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Aula-01-Portugues-ICMS-GO-Resumo-Questoes-Comentadas-Morfologia-Classes-Gramaticais-v1 pag 24

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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 1 de 110 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 – Morfologia - Classes Gramaticais 
Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas 
Professor: Bruno Spencer 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 110 
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 Olá amigos! 
Em primeiro lugar, quero agradecer pela confiança que depositaram 
em nosso curso. 
Vamos oferecer a vocês um material focado em RESUMOS contendo 
os principais pontos da matéria, a fim de concluirmos o ciclo de estudos. 
Este material possibilitará a você revisar seus conhecimentos e praticar 
a matéria de forma eficaz e eficiente. 
Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões, fiquem à vontade para nos 
contactarem pelo nosso fórum. 
Portanto, mãos à obra e bons estudos!!! 
 
Sumário 
 
1 - Substantivo....................................................................................... 4 
2 - Adjetivo ............................................................................................ 6 
3 - Artigo ............................................................................................... 8 
4 - Numeral ........................................................................................... 8 
5 - Pronome ........................................................................................... 9 
6 - Verbo ............................................................................................. 11 
7 - Advérbio ......................................................................................... 25 
8 – Palavras Denotativas ....................................................................... 25 
9 - Preposição ...................................................................................... 27 
10 – Questões Comentadas.................................................................... 28 
11 – Lista de Exercícios ......................................................................... 77 
 
 
Aula 01 – Morfologia - Classes Gramaticais 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 110 
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Temos em nosso idioma 10 classes gramaticais, além das palavras 
denotativas. 
Vamos apenas revisá-las, focando os principais pontos de cada uma, 
a fim de abordarmos o conteúdo de forma EFICIENTE e EFICAZ. 
 Vamos lembrar quais são elas? 
 
• Nomeiam as coisas, os seres, 
lugares, sensações e estados. 
(NOMES)
SUBSTANTIVOS
• Qualificam os nomes ou 
substantivos.ADJETIVOS
• Acompanham e definem os nomes 
ou substantivos.ARTIGOS
• Enumeram, ordenam as coisas.
NUMERAIS
• Acompanham ou substituem os 
nomes.PRONOMES
• Indicam ação, estados ou 
fenômenos. VERBOS
• Modificam verbos, adjetivos ou 
outros advérbios.ADVÉRBIOS
• Modificam o sentido de uma outra 
palavra ou da oração.PALAVRAS DENOTATIVAS
• Ligam palavras ou termos, sendo um 
principal e um subordinado.PREPOSIÇÕES
• Ligam palavras ou orações.
CONJUNÇÕES
• Expressam emoções, sentimentos, 
surpresa e etc...INTERJEIÇÕES
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 4 de 110 
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 SUBSTANTIVOS são as palavras que NOMEIAM as COISAS, SERES e 
FENÔMENOS. 
Comuns – denominam seres ou 
coisas de mesma espécie. 
Ex. casa, menino, água 
X Próprios – denominam nomes de 
pessoas, lugares, entidades de 
forma única, específica. 
Ex. Lucas, Recife, Clube Português 
Simples – formados por apenas 
um elemento formador (radical) 
Ex. trabalho, tapete, crachá 
X Compostos – Formados por mais 
de um radical. 
Ex. couve-flor, guarda-costas, 
passatempo 
Concretos – seres materiais ou 
que existem independentemente 
de outros. 
Ex. casa, cabelo, céu, mar 
X Abstratos – nomeiam coisas 
imateriais, tais como sentimentos, 
qualidades e estados de espírito. 
Ex. amor, riqueza, disciplina, ordem, 
progresso 
Primitivos – Não derivam de 
outra palavra. 
Ex. terra, casa, verão 
X Derivados – Derivam de outra 
palavra. 
Ex. terreiro, casarão, veraneio 
Coletivos – Denominam um CONJUNTO de coisas ou seres de uma mesma 
espécie. 
Ex. Alcateia (lobos), enxame (abelhas), flora (plantas de uma região), 
biblioteca (livros) 
 
Exemplos: 
casa (comum, simples, concreto e primitivo) 
flora (comum, simples, concreto, primitivo e coletivo) 
 
FLEXÕES 
• gênero (masculino ou feminino) 
• número (singular ou plural) 
• grau (aumentativo ou diminutivo) 
 
 
1 - Substantivo 
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Curso: Português 
Resumo + Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 5 de 110 
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 Vamos revisar o plural dos substantivos compostos. 
 Pluraliza-se apenas o primeiro: 
• substantivo + preposição + substantivo – ex. câmaras de ar, pães 
de ló, pés de moleque 
• substantivo + substantivo (quando o segundo qualifica ou restringe o 
sentido do primeiro) – ex. pombos-correio, peixes-boi, bolsas-família 
 
OBS – Neste último caso, é facultativo o uso de plural nos dois termos, 
porém a primeira forma é a mais tradicional. 
Ex. pombos-correios, peixes-bois, bolsas-famílias 
 
 Pluraliza-se apenas o segundo: 
• palavras compostas sem hífen – ex. girassóis, pontapés, planaltos 
• verbo + substantivo – ex. beija-flores, guarda-roupas, para-choques 
• palavras repetidas - ex. tico-ticos, quebra-quebras 
• termo invariável + termo variável – ex. recém-nascidos, abaixo-
assinados, vaga-lumes, ave-marias 
 
 Pluralizam-se os dois: 
• substantivo + substantivo – ex. tenente-coronel / tenentes-coronéis 
• substantivo + adjetivo – ex. guada-noturno / guardas-noturnos 
• adjetivo + substantivo – ex. curto-circuito / curtos-circuitos 
• numeral + substantivo – ex. sexta-feira / sextas-feiras 
 
 Pluraliza-se apenas o ARTIGO: 
• verbo + advérbio – ex. os fala-mansa, os bota-fora 
• verbo + substantivo plural – ex. os saca-rolhas, os salva-vidas 
 
 
 Os substantivos flexionam-se nos graus diminutivo e aumentativo. 
Exemplos: 
• menino – menininho – meninão – menino pequeno - menino grande 
 
1.1 – Flexão de Número 
 
1.2 – Flexão de Grau 
 
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Resumo + Questões Comentadas 
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Diminutivo sintético: 
• livreto, cabrito, riacho, burrico, serrote, vilarejo, flautim... 
 
Aumentativo sintético: 
• muralha, bocarra, fogaréu, homenzarrão, mulherona... 
 
 
 
 Palavras que QUALIFICAM o nome. 
Exemplo: Bons jogadores fazem jogadas decisivas. 
Observe que os adjetivos “bons” e “decisivas” qualificam os nomes 
“jogadores” e “jogadas”, ampliando o sentido da oração. 
 
Os adjetivos também podem vir expressos por um conjunto de 
palavras, são as locuções adjetivas. 
Exemplos: 
• abraço de irmão = abraço fraterno 
• água da chuva = água pluvial 
 
Os adjetivos também se flexionam em gênero, número e grau de forma 
análoga aos substantivos. 
 
