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Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 1 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Aula 01 – Morfologia - Classes Gramaticais Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas Professor: Bruno Spencer C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 2 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Olá amigos! Em primeiro lugar, quero agradecer pela confiança que depositaram em nosso curso. Vamos oferecer a vocês um material focado em RESUMOS contendo os principais pontos da matéria, a fim de concluirmos o ciclo de estudos. Este material possibilitará a você revisar seus conhecimentos e praticar a matéria de forma eficaz e eficiente. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões, fiquem à vontade para nos contactarem pelo nosso fórum. Portanto, mãos à obra e bons estudos!!! Sumário 1 - Substantivo....................................................................................... 4 2 - Adjetivo ............................................................................................ 6 3 - Artigo ............................................................................................... 8 4 - Numeral ........................................................................................... 8 5 - Pronome ........................................................................................... 9 6 - Verbo ............................................................................................. 11 7 - Advérbio ......................................................................................... 25 8 – Palavras Denotativas ....................................................................... 25 9 - Preposição ...................................................................................... 27 10 – Questões Comentadas.................................................................... 28 11 – Lista de Exercícios ......................................................................... 77 Aula 01 – Morfologia - Classes Gramaticais C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 3 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Temos em nosso idioma 10 classes gramaticais, além das palavras denotativas. Vamos apenas revisá-las, focando os principais pontos de cada uma, a fim de abordarmos o conteúdo de forma EFICIENTE e EFICAZ. Vamos lembrar quais são elas? • Nomeiam as coisas, os seres, lugares, sensações e estados. (NOMES) SUBSTANTIVOS • Qualificam os nomes ou substantivos.ADJETIVOS • Acompanham e definem os nomes ou substantivos.ARTIGOS • Enumeram, ordenam as coisas. NUMERAIS • Acompanham ou substituem os nomes.PRONOMES • Indicam ação, estados ou fenômenos. VERBOS • Modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios.ADVÉRBIOS • Modificam o sentido de uma outra palavra ou da oração.PALAVRAS DENOTATIVAS • Ligam palavras ou termos, sendo um principal e um subordinado.PREPOSIÇÕES • Ligam palavras ou orações. CONJUNÇÕES • Expressam emoções, sentimentos, surpresa e etc...INTERJEIÇÕES C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 4 de 110 www.exponencialconcursos.com.br SUBSTANTIVOS são as palavras que NOMEIAM as COISAS, SERES e FENÔMENOS. Comuns – denominam seres ou coisas de mesma espécie. Ex. casa, menino, água X Próprios – denominam nomes de pessoas, lugares, entidades de forma única, específica. Ex. Lucas, Recife, Clube Português Simples – formados por apenas um elemento formador (radical) Ex. trabalho, tapete, crachá X Compostos – Formados por mais de um radical. Ex. couve-flor, guarda-costas, passatempo Concretos – seres materiais ou que existem independentemente de outros. Ex. casa, cabelo, céu, mar X Abstratos – nomeiam coisas imateriais, tais como sentimentos, qualidades e estados de espírito. Ex. amor, riqueza, disciplina, ordem, progresso Primitivos – Não derivam de outra palavra. Ex. terra, casa, verão X Derivados – Derivam de outra palavra. Ex. terreiro, casarão, veraneio Coletivos – Denominam um CONJUNTO de coisas ou seres de uma mesma espécie. Ex. Alcateia (lobos), enxame (abelhas), flora (plantas de uma região), biblioteca (livros) Exemplos: casa (comum, simples, concreto e primitivo) flora (comum, simples, concreto, primitivo e coletivo) FLEXÕES • gênero (masculino ou feminino) • número (singular ou plural) • grau (aumentativo ou diminutivo) 1 - Substantivo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 5 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Vamos revisar o plural dos substantivos compostos. Pluraliza-se apenas o primeiro: • substantivo + preposição + substantivo – ex. câmaras de ar, pães de ló, pés de moleque • substantivo + substantivo (quando o segundo qualifica ou restringe o sentido do primeiro) – ex. pombos-correio, peixes-boi, bolsas-família OBS – Neste último caso, é facultativo o uso de plural nos dois termos, porém a primeira forma é a mais tradicional. Ex. pombos-correios, peixes-bois, bolsas-famílias Pluraliza-se apenas o segundo: • palavras compostas sem hífen – ex. girassóis, pontapés, planaltos • verbo + substantivo – ex. beija-flores, guarda-roupas, para-choques • palavras repetidas - ex. tico-ticos, quebra-quebras • termo invariável + termo variável – ex. recém-nascidos, abaixo- assinados, vaga-lumes, ave-marias Pluralizam-se os dois: • substantivo + substantivo – ex. tenente-coronel / tenentes-coronéis • substantivo + adjetivo – ex. guada-noturno / guardas-noturnos • adjetivo + substantivo – ex. curto-circuito / curtos-circuitos • numeral + substantivo – ex. sexta-feira / sextas-feiras Pluraliza-se apenas o ARTIGO: • verbo + advérbio – ex. os fala-mansa, os bota-fora • verbo + substantivo plural – ex. os saca-rolhas, os salva-vidas Os substantivos flexionam-se nos graus diminutivo e aumentativo. Exemplos: • menino – menininho – meninão – menino pequeno - menino grande 1.1 – Flexão de Número 1.2 – Flexão de Grau C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er vado s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 6 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Diminutivo sintético: • livreto, cabrito, riacho, burrico, serrote, vilarejo, flautim... Aumentativo sintético: • muralha, bocarra, fogaréu, homenzarrão, mulherona... Palavras que QUALIFICAM o nome. Exemplo: Bons jogadores fazem jogadas decisivas. Observe que os adjetivos “bons” e “decisivas” qualificam os nomes “jogadores” e “jogadas”, ampliando o sentido da oração. Os adjetivos também podem vir expressos por um conjunto de palavras, são as locuções adjetivas. Exemplos: • abraço de irmão = abraço fraterno • água da chuva = água pluvial Os adjetivos também se flexionam em gênero, número e grau de forma análoga aos substantivos. OBSERVAÇÃO: No feminino e no plural de adjetivos compostos formados por adjetivo + adjetivo, flexiona-se o último termo. Ex. chapéu azul-claro – capa azul-clara – capas azul-claras Exceções: São invariáveis: • ultravioleta, sem-vergonha, azul-marinho, cor