Buscar

NERVOS CRANIANOS V, VII, VIII, IX, X, XI, XII

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
 
 
NERVOS CRANIANOS (PARTE 3) 
 
 
 
Objetivos da aula 
• Compreender a intrínseca 
relação do com a artéria carótida; 
• Saber discernir uma 
paralisia facial central da periférica 
e qual a majoritária importância 
clínica deste achado; 
• Elucidar a diferenciação 
entre uma surdez neurosensorial e 
condutiva; 
• Aprender a avaliar 
pacientes com distúrbio da fonação 
e da gustação; 
• Aprender as técnicas de 
avaliação do nervo acessório; 
• Localizar uma lesão 
(diagnóstico topográfico) a partir 
da avaliação da língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO TRIGÊMEO (V) 
• Emerge na ponte; 
• Função mista: sensitiva e motora; 
Sua função sensitiva é majoritária em relação a maior, e, vemos isso claramente pela quantidade de núcleos, e, 
pelo tamanho das fibras relacionadas a função sensitiva desse nervo. A função motora é relacionada única e 
exclusivamente com a movimentação da região maxilar e mandibular. 
• Ramos oftálmico, maxilar e mandibular. 
Na imagem à esquerda, na parte verde, temos os núcleos 
relacionados a parte sensitiva do Trigêmeo. Temos, portanto, os 
núcleos relacionados ao V1, V2 e V3. Observando o trajeto que 
essas fibras fazem, vemos que: 
 V1, está relacionado com a inervação da fronte, da córnea, 
e, da pálpebra. Devemos lembrar que são inervações referentes 
aos aspectos sensitivos. A pálpebra, para abri-la, dependemos do 
Nervo Óculomotor, e, para fechá-la, dependemos do Nervo Facial. 
Agora quem recebe esses aspectos exteroceptivos, os estímulos 
externos, é o Nervo Trigêmeo. 
 V2 será responsável pela inervação da asa do nariz, e, da 
região maxilar da fronte. 
 V3 é responsável pela inervação do lábio inferior, e, do 
ângulo da mandíbula embaixo. Esse, recebe a parte sensitiva da 
região interna da boca também. *Ele recebe a parte SENSITIVA, não 
a parte gustativa dos 2/3 anteriores da língua, da região gengival, 
da região das bochechas, e, da região da mandíbula, além da 
movimentação dessa parte da mandíbula. 
 
DISCIPLINA SEMIOLOGIA II 
 AULA 10- NERVOS CRANIANOS (PARTE 3) 
PROFESSOR JÉSSICA 
 
2 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Em laranja, temos um núcleo inferior a região sensitiva do Trigêmeo, relacionada ao aspecto motor. Esse, como tem relação com 
a região maxilar e mandibular, ele desce em conjunto com o ramo V3 da parte sensitiva. 
Relação com a carótida: Essa é importante, já que, muitas vezes, pode ocorrer um aneurisma dessa região carotídea, e, esse pode 
comprimir meu nervo Trigêmeo. Na prática, isso se manifesta como redução da sensibilidade na face, do mesmo lado em que 
temos a compressão, visto que, aqui são fibras periféricas, visto que, já sai do núcleo, e, a ligação está sendo feita com a periferia. 
Ou então, posso ter manifestações dolorosas. Portanto, ou perco a sensibilidade, ou tenho aumento da sensibilidade, ou até um 
estímulo positivo que chamamos, onde mesmo sem nenhum estímulo o paciente sente dor. O que ocorre nessa circunstância, 
*pode ser a Neuralgia do Trigêmeo, a grande minoria dessa Neuralgia que ocorre pelo que chamamos desse conflito vascular, por 
conta de uma mal formação, ou formação expansiva nessa região carotídea que pode imprimir uma pressão externa sobre o 
Trigêmeo, mas a maioria das Neuralgias do Trigêmeo ocorrem por um estímulo que não é possível identificar, ou seja, não tem 
fator extrínseco de compressão relacionada ao início da dor. 
O Trigêmeo também é responsável pela aferência sensitiva da dura-máter craniana, e, 
da parte do nariz e seios paranasais. Portanto, toda essa sensibilidade dessas regiões, 
também estarão relacionadas a função trigeminal. Por isso, quando falamos do 
aspecto de cefaleia, quando vamos fazer diagnóstico sindrômico “Síndrome Algica 
devido a cefaleia”, no aspecto topográfico, podemos interrogar se temos uma 
disfunção trigeminal, ou cortical difusa. Nessa aula, conseguimos entender, que pode 
ser o córtex difusamente acometido por uma inflamação, ou, pode ser a dura-máter, 
que está também difusamente acometida por uma inflamação, e, essa inflamação do 
córtex chega até a dura-máter, e, recebemos a informação de dor. Portanto, não dá 
pra saber intrinsecamente onde está o problema, se é uma inflamação eminentemente 
da dura-máter, ou, se é uma inflamação que começou no córtex, e chega na dura-
máter para termos essa dor, sendo isso o que ocorre na meningite. Os vasos da região 
mais externa, são também inervados pelo Trigêmeo, e, então, essa parte vascular, 
sensitiva relacionada ao Trigêmeo é muito importante, já que, na enxaqueca, por exemplo, uma das hipóteses é que seja um 
comprometimento vascular, onde temos uma vasodilatação, e, essa vasodilatação ocasiona dor. Se eu tenho vasodilatação, e, é 
o Trigêmeo responsável por esse estímulo externo desses vasos da região encefálica, essa também é uma hipótese relacionada a 
uma síndrome álgica de cefaleia, por isso, esse nervo pode estar relacionado ao diagnóstico topográfico de uma crise de 
enxaqueca, por exemplo. 
Semiotécnica 
▪ Sensibilidade da face. 
o Tátil, dolorosa, térmica em V1, V2 e V3. 
▪ Motricidade mandibular, para avaliar, nesse caso, peço ao paciente que abra e feche a boca. 
▪ Força mandibular. 
o fixar um palito entre os incisivos, e, o examinador irá tentar puxar o palito; 
o se não tivermos o abaixador de língua, podemos pedir ao paciente para abrir a mandíbula contra resistência, 
ou, com a mandíbula aberta, pedimos para que esse a mantenha aberta, e, não deixe fechar; 
▪ Reflexo córneo-palpebral e reflexo mandibular. 
O reflexo mandibular tem sua raiz toda relacionada ao Nervo Trigêmeo, tanto a aferência, quanto a eferencia. O reflexo córneo-
palpebral, a aferência, a parte sensitiva, é relacionada ao Nervo Trigêmeo, mas, a parte palpebral, o fechamento da pálpebra é 
relacionada a função do Nervo Facial. *Isso é muito importante já que nos permite também topografar a lesão. 
Na imagem 1, temos a avaliação mandibular, portanto, da função motora do Trigêmeo. Nessa, colocamos a mão no mento, e, 
pedimos para que o paciente mantenha a boca aberta enquanto fazemos força para fechá-la, avaliando a função do masseter. 
Na imagem 2, temos a representação do reflexo mentoniano. Esse, tanto a raiz aferente quanto a eferente, estão relacionadas ao 
Trigêmeo mesmo. Pedimos ao paciente para abrir um pouco a boca, e, colocamos o polegar e dedo médio, ou apenas o polegar, 
enquanto batemos com o martelo em cima do dedo. O que ocorre é uma estimulação da contração do masseter, e, ocorre o 
fechamento da mandíbula, essa, irá subir. O reflexo mentoniano ocorre em crianças, ou em pacientes com processos 
neurodegenerativos. Ele é um reflexo que quando aparece, na maioria das vezes, em adultos ou idosos, está indicando processos 
neurodegenerativos. Então, ele é um reflexo patológico, sendo esse um dos chamados reflexos axiais da face. 
 