OBSERVAÇÃO: 
No feminino e no plural de adjetivos compostos formados por adjetivo 
+ adjetivo, flexiona-se o último termo. 
Ex. chapéu azul-claro – capa azul-clara – capas azul-claras 
 
Exceções: 
São invariáveis: 
• ultravioleta, sem-vergonha, azul-marinho, cor de rosa, azul celeste, 
laranja (cor) 
 
2 - Adjetivo 
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OBSERVAÇÃO: 
As cores cinza, laranja, rosa, significam cor de rosa, cor de laranja, cor de 
cinza, assim como marinho, celeste, significam cor de mar e cor de céu, todos 
eles DERIVAM DE SUBSTANTIVO e são invariáveis. 
Ex. chapéu rosa-claro – chapéus rosa-claro 
 
Resumo sobre a flexão dos adjetivos em grau. 
 
 
Exemplos do grau comparativo: 
Ela é mais alta que você. (comparativo analítico de superioridade) 
Ela é maior que você. (comparativo sintético de superioridade) 
Ela é menos alta que você. (comparativo analítico de inferioridade) 
Ela é menor que você. (comparativo sintético de inferioridade) 
Ela é tão alta quanto você. (comparativo de igualdade) 
 
 
Observe as frase abaixo: 
Ele é o mais baixo da turma. Ele é o menos alto da turma 
Apesar de ambas terem o mesmo sentido, a primeira se trata de um 
comparativo de superioridade, enquanto a segunda de um comparativo de 
inferioridade. 
 
O grau superlativo indica um alto grau das qualidades e conta ainda com duas 
variações: absoluto ou relativo. 
Vamos ver alguns exemplos: 
Ela é muito/extremamente bela. (superlativo absoluto analítico) 
GRAU DO 
ADJETIVO
comparativo
sintético
analítico
superlativo
sintético
analítico
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Ela é belíssima. (superlativo absoluto sintético) 
Ela é a mais bela de todas. (superlativo relativo analítico de superioridade) 
Este é o melhor livro que já li. (superlativo relativo sintético de superioridade) 
 
Note que no superlativo relativo há uma espécie de “comparação”, enquanto 
no absoluto, apenas há um acréscimo no grau do adjetivo. 
 
 
 Os artigos acompanham os substantivos, dando-lhes um caráter geral 
(artigos indefinidos) ou específico (artigos definidos). Flexionam-se em gênero 
e número. 
Definidos – o, a, os, as 
Indefinidos – um, uma, uns, umas 
 
Exemplos: 
• Comprou uma boneca. (sentido geral) 
• Comprou a boneca que a filha queria. (sentido específico) 
 
ATENÇÃO – Podemos usar um artigo para MUDAR a classe gramatical de 
um termo, fazendo com que ele funcione como SUBSTANTIVO. 
Exemplos: 
• Ele aprecia o cantar dos pássaros. (a forma verbal “cantar” passou a 
funcionar como substantivo) 
• Ouviram um sonoro não. (o termo “não” - advérbio de negação - passou 
a funcionar como substantivo) 
 
 
Os Numerais são palavras que indicam quantidade, ordem, 
multiplicidade ou divisão. 
Cardinais – Servem para indicar um determinado número ou quantidade. 
Ex. Ele viu quatorze anjos em seu sonho. 
 
Ordinais – Indicam uma ordem ou posição. 
Ex. Ela ficou em primeiro lugar no concurso. 
 
3 - Artigo 
4 - Numeral 
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Multiplicativos – Dão ideia de multiplicação. 
Ex. Eu tenho o dobro da sua idade. 
 
Fracionários – Indicam uma fração ou divisão. 
Ex. A metade dos candidatos não estudaram para a prova. 
OBS. O termo AMBOS é considerado numeral. 
 
 
 São palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios. 
Indicam tempo, lugar, modo, intensidade, negação, dúvida, afirmação, ordem 
ou interrogação. 
Exemplos: 
Ele jogou bem. 
Ele jogou tão bem quanto Neymar. (comparativo de igualdade) 
Ele jogou melhor que Neymar (comparativo de superioridade) 
Ele jogou muito bem. (superlativo analítico) 
 
 
NÃO CONFUNDIR o numeral fracionário “meia” com o advérbio “meio”. 
Exemplo: 
• Ela comeu meia melancia. (comeu a metade da melancia) 
• Ela ficou com a barriga meio cheia após comer a melancia. 
Repare que “meio” é advérbio de intensidade, portanto INVARIÁVEL, 
significando “um pouco”. Aqui, não cabe a palavra “meia”, ok? 
 
Fique atento às locuções adverbiais. 
 Elas ocorrem quando duas ou mais palavras juntas adquirem o valor de 
um advérbio. 
Exemplo: 
• Tomaram a decisão às escuras. 
• As pessoas saíam às pressas. 
 
5 - Advérbio 
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TIPO ADVÉRBIO
LOCUÇÃO 
ADVERBIAL
TEMPO
hoje, ontem, amanhã, 
logo, antes, depois, 
agora, tarde, cedo, 
outrora, ainda, 
antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
LUGAR
Aqui, ali, acolá, dentro, 
fora, adiante, atrás, além, 
lá, cá, detrás, aquém, 
além, abaixo, acima, longe, 
perto, aí, aonde, adentro, 
afora, embaixo, 
externamente
à distancia, de longe, 
de perto, em cima, à 
direita, à esquerda, 
ao lado, em volta
MODO
bem, mal, assim, pior, 
melhor, depressa, 
devagar, calmamente, 
propositadamente, 
pacientemente, 
amorosamente, 
generosamente, 
bondosamente
às pressas, às claras, às 
cegas, à toa, à vontade, às 
escondidas, aos poucos,desse jeito, desse modo, 
dessa maneira, em geral, 
frente a frente, lado a 
lado, a pé, de cor, em vão, 
a maior
INTENSIDADE
muito, pouco, demais, 
tão, quanto, menos, 
mais, em excesso, 
pouco, bastante, 
demasiado, quão, tanto, 
assaz, que (equivale a 
quão), tudo, nada, todo, 
quase, 
de todo, de muito, por 
completo
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É a palavra que designa uma ação, estado, fato ou fenômeno. 
 
Os verbos apresentam-se em três conjugações: 
• 1a conjugação - terminados em AR - ex. amar 
• 2a conjugação - terminados em ER ou OR – ex. ser, por (o verbo por 
originalmente era escrito poer) 
• 3a conjugação - terminados em IR – ex. agir 
DÚVIDA
acaso, porventura, 
possivelmente, 
provavelmente, 
quiçá, talvez, 
casualmente 
por certo, quem sabe
NEGAÇÃO
não, nem, nunca, 
jamais, tampouco 
de modo algum, de 
forma nenhuma, de 
jeito nenhum
AFIRMAÇÃO
sim, 
indubitavelmente, 
certamente, 
realmente, decerto, 
efetivamente, certo, 
decididamente, 
realmente, deveras 
com certeza, sem 
dúvida
ORDEM
primeiramente, 
segundamente, 
ultimamente 
em primeiro lugar, por 
último 
INTERROGAÇÃO
onde?(lugar), 
como?(modo), 
quando?(tempo), 
quanto?(preço e 
intensidade)
por que?(causa), 
para que?(finalidade 
6 - Verbo 
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São três as pessoas do discurso: 
• 1a pessoa - quem fala 
• 2a pessoa – quem escuta 
• 3a pessoa – de quem se fala 
 
São três os modos que se flexionam: 
• Indicativo, subjuntivo e imperativo. 
 