de rosa, azul celeste, laranja (cor) 2 - Adjetivo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 7 de 110 www.exponencialconcursos.com.br OBSERVAÇÃO: As cores cinza, laranja, rosa, significam cor de rosa, cor de laranja, cor de cinza, assim como marinho, celeste, significam cor de mar e cor de céu, todos eles DERIVAM DE SUBSTANTIVO e são invariáveis. Ex. chapéu rosa-claro – chapéus rosa-claro Resumo sobre a flexão dos adjetivos em grau. Exemplos do grau comparativo: Ela é mais alta que você. (comparativo analítico de superioridade) Ela é maior que você. (comparativo sintético de superioridade) Ela é menos alta que você. (comparativo analítico de inferioridade) Ela é menor que você. (comparativo sintético de inferioridade) Ela é tão alta quanto você. (comparativo de igualdade) Observe as frase abaixo: Ele é o mais baixo da turma. Ele é o menos alto da turma Apesar de ambas terem o mesmo sentido, a primeira se trata de um comparativo de superioridade, enquanto a segunda de um comparativo de inferioridade. O grau superlativo indica um alto grau das qualidades e conta ainda com duas variações: absoluto ou relativo. Vamos ver alguns exemplos: Ela é muito/extremamente bela. (superlativo absoluto analítico) GRAU DO ADJETIVO comparativo sintético analítico superlativo sintético analítico C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 8 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Ela é belíssima. (superlativo absoluto sintético) Ela é a mais bela de todas. (superlativo relativo analítico de superioridade) Este é o melhor livro que já li. (superlativo relativo sintético de superioridade) Note que no superlativo relativo há uma espécie de “comparação”, enquanto no absoluto, apenas há um acréscimo no grau do adjetivo. Os artigos acompanham os substantivos, dando-lhes um caráter geral (artigos indefinidos) ou específico (artigos definidos). Flexionam-se em gênero e número. Definidos – o, a, os, as Indefinidos – um, uma, uns, umas Exemplos: • Comprou uma boneca. (sentido geral) • Comprou a boneca que a filha queria. (sentido específico) ATENÇÃO – Podemos usar um artigo para MUDAR a classe gramatical de um termo, fazendo com que ele funcione como SUBSTANTIVO. Exemplos: • Ele aprecia o cantar dos pássaros. (a forma verbal “cantar” passou a funcionar como substantivo) • Ouviram um sonoro não. (o termo “não” - advérbio de negação - passou a funcionar como substantivo) Os Numerais são palavras que indicam quantidade, ordem, multiplicidade ou divisão. Cardinais – Servem para indicar um determinado número ou quantidade. Ex. Ele viu quatorze anjos em seu sonho. Ordinais – Indicam uma ordem ou posição. Ex. Ela ficou em primeiro lugar no concurso. 3 - Artigo 4 - Numeral C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 9 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Multiplicativos – Dão ideia de multiplicação. Ex. Eu tenho o dobro da sua idade. Fracionários – Indicam uma fração ou divisão. Ex. A metade dos candidatos não estudaram para a prova. OBS. O termo AMBOS é considerado numeral. São palavras que modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios. Indicam tempo, lugar, modo, intensidade, negação, dúvida, afirmação, ordem ou interrogação. Exemplos: Ele jogou bem. Ele jogou tão bem quanto Neymar. (comparativo de igualdade) Ele jogou melhor que Neymar (comparativo de superioridade) Ele jogou muito bem. (superlativo analítico) NÃO CONFUNDIR o numeral fracionário “meia” com o advérbio “meio”. Exemplo: • Ela comeu meia melancia. (comeu a metade da melancia) • Ela ficou com a barriga meio cheia após comer a melancia. Repare que “meio” é advérbio de intensidade, portanto INVARIÁVEL, significando “um pouco”. Aqui, não cabe a palavra “meia”, ok? Fique atento às locuções adverbiais. Elas ocorrem quando duas ou mais palavras juntas adquirem o valor de um advérbio. Exemplo: • Tomaram a decisão às escuras. • As pessoas saíam às pressas. 5 - Advérbio C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 10 de 110 www.exponencialconcursos.com.br TIPO ADVÉRBIO LOCUÇÃO ADVERBIAL TEMPO hoje, ontem, amanhã, logo, antes, depois, agora, tarde, cedo, outrora, ainda, antigamente, nunca, jamais, sempre, já, enfim, afinal, breve, constantemente, imediatamente às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia LUGAR Aqui, ali, acolá, dentro, fora, adiante, atrás, além, lá, cá, detrás, aquém, além, abaixo, acima, longe, perto, aí, aonde, adentro, afora, embaixo, externamente à distancia, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta MODO bem, mal, assim, pior, melhor, depressa, devagar, calmamente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, generosamente, bondosamente às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos,desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, a maior INTENSIDADE muito, pouco, demais, tão, quanto, menos, mais, em excesso, pouco, bastante, demasiado, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 11 de 110 www.exponencialconcursos.com.br É a palavra que designa uma ação, estado, fato ou fenômeno. Os verbos apresentam-se em três conjugações: • 1a conjugação - terminados em AR - ex. amar • 2a conjugação - terminados em ER ou OR – ex. ser, por (o verbo por originalmente era escrito poer) • 3a conjugação - terminados em IR – ex. agir DÚVIDA acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente por certo, quem sabe NEGAÇÃO não, nem, nunca, jamais, tampouco de modo algum, de forma nenhuma, de jeito nenhum AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras com certeza, sem dúvida ORDEM primeiramente, segundamente, ultimamente em primeiro lugar, por último INTERROGAÇÃO onde?(lugar), como?(modo), quando?(tempo), quanto?(preço e intensidade) por que?(causa), para que?(finalidade 6 - Verbo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 12 de 110 www.exponencialconcursos.com.br São três as pessoas do discurso: • 1a pessoa - quem fala • 2a pessoa – quem escuta • 3a pessoa – de quem se fala São três os modos que se flexionam: • Indicativo, subjuntivo e imperativo. Indica FATOS situados no passado, presente ou futuro. Pressupõe-se a CERTEZA de uma ação, estado ou fenômeno. Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito Algo que acontece no momento presente ou com habitualidade. Também podemos usá-lo para avivar um fato do passado (presente histórico) ou para expressar um fato futuro próximo que acontecerá com certeza. •Exemplos: •Eu estudo todos os dias da semana. •É quando Jesus anda sobre as águas. •Chego amanhã às dez. Indica algo ocorrido e já concluído. •Ex. Eu estudei muito para passar no concurso. Indica algo no passado que têm uma duração ou habitualidade. •Ex. Ele estudava antes mesmo de sair o edital do concurso. Modo Indicativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 13 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Presente Futuro do Pretérito O modo subjuntivo indica fatos possíveis, prováveis, hipotéticos ou mesmo duvidosos. Presente Ex. Ainda que eu fale com ela, nada vai adiantar. Pretérito Imperfeito Ex. Se eu pudesse, iria ao congresso. Futuro Ex. Quando eu puder, comprarei um carro novo. Indica um fato anterior a outro também passado. •Ex. O ladrão fugira antes que a polícia chegasse. Afirma algo que ocorrerá com certeza no tempo futuro. •Ex. Passarei para lhe pegar às dezoito horas. Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um futuro em relação a algo que já se passou. •Ex. Se não fosse servidor público, seria professor. •Ele me falou que eu seria escolhido. Modo Subjuntivo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 14 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Serve para expressarmos ordens, instruções, conselhos ou pedidos. Imperativo Afirmativo Ex. Fala o que quiseres, que eu te escuto. Regra prática para conjugação do imperativo afirmativo. Observação: • O modo imperativo não é conjugado na 1a pessoa do singular, pois não faria sentido. •conjugamos no presente do indicativo e cortamos o “S” 2as pessoas (singular e plural) •conjugamos no presente do subjuntivodemais pessoas Imperativo Afirmativo ANDAR anda (tu) – Presente do indicativo (andas) ande (você) – Presente do subjuntivo (ande) andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos) andai (vós) – Presente do indicativo (andais) andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem) Imperativo Afirmativo IR vai (tu) – Presente do indicativo (vais) vá (você) – Presente do subjuntivo (vá) vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos) ide (vós) – Presente do indicativo (ides) vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão) Modo Imperativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 15 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Imperativo Negativo Ex. Não fale mal dele na minha frente. O imperativo negativo conjuga-se igualmente ao presente do subjuntivo. São formados por dois verbos, verbo principal + verbo auxiliar, e podem exprimir ideias de forma similar ou equivalente aos tempos simples (formados por um só verbo). Pretérito Perfeito do Indicativo - Composto Imperativo Negativo não andes (tu) – Presente do subjuntivo (andes) não ande (você) – Presente do subjuntivo (ande) não andemos (nós) – Presente do subjuntivo (andemos) não andeis (vós) – Presente do subjuntivo (andeis) não andem (vocês) – Presente do subjuntivo (andem) Imperativo Afirmativo não vás (tu) – Presente do subjuntivo (vás) não vá (você) – Presente do subjuntivo (vá) não vamos (nós) – Presente do subjuntivo (vamos) não vades (vós) – Presente do subjuntivo (vades) não vão (vocês) – Presente do subjuntivo (vão) Indica uma ação habitual ou iniciada no passado e que chega ao presente. •Ex. Tenho falado muito desse assunto em minhas aulas. Tempos Compostos C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 16 de 110 www.exponencialconcursos.com.brObserve que, enquanto o pretérito perfeito do indicativo simples indica uma ação concluída, a sua forma composta indica ação habitual ou iniciada no passado e que chega até o presente. Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo - Composto Futuro do Presente Indicativo - Composto Futuro do Pretérito do Indicativo - Composto Pretérito Perfeito do Subjuntivo - Composto Indica, igualmente à forma simples, fato anterior a outro também no passado. •Ex. Antes de passar nesse concurso, já tinha sido reprovado algumas vezes. Indica a ocorrência de um fato anterior a outro também no futuro ou um fato futuro inciado no presente. •Ex. Quando chegares onde estou, já terei subido mais adiante. •Em 2018, terei liquidado todas as minhas dívidas. Indica algo no futuro que depende de alguma condição ou mesmo um futuro em relação a algo que já se passou, igualmente à forma simples. •Ex. Se não fosse servidor público, teria sido professor. •Ele me falou que eu teria sido escolhido. Indica um fato hipotético no passado. •Ex. Ainda que ele tenha errado a questão, ficará entre os primeiros. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 17 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Pretérito Mais-Que–Perfeito do Subjuntivo - Composto Note que há uma semelhança com o pret. mais-que-perfeito do indicativo, porém, tratando-se de uma hipótese. Futuro do Presente do Subjuntivo - Composto Vamos fazer uma comparação dos tempos compostas com os simples. MODO INDICATIVO Simples Composto Presente eu ando - Pret. Imperfeito eu andava - Pret. Perfeito eu andei eu tenho andado Pret. Mais-Que- Perfeito eu andara eu tinha andado Futuro do Presente eu andarei eu terei andado Futuro do Pretérito eu andaria eu teria andado MODO SUBJUNTIVO Simples Composto Presente (que) eu ande - Pret. Imperfeito (se) eu andasse - Pret. Perfeito - (que) eu tenha andado Pret. Mais-Que- Perfeito - (se) eu tivesse andado Futuro do Presente (quando) eu andar (quando) eu tiver andado Futuro do Pretérito - - OBSERVAÇÃO - No modo IMPERATIVO NÃO há tempo composto. Indica uma hipótese anterior a um fato também no passado. •Ex. Se eu tivesse seguido o seu conselho, teria evitado muitos problemas. Indica uma hipótese no futuro. •Ex. Quando eu tiver completado setenta anos, estarei aposentado. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 18 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Os verbos podem assumir três formas nominais: infinitivo, gerundio e particípio. Descrevem os fatos de maneira impessoal, imprecisa ou vaga e são chamados de formas nominais porque nestas formas assumem funções de nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios). Infinitivo A oração acima tem sujeito? Sim, sujeito oculto “vocês”. Portanto a forma infinitiva é pessoal e pode ser flexionada concordando com o sujeito ou simplesmente não flexionada. Nestes exemplos o infinitivo exerce a função de verbo. OBS. É facultativa a flexão da forma infinitiva quando antecedida por preposição. Ex. O objetivo era obrigar os colonos a completar/a completarem o serviço. O infinitivo não será flexionado, quando forma locução verbal, ou quando tem o mesmo sujeito da oração principal. Exemplos: As crianças devem dormir cedo. Nós queremos, no futuro, celebrar nossas vitórias. Pode apresentar-se da maneira pessoal, quando tem sujeito, ou impessoal quando não há. A forma impessoal será sempre não flexionada, enquanto a forma pessoal pode ser flexionada ou não. •Ex. Fechem a porta ao sairem. •Fechem a porta ao sair. Flexiona-se o infinitivo quando tem sujeito diferente do sujeito da oração principal. •Ex. Nós faremos o possível para os nossos filhos estarem bem. •Ele viu seus sonhos desabarem. •É expressamente proibido os funcionários (sujeito) utilizarem os elevadores. Formas Nominais C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 19 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Gerúndio Particípio O particípio pode ser regular (terminados em “ado” ou “ido”) ou irregular. Eis alguns verbos que possuem as duas formas: Verbo Particípio Regular Particípio