3 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Na imagem 3, temos o chamado reflexo córneo-palpebral, esse, pode ser feito com chumaço de algodão embebido em soro 
fisiológico ou em água mesmo, para não soltar nenhum fio no olho do paciente, mas pode ser feito também com uma gota de 
soro, ou de água no olho do paciente. Esse reflexo, a interseção desse reflexo se dá com o VII par craniano na região da ponte, e, 
esse é bilateral, ou seja, se eu estímulo o olho direito da minha paciente, vou ter o reflexo de piscamento dos dois olhos. Isso é 
importante para observarmos como a resposta é importante para topografarmos a lesão, já que, se eu tenho comprometimento 
do nervo trigêmeo do olho direito, não vou ter fechamento do orbicular do olho que fecha a pálpebra, nem no olho que eu estou 
estimulando, nem no olho que está normal. Visto que, se eu não tenho aferência, não consigo estimular o núcleo do VII, e, não 
tenho resposta em nenhum dos lados. Mas, se eu estimular o olho que tem o Trigêmeo preservado, eu vou ter a resposta dos dois 
lados, mesmo no lado que o trigêmeo está comprometido, já que a resposta vai depender da atuaçãodo VII par. Esse é o mesmo 
mecanismo do reflexo fotomotor. 
NERVO FACIAL (VII) 
O nervo facial, ao pensarmos em 
sua avaliação, devemos pensar 
imediatamente na parte motora 
da face, nos músculos da mimica 
facial. Na figura ao lado, temos 
representação do córtex motor 
primário, no giro pré-central, e, 
desse, temos a descida das fibras 
motoras, que na região da ponte, 
farão sinapse com a região do 
núcleo do VII par craniano, e, 
então emerge o 2° neurônio dessa 
via, visto que, sendo um neurônio 
motor, temos o 1° neurônio que 
saiu do córtex, e, veio até a ponte, 
e, depois já começa o 2° neurônio, 
que faz um trajeto complexo, 
entra no osso petroso, sai pelo 
conduto auditivo, passa dentro da 
parótida, a qual é inervada pelo 
Nervo Glossofaríngeo. Ele vai ter 
várias fibras que vão se dissipar 
pela região da face, e, vão inervar 
os músculos da mímica facial. Na 
imagem, está faltando o masseter, 
já que esse recebe inervação do 
Trigêmeo, como acabamos de ver. Temos o orbicular dos olhos, que vai fazer o fechamento da pálpebra, o orbicular dos lábios, 
que vai fazer o fechamento dos lábios. Então, todos esses músculos, principalmente, relacionados ao fechamento da boca, e, 
fechamento dos olhos, estão relacionados ao nervo facial. 
Na imagem à esquerda, temos uma 
representação esquemática do gânglio 
geniculado, porque precisamos 
guardar que o VII par craniano, apesar 
de ser reconhecido como um nervo 
motor, ele também é um nervo misto, 
também tem um processo visceral e 
somático, que vai ser responsável pela 
secreção lacrimal, pela secreção de 
algumas glândulas na nossa boca. Ele 
também tem uma parte sensitiva 
relacionada a orelha. Então, para 
algumas bibliografias, temos a raiz 
motora, do Nervo Facial, e, temos a 
raiz visceral somática especial do 
Nervo Facial, que é reconhecido como 
“Nervo Intermédio”. Para alguns 
autores, o Nervo Intermédio deveria 
ser até um outro nervo craniano, mas, 
como o trajeto dele é um trajeto muito 
 