 
Indica FATOS situados no passado, presente ou futuro. Pressupõe-se a 
CERTEZA de uma ação, estado ou fenômeno. 
Presente 
 
 
Pretérito Perfeito 
 
 
Pretérito Imperfeito 
 
Algo que acontece no momento presente ou com habitualidade.
Também podemos usá-lo para avivar um fato do passado (presente
histórico) ou para expressar um fato futuro próximo que acontecerá
com certeza.
•Exemplos:
•Eu estudo todos os dias da semana.
•É quando Jesus anda sobre as águas.
•Chego amanhã às dez.
Indica algo ocorrido e já concluído.
•Ex. Eu estudei muito para passar no concurso.
Indica algo no passado que têm uma duração ou habitualidade.
•Ex. Ele estudava antes mesmo de sair o edital do concurso.
Modo Indicativo 
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Pretérito mais-que-perfeito 
 
 
Futuro do Presente 
 
 
Futuro do Pretérito 
 
 
 
 O modo subjuntivo indica fatos possíveis, prováveis, hipotéticos ou 
mesmo duvidosos. 
 
Presente 
Ex. Ainda que eu fale com ela, nada vai adiantar. 
 
Pretérito Imperfeito 
Ex. Se eu pudesse, iria ao congresso. 
 
Futuro 
Ex. Quando eu puder, comprarei um carro novo. 
Indica um fato anterior a outro também passado.
•Ex. O ladrão fugira antes que a polícia chegasse.
Afirma algo que ocorrerá com certeza no tempo futuro.
•Ex. Passarei para lhe pegar às dezoito horas.
Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um
futuro em relação a algo que já se passou.
•Ex. Se não fosse servidor público, seria professor.
•Ele me falou que eu seria escolhido.
Modo Subjuntivo 
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Serve para expressarmos ordens, instruções, conselhos ou pedidos. 
Imperativo Afirmativo 
Ex. Fala o que quiseres, que eu te escuto. 
 
Regra prática para conjugação do imperativo afirmativo. 
 
 
Observação: 
• O modo imperativo não é conjugado na 1a pessoa do singular, pois não 
faria sentido. 
 
 
 
•conjugamos no presente do indicativo e
cortamos o “S”
2as pessoas 
(singular e plural)
•conjugamos no presente do subjuntivodemais pessoas
Imperativo Afirmativo
ANDAR
anda (tu) – Presente do indicativo (andas)
ande (você) – Presente do subjuntivo (ande)
andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos)
andai (vós) – Presente do indicativo (andais)
andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem)
Imperativo Afirmativo
IR
vai (tu) – Presente do indicativo (vais)
vá (você) – Presente do subjuntivo (vá)
vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos)
ide (vós) – Presente do indicativo (ides)
vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão)
Modo Imperativo 
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Imperativo Negativo 
Ex. Não fale mal dele na minha frente. 
 
O imperativo negativo conjuga-se igualmente ao presente do subjuntivo. 
 
 
 
 
 
São formados por dois verbos, verbo principal + verbo auxiliar, e podem 
exprimir ideias de forma similar ou equivalente aos tempos simples (formados 
por um só verbo). 
 
Pretérito Perfeito do Indicativo - Composto 
 
 
Imperativo Negativo
não andes (tu) – Presente do subjuntivo (andes)
não ande (você) – Presente do subjuntivo (ande)
não andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos) 
não andeis (vós) – Presente do subjuntivo (andeis)
não andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem)
Imperativo Afirmativo
não vás (tu) – Presente do subjuntivo (vás)
não vá (você) – Presente do subjuntivo (vá)
não vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos) 
não vades (vós) – Presente do subjuntivo (vades)
não vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão)
Indica uma ação habitual ou iniciada no passado e que chega ao
presente.
•Ex. Tenho falado muito desse assunto em minhas aulas.
Tempos Compostos 
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www.exponencialconcursos.com.brObserve que, enquanto o pretérito perfeito do indicativo simples indica uma 
ação concluída, a sua forma composta indica ação habitual ou iniciada no 
passado e que chega até o presente. 
 
Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Composto 
 
 
 
 
Futuro do Presente Indicativo - Composto 
 
 
 
Futuro do Pretérito do Indicativo - Composto 
 
 
Pretérito Perfeito do Subjuntivo - Composto 
 
 
Indica, igualmente à forma simples, fato anterior a outro também no
passado.
•Ex. Antes de passar nesse concurso, já tinha sido reprovado algumas 
vezes.
Indica a ocorrência de um fato anterior a outro também no futuro ou
um fato futuro inciado no presente.
•Ex. Quando chegares onde estou, já terei subido mais adiante.
•Em 2018, terei liquidado todas as minhas dívidas.
Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um
futuro em relação a algo que já se passou, igualmente à forma
simples.
•Ex. Se não fosse servidor público, teria sido professor.
•Ele me falou que eu teria sido escolhido.
Indica um fato hipotético no passado.
•Ex. Ainda que ele tenha errado a questão, ficará entre os primeiros.
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Pretérito Mais-Que–Perfeito do Subjuntivo - Composto 
 
 
Note que há uma semelhança com o pret. mais-que-perfeito do indicativo, 
porém, tratando-se de uma hipótese. 
 
Futuro do Presente do Subjuntivo - Composto 
 
 
Vamos fazer uma comparação dos tempos compostas com os simples. 
MODO INDICATIVO 
 Simples Composto 
Presente eu ando - 
Pret. Imperfeito eu andava - 
Pret. Perfeito eu andei eu tenho andado 
Pret. Mais-Que- Perfeito eu andara eu tinha andado 
Futuro do Presente eu andarei eu terei andado 
Futuro do Pretérito eu andaria eu teria andado 
 
MODO SUBJUNTIVO 
 Simples Composto 
Presente (que) eu ande - 
Pret. Imperfeito (se) eu andasse - 
Pret. Perfeito - (que) eu tenha andado 
Pret. Mais-Que- Perfeito - (se) eu tivesse andado 
Futuro do Presente (quando) eu andar (quando) eu tiver andado 
Futuro do Pretérito - - 
OBSERVAÇÃO - No modo IMPERATIVO NÃO há tempo composto. 
Indica uma hipótese anterior a um fato também no passado.
•Ex. Se eu tivesse seguido o seu conselho, teria evitado muitos 
problemas.
Indica uma hipótese no futuro.
•Ex. Quando eu tiver completado setenta anos, estarei aposentado.
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 Os verbos podem assumir três formas nominais: infinitivo, gerundio e 
particípio. 
Descrevem os fatos de maneira impessoal, imprecisa ou vaga e são 
chamados de formas nominais porque nestas formas assumem funções de 
nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios). 
 
