cálculos na vesícula, durante muito tempo, ele sabe que tem o cálculo e não operou, porque nunca teve cólica biliar, colecistite, não tem sintoma digestivo, O diagnostico dessa doença litiásica foi totalmente circunstancial, fez USG por outra coisa e o cálculo apareceu na vesícula, mas também tem pólipo no interior da vesica, ou não, é um indivíduo que não tem cálculo e só tem pólipo. O cálculo vai migrar, caracterizando a mobilidade da lesão calculosa, o pólipo fica aderido. Quando paciente tem múltiplos cálculos e/ou, paciente tem mais de pólipo, doença multipoliposa, quando tem mais de 1cm, quando a parede da vesícula é cronicamente espessada, denotando que tem inflamação crônica na vesícula, quando polido vem crescendo ao longo do tempo. São características que devem chamar atenção para potencial que não deve negligenciar para tumor de vesícula. Ficar atento para indicar colecistectomia. Palpação de vesícula em porcelana, é uma vesícula com aspecto anatômico totalmente diferente do habitual. Tem aspecto importante. No exame físico tem o sinal courvoisier. Câncer de pâncreas EUA: 4ª causa de morte por câncer; 2ª do TGI 5 10%: história familiar Fatores de Risco: tabaco; obesidade, DM e dieta (?) Manif . clínicas inespecíficas: pode ser um desconforto abdominal, uma plenitude recente associada a depressão e perda de peso gradual, pode ter quadros muito diferentes do clássico, de dor abdominal, dor em barra que também acontece na pancreatite aguda. Piora ou “surgimento” de DM Crises de PA inexplicáveis: paciente não ingere bebida alcoólica, não tem cálculo na vesícula, não tem grandes comemorativos para pensar na etiologia da pancreatite aguda. As vezes está desenvolvendo tumor pequeno, que dentro do ducto pancreático principal pode levar a quadros de pancreatite aguda inexplicáveis. Dor → 80 85% casos avançados: dor quando encontrada, muitas vezes já tem relação com quadros muito avançados. Um tumor de pâncreas pode ter relação com perda de peso, diarreia, esteatorreia. Uma diarreia que pode caracterizar, assim como a diarreia da pancreatite crônica, aquela diarreia da insuficiência exócrina pancreática. Perda ponderal, diarreia, esteatorreia Lesões sólidas e císticas, diferentes potenciais de malignidade: as neoplasias císticas pancreáticas, que podem ter característica, podem acontecer em indivíduos mais novos, pode ter potencial de malignidade, e não é o adenocarcinoma, são as neoplasias císticas pancreáticas. Precisa ter ciência do potencial de malignidade diferente dos tumores sólidos, do adenocarcinoma para as lesões císticas do pâncreas. Tem cisto no pâncreas, tem que ter cuidado para não assustar o paciente, porque pode ser lesão completamente benigna. Principalmente > 65 anos Muitas vezes é identificado por ICTERÍCIA fase avançada): Sd . colestática Dx → USG abdome, TC abdome, CRM, Ecoendoscopia É uma neoplasia que se origina do epitélio do ducto pancreático, também chamado de ducto de Wirsung, por isso que pode levar a pancreatite de repetição. Lesão do corpo do pâncreas é diferente da lesão de cabeça de pâncreas. • A lesão quando acomete a cabeça do pâncreas, geralmente cursa por obstrução, e, portanto, leva a colestase, uma síndrome ictérica importante, e esteatorreia. • Lesão é no corpo do pâncreas da mais dor abdominal, que pode ser intensificada por decúbito dorsal e perda de peso. Prognóstico Uma taxa de sobrevida de 5 anos, média do tumor de pâncreas, levando em consideração todas as lesões, são de 9%. Apenas 9% dos pacientes vão permanecer vivos em 5 anos, isso já mostra a agressividade do caso. A cirurgia mais utilizada para esse tipo de tumor é a duodeno pancreatomia, que é a Whipple. Cirurgia muito grande. Com taxa de mortalidade grande até recentemente,hoje em dia a mortalidade é muito menor, mas ainda assim cirurgia bastante grande. TC abdome: S ~ 90 95% CRM alguns casos Ecoendoscopia: lesões < 2 3 cm Av. laboratorial: CA 19.9 ↑ (qdo > 1000 = irressecável) Diagnostico é com TC, colangiorressonancia, ecoendoscopia, que consegue flagrar tumores pequenos de ate 2-2,5cm. Marcadores Tumorais – TGI Os marcadores tumorais são macromoléculas presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo aparecimento e/ou alterações em suas concentrações estão relacionados com a gênese e o crescimento de células neoplásicas. AFP (alfafetoproteína) → CHC CA 72.4 → 55% para câncer de cólon, 50% para câncer de estômago, 45% para pâncreas e via biliar CA 19.9 → pâncreas 70% 94 %, vesícula biliar 60% 79%, CHC 30% 50%, gástrico 40% 60% e colorretal 30% 40 %: quando está muito elevado tem correlação com irressecabilidade, ou seja, um tumor de pâncreas, com marcador tumoral. • CA 19.9 maior que 1000, quer dizer que muito provavelmente esse tumor é irressecável do ponto de vista cirúrgico. Tem que ter um racional para pedir marcador tumoral. CEA → 40% 47%, c/ especificidade 90 % 95% para câncer colorretal CUIDADOS PALIATIVOS “Os sofrimento só é intolerável, quando ninguém cuida”(Cicely Saunders)
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