Irregular Aceitar aceitado aceito Acender acendido aceso Anexar anexado anexo Despertar despertado desperto Entregar entregado Entregue Expelir expelido Expulso Imprimir imprimido Impresso Limpar limpado Limpo Nascer nascido Nato Pagar pagado Pago Romper rompido Roto Dá a ideia de algo que está em andamento. É muito usado em locuções verbais e pode vir na forma simples ou composta. •Ex. Ele vive plantando batatas. (verbo) •Chegou atrasado mesmo tendo saído mais cedo. (forma composta) Essa forma é muito usada para designar algo no passado, um fato já concluído, muitas vezes serve como adjetivo, na formação dos tempos verbais compostos e da voz passiva. •Ex. O seu candidato foi eleito. (indica fato passado concluído – voz passiva) •Entregou o parecer impresso ao contribuinte. (adjetivo) •Ele tinha trabalhado muito naquele dia. (pret. mais-que-perf. composto) C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 20 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Submergir submergido Submerso Soltar soltado solto Surpreender surpreendido surpreso Vamos ver alguns dos mais cobrados e agrupá-los de acordo com os respectivos “paradigmas” que são, nada mais que, modelos de conjugação (paradigmas). 1ª Conjugação ATENÇÃO: Nem todos os verbos terminados em “IAR” são irregulares como os citados acima. O verbos CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR, ABREVIAR e outros são REGULARES, portanto conjugam-se da maneira seguinte: AVERIGUAR = verificar Presente do Indicativo eu averiguo tu averiguas ele averigua nós averiguamos vós averiguais eles averiguam Presente do Subjuntivo (que) eu averigúe (que) tu averigúes (que) ele averigúe (que) nós averiguemos (que) vós averigueis (que) eles averigúem ANSIAR, INCENDIAR, ODIAR, REMEDIAR, MEDIAR... Presente do Indicativo eu anseio tu anseias ele anseia nós ansiamos vós ansiais eles anseiam Presente do Subjuntivo (que) eu anseie (que) tu anseies (que) ele anseie (que) nós ansiemos (que) vós ansieis (que) eles anseiem Verbos Irregulares C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LIP E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 21 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 2ª Conjugação O verbo CABER não é conjugado no imperativo. CRIAR, ARRIAR, MIAR, COPIAR, PRESENCIAR, ABREVIAR... Presente do Indicativo eu crio tu crias ele cria nós criamos vós criais eles criam Presente do Subjuntivo (que) eu crie (que) tu cries (que) ele crie (que) nós criemos (que) vós crieis (que) eles criem PÔR, COMPOR, CONTRAPOR, ANTEPOR, DECOMPOR, DEPOR, APOR, DESCOMPOR, DISPOR, EXPOR, IMPOR, PROPOR, RECOMPOR, REPOR, SUPOR, TRANSPOR... Presente do Indicativo eu ponho tu pões ele põe nós pomos vós pondes eles põem Presente do Subjuntivo (que) eu ponha (que) tu ponhas (que) ele ponha (que) nós ponhamos (que) vós ponhais (que) eles ponham Pret. Perf. do Indicativo eu pus tu puseste ele pôs nós pusemos vós pusestes eles puseram Futuro do Pres. Indicativo eu porei tu porás ele porá nós poremos vós porais eles porão CABER Presente do Indicativo eu caibo tu cabes ele cabe nós cabemos vós cabeis eles cabem Presente do Subjuntivo (que) eu caiba (que) tu caibas (que) ele caiba (que) nós caibamos (que) vós caibais (que) eles caibam Pret. Perf. do Indicativo eu coube tu coubeste ele coube nós coubemos vós coubestes eles couberam C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 22 de 110 www.exponencialconcursos.com.br O verbo PROVER, segue o modelo de conjugação do verbo VER em alguns tempos, porém no pretérito perfeito do indicativo e nos seus tempos derivados, ele segue conjugação própria. O verbo PRECAVER é defectivo, portanto atente que não existem as formas eu precavenho ou que eu me precavenha. PROVER Presente do Indicativo eu provejo tu provês ele provê nós provemos vós provedes eles proveem Presente do Subjuntivo (que) eu proveja (que) tu provejas (que) ele proveja (que) nós provejamos (que) vós provejais (que) eles provejam Pret. Perf. do Indicativo eu provi tu proveste ele proveu nós provemos vós provestes eles proveram PRECAVER Presente do Indicativo eu - tu - ele - nós precavemos vós precaveis eles - Presente do Subjuntivo NÃO HÁ Pret. Perf. do Indicativo eu precavi tu precaveste ele precaveu nós precaemos vós precavestes eles precaveram APRAZER Presente do Indicativo eu aprazo tu aprazes ele apraze nós aprazemos vós aprazeis eles aprazem Presente do Subjuntivo (que) eu apraza (que) tu aprazas (que) ele apraza (que) nós aprazamos (que) vós aprazais (que) eles aprazam Pret. Perf. do Indicativo eu aprouve tu aprouveste ele aprouveu nós aprouvemos vós aprouvestes eles aprouveram C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 23 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 3ª Conjugação Os verbos acima são chamados de defectivos, pois não são conjugados em todas as pessoas, especificamente as formas que após o radical viriam as vogais “a” ou “o”. Ex. eu abolo, que eu abola, eu bano, que eu bana, eu coloro, que eu colora – todas essas formas não se conjugam. VIR, ADVIR, CONVIR, INTERVIR, PROVIR... Presente do Indicativo eu venho tu vens ele vem nós vimos vós vindes eles vêm Presente do Subjuntivo (que) eu venha (que) tu venhas (que) ele venha (que) nós venhamos (que) vós venhais (que) eles venham Pret. Perf. do Indicativo eu vim tu vieste ele veio nós viemos vós viestes eles vieram POLIR Presente do Indicativo eu pulo tu pules ele pule nós polimos vós polis eles pulem Presente do Subjuntivo (que) eu pula (que) tu pulas (que) ele pula (que) nós pulamos (que) vós pulais (que) eles pulam ABOLIR, COLORIR, EXTORQUIR, ESCULPIR, BANIR, DEMOLIR... Presente do Indicativo - tu aboles ele abole nós abolimos vós abolis eles abolem Presente do Subjuntivo NÃO HÁ Pret. Perf. do Indicativo eu aboli tu aboliste ele aboliu nós abolimos vós abolistes eles aboliram C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 24 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Na voz passiva, o sujeito paciente sofre a ação e quem pratica a ação é o AGENTE DA PASSIVA. OBSERVAÇÃO Apenas os verbos transitivos diretos - TD ou transitivos diretos e indiretos - TDI podem ser conjugados na voz passiva. Conversão das Vozes Na conversão da voz ativa para a voz passiva, o sujeito da oração ativa passará a ser o agente da passiva e o objeto direto passará a ser o sujeito paciente, e vice-versa. Na voz ATIVA, dizemos que o sujeito é agente, pois é ele quem pratica a ação. •Ex. Nós construimos esta casa. •Ele fez milagres. Na voz PASSIVA, o sujeito é chamado de paciente, pois sofre a ação que o verbo exprime. •Ex. O bolo é feito pela cozinheira. •O carro será consertado com cuidado. A voz passiva pode apresentar-se também na forma SINTÉTICA, com auxílio do pronome “SE”, que recebe o nome de pronome apassivador. •Ex. Receberam-se os convidados com honrarias. Quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, chamamos de voz REFLEXIVA. •Ex. O menino cortou-se ao brincar com a tesoura. •Todos alimentaram-se