Infinitivo 
 
A oração acima tem sujeito? Sim, sujeito oculto “vocês”. Portanto a forma 
infinitiva é pessoal e pode ser flexionada concordando com o sujeito ou 
simplesmente não flexionada. Nestes exemplos o infinitivo exerce a função de 
verbo. 
OBS. É facultativa a flexão da forma infinitiva quando antecedida por 
preposição. 
Ex. O objetivo era obrigar os colonos a completar/a completarem o serviço. 
 
O infinitivo não será flexionado, quando forma locução verbal, ou quando tem 
o mesmo sujeito da oração principal. 
Exemplos: 
As crianças devem dormir cedo. 
Nós queremos, no futuro, celebrar nossas vitórias. 
 
Pode apresentar-se da maneira pessoal, quando tem sujeito, ou
impessoal quando não há. A forma impessoal será sempre não
flexionada, enquanto a forma pessoal pode ser flexionada ou não.
•Ex. Fechem a porta ao sairem.
•Fechem a porta ao sair. 
Flexiona-se o infinitivo quando tem sujeito diferente do sujeito da
oração principal.
•Ex. Nós faremos o possível para os nossos filhos estarem bem. 
•Ele viu seus sonhos desabarem. 
•É expressamente proibido os funcionários (sujeito) utilizarem os 
elevadores. 
Formas Nominais 
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Gerúndio 
 
 
 
Particípio 
 
 
 
O particípio pode ser regular (terminados em “ado” ou “ido”) ou irregular. 
Eis alguns verbos que possuem as duas formas: 
 
Verbo Particípio Regular Particípio Irregular 
Aceitar aceitado aceito 
Acender acendido aceso 
Anexar anexado anexo 
Despertar despertado desperto 
Entregar entregado Entregue 
Expelir expelido Expulso 
Imprimir imprimido Impresso 
Limpar limpado Limpo 
Nascer nascido Nato 
Pagar pagado Pago 
Romper rompido Roto 
Dá a ideia de algo que está em andamento. É muito usado em locuções
verbais e pode vir na forma simples ou composta.
•Ex. Ele vive plantando batatas. (verbo)
•Chegou atrasado mesmo tendo saído mais cedo. (forma composta)
Essa forma é muito usada para designar algo no passado, um fato já
concluído, muitas vezes serve como adjetivo, na formação dos tempos
verbais compostos e da voz passiva.
•Ex. O seu candidato foi eleito. (indica fato passado concluído – voz 
passiva)
•Entregou o parecer impresso ao contribuinte. (adjetivo)
•Ele tinha trabalhado muito naquele dia. (pret. mais-que-perf. composto)
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Submergir submergido Submerso 
Soltar soltado solto 
Surpreender surpreendido surpreso 
 
 
Vamos ver alguns dos mais cobrados e agrupá-los de acordo com os respectivos 
“paradigmas” que são, nada mais que, modelos de conjugação (paradigmas). 
 
1ª Conjugação 
 
ATENÇÃO: Nem todos os verbos terminados em “IAR” são irregulares como os 
citados acima. O verbos CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR, 
ABREVIAR e outros são REGULARES, portanto conjugam-se da maneira 
seguinte: 
AVERIGUAR = verificar
Presente do Indicativo
eu averiguo
tu averiguas
ele averigua
nós averiguamos
vós averiguais
eles averiguam
Presente do Subjuntivo
(que) eu averigúe
(que) tu averigúes
(que) ele averigúe
(que) nós averiguemos
(que) vós averigueis
(que) eles averigúem
ANSIAR, INCENDIAR, ODIAR, REMEDIAR, MEDIAR...
Presente do Indicativo
eu anseio
tu anseias
ele anseia
nós ansiamos
vós ansiais
eles anseiam
Presente do Subjuntivo
(que) eu anseie
(que) tu anseies
(que) ele anseie
(que) nós ansiemos
(que) vós ansieis
(que) eles anseiem
Verbos Irregulares 
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2ª Conjugação 
 
 
O verbo CABER não é conjugado no imperativo. 
 
CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR, ABREVIAR...
Presente do Indicativo
eu crio
tu crias
ele cria
nós criamos
vós criais
eles criam
Presente do Subjuntivo
(que) eu crie
(que) tu cries
(que) ele crie
(que) nós criemos
(que) vós crieis
(que) eles criem
PÔR, COMPOR, CONTRAPOR, ANTEPOR, DECOMPOR, DEPOR, APOR, 
DESCOMPOR, DISPOR, EXPOR, IMPOR, PROPOR, RECOMPOR, REPOR, 
SUPOR, TRANSPOR...
Presente do 
Indicativo
eu ponho
tu pões
ele põe
nós pomos
vós pondes
eles põem
Presente do 
Subjuntivo
(que) eu ponha
(que) tu ponhas
(que) ele ponha
(que) nós ponhamos
(que) vós ponhais
(que) eles ponham
Pret. Perf. do 
Indicativo
eu pus
tu puseste
ele pôs
nós pusemos
vós pusestes
eles puseram
Futuro do Pres. 
Indicativo
eu porei
tu porás
ele porá
nós poremos
vós porais
eles porão
CABER
Presente do Indicativo
eu caibo
tu cabes
ele cabe
nós cabemos
vós cabeis
eles cabem
Presente do Subjuntivo
(que) eu caiba
(que) tu caibas
(que) ele caiba
(que) nós caibamos
(que) vós caibais
(que) eles caibam
Pret. Perf. do Indicativo
eu coube
tu coubeste
ele coube
nós coubemos
vós coubestes
eles couberam
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O verbo PROVER, segue o modelo de conjugação do verbo VER em alguns 
tempos, porém no pretérito perfeito do indicativo e nos seus tempos derivados, 
ele segue conjugação própria. 
 
O verbo PRECAVER é defectivo, portanto atente que não existem as formas 
eu precavenho ou que eu me precavenha. 
 
 
PROVER
Presente do Indicativo
eu provejo
tu provês
ele provê
nós provemos
vós provedes
eles proveem
Presente do Subjuntivo
(que) eu proveja
(que) tu provejas
(que) ele proveja
(que) nós provejamos
(que) vós provejais
(que) eles provejam
Pret. Perf. do Indicativo
eu provi
tu proveste
ele proveu
nós provemos
vós provestes
eles proveram
PRECAVER
Presente do Indicativo
eu -
tu -
ele -
nós precavemos
vós precaveis
eles -
Presente do Subjuntivo
NÃO HÁ
Pret. Perf. do Indicativo
eu precavi
tu precaveste
ele precaveu
nós precaemos
vós precavestes
eles precaveram
APRAZER
Presente do Indicativo
eu aprazo
tu aprazes
ele apraze
nós aprazemos
vós aprazeis
eles aprazem
Presente do Subjuntivo
(que) eu apraza
(que) tu aprazas
(que) ele apraza
(que) nós aprazamos
(que) vós aprazais
(que) eles aprazam
Pret. Perf. do Indicativo
eu aprouve
tu aprouveste
ele aprouveu
nós aprouvemos
vós aprouvestes
eles aprouveram
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3ª Conjugação 
 
 
Os verbos acima são chamados de defectivos, pois não são conjugados em todas 
as pessoas, especificamente as formas que após o radical viriam as vogais “a” 
ou “o”. Ex. eu abolo, que eu abola, eu bano, que eu bana, eu coloro, que eu 
colora – todas essas formas não se conjugam. 
 
VIR, ADVIR, CONVIR, INTERVIR, PROVIR...
Presente do Indicativo
eu venho
tu vens
ele vem
nós vimos
vós vindes
eles vêm
Presente do Subjuntivo
(que) eu venha
(que) tu venhas
(que) ele venha
(que) nós venhamos
(que) vós venhais
(que) eles venham
Pret. Perf. do Indicativo
eu vim
tu vieste
ele veio
nós viemos
vós viestes
eles vieram
POLIR
Presente do Indicativo
eu pulo
tu pules
ele pule
nós polimos
vós polis
eles pulem
Presente do Subjuntivo
(que) eu pula
(que) tu pulas
(que) ele pula
(que) nós pulamos
(que) vós pulais
(que) eles pulam
ABOLIR, COLORIR, EXTORQUIR, ESCULPIR, BANIR, DEMOLIR...
Presente do Indicativo
-
tu aboles
ele abole
nós abolimos
vós abolis
eles abolem
Presente do Subjuntivo
NÃO HÁ
Pret. Perf. do Indicativo
eu aboli
tu aboliste
ele aboliu
nós abolimos
vós abolistes
eles aboliram
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Na voz passiva, o sujeito paciente sofre a ação e quem pratica a ação é o 
AGENTE DA PASSIVA. 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Apenas os verbos transitivos diretos - TD ou transitivos diretos e 
indiretos - TDI podem ser conjugados na voz passiva. 
 
 
 
Conversão das Vozes 
 Na conversão da voz ativa para a voz passiva, o sujeito da oração ativa 
passará a ser o agente da passiva e o objeto direto passará a ser o sujeito 
paciente, e vice-versa. 
Na voz ATIVA, dizemos que o sujeito é agente, pois é ele quem pratica
a ação.
•Ex. Nós construimos esta casa.
•Ele fez milagres.
Na voz PASSIVA, o sujeito é chamado de paciente, pois sofre a ação
que o verbo exprime.
•Ex. O bolo é feito pela cozinheira.
•O carro será consertado com cuidado.
A voz passiva pode apresentar-se também na forma SINTÉTICA, com
auxílio do pronome “SE”, que recebe o nome de pronome apassivador.
•Ex. Receberam-se os convidados com honrarias.
Quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, chamamos de
voz REFLEXIVA.
•Ex. O menino cortou-se ao brincar com a tesoura.
•Todos alimentaram-se bem.
Vozes Verbais 
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Exemplos: 
Os alunos resolveram a prova. (voz ativa) 
A prova foi resolvida pelos alunos. (voz passiva analítica) 
Resolveu-se a prova. (passiva sintética) 
 
O mestre ensina a lição aos alunos. 
A lição é ensinada aos alunos pelo mestre. 
Ensina-se a lição aos alunos. (na voz passiva sintética o agente da passiva é 
omitido) 
 
 
 
 São palavras invariáveis que ligam dois termos da oração, sendo 
um principal (regente ou subordinante) e um dependente (regido ou 
subordinado). 
Exemplos: 
• Voltou para casa depois do trabalho. (“voltou” – principal / “casa” – 
dependente) 
Note que o termo “voltou” necessita do complemento “para casa”, para ter um 
sentido completo. 
• Pensei em você. (“pensei” – principal ou regente / “você” – regido) 
Exemplos de locuções prepositivas: 
• Ele passouno concurso apesar de todas as dificuldades. 
• Caminhou ao encontro de seu Mestre com alegria. 
 
 
 
 Tais palavras já foram classificadas como advérbios outrora. Atualmente, 
por não se enquadram perfeitamente em nenhuma das outras classes. 
O tempo verbal da oração ativa deverá manter-se no verbo auxiliar da
voz passiva e vice-versa.
7 - Preposição 
8 – Palavras Denotativas 
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Indicam contextos diversos, modificando sentido de uma palavra 
ou mesmo da oração, tais como: situação, designação, exclusão, inclusão, 
limitação, realce, retificação, explanação ou afetividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO - afinal, então, mas, agora...
Ex. Afinal, decidiu se vai estudar
DESIGNAÇÃO - eis.
Ex. Senhor, eis me aqui.
EXCLUSÃO - menos, exceto, salvo, fora, sequer...
Ex. Todos, menos ele, foram ao teatro.
INCLUSÃO - inclusive, também, até, além disso...
Ex. Comemos bem, teve até sobremesa!
LIMITAÇÃO - apenas, unicamente, somente, só...
Ex. Só o amor constrói.
REALCE - mesmo, lá, embora, é que, sobretudo...
Ex. Eu mesmo é que não dou palpite em briga alheia.
RETIFICAÇÃO - isto é, ou melhor, aliás...
Ex. Chegarei pela manhã, ou melhor, na hora do almoço.
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É um termo que exprime uma ideia de forma independente, expressando um 
forte sentimento, emoção, saudação e outros. Domingos Pachoal Cegalla 
define interjeições como “frases resumidas”, porque elas contêm em si o 
sentido implícito de toda uma frase. 
Exemplo: Ai! Apenas essa interjeição já diz tudo, você sabe que alguém sentiu 
dor. 
 
 
Ok pessoal... mandem suas dúvidas pelo fórum, terei satisfação em 
clareá-las! 
Vamos aos exercícios!!! 
 
EXPLANAÇÃO - por exemplo, a saber...
Ex. Coma coisas saudáveis, por exemplo, brócolis.
AFETIVIDADE - ainda bem, infelizmente, felizmente...
Ex. Felizmente chegamos bem.
•viva!Aclamação
•uau! nossa! caramba!Admiração
•ufa!
Advertência
•obrigado! grato!Agradecimento
•cuidado! atenção! devagar!
Alegria •oh! viva! aleluia!
Alívio
•muito bem! boa! isso!Aprovação
•perdão! desculpa!Desculpa
•oxalá! tomara!Desejo
•adeus! até logo! tchau! Despedida
•ai! ui! oh!Dor
•ora! francamente! vixe!Reprovação
•salve! ave! bom dia!Saudação
•psiu! silêncio!Silêncio
9 – Interjeição 
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1) FCC/Prof B/SEDU ES/Arte/2016 
Medo da eternidade 
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em 
Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou 
bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: 
com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola 
me explicou: 
− Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida 
inteira. 
− Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
− Não acaba nunca, e pronto. 
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de 
príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o 
elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu 
que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para 
chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-
rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual 
eu já começara a me dar conta. 
Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
− E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que 
certamente deveria haver. 
− Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar 
o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você 
perca, eu já perdi vários. 
Perder a eternidade? Nunca. 
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda 
perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
− Acabou-se o docinho. E agora? 
− Agora mastigue para sempre. 
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha 
na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha 
que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. 
Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna 
10 – Questões Comentadas 
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me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade 
ou de infinito. 
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava 
era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de 
o chicle mastigado cair no chão de areia. 
− Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora 
não posso mastigar mais! A bala acabou! 
− Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às 
vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no 
sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e 
esse você não perderá. 
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da 
mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. 
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 
06 de junho de 1970 
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: 
Rocco, 1999, p.289-91) 
 
Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice 
Lispector é o advérbio de tempo, como o que se encontra grifado em: 
I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1º 
parágrafo) 
II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando 
possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7º 
parágrafo) 
III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que 
certamente deveria haver. (9º parágrafo) 
IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16º parágrafo) 
Atende ao enunciado APENAS o que consta dea) I, II e IV. 
b) II e IV. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) I, III e IV. 
Comentários: 
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Item I – O advérbio “jamais” indica tempo ou negação. 
 
Item II – O termo “eis” é uma palavra denotativa de designação. 
 
Item III – O advérbio “agora” indica tempo. 
Item IV – A preposição “sem” tem valor semântico de exclusão ou negação. 
Gabarito: D 
 
2) FCC/Ana. Jud./TRF 2/Apoio Especializado/Taq./2012 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
 Em "Antropologia do Ponto de Vista Pragmático", o filósofo Immanuel 
Kant apresenta suas considerações a respeito do caráter dos povos. Lá 
encontramos páginas sobre os ingleses, alemães, franceses, espanhóis, turcos, 
entre outras nacionalidades. 
 Mas há nisso tudo um detalhe intrigante. Kant nunca saíra de sua cidade, 
Köninsberg (hoje, Kaliningrado). Não por outra razão, as tais páginas são um 
conjunto bisonho de lugares-comuns. 
 Esta pequena anedota diz muito a respeito de uma certa maneira de 
pensar que consiste em acreditar que a experiência nunca fornecerá nada capaz 
de reorientar uma ideia clara. O acesso à experiência acumulada em livros e 
relatos já forneceria o embate necessário para nos orientarmos no pensamento. 
 Qualquer coisa que eu, enquanto particularidade, experimente seria 
parcial, limitado e restrito a um contexto. Por essa razão, seu valor seria muito 
frágil. 
 Quase 200 anos depois, outro filósofo, Michel Foucault, resolveu fazer um 
caminho inverso. "Há muitos acontecimentos do mundo que forçam o 
pensamento a se reorientar", dirá Foucault. "Devemos ir lá onde tais 
acontecimentos estão." 
TEMPO
hoje, ontem, amanhã, 
logo, antes, depois, 
agora, tarde, cedo, 
outrora, ainda, 
antigamente, nunca, 
jamais, sempre, já, 
enfim, afinal, breve, 
constantemente, 
imediatamente
às vezes, à tarde, à 
noite, de manhã, de 
repente, de vez em 
quando, de quando em 
quando, a qualquer 
momento, de tempos 
em tempos, em breve, 
hoje em dia 
DESIGNAÇÃO - eis.
Ex. Senhor, eis me aqui.
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 E com tal ideia na cabeça, o filósofo francês foi ao Irã acompanhar de 
perto a revolução que acabou por levar o aiatolá Khomeini ao poder. Vários 
artigos seus sobre tal processo apareceram no jornal "Corriere dela Sera". 
 As análises de Foucault não passaram à posteridade como o melhor 
exemplo de acuidade. De fato, ele compreendeu posteriormente os riscos nos 
quais a revolução tinha 
entrado, mas espera-se de um filósofo que ele consiga apreender os riscos antes 
deles estarem evidentes a todos. 
 Se a força da ideia, assim como a crença de que não há nada de novo 
sob o sol, pode nos cegar, o mesmo vale para o entusiasmo pelo acontecimento. 
 Entre estes dois polos, encontramos uma peculiar afirmação feita por um 
terceiro filósofo, Theodor Adorno. Logo após a audição de uma peça de John 
Cage, "Concerto para Piano", Adorno volta para casa e escreve: "Eu não sei 
exatamente o que pensar". 
 Diante de um acontecimento tal como a obra de Cage, Adorno reconhecia 
que o melhor a fazer era dizer: "Eu não sei o que isto significa, só sei que 
precisarei de tempo para o pensamento voltar a se orientar". Abdicar deste 
tempo devido ao medo diante da angústia da indecisão seria o pior de todos os 
erros. 
 Este é o erro que cometemos com mais facilidade. Ele é o que mais fere. 
Às vezes, a indecisão prolongada é o tempo que o pensamento exige para se 
reconstruir diante dos acontecimentos. 
(Wladimir Safatle. "Ideias e acontecimentos". Folha de S. Paulo, opinião, 3/1/2012, p.2) 
Flexiona-se de maneira idêntica a lugares-comuns a palavra 
a) ave-maria. 
b) amor-perfeito. 
c) salário-maternidade. 
d) alto-falante. 
e) bate-boca. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O plural correto seria as ave-marias. 
Alternativa B – correta - “amores-perfeitos” (substantivo + adjetivo) Flexionam-
se os dois termos, igualmente a “lugares-comuns”. Perfeito! 
Alternativa C – incorreta – Embora sejam dois substantivos, o segundo limita o 
sentido do primeiro (apenas o segundo flexiona-se, porém, atualmente, é 
aceito a flexão dos dois). 
Alternativa D – incorreta – Ficaria correto: os alto-falantes (adjetivo + adjetivo) 
flexiona-se o último termo. 
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Alternativa E – incorreta – O correto seria os bate-bocas (verbo + substantivo) 
flexiona-se o último termo. 
Gabarito: B 
 
3) FCC/Vic Dir/Pref Campinas/2016 
Pequenas injustiças no calor da hora 
Nestes dias tumultuados de incerteza política que estamos vivendo, há outras 
incertezas de menor visibilidade, que vêm de longe, e fazem parte de um 
sistema articulado de crise social e de decadência de que anomalias de agora 
são apenas parte do problema. Os sociólogos definem situações desse tipo como 
estados de anomia, caracterizados pela perda da eficácia dos valores e das 
regras sociais que tornam a vida em sociedade possível. O Brasil, 
aparentemente, está ultrapassando o limite dessa segurança coletiva. Alguns 
episódios recentes são indicativos do que está acontecendo. 
Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
em Porto Alegre, a que se juntou um da Pontifícia Universidade Católica, 
segundo as notícias, na noite do último dia 19, diante da residência estudantil, 
agrediram a socos e pontapés um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei 
Fidelis, de 31 anos, que estava acompanhado de um sobrinho. Da nação 
Caingangue, ele é um dos 76 alunos indígenas que ingressaram na Universidade 
através do vestibular especial ali implantado. 
(...). Os agressores incriminaram em Nerlei o fato de ser índio, e deram início a 
agressão com a pergunta “o que esses índios estão fazendo aí?” 
Os preconceitos de vários tipos, no Brasil, raciais, sociais, religiosos, de gênero 
e outros estão fundados no pressuposto de que cada um é livre e tem direitos 
nos limites do espaço a ele ou ela destinado. Não se trata, portanto, apenas de 
racismo, palavra que escamoteia um conjunto grande de preconceitos. Trata-se 
de uma concepção remotamente fundada no preconceito de casta ou no 
preconceito estamental, próprio de uma sociedade baseada no pressuposto de 
que as pessoas nascem e morrem socialmente desiguais. 
O Brasil sempre foi um país intolerante e, de vários modos, autoritário. 
Construímos um conjunto de disfarces formais e meramente rituais para 
enfrentar o desconforto da intolerância e das injustiças que dela decorrem. Mas, 
nos momentos de crise e de tensão sociais, os disfarces derretem-se sob o calor 
da hora eficamos nus diante do espelho. Nunca conseguimos construir uma 
verdadeira identidade social. No papel, sim, mas, na vida, não. Com facilidade 
tendemos ao corporativismo e são muitos os que se fecham numa identidade 
restrita, sobreposta ao que deveria ser a identidade de todos, a da Pátria. 
(Adaptado de: MARTINS, José de Souza. Pequenas injustiças no calor da hora. 
In: O ESTADO DE S. PAULO. Aliás, E2, Domingo, 3 de abril de 2016.) 
 
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No segundo parágrafo, considerando o referente da expressão Da nação 
Caingangue, a preposição “de” em contração com o artigo “a” (da) introduz a 
ideia de 
a) procedência. 
b) autoria. 
c) tempo. 
d) oposição. 
e) companhia. 
Comentários: 
Pessoal, o “referente” é tão somente o termo a que a expressão se refere, que 
nesse caso é “um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei Fidelis, de 31 anos, 
que estava acompanhado de um sobrinho”. 
A expressão “Da nação Caingangue” indica a origem ou procedência do 
estudante indígena. 
Gabarito: A 
 
4) FCC/Ana Amb/SEMA MA/Biólogo/2016 
COP-21 já foi. E agora, o que virá? 
O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o 
problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais 
favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente 
por 196 países sejam alcançados. 
Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para 
que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas 
apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” 
que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não 
elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a 
iminente elevação média de temperatura acima de 2º C. 
Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma 
diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um 
caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem 
sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já 
ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria − 
segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPC) da ONU − a 
progressão rápida da temperatura acima dos 2 °C. 
A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões 
anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. 
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Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, 
carvão e gás (75% da energia do mundo é suja se modifique no curto prazo? 
Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem 
mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, 
etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da 
curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a 
climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue 
em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo. 
Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a 
emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada 
precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao 
aquecimento global. 
O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história 
da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. 
Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 
1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se 
apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige 
atitude. Diária e obstinada. 
(Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo-
sustentavel/2.html) 
 
Ao relacionar os segmentos destacados, o vocábulo “para” expressa sentido de 
“em proveito de” na seguinte passagem do texto: 
a) o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça (2º 
parágrafo) 
b) o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? (3º parágrafo) 
c) Para segui-lo, é preciso realizar muito mais (3º parágrafo) 
d) um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os 
objetivos [...] sejam alcançados. (1º parágrafo) 
e) Para piorar a situação, [...] nada sugere [...] que testemunhemos a inflexão 
da curva de emissões de gases estufa. (5º parágrafo) 
Comentários: 
Pessoal, para esse tipo de questão, recomendo o método da substituição, 
assim podemos perceber se a expressão “encaixa” no sentido do período. 
Alternativa B – Correta – o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito 
da humanidade? 
Gabarito: B 
 
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5) FCC/TJ/TRE-MS/Administrativa/2007 
Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, 
no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em 
matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou 
a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma 
densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou 
compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um 
papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. 
Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de 
superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros 
quadrantes do planeta. 
Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua 
sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em 
geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não 
se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – 
onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a 
nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito 
 
em matéria de poesia e de melodia no Brasil. 
Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um 
homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um 
Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de 
imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi 
à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de 
Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, 
Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo 
às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...] 
O curioso é que o conceito de arteacabou se alastrando para outros campos (e 
gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como 
esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela 
imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte. 
Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos 
é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as 
nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma 
ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades 
artísticas” dos desfiles nacionais... 
Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura 
brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é 
ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção 
artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. 
Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, 
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Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são 
eles, e não outros, que expressam o que somos. 
(Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, 
(Idéias que desafiam o senso comum) 
 
Brasileiro se realiza em arte menor. (1a frase) 
O adjetivo flexionado de maneira idêntica ao do grifado acima está na 
expressão: 
a) com raras exceções. 
b) é bastante sintomático. 
c) de imenso apelo popular. 
d) grandes manifestações artísticas. 
e) por nossos melhores artistas plásticos. 
Comentários: 
O adjetivo “menor” encontra-se flexionado no grau comparativo sintético de 
superioridade, sendo originado do adjetivo pequeno. 
Alternativa A – Incorreta – O adjetivo “raras” está flexionado no gênero 
feminino e no plural. 
Alternativa B – Incorreta – O adjetivo “bastante” não se flexiona em gênero, e, 
em relação ao número, encontra-se no singular. 
Alternativa C – Incorreta – “Imenso” e “popular” encontram-se no singular, 
sendo que apenas o primeiro flexiona-se em gênero. O primeiro está flexionado 
no grau superlativo absoluto sintético. 
Alternativa D – Incorreta - “Grandes” e “artísticas” estão no plural. Apenas o 
segundo flexiona-se em gênero. 
Alternativa E – Correta – O adjetivo “melhores”, assim como “menor”, flexiona-
se apenas em número e grau, este também está flexionado no grau 
comparativo sintético de superioridade. 
Gabarito: E 
 
6) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013 
José Lins do Rego é brasileiríssimo. Outro dia, um amigo conversou comigo 
sobre as pretendidas influências estrangeiras na obra do paraibano. Falamos 
em Thomas Hardy, em D. H. Lawrence. Não estava certo. José Lins do Rego é 
ele mesmo. É paraibano. É brasileiro, brasileiríssimo. É brasileiro com amor à 
terra, às mulheres, à conversa, aos gracejos, com a memória do avô que era 
governador da província, do tio que vendeu o engenho, com a memória 
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vivíssima de todas as tristezas da sua gente brasileira. Risos e lágrimas: eis o 
seu mundo. 
O grande valor literário da obra de José Lins do Rego reside no fato de que o 
seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. Assim, conta-se a 
decadência do patriarcalismo, com as suas inúmeras tragédias e uns raros raios 
de graça e humor. Desse modo, José Lins do Rego consegue acertadamente o 
que quer; e isso me parece o maior elogio que se pode fazer a um escritor. 
Concebendo a cultura no sentido de Gilberto Freire, como expressão global da 
vida política e do espírito, social e individual, vital e humana, José Lins do Rego 
é a expressão literária da cultura da sua terra. 
[Adaptado de Otto Maria Carpeaux. O brasileiríssimo José Lins do Rego. 
(prefácio) Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio. 50. ed. 1998. p. XVXVI] 
 
O elemento flexionado de modo a indicar uma qualidade em um grau muito 
elevado está destacado em: 
a) ... o seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. 
b) ... com a memória vivíssima de todas as tristezas de sua gente… 
c) ... com as suas inúmeras tragédias... 
d) ... e uns raros raios de graça e humor. 
e) ... conta-se a decadência do patriarcalismo... 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – O termo “plenamente” não é sequer um adjetivo, 
mas um advérbio que modifica o verbo “correspondem-se”. 
Alternativa B – Correta – O termo “vivíssima” corresponde ao grau superlativo 
absoluto sintético do adjetivo “viva”. 
Alternativa C – Incorreta – O termo “tragédias” é um substantivo e não um 
adjetivo. Em alguns casos, ele pode ser empregado como adjetivo, porém não 
é o que ocorreu aqui. 
Ex. Isso é uma tragédia. 
Repare que no exemplo acima o termo “tragédia” qualifica o pronome “isso”, 
por isso é um adjetivo. 
Alternativa D – Incorreta – O adjetivo “raros” não está flexionado em grau. São 
exemplos de sua flexão: mais raros que (comparativo de superioridade), 
muito raros (superlativo absoluto analítico), raríssimos (superlativo absoluto 
sintético). 
Alternativa E – Incorreta – O termo “decadência” é um substantivo cujo 
significado é similar a queda, derrocada. O adjetivo dele derivado é “decadente” 
ou a locução “em decadência”. 
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Ex. O governo está decadente. O governo está em decadência. 
Gabarito: B 
 
7) FCC/AJ/TRT 3/Judiciária/Oficial de Justiça/Avaliador 
Federal/2015 
A matéria abaixo, que recebeu adaptações, é do jornalista Alberto Dines, e foi 
veiculada em 9/05/2015, um dia após as comemorações pelos 70 anos do fim 
da Segunda Guerra Mundial. 
Quando a guerra acabar… 
Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal 
se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora 
singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla, 
genérica. Fecha parêntese. 
O descaso e os indícios de esquecimento que, na sexta-feira (8/5), rodearam 
os setenta anos do fim da fase europeia da Segunda Guerra Mundial 
sobressaltaram. O ano de 1945 pegou-me com 13 anos e a data de 8 de maio 
incorporou-se ao meu calendário íntimo e o cimentou definitivamente às 
efemérides históricas que éramos obrigados a decorar no ginásio. 
Seis anos antes (1939), a invasão da Polônia pela Alemanha hitlerista − e logo 
depois pela Rússia soviética − empurrou a guerra para dentro da minha casa 
através dos jornais e do rádio: as vidas da minha avó paterna, tios, tias, primos 
e primas dos dois lados corriam perigo. Em 1941, quando a Alemanha rompeu 
o pacto com a URSS e a invadiu com fulminantes ataques,inclusive à Ucrânia, 
instalou-se a certeza: foram todos exterminados. 
A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável, não foi surpresa, sabíamos 
que seria esmagada pelos Aliados. Nova era a sensação de paz, a certeza que 
começava uma nova página da história e perceptível mesmo para crianças e 
adolescentes. A prometida quimera embutida na frase “quando a guerra acabar” 
tornara-se desnecessária, desatualizada. 
A guerra acabara para sempre. Enquanto o retorno dos combatentes brasileiros 
vindos da Itália era saudado delirantemente, matutinos e vespertinos − mais 
calejados do que a mídia atual − nos alertavam que a guerra continuava feroz 
não apenas no Extremo Oriente, mas também na antiquíssima Grécia, onde 
guerrilheiros de direita e de esquerda, esquecidos do inimigo comum − o 
nazifascismo − se enfrentavam para ocupar o vácuo de poder deixado pela 
derrotada barbárie. 
Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele que 
foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo 
metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os 
Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, 
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espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, 
salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos. 
(Reproduzido da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e do Correio Popular 
(Campinas, SP), 9/5/2015; intertítulo do Observatório da Imprensa, edição 
849) 
 
A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes 
nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém 
com intensos ressentimentos. 
Justifica-se o emprego do advérbio aí, na frase, do seguinte modo: 
a) a palavra delimita o lugar da guerra, aquele em que o interlocutor se 
encontra. 
b) a palavra remete ao lugar a que se fez referência anteriormente: ao espaço 
dos Aliados. 
c) a palavra tem o sentido de "nesse ponto", como em "É aí que está o X da 
questão". 
d) a palavra compõe expressão que tem o sentido de "apresenta-se por lugares 
incertos, de modo disseminado". 
e) a palavra tem seu sentido associado ao da palavra inconfundível, para 
expressarem, juntas, a ideia de "contorno único". 
Comentários: 
Para respondermos a esta questão, precisamos ler um pouco mais do texto para 
entendermos o contexto em que o período está inserido. 
“Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele 
que foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo 
metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não 
acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra 
continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes 
nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém 
com intensos ressentimentos.” 
Portanto, podemos inferir que o advérbio “aí” não está referindo-se a um lugar 
específico, mas no sentido que a guerra se encontra presente de forma 
disseminada por todo o mundo. 
Gabarito: D 
 
8) FCC/DP/DPE-RS/2011 
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido 
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WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está 
dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas 
nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta 
terça-feira. 
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou 
ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas 
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam 
retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. 
(http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu
ataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) 
 
A palavra para é uma 
a) preposição derivada da regência verbal da palavra meios. 
b) conjunção que liga uma oração coordenada a uma subordinada. 
c) preposição que liga meios a um verbo intransitivo. 
d) preposição derivada da regência nominal da palavra meios. 
e) proposição que liga meios a um verbo. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – A preposição derivada da regência nominal da 
palavra “meios” (meios para algo). 
Alternativa B – Incorreta – A palavra “para” é uma preposição com valor 
semântico de finalidade (“para convencer o Irã a não procurar ter armas 
nucleares”). 
Alternativa C – Incorreta – O verbo “convencer” não é intransitivo. 
Alternativa D – Correta 
Alternativa E – Incorreta – A palavra “para” não é uma “proposição”, mas uma 
preposição. De fato, ela liga “meios” ao verbo “convencer”. 
Gabarito: D 
 
9) FCC/DP/DPE-RS/2011 
Lição de bom senso 
O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a 
polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), 
de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém 
expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar 
um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira 
vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram 
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consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de 
decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a 
tentações apressadas de recorrer à censura. 
O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias 
envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau 
Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito 
décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na 
vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda 
assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção 
e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. 
Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que 
esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a 
personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos 
como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro 
para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato 
de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. 
No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos 
como