4 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
comum, muito bem relacionado, com o núcleo muito próximo, a maioria dos autores convencionou que teríamos o Nervo 
Intermédio como sendo uma parte do nervo Facial. Essas raízes do Nervo Intermédio, elas estão muito relacionadas com a função 
autônoma, com a função sensitiva do Nervo Facial. As raízes dele na parte superior (a primeira parte dele), vão através do gânglio 
pterigopalatino inervar as glândulas lacrimais, a glândula da mucosa nasal, e, os brotos gustatórios da região do palato mole. Já o 
2° ramo, vai gerar o que chamamos de Nervo Corda do Tímpano. A região do Nervo Corda do Tímpano é muito importante, porque 
ele inerva o músculo Estapédio, e, esse, delimita a movimentação que a membrana timpânica faz, a partir da vibração dos ossículos 
da orelha média. Então, se eu tenho fragilidade do Nervo Corda do Tímpano, eu vou ter uma fragilidade do músculo Estapédio, e, 
acaba que muitas vezes, o paciente com uma paralisia facial, eles podem acabar por ter uma hiperacusia, eles escutam mais, já 
que não temos mais essa função do músculo Estapédio de tentar frear a movimentação da membrana timpânica, de tentar frear 
a vibração desses ossículos da orelha média. Então, esses pacientes, principalmente para sons mais graves, que fazem esses 
ossículos vibrar em demasia, sentem bastante incômodo. Ele irá mandar também estímulos gustatórios para os 2 brotos 
gustatórios nos 2/3 anteriores da língua, para glândula sublingual, e, para a glândula submandibular. Embaixo, temos as 
terminações sensitivas, motoras da face, relacionadas aos músculos da expressão facial, e, do outro lado, também embaixo, temos 
uma parte sensitiva relacionada a pele da orelha externa. Então, ele tem a parte sensitiva da orelha externa, a parte sensitiva 
especial, relacionada a gustação e a secreção, e, ele tem essa parte motora, mais embaixo, relacionada aos músculos da expressão 
facial. 
 
 
Semiotécnica da parte motora do Nervo Facial 
▪ Elevar as sobrancelhas; 
▪ Fechar um olho de cada vez; 
▪ Enrugar a testa; 
▪ Franzir o cenho; 
▪ Franzir os lábios; 
▪ Assobiar; 
▪ Sorrir e franzir os lábios alternadamente; 
▪ Contrair os músculos do queixo; 
▪ Puxar os ângulos da boca exageradamente para ativar o platisma. 
 
Pedimos o paciente para fechar os olhos com 
força, e, isso é muito importante, 
principalmente, se falando de um paciente 
com Paralisia Facial Periférica, já que, as 
vezes, o paciente consegue fechar o olho 
todo, mas ele não consegue formar a mesma 
quantidade de rugas de expressão de um lado 
em relação ao outro. Pedimos o paciente para 
elevar o cenho, franzir a testa. Pedimos o 
paciente para sorrir, de forma que seja possível vermos a gengiva dele, e, podemos pedir ao paciente para abaixar o ângulo da 
boca, para que seja possível ativar o platisma, e, é possível perceber perfeitamente assimetria, em que de um lado temos a 
contração do platisma, e do outro não. Podemos também pedir que esse infle as bochechas, e, para assobiar, ou, mandar beijinhos, 
franzir os lábios. 
 
5 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Existem vários reflexos 
relacionados ao Nervo Facial, um 
deles, é o reflexo Pálpebro-
oculógiro. Quando fechamos nosso 
olho, o bulbo do olho, geralmente, 
gira para cima, e, não vemos a 
Esclera, não vemos a parte branca 
do olho. Às vezes, vemos isso em 
bebês que não dormem com os 
olhos totalmente fechados, que vemos as vezes que estão dormindo e fica aparecendo somente a esclera, não conseguimos ver 
a íris do olho. Quando a pálpebra está totalmente fechada, quando piscamos o olho, por exemplo, não ficamos vendo isso, mas 
em pacientes com paralisia facial periférica, vemos nitidamente esse reflexo, e, esse reflexo foi reconhecido como “Fenômeno de 
Bell”. https://www.youtube.com/watch?v=NhaG-TfsOKg 
A paralisia facial pode ser de dois tipos, só do terço 
superior da face, ou, só da metade inferior da 
face. Isso acontece, porque nós temos músculos 
da expressão relacionados a inervações 
diferentes, os músculos da parte superior da face, 
estão localizados nos núcleos do Nervo Facial, 
mas, o controle motor do NMI da região inferior 
da face, está relacionado apenas ao córtex motor 
primário. 
Na imagem, temos o córtex motor primário, 
mandando estímulos para o núcleo do nervo 
facial, e, para a parte inferior da face. Entretanto, 
a região motora do giro do cíngulo, na região mais 
anterior, que recebe suprimento arterial da 
artéria cerebral anterior, ele manda estímulo para 
o núcleo do Nervo Facial, só que ele recebe 
estímulos dos dois córtex. Então, essa parte 
superior do núcleo do nervo facial, ela recebe 
inervação bilateral, já a parte inferior, recebe 
inervação só contralateralmente ao córtex motor 
primário que estará comprometido. 
 
 
Então, se tivermos uma lesão do NMS, só vou 
receber estímulos ipsilateral a região superior da 
minha face. Não vou receber estímulo contralateral. 
Se eu perdi o estímulo contralateral, como 
representado na imagem à direita, vou cortar o 
estímulo da região superior contralateral, mas eu 
mantenho o estímulo da região superior da face 
ipsilateral, como não temos essa mesma via dupla 
para a região inferior da face, na paralisia facial 
central, ou seja, na paralisia facial em que eu tive 
uma lesão dos axônios que estão acima do núcleo do 
VII par craniano, eu vou ter como manifestação 
clínica uma paralisia da metade da minha face. 
Tipicamente, não acontece comprometimento 
palpebral, nem comprometimento da testa, mas, 
existem alguns pacientes que podem ter 
comprometimento do fechamento da pálpebra, 
mas, o mais normal é um comprometimento no 
fechamento da rima labial, e, do suco nasogeniano. 
90% das vezes, terá esse aspecto, pegando apenas a 
boca. 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=NhaG-TfsOKg
 
6 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
 
Agora, na paralisia facial periférica, teremos 
comprometimento tanto da inervação sensitiva da 
parte superior, quanto da parte inferior. Se eu tive uma 
lesão do núcleo, parabaixo, podemos observar que 
não adianta a inervação bilateral, já que apenas um 
axônio vai mandar inervação para a região superior da 
face, e, só temos um axônio que vai mandar 
informação para a parte inferior da face. Portanto, se 
eu tive uma lesão periférica, significa que eu peguei o 
2° neurônio da via motora do 7° par craniano. Na 
imagem, os axônios estão separados, mas, eles não 
andam assim, andam grudados um no outro. 
 
 
 
 
 
 
Representação da paralisia facial 
 
A paralisia facial periférica, ela é homo/ipsilateral ao local que eu tive a lesão, como podemos ver na representação. Se eu tive 
uma lesão abaixo do núcleo do VII par, terei comprometimento da face, tanto da região superior, quanto da região inferior, do 
mesmo lado da lesão. Já a paralisia facial central, ela ocorre do comprometimento do córtex motor primário, ou da cápsula interna, 
ou de regiões mesencefálicas, acima da ponte, em que eu ainda não tive contato com o núcleo do VII par craniano. Abaixo dessa 
região no mesencéfalo, teremos o cruzamento dessas fibras, que vai chegar ao núcleo pontino do VII par craniano, então, o 
aspecto motor vai funcionar da mesma forma do trato corticoespinhal, mas, estamos nos referindo agora ao trato corticonuclear, 
a única diferença, é que a fibra motora sai do córtex, cruza nessa região do tronco, e, desde, chegando na ponte, no núcleo do VII 
par craniano. * Então, na paralisia facial central, eu posso ter uma lesão no córtex, na cápsula interna, ou, no mesencéfalo, até na 
própria ponte mesmo, antes do núcleo, isso pode ocorrer. Essa paralisia facial central, geralmente pega só a metade inferior da 
face, só a região do sulco nasogeniano, e, da rima labial, e, acontece uma coisa interessante na paralisia facial central, já que ela 
pode ser emocional ou volitiva. Às vezes, não percebemos que o paciente tem paralisia facial central, e, é necessário realizarmos 
algumas técnicas para vermos. A paralisia facial central emocional, só aparece quando o paciente ri espontaneamente. A paralisia 
 
7 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
facial central volitiva, só aparece quando pedimos para o paciente rir. O apagamento do sulco nasogeniano, e, o desvio da boca 
para o lado bom, na volitiva, só irá ocorrer quando pedirmos o paciente para sorrir, e, na emocional, mesmo pedindo, isso não irá 
acontecer, só irá acontecer voluntariamente. 
 
No slide acima, à direita, vemos a representação de uma tomografia de crânio, demonstrando uma região hiperdensa na região 
frontal. Se houve acometimento da região frontal, tenho comprometimento do córtex motor primário, portanto, um paciente que 
teve esse tipo de lesão pode ter o acometimento da face, por isso, o paciente precisa ser avaliado por completo, já que terá 
também queixa de fraqueza. Ao avaliar a face, se pedirmos ao paciente para mostrar os dentes, às vezes será possível ver, por ter 
pego o córtex, que é o que geralmente ocorre na paralisia facial volitiva, e, veremos uma leve assimetria. Veremos apagamento 
do sulco nasogeniano, queda da rima labial, e, desvio da boca para o lado contralateral. Entretanto, se eu fizer um estímulo para 
esse paciente rir, na emocional, ao fazermos um estímulo para o paciente rir espontaneamente, ela some. 
Exame da função sensorial (01:22) 
Basicamente avaliamos o paladar, mas, na prática, essa avaliação é muito pouco objetiva, e, não temos estrutura para tudo isso. 
Então, o exame da função sensorial: 
▪ Basicamente o paladar; 
▪ 5 sabores primários: doce, salgado, amargo, azedo e umami (delicioso- saboroso). > L-glutamato. 
▪ Pode-se segurar a língua para evitar retração: superfície dorsal é o melhor local para aplicação; 
▪ PFP: Avaliar o paladar, pois se lesão for proximal à junção com o corda do tímpano, pode ocasionar alteração do paladar; 
▪ Alteração do paladar: descartar primeiro doença da língua e medicamentos; 
Parageusia: Perversões do paladar ou percepções anormais; 
Hipogeusia: diminuição ou atraso na percepção dos sabores; 
Ageusia: perda total do paladar – rara. 
Segura a língua do paciente com uma gaze, pinga a substância que você quer para avaliar, coloca plaquinhas na frente do paciente 
e o paciente irá mostrar qual sabor ele sentiu. E entre um sabor e outro ainda é preciso enxaguar a boca. Ou seja, totalmente fora 
da realidade, não dá para fazer isso numa consulta laboratorial na grande maioria das vezes. Quando temos um paciente com 
alteração no paladar é importante avaliarmos primeiro a língua, ver se o paciente tem língua geográfica, fissura, afta e questionar 
o uso de medicamentos, pois algumas medicações como alguns quimioterápicos e antibióticos podem gerar alteração de paladar 
significativa. 
Quais os nomes mais comuns que damos para essas alterações do paladar? Temos a parageusia, quando o paciente sente um 
gosto metálico, por exemplo, hipogeusia que é a diminuição ou atraso da percepção dos sabores e a ageusia que é a perda total 
do paladar e que é muito raro de acontecer. 
 
 
 
 
 
8 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
Exame da função secretora 
▪ Lacrimejamento; 
▪ Teste de Schirmer; 
▪ Reflexo lacrimal: bilateral por estimulação da córnea; 
▪ Reflexo nasolacrimal: estimulação mecânica ou química da mucosa 
nasal. 
 