bem. Vozes Verbais C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 25 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Exemplos: Os alunos resolveram a prova. (voz ativa) A prova foi resolvida pelos alunos. (voz passiva analítica) Resolveu-se a prova. (passiva sintética) O mestre ensina a lição aos alunos. A lição é ensinada aos alunos pelo mestre. Ensina-se a lição aos alunos. (na voz passiva sintética o agente da passiva é omitido) São palavras invariáveis que ligam dois termos da oração, sendo um principal (regente ou subordinante) e um dependente (regido ou subordinado). Exemplos: • Voltou para casa depois do trabalho. (“voltou” – principal / “casa” – dependente) Note que o termo “voltou” necessita do complemento “para casa”, para ter um sentido completo. • Pensei em você. (“pensei” – principal ou regente / “você” – regido) Exemplos de locuções prepositivas: • Ele passouno concurso apesar de todas as dificuldades. • Caminhou ao encontro de seu Mestre com alegria. Tais palavras já foram classificadas como advérbios outrora. Atualmente, por não se enquadram perfeitamente em nenhuma das outras classes. O tempo verbal da oração ativa deverá manter-se no verbo auxiliar da voz passiva e vice-versa. 7 - Preposição 8 – Palavras Denotativas C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 26 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Indicam contextos diversos, modificando sentido de uma palavra ou mesmo da oração, tais como: situação, designação, exclusão, inclusão, limitação, realce, retificação, explanação ou afetividade. SITUAÇÃO - afinal, então, mas, agora... Ex. Afinal, decidiu se vai estudar DESIGNAÇÃO - eis. Ex. Senhor, eis me aqui. EXCLUSÃO - menos, exceto, salvo, fora, sequer... Ex. Todos, menos ele, foram ao teatro. INCLUSÃO - inclusive, também, até, além disso... Ex. Comemos bem, teve até sobremesa! LIMITAÇÃO - apenas, unicamente, somente, só... Ex. Só o amor constrói. REALCE - mesmo, lá, embora, é que, sobretudo... Ex. Eu mesmo é que não dou palpite em briga alheia. RETIFICAÇÃO - isto é, ou melhor, aliás... Ex. Chegarei pela manhã, ou melhor, na hora do almoço. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 27 de 110 www.exponencialconcursos.com.br É um termo que exprime uma ideia de forma independente, expressando um forte sentimento, emoção, saudação e outros. Domingos Pachoal Cegalla define interjeições como “frases resumidas”, porque elas contêm em si o sentido implícito de toda uma frase. Exemplo: Ai! Apenas essa interjeição já diz tudo, você sabe que alguém sentiu dor. Ok pessoal... mandem suas dúvidas pelo fórum, terei satisfação em clareá-las! Vamos aos exercícios!!! EXPLANAÇÃO - por exemplo, a saber... Ex. Coma coisas saudáveis, por exemplo, brócolis. AFETIVIDADE - ainda bem, infelizmente, felizmente... Ex. Felizmente chegamos bem. •viva!Aclamação •uau! nossa! caramba!Admiração •ufa! Advertência •obrigado! grato!Agradecimento •cuidado! atenção! devagar! Alegria •oh! viva! aleluia! Alívio •muito bem! boa! isso!Aprovação •perdão! desculpa!Desculpa •oxalá! tomara!Desejo •adeus! até logo! tchau! Despedida •ai! ui! oh!Dor •ora! francamente! vixe!Reprovação •salve! ave! bom dia!Saudação •psiu! silêncio!Silêncio 9 – Interjeição C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 28 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 1) FCC/Prof B/SEDU ES/Arte/2016 Medo da eternidade Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. − Não acaba nunca, e pronto. Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de- rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. − Acabou-se o docinho. E agora? − Agora mastigue para sempre. Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna 10 – Questões Comentadas C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 29 de 110 www.exponencialconcursos.com.br me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim. 06 de junho de 1970 (LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91) Um dos elementos mais importantes na organização do texto de Clarice Lispector é o advérbio de tempo, como o que se encontra grifado em: I. Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. (1º parágrafo) II. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. (7º parágrafo) III. – E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. (9º parágrafo) IV. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. (16º parágrafo) Atende ao enunciado APENAS o que consta dea) I, II e IV. b) II e IV. c) II e III. d) I e III. e) I, III e IV. Comentários: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 30 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Item I – O advérbio “jamais” indica tempo ou negação. Item II – O termo “eis” é uma palavra denotativa de designação. Item III – O advérbio “agora” indica tempo. Item IV – A preposição “sem” tem valor semântico de exclusão ou negação. Gabarito: D 2) FCC/Ana. Jud./TRF 2/Apoio Especializado/Taq./2012 Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. Em "Antropologia do Ponto de Vista Pragmático", o filósofo Immanuel Kant apresenta suas considerações a respeito do caráter dos povos. Lá encontramos páginas sobre os ingleses, alemães, franceses, espanhóis, turcos, entre outras nacionalidades. Mas há nisso tudo um detalhe intrigante. Kant nunca saíra de sua cidade, Köninsberg (hoje, Kaliningrado). Não por outra razão, as tais páginas são um conjunto bisonho de lugares-comuns. Esta pequena anedota diz muito a respeito de uma certa maneira de pensar que consiste em acreditar que a experiência nunca fornecerá nada capaz de reorientar uma ideia clara. O acesso à experiência acumulada em livros e relatos já forneceria o embate necessário para nos orientarmos no pensamento. Qualquer coisa que eu, enquanto particularidade, experimente seria parcial, limitado e restrito a um contexto. Por essa razão, seu valor seria muito frágil. Quase 200 anos depois, outro filósofo, Michel Foucault, resolveu fazer um caminho inverso. "Há muitos acontecimentos do mundo que forçam o pensamento a se reorientar", dirá Foucault. "Devemos ir lá onde tais acontecimentos estão." TEMPO hoje, ontem, amanhã, logo, antes, depois, agora, tarde, cedo, outrora, ainda, antigamente, nunca, jamais, sempre, já, enfim, afinal, breve, constantemente, imediatamente às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia DESIGNAÇÃO - eis. Ex. Senhor, eis me aqui. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 31 de 110 www.exponencialconcursos.com.br E com tal ideia na cabeça, o filósofo francês foi ao Irã acompanhar de perto a revolução que acabou por levar o aiatolá Khomeini ao poder. Vários artigos seus sobre tal processo apareceram no jornal "Corriere dela Sera". As análises de Foucault não passaram à posteridade como o melhor exemplo de acuidade. De fato, ele compreendeu posteriormente os riscos nos quais a revolução tinha entrado, mas espera-se de um filósofo que ele consiga apreender os riscos antes deles estarem evidentes a todos. Se a força da ideia, assim como a crença de que não há nada de novo sob o sol, pode nos cegar, o mesmo vale para o entusiasmo pelo acontecimento. Entre estes dois polos, encontramos uma peculiar afirmação feita por um terceiro filósofo, Theodor Adorno. Logo após a audição de uma peça de John Cage, "Concerto para Piano", Adorno volta para casa e escreve: "Eu não sei exatamente o que pensar". Diante de um acontecimento tal como a obra de Cage, Adorno reconhecia que o melhor a fazer era dizer: "Eu não sei o que isto significa, só sei que precisarei de tempo para o pensamento voltar a se orientar". Abdicar deste tempo devido ao medo diante da angústia da indecisão seria o pior de todos os erros. Este é o erro que cometemos com mais facilidade. Ele é o que mais fere. Às vezes, a indecisão prolongada é o tempo que o pensamento exige para se reconstruir diante dos acontecimentos. (Wladimir Safatle. "Ideias e acontecimentos". Folha de S. Paulo, opinião, 3/1/2012, p.2) Flexiona-se de maneira idêntica a lugares-comuns a palavra a) ave-maria. b) amor-perfeito. c) salário-maternidade. d) alto-falante. e) bate-boca. Comentários: Alternativa A – Incorreta – O plural correto seria as ave-marias. Alternativa B – correta - “amores-perfeitos” (substantivo + adjetivo) Flexionam- se os dois termos, igualmente a “lugares-comuns”. Perfeito! Alternativa C – incorreta – Embora sejam dois substantivos, o segundo limita o sentido do primeiro (apenas o segundo flexiona-se, porém, atualmente, é aceito a flexão dos dois). Alternativa D – incorreta – Ficaria correto: os alto-falantes (adjetivo + adjetivo) flexiona-se o último termo. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 32 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa E – incorreta – O correto seria os bate-bocas (verbo + substantivo) flexiona-se o último termo. Gabarito: B 3) FCC/Vic Dir/Pref Campinas/2016 Pequenas injustiças no calor da hora Nestes dias tumultuados de incerteza política que estamos vivendo, há outras incertezas de menor visibilidade, que vêm de longe, e fazem parte de um sistema articulado de crise social e de decadência de que anomalias de agora são apenas parte do problema. Os sociólogos definem situações desse tipo como estados de anomia, caracterizados pela perda da eficácia dos valores e das regras sociais que tornam a vida em sociedade possível. O Brasil, aparentemente, está ultrapassando o limite dessa segurança coletiva. Alguns episódios recentes são indicativos do que está acontecendo. Alunos do curso de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a que se juntou um da Pontifícia Universidade Católica, segundo as notícias, na noite do último dia 19, diante da residência estudantil, agrediram a socos e pontapés um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei Fidelis, de 31 anos, que estava acompanhado de um sobrinho. Da nação Caingangue, ele é um dos 76 alunos indígenas que ingressaram na Universidade através do vestibular especial ali implantado. (...). Os agressores incriminaram em Nerlei o fato de ser índio, e deram início a agressão com a pergunta “o que esses índios estão fazendo aí?” Os preconceitos de vários tipos, no Brasil, raciais, sociais, religiosos, de gênero e outros estão fundados no pressuposto de que cada um é livre e tem direitos nos limites do espaço a ele ou ela destinado. Não se trata, portanto, apenas de racismo, palavra que escamoteia um conjunto grande de preconceitos. Trata-se de uma concepção remotamente fundada no preconceito de casta ou no preconceito estamental, próprio de uma sociedade baseada no pressuposto de que as pessoas nascem e morrem socialmente desiguais. O Brasil sempre foi um país intolerante e, de vários modos, autoritário. Construímos um conjunto de disfarces formais e meramente rituais para enfrentar o desconforto da intolerância e das injustiças que dela decorrem. Mas, nos momentos de crise e de tensão sociais, os disfarces derretem-se sob o calor da hora eficamos nus diante do espelho. Nunca conseguimos construir uma verdadeira identidade social. No papel, sim, mas, na vida, não. Com facilidade tendemos ao corporativismo e são muitos os que se fecham numa identidade restrita, sobreposta ao que deveria ser a identidade de todos, a da Pátria. (Adaptado de: MARTINS, José de Souza. Pequenas injustiças no calor da hora. In: O ESTADO DE S. PAULO. Aliás, E2, Domingo, 3 de abril de 2016.) C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 33 de 110 www.exponencialconcursos.com.br No segundo parágrafo, considerando o referente da expressão Da nação Caingangue, a preposição “de” em contração com o artigo “a” (da) introduz a ideia de a) procedência. b) autoria. c) tempo. d) oposição. e) companhia. Comentários: Pessoal, o “referente” é tão somente o termo a que a expressão se refere, que nesse caso é “um estudante do Curso de Veterinária, Nerlei Fidelis, de 31 anos, que estava acompanhado de um sobrinho”. A expressão “Da nação Caingangue” indica a origem ou procedência do estudante indígena. Gabarito: A 4) FCC/Ana Amb/SEMA MA/Biólogo/2016 COP-21 já foi. E agora, o que virá? O Acordo do Clima aprovado em Paris em dezembro de 2015 não resolve o problema do aquecimento global, apenas cria um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os objetivos assinalados formalmente por 196 países sejam alcançados. Como todo marco regulatório, o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça, e, nesse caso, não há sequer prazos ou metas. As propostas apresentadas voluntariamente pelos países passam a ser consideradas “metas” que serão reavaliadas a cada 5 anos, embora a soma dessas propostas não elimine hoje o risco de enfrentarmos os piores cenários climáticos com a iminente elevação média de temperatura acima de 2º C. Sendo assim, o que precisa ser feito para que o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? A 21ª Conferência do Clima (COP-21) sinaliza um caminho. Para segui-lo, é preciso realizar muito mais − e melhor − do que tem sido feito até agora. A quantidade de moléculas de CO2 na atmosfera já ultrapassou as 400 ppm (partes por milhão), indicador que confirmaria − segundo o Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPC) da ONU − a progressão rápida da temperatura acima dos 2 °C. A decisão mais urgente deveria ser a eliminação gradual dos U$ 700 bilhões anuais em subsídios para os combustíveis fósseis. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 34 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Sem essa medida, como imaginar que a nossa atual dependência de petróleo, carvão e gás (75% da energia do mundo é suja se modifique no curto prazo? Para piorar a situação, apesar dos investimentos crescentes que acontecem mundo afora em fontes limpas e renováveis de energia (solar, eólica, biomassa, etc.), nada sugere, pelo andar da carruagem, que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. Segundo a vice-presidente do IPCC, a climatologista brasileira Thelma Krug, a queima de combustíveis fósseis segue em alta e não há indícios de que isso se modifique tão cedo. Como promover tamanho freio de arrumação em um planeta tão acostumado a emitir gases estufa sem um novo projeto educacional? Desde cedo a garotada precisa entender o gigantesco desafio civilizatório embutido no combate ao aquecimento global. O Acordo do Clima é certamente um dos maiores e mais importantes da história da diplomacia mundial. Mas não nos iludamos. Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada pela ONU em 1948), o Acordo sinaliza rumo e perspectiva, aponta o que é o certo, e se apresenta como um compromisso coletivo. Tornar o Acordo realidade exige atitude. Diária e obstinada. (Adaptado de: TRIGUEIRO, André. http://g1.globo.com/natureza/blog/mundo- sustentavel/2.html) Ao relacionar os segmentos destacados, o vocábulo “para” expressa sentido de “em proveito de” na seguinte passagem do texto: a) o acordo estabelece apenas as condições para que algo aconteça (2º parágrafo) b) o Acordo de Paris faça alguma diferença para a humanidade? (3º parágrafo) c) Para segui-lo, é preciso realizar muito mais (3º parágrafo) d) um ambiente político mais favorável à tomada de decisão para que os objetivos [...] sejam alcançados. (1º parágrafo) e) Para piorar a situação, [...] nada sugere [...] que testemunhemos a inflexão da curva de emissões de gases estufa. (5º parágrafo) Comentários: Pessoal, para esse tipo de questão, recomendo o método da substituição, assim podemos perceber se a expressão “encaixa” no sentido do período. Alternativa B – Correta – o Acordo de Paris faça alguma diferença em proveito da humanidade? Gabarito: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 35 de 110 www.exponencialconcursos.com.br 5) FCC/TJ/TRE-MS/Administrativa/2007 Brasileiro se realiza em arte menor. Com raras exceções aqui e ali na literatura, no teatro ou na música erudita, pouco temos a oferecer ao resto do mundo em matéria de grandes manifestações artísticas. Em compensação, a caricatura ou a canção popular, por exemplo, têm sido superlativas aqui, alcançando uma densidade raramente obtida por nossos melhores artistas plásticos ou compositores sinfônicos. Outras artes, ditas “menores”, desempenham um papel fundamental na cultura brasileira. É o caso da crônica e da telenovela. Gêneros inequivocamente menores e que, no entanto, alcançam níveis de superação artística nem sempre observada em seus congêneres de outros quadrantes do planeta. Mas são menores diante do quê? É óbvio que o critério de valoração continua sendo a norma européia: a epopéia, o romance, a sinfonia, as “belas artes” em geral. O movimento é dialético e não pressupõe maniqueísmo. Pois se aqui não se geraram obras como as de Cervantes, Wagner ou Picasso, “lá” também – onde quer que seja esse lugar – nunca floresceu uma canção popular como a nossa que, sem favor, pode compor um elenco com o que de melhor já foi feito em matéria de poesia e de melodia no Brasil. Machado de Assis, como de costume, intuiu admiravelmente tudo. No conto “Um homem célebre”, ele nos mostra Pestana, compositor que deseja tornar-se um Mozart mas, desafortunadamente, consegue apenas criar polcas e maxixes de imenso apelo popular. Morre consagrado – mas como autor pop. Aliás, não foi à toa que Caetano Veloso colocou uma frase desse conto na contracapa de Circuladô (1991). Um de nossos grandes artistas “menores” por excelência, Caetano sempre soube refletir a partir das limitações de seu meio, conseguindo às vezes transcendê-lo em verso e prosa. [...] O curioso é que o conceito de arteacabou se alastrando para outros campos (e gramados) da sociedade brasileira. É o caso da consagração do futebol como esporte nacional, a partir da década de 30, quando o bate-bola foi adotado pela imprensa carioca, recebendo status de futebol-arte. Ainda no terreno das manifestações populares, o ibope de alguns carnavalescos é bastante sintomático: eles são os encenadores da mais vista de todas as nossas óperas, o Carnaval. Quem acompanha a cobertura do evento costuma ouvir o testemunho deliciado de estrangeiros a respeito das imensas “qualidades artísticas” dos desfiles nacionais... Seguindo a fórmula clássica de Antonio Candido em Formação da literatura brasileira (“Comparada às grandes, a nossa literatura é pobre e fraca. Mas é ela, e não outra, que nos exprime.”), pode-se arriscar que muito da produção artística brasileira é tímida se comparada com o que é feito em outras paragens. Não temos Shakespeare nem Mozart? Mas temos Nelson Rodrigues, Tom Jobim, C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 36 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Nássara, Cartola – produtores de “miudezas” da mais alta estatura. Afinal são eles, e não outros, que expressam o que somos. (Adaptado de Leandro Sarmatz. Superinteressante, novembro de 2000, p.106, (Idéias que desafiam o senso comum) Brasileiro se realiza em arte menor. (1a frase) O adjetivo flexionado de maneira idêntica ao do grifado acima está na expressão: a) com raras exceções. b) é bastante sintomático. c) de imenso apelo popular. d) grandes manifestações artísticas. e) por nossos melhores artistas plásticos. Comentários: O adjetivo “menor” encontra-se flexionado no grau comparativo sintético de superioridade, sendo originado do adjetivo pequeno. Alternativa A – Incorreta – O adjetivo “raras” está flexionado no gênero feminino e no plural. Alternativa B – Incorreta – O adjetivo “bastante” não se flexiona em gênero, e, em relação ao número, encontra-se no singular. Alternativa C – Incorreta – “Imenso” e “popular” encontram-se no singular, sendo que apenas o primeiro flexiona-se em gênero. O primeiro está flexionado no grau superlativo absoluto sintético. Alternativa D – Incorreta - “Grandes” e “artísticas” estão no plural. Apenas o segundo flexiona-se em gênero. Alternativa E – Correta – O adjetivo “melhores”, assim como “menor”, flexiona- se apenas em número e grau, este também está flexionado no grau comparativo sintético de superioridade. Gabarito: E 6) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013 José Lins do Rego é brasileiríssimo. Outro dia, um amigo conversou comigo sobre as pretendidas influências estrangeiras na obra do paraibano. Falamos em Thomas Hardy, em D. H. Lawrence. Não estava certo. José Lins do Rego é ele mesmo. É paraibano. É brasileiro, brasileiríssimo. É brasileiro com amor à terra, às mulheres, à conversa, aos gracejos, com a memória do avô que era governador da província, do tio que vendeu o engenho, com a memória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 37 de 110 www.exponencialconcursos.com.br vivíssima de todas as tristezas da sua gente brasileira. Risos e lágrimas: eis o seu mundo. O grande valor literário da obra de José Lins do Rego reside no fato de que o seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. Assim, conta-se a decadência do patriarcalismo, com as suas inúmeras tragédias e uns raros raios de graça e