Pode avaliar o lacrimejamento ou a quantidade de saliva que o paciente 
produz, já que isso está relacionado a essa função simpática do Nervo 
Facial. O lacrimejamento quase não é feito na pratica, pois muitas das vezes 
as queixas relacionadas a olho seco e boca seca o paciente consegue falar 
muito bem isso e muitas vezes está relacionado a uma doença reumática, a 
síndrome de Sjogren ou síndrome seca. Então acaba que esse teste de 
Schirmer é feito mais pelos reumatologistas e não pelos neurologistas. 
NERVO VESTÍBULO-COCLEAR (VIII) 
▪ Puramente sensitivo; 
o Coclear: responsável pela audição. 
o Vestibular: responsável pelo equilíbrio -> Aulas Ataxias e Vertigem. 
Ele penetra no crânio através do meato acústico interno (junto com o Nervo Facial) e chega ao tronco pelo sulco bulbopontino. 
Ele faz diversas sinapses até chegar ao córtex temporal (área auditiva primaria) e como ele faz muitas sinapses, tem uma parte 
que cruza e outra parte que sobe ipslateralmente. A perda auditiva neurossensorial por comprometimento do nervo vestíbulo-
coclear, unilateral ou bilateral é extremamente rara e não é comum de acontecer. O mais comum de acontecer é um processo 
neurodegenerativo da região de periferia. 
Nessa imagem temos a 
representação das 2 estruturas 
periféricas que vão formar o nervo 
vestíbulo coclear. A direita da 
imagem temos os canais 
semicirculares, o utrículo e o sáculo 
que vão ser responsáveis pela 
movimentação angular e pela 
movimentação linear da cabeça 
enviando esses impulsos através do 
ramo vestibular do nervo vestíbulo-
coclear. A esquerda temos a 
representação da cóclea que faz 
duas voltas e meia sob si mesma e 
todas essas estruturas temos uma 
cor azul dentro da imagem por 
conta da circulação da endolinfa e 
da perilinfa que vão ser 
movimentadas a partir do estimulo 
da bigorna, do martelo e do estribo 
que vão gerando movimentações 
nessa região a partir, por exemplo, 
do som que recebemos , vai se 
transformar em uma onda 
mecânica e a movimentação da 
agua la dentro, dessa endolinfa vai movimentar as células ciliadas que ficam dentro do órgão de corti e esse movimento será então 
traduzido num impulso nervoso que vai subir para que a gente consiga ter audição. Já a parte do sáculo e do utrículo a informação 
vai subir para que a gente consiga por exemplo corrigir nossa postura ou manter o nosso olhar fixo enquanto nos movimentamos. 
Abordagem ao Paciente com queixa Auditiva 
Semiotécnica da Avaliação do Nervo Coclear 
O paciente pode ter uma queixa de diminuição da audição que é chamado de hipoacusia ou pode ter uma queixa de ausência de 
audição chamado de anacusia. 
O primeiro passo diante desses pacientes é identificar qual orelha está comprometida para isso pode ser feito o teste dosussurro 
ou o da fricção dos dedos. 
Teste da fricção: a gente fica na frente do pct e como estou avaliando uma função sensitiva é necessário que o pct esteja de olhos 
fechados. Então pct com olho fechado, você na frente do pct fara o movimento de fricção dos dedos a 2 cm da orelha do pct, dos 
 
9 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
2 lados e não pode encostar na orelha nem no cabelo do mesmo. E ai vamos perguntar ‘’esta ouvindo algum barulho?’’ caso o pct 
responda ’’sim’’ devemos perguntar em qual orelha e pra ele responder quando parar de escutar. 
Teste do sussurro: você irá sussurrar alguma coisa do lado ou atrás do paciente em 1 orelha de cada vez e o ideal é que o paciente 
tampe uma orelha que é a que você não quer avaliar algum momento e você irá sussurrar algo na orelha que está aberta e o 
paciente vai repetir o que você falar. E depois faz o mesmo na outra orelha. Com isso conseguimos identificar qual orelha está 
comprometida. Exemplo: identifiquei que a orelha direita do paciente está comprometida qual será o próximo passo? Segundo 
passo: identificar se é uma surdez neurosensorial ou condutiva. Surdez neurosensorial é aquela que acontece a partir de 
comprometimento do nervo vestíbulo coclear e aqui falando de audição do nervo coclear. Aqui o problema é na trasmissao 
nervosa do estímulo até o córtex auditivo primário no lobo temporal. Já a surdez de condução, acontece em qualquer região a 
partir do momento que eu tenho orelha externa, média e interna. Então tem uma alteração que pode ser nessa condução de 
transformar o ar em estímulo mecânico. 
PARA SABER QUAL TIPO DE SURDEZ É PODE-SE FAZER 2 TESTES: TESTES DE RINNE E WEBER. 
Teste de rinne: (guardar que a palavra rinne tem 2 
‘’nn’’ então gravar que esse teste tem 2 etapas). A 
primeira etapa vai ser pegar o diapasão, estimula-lo 
e colocar a base do diapasão no osso mastoide do pct 
e pedir ele para avisar quando para de ouvir o 
barulho e enquanto isso devemos estar contando no 
relógio durante quantos segundos o pct conseguiu 
escutar o barulho do diapasão. Pct parou de escutar 
já devemos virar a haste do diapasão e vai colocar 
mais ou menos 2 cm do conduto auditivo externo do pct e quando você coloca isso o pct deve continuar escutando porque a 
condução aérea é muito maior do que a condução óssea, isso é o normal de acontecer. E ai vem uma classificação importante: o 
teste de rinne é considerado positivo quando ele é normal. Então rinne positivo é rinne normal, o que isso significa? Rinne normal 
significa que a condução aérea é maior que a condução óssea, isso é o normal de acontecer. Eu botei a base do diapasão no 
mastoide e o pct escutou o barulho quando ele parou de ouvir o barulho eu coloquei a haste do diapasão na frente do condutor 
auditivo externo e o pct continuou ouvindo o barulho, ele volta a ouvir o barulho que tinha parado antes. Isso vai mudar se eu 
tenho uma surdez de condução ou se eu tenho uma surdez neurossensorial. 
Teste de Weber: colocamos a base do diapasao ou na região glabelar ou na região do ápice da cabeça, na região de cima e pergunta 
pro pct se ele esta escutando igual nas 2 orelhas ao mesmo tempo. Quais os achados que pode ter nesse pct? No teste de weber 
se o pct tem surdez de condução a orelha que esta doente ela escuta melhor. A orelha que esta doente fica com um som maior 
do que a orelha que esta boa. Por que isso acontece? Porque você esta dando a condução para aquele pct, ele não vai precisar 
fazer a mudança do som aéreo. ( o normal seria ter um som melhor na orelha normal, mas se o pct escutou melhor o barulho do 
diapasão na orelha que escutou pouco no teste do sussurro e no testa da fricção dos dedos já se pode pensar que se trata de uma 
surdez de condução, porque o pct não precisou conduzir o som, a vibração do diapasão já vai estimular diretamente ali a endolinfa 
la dentro da cóclea, então ele não vai precisar fazer a condução desse estimulo, ele já vai fazer o estimulo diretamente mecânico 
porque a vibração do diapasão vai estimular a cóclea. Como o nervo do pct esta preservado ele ira escutar melhor na orelha 
doente. 
Pergunta do aluno: Porque o som seria melhor do que o da orelha normal? Porque na orelha normal ele vai pegar o som, 
vai transformar na condução óssea e depois no estímulo neurossensorial. Na orelha que está doente como o nervo dele 
está praticamente intacto já que o outro nervo está sendo consumido pra tentar compensar essa doente que está 
paralisada ele vai escutar melhor quando dermos o estimulo mecânico direto para ele. 
 
 
 
10 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
RESUMINDO: Quando temos um pct com queixa de que esta escutando pouco, a primeira coisa que precisa fazer é o teste do 
sussurro e da fricção dos dedos e ver qual orelha esta comprometida. Ao perceber que uma orelha esta mais comprometida do 
que a outra o segundo passo sera identificar se o pct tem comprometimento neurossensorial ou da condução e os testes para ver 
isso é o teste de weber e de rinne. No teste de weber o pct pode escutar melhor na orelha normal ou na orelha doente ( na orelha 
que ele escutou pouco). Se o pct escutou melhor na orelha normal isso significa que ele não depende da condução óssea , não 
depende da condução neurossensorial para escuta o som, o próprio nervo dele está comprometido então ele vai escutar melhor 
independe de qualquer estímulo, o mecânico ou aero na orelho normal. Se o pct tem surdez de condução e eu já dou pra ele o 
som conduzido ele acaba escutando melhor na orelha que esta doente , na orelha que estava comprometida previamente, porque 
você tira a condução, você já da o som pronto, então o nervo já fica prontinho para mandar o estimulo para o córtex. O som 
primeiro é um estimulo aéreo, depois é um estimulo mecânico e depois neurológico. O diapasão vibra, se eu coloquei um diapasão 
na minha cabeça o que ele esta fazendo? A endolinfa já esta vibrando, não depende da transformação do ar em estimulo 
mecânico, então essa vibração do diapasão já vibra a endolinfa e esse estimulo já faz a condução do estimulo nervoso. Já no teste 
de rinne, será positivo, ou seja, a condução aérea é maior do que a condução óssea quando temos uma surdez neurosensorial 
porque o estimulo acontece da mesma forma. O pct esta com o nervo comprometido então ele vai fazer uma condução aérea e 
óssea normais, so que o nervo estará comprometido e ele vai também escutar, mas a diferença é que ele escuta tudo, mas em 
uma velocidade as vezes menor. Então a orelha que esta boa, por exemplo, escuta 2 segundos a partir da condução óssea e 2 
segundos a condução aérea. No pct que tem a condução normal, condução óssea e aérea preservada escuta geralmente de 5 a 6 
segundos a óssea e a aérea, sendo que a aérea pode ser ate o dobro do tempo da condução óssea. Como é o nervo dele que esta 
comprometida, só vejo a condução aérea ou a condução óssea ele vai continuar escutando normal. Na condutiva, a condução 
óssea é muito melhor do que a condução aérea, então o teste de rinne será negativo. Como que acontece isso? Coloquei o 
diapasão no osso mastoide do pct e ele escutou, quando ele parou de escutar, que eu vou precisar que ele faca essa condução de 
novo, transformar o aéreo no ósseo ele não consegue fazer isso, existe uma falha nessa estrutura condutiva e ai acaba que a 
condução aérea não consegue ser realizada. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) 
NERVO VAGO (X) 
Lembrar que o nervo vago tem um papel parassimpático muito importante no nosso corpo, então o vago consegue ter 
interferência através do seu núcleo do tronco e das suas sinapses principalmente com a região do hipotálamo, interferir na 
questão de frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial, então ele é muito importante nesse aspecto simpático 
e parassimpático. O glossofaríngeo e o vago vão ter papel sensitivo e motor da região do palato. Conseguimos ver isso porque 
tem-se elevação do palato ao falar a vocal ‘’aaaaa’’ ou a silaba ‘’cá’’ de forma prolongada, observamos que o palato se eleva.Se 
comprometer essas estruturas o pct pode ter voz comprometida, voz anasalada. Eles também são responsáveis pela gustação 
(principalmente o glossofaríngeo) do terço posterior da língua (sabor amargo), pois vimos que os 2/3 anteriores cabem a 
responsabilidade do nervo facial e da faringe, também conseguimos ter um pouco de paladar na região da hipofaringe. A avaliação 
da elevação simétrica do palato conseguimos fazer durante a fonação junto com a avalição do reflexo de vomito bilateralmente. 
Um reflexo que não faz dessa parte da semiologia é o reflexo do seio carotídeo, mas que é um reflexo importante de entendermos 
como funciona na pratica. O reflexo do seio carotídeo pode tirar o pct de desconforto extremo se tiver diante de uma taquicardia 
sinusal ou uma fibrilação atrial com uma taquicardia que gera um desconforto muito significativo no pct. Esse reflexo é feito uma 
compressão do seio carotídeo na região do pescoço e esse aumento da pressão da artéria carótida vai excitar os receptores do 
seio carotídeo e esses receptores vão gerar um impulso nervoso que vai ser transportado através das fibras do glossofaríngeo até 
um trato solitário. A partir do trato solitário lá no bulbo, teremos outros neurônios que vão mandar uma informação pro núcleo 
dorsal do vago ali também na região do bulbo e o estimulo que vai sair dessa região dorsal do vago vai gerar um estimulo eferente 
ou descendente, ocasionando uma redução da frequência cardíaca e da pressão arterial através dessas fibras vagais. 
 
 
 
Aumentos da pressão da artéria carótida excitam receptores do seio carotídeo; 
os impulsos são transportados centralmente pelas fibras do IX ao núcleo do 
trato solitário, a partir de então projetam-se neurônios para o núcleo dorsal do 
vago, ocasionando redução da FC e da PA através das fibras vagais. 
 
 
 
 
 
Então, esse reflexo carotídeo é muito importante saber fazê-lo até na emergência porque às vezes ele pode melhorar muito 
desconforto de pacientes que chegam com uma taquicardia aguda e com pct estável clinicamente. O que é importante sabermos: 
o glossofaríngeo e o vago quando estão com a funcionalidade preservada a gente observa que o palato do pct tem uma elevação 
simétrica como na imagem. Os 2 pilares estão com elevação simétrica. E a úvula fica centrada. 
 
 
 
11 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
O que é importante sabermos: o glossofaríngeo e o vago quando estão com a 
funcionalidade preservada a gente observa que o palato do pct tem uma elevação 
simétrica como na imagem. Os 2 pilares estão com elevação simétrica. E a úvula 
fica centrada. 
 
 
 
 
Quando temos uma paralisia podemos ter uma assimetria do palato. O que vai acontecer quando o paciente falar alguma coisa? 
Na imagem abaixo o lado esquerdo está forte, ou seja, esta puxando a musculatura pra cima para que o pct consiga falar. A úvula 
acaba sendo puxada para a região que esta forte. 
Quando temos a paralisia facial central ou periférica 
a boca desvia para o lado que esta bom porque a 
musculatura esta forte . Aqui nos temos uma queda 
do palato do lado que esta paralisado e a úvula 
acaba sendo desviada para o lado bom, esse é o 
chamado sinal da cortina, por conta da lesão do 
nervo glossofaríngeo e vago ( no caso da imagem 
seria uma lesão a direita). Ao pegar um pct com a 
imagem acima, o que é necessário colocar em seu 
prontuário? Pct apresentando uma paralisia do 
glossofaríngeo e do vago a direita. Outra coisa que pode acontecer se tiver uma lesão do glossofaríngeo e do vago, principalmente 
do glossofaríngeo é a perda do reflexo de vomito. Como avaliar o vômito? Devemos pegar o abaixador de língua e coloca primeiro 
fazendo uma irritação do pilar inferior do palato e vê se o pct tem sensação de êmese, de vomito e faz também do outro lado pra 
ver se existe simetria. Então o reflexo do vomito não faz só na base da língua, precisa estimular a região da faringe de um lado e 
do outro também. 
NERVO ACESSÓRIO (XI) 
 
 
 
 
 
É um nervo interessante, pois as fibras vão inervar o 
musculo trapézio elas cruzam na região bulbar. Agora as 
fibras que vão inervar o ECOM elas não cruzam elas 
continuam do mesmo lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então se eu tiver uma lesao central, acima do tronco, acima do 
bulbo (em azul representa a lesao) eu terei um pct com uma 
paralisia do ECOM a direita mas vai ter uma paralisia do trapezio 
a esquerda,contralateral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
 
Se eu tiver uma lesão periférica (risco azul na imagem), do 
acessório pra baixo, vai funcionar como uma lesão 
periférica. Terei uma paralisia do ECOM e do trapézio do 
mesmo lado da lesão. Do trapézio é o mesmo raciocínio 
que fazemos em qualquer síndrome motora 
 
 
 
 
 
 
 
Semiotécnica 
 Primeiro: avaliar escápulas em repouso e em movimento. 
Para ver o nervo acessório a primeira coisa é avaliar a escapula. Podemos ter o que chamamos de escapula alada, na imagem 
conseguimos ver nítida assimetria do lado direito com o esquerdo, demonstrando que temos um comprometimento de manter 
a escapula fechada quando fazemos o movimento de elevação dos braços, movimentos de flexão do ombro. Então a primeira 
coisa pra ver o acessório vai ser avaliar o pct de costas em repouso e depois pedir o pct pra fazer a flexão do ombro. 
 Segundo: Motricidade do esternocleidomastoide e trapézio. 
Quando pedimos o pct pra virar a cabeça pra direita eu estou avaliando o ECOM da esquerda. Eu peco o pct para empurrar a 
minha mão, é uma avaliação contra resistência que fazemos como se quisesse olhar pro outro lado. É interessante que a outra 
mão do examinador vá ao ECOM para ver se ele esta contraindo ou não. Faz isso primeiro para um lado e depois para o outro 
lado. 
Quando vamos avaliar o trapézio podemos pedir o pct pra elevar os ombros e você tenta fazer forca pra baixo ou você pede o 
pct pra ficar com os ombros normais e você pede o pct pra fazer forca pra cima pra empurrar sua mão. Pode fazer de uma forma 
ou de outra. 
NERVO HIPOGLOSSO (XII 
Esse nervo é importante porque ele vai gerar fibras que vão inervar musculatura intrínseca 
e extrínseca da língua, principalmente a parte relacionada ao nervo genioglosso. O nervo 
genioglosso é um nervo responsável pela exteriorização da nossa língua. 
Quando eu tiver um paciente com uma lesão periférica do nervo hipoglosso como na 
figura (um traço com as siglas LMNL representando a lesão).então o que que aconteceu 
no nervo hipoglosso: O nervo hipoglosso temos o núcleo dele lá embaixo no bulbo e as 
raízes saindo. Se eu tenho uma lesão do núcleo pra baixo vai funcionar como uma lesão 
de neurônio motor inferior. Na lesão de neurônio motor inferior eu terei manifestação do 
mesmo lado da lesão, então de acordo com a imagem a metade esquerda da língua fica 
fraca. se eu tenho uma fraqueza do lado esquerdo da língua quando eu coloco a língua 
pra fora o outro lado fica mais forte. 
Só que aqui, diferente do que acontecia lá na face e diferente do que acontecia lá no véu 
do palato, eu não tenho uma forca contraria, eu tenho uma forca que está indo pra fora. 
A língua quando for exteriorizada vai desviar para o lado que esta fraco (isso é o que 
chamamos de sinal da seta), a língua quando exteriorizada vai demonstrar qual lado que 
esta fraco, qual lado que esta comprometido. No caso da imagem que eu tenho 
comprometimento só da região do hipoglosso, do genioglosso que é o responsável pela 
 
13 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
inervação da língua eu sei que a fraqueza ta na metade da língua esquerda. Isso às vezes é muito visível no exame, porque você 
pede o pct para exteriorizar a língua e já se observa que tem uma assimetria. 
Do lado esquerdo da imagem temos a visualização das papilas gustatórias. Do 
lado direito a língua esta lisa e toda irregular, tem ate uma atrofia da ponta da 
língua em relação a ponta esquerda. De acordo com essa imagem- Como vamos 
descrever isso no prontuário do paciente? Pct apresenta paralisia do 
hipoglosso a direita. Qualo diagnostico topográfico? Como vou saber que é 
uma lesão supratentorial ou infratentorial (do tronco pra cima ou no tronco pra 
frente)? (ninguém respondeu a pergunta e ela disse que mais pra frente vai 
fazer caso clinico). 
Então, o hipoglosso é essencial na fonação. Aqui nesse caso é a fonação 
periférica. Então o pct com comprometimento do hipoglosso não vai ter afasia, 
ele não esta com problema na formação da frase dele e na compreensão da 
fala, ele esta com problema na articulação da fala e isso denota uma disartria. 
Hipoglosso também é essencial na motricidade da língua. 
 
OBS: as fibras da língua são fibras que seguem uma direção oposta, elas não são lineares. O lado bom puxa quando a língua esta 
dentro da boca, a língua vai desviar para o lado bom. Ao exteriorizar a língua é preciso fazer força de trás pra frente, a língua vai 
desviar para o lado que está fraco. 
Semiotécnica 
▪ Avaliamos desvio quando exteriorizada e força contra resistência da polpa digital do examinador. 
A língua é essencial para fonação, por isso, o paciente pode ficar disártrico quando temos uma alteração da língua. Portanto, para 
avaliar alteração da fonação é essencial fazermos avaliação do nervo Glossofaríngeo, Vago e Hipoglosso. A avaliação da deglutição 
é importante lembrarmos de avaliar o Glossofaríngeo, e, o Vago, e, o Hipoglosso pode gerar alteração de deglutição, mas, somente 
quando ele estiver com comprometimento bilateral. Avaliamos a língua quando essa é exteriorizada, e, a força dela contra 
resistência da polpa digital do examinador. 
DESAFIO 
PACIENTE APRESENTA FRAQUEZA EM BRAÇO E PERNA DIREITOS, E, QUANDO FOMOS AVALIAR FACE, SUA MÍMICA 
FACIAL ENCONTRAVA-SE PRESERVADA, SEM ALTERAÇÕES NA MOVIMENTAÇÃO OCULAR EXTRÍNSECA, REFLEXO DE 
VÔMITO PRESERVADO, PORÉM, COM DESVIO DA LÍNGUA PARA A ESQUERDA. O QUADRO ESTÁ EVOLUINDO HÁ 2 
HORAS. DIANTE DESTE CASO CLÍNICO, DESCREVA COMO VOCÊ FARIA UM RACIOCÍNIO SINDRÔMICO E TOPOGRÁFICO 
QUE EXPLIQUE TAIS ACHADOS OBJETIVANDO CORRELACIONAR A PARTE CLÍNICA MOTORA DO ESQUELETO AXIAL E 
DA LÍNGUA. 
Língua está fraca à esquerda, já que ao ser exteriorizada, desvia para a esquerda. Se a lesão tivesse sido no córtex 
ou na cápsula interna, a língua teria sido desviada para direita. O Hipoglosso cruza no Bulbo também, depois 
começa a parte periférica do hipoglosso, mas, quem está passando no bulbo que ainda não cruzou, já que vai 
cruzar na pirâmide bulbar quase chegando na medula é o Trato Corticoespinhal. É uma síndrome alterna de 
tronco. No tronco temos vários nucleos de pares cranianos, e, temos descendo as fibras que vão para esses 
núcleos, formando os Tratos Corticonucleares, e, temos descendo aqui, as fibras do Trato Corticoespinhal, as quais 
cruzam para um lado e para o outro no final do bulbo. Se o meu paciente teve, por exemplo, um AVC, uma lesão 
do trato corticoespinhal descendo, mas que ainda não cruzou, então, vai gerar uma manifestação motora 
contralateral ao lado lesionado, mas como pegou o núcleo do Hipoglosso mais embaixo, a lingua foi lesionado do 
mesmo lado da lesão. Essa é uma SÍNDROME ALTERNA DE TRONCO, e, nesse caso específico, temos um nome próprio para 
essas manifestações, sendo essa a SÍNDROME DE DEJERINE, caracterizada por uma paralisia alterna relacionada ao 
comprometimento do Nervo Hipoglosso de um lado, e, do trato corticoespinhal do outro lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FBoneco_palito&psig=AOvVaw1whW3ifkJlTUxu8gg79C14&ust=1589126455926000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPDA1MGTp-kCFQAAAAAdAAAAABAD
 
14 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
CASOS CLÍNICOS TURMA A 
 
 
15 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY

Continue navegando