humor. Desse modo, José Lins do Rego consegue acertadamente o que quer; e isso me parece o maior elogio que se pode fazer a um escritor. Concebendo a cultura no sentido de Gilberto Freire, como expressão global da vida política e do espírito, social e individual, vital e humana, José Lins do Rego é a expressão literária da cultura da sua terra. [Adaptado de Otto Maria Carpeaux. O brasileiríssimo José Lins do Rego. (prefácio) Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio. 50. ed. 1998. p. XVXVI] O elemento flexionado de modo a indicar uma qualidade em um grau muito elevado está destacado em: a) ... o seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente. b) ... com a memória vivíssima de todas as tristezas de sua gente… c) ... com as suas inúmeras tragédias... d) ... e uns raros raios de graça e humor. e) ... conta-se a decadência do patriarcalismo... Comentários: Alternativa A – Incorreta – O termo “plenamente” não é sequer um adjetivo, mas um advérbio que modifica o verbo “correspondem-se”. Alternativa B – Correta – O termo “vivíssima” corresponde ao grau superlativo absoluto sintético do adjetivo “viva”. Alternativa C – Incorreta – O termo “tragédias” é um substantivo e não um adjetivo. Em alguns casos, ele pode ser empregado como adjetivo, porém não é o que ocorreu aqui. Ex. Isso é uma tragédia. Repare que no exemplo acima o termo “tragédia” qualifica o pronome “isso”, por isso é um adjetivo. Alternativa D – Incorreta – O adjetivo “raros” não está flexionado em grau. São exemplos de sua flexão: mais raros que (comparativo de superioridade), muito raros (superlativo absoluto analítico), raríssimos (superlativo absoluto sintético). Alternativa E – Incorreta – O termo “decadência” é um substantivo cujo significado é similar a queda, derrocada. O adjetivo dele derivado é “decadente” ou a locução “em decadência”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 38 de 110 www.exponencialconcursos.com.br Ex. O governo está decadente. O governo está em decadência. Gabarito: B 7) FCC/AJ/TRT 3/Judiciária/Oficial de Justiça/Avaliador Federal/2015 A matéria abaixo, que recebeu adaptações, é do jornalista Alberto Dines, e foi veiculada em 9/05/2015, um dia após as comemorações pelos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Quando a guerra acabar… Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla, genérica. Fecha parêntese. O descaso e os indícios de esquecimento que, na sexta-feira (8/5), rodearam os setenta anos do fim da fase europeia da Segunda Guerra Mundial sobressaltaram. O ano de 1945 pegou-me com 13 anos e a data de 8 de maio incorporou-se ao meu calendário íntimo e o cimentou definitivamente às efemérides históricas que éramos obrigados a decorar no ginásio. Seis anos antes (1939), a invasão da Polônia pela Alemanha hitlerista − e logo depois pela Rússia soviética − empurrou a guerra para dentro da minha casa através dos jornais e do rádio: as vidas da minha avó paterna, tios, tias, primos e primas dos dois lados corriam perigo. Em 1941, quando a Alemanha rompeu o pacto com a URSS e a invadiu com fulminantes ataques,inclusive à Ucrânia, instalou-se a certeza: foram todos exterminados. A capitulação da Alemanha tornara-se inevitável, não foi surpresa, sabíamos que seria esmagada pelos Aliados. Nova era a sensação de paz, a certeza que começava uma nova página da história e perceptível mesmo para crianças e adolescentes. A prometida quimera embutida na frase “quando a guerra acabar” tornara-se desnecessária, desatualizada. A guerra acabara para sempre. Enquanto o retorno dos combatentes brasileiros vindos da Itália era saudado delirantemente, matutinos e vespertinos − mais calejados do que a mídia atual − nos alertavam que a guerra continuava feroz não apenas no Extremo Oriente, mas também na antiquíssima Grécia, onde guerrilheiros de direita e de esquerda, esquecidos do inimigo comum − o nazifascismo − se enfrentavam para ocupar o vácuo de poder deixado pela derrotada barbárie. Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele que foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 39 de 110 www.exponencialconcursos.com.br espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos. (Reproduzido da Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e do Correio Popular (Campinas, SP), 9/5/2015; intertítulo do Observatório da Imprensa, edição 849) A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos. Justifica-se o emprego do advérbio aí, na frase, do seguinte modo: a) a palavra delimita o lugar da guerra, aquele em que o interlocutor se encontra. b) a palavra remete ao lugar a que se fez referência anteriormente: ao espaço dos Aliados. c) a palavra tem o sentido de "nesse ponto", como em "É aí que está o X da questão". d) a palavra compõe expressão que tem o sentido de "apresenta-se por lugares incertos, de modo disseminado". e) a palavra tem seu sentido associado ao da palavra inconfundível, para expressarem, juntas, a ideia de "contorno único". Comentários: Para respondermos a esta questão, precisamos ler um pouco mais do texto para entendermos o contexto em que o período está inserido. “Sete décadas depois − porção ínfima da história da humanidade −, aquele que foi chamado Dia da Vitória e comemorado loucamente nas ruas do mundo metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos.” Portanto, podemos inferir que o advérbio “aí” não está referindo-se a um lugar específico, mas no sentido que a guerra se encontra presente de forma disseminada por todo o mundo. Gabarito: D 8) FCC/DP/DPE-RS/2011 EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 40 de 110 www.exponencialconcursos.com.br WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. (http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu ataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) A palavra para é uma a) preposição derivada da regência verbal da palavra meios. b) conjunção que liga uma oração coordenada a uma subordinada. c) preposição que liga meios a um verbo intransitivo. d) preposição derivada da regência nominal da palavra meios. e) proposição que liga meios a um verbo. Comentários: Alternativa A – Incorreta – A preposição derivada da regência nominal da palavra “meios” (meios para algo). Alternativa B – Incorreta – A palavra “para” é uma preposição com valor semântico de finalidade (“para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares”). Alternativa C – Incorreta – O verbo “convencer” não é intransitivo. Alternativa D – Correta Alternativa E – Incorreta – A palavra “para” não é uma “proposição”, mas uma preposição. De fato, ela liga “meios” ao verbo “convencer”. Gabarito: D 9) FCC/DP/DPE-RS/2011 Lição de bom senso O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Português Resumo + Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 41 de 110 www.exponencialconcursos.com.br consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura. O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos como