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Andebol Objetivo: O andebol é um jogo desportivo coletivo praticado por duas equipas em oposição, constituídas por sete jogadores efetivos e um máximo de sete suplentes. Caracterização da modalidade Introduzir a bola na baliza da equipa adversária, através de ações técnicas e táticas ofensivas, e evitar que a equipa adversária consiga fazer o mesmo, recorrendo a ações técnicas e táticas defensivas adequadas. O terreno de jogo é um retângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura, com duas áreas de baliza e uma área de jogo. As linhas limite mais compridas são designadas linhas laterais e as mais curtas linhas de baliza (entre os postes da baliza) ou linhas de saída de baliza (do lado exterior dos mesmos). Terreno de jogo O tempo de jogo normal para equipas de jogadores de idade superior a 16 anos (inclusive) é de duas partes de 30 minutos cada. Nos jogos em que tem de haver uma equipa vencedora, e caso se verifique um empate no final do tempo regulamentar, é jogado um prolongamento de duas partes com cinco minutos cada. Caso o empate permaneça, procede-se a um desempate, através de lançamentos de sete metros. Regulamento Tempo de paragem (time-out) É concedido: • três por jogo a cada equipa, num máximo de dois por cada parte do jogo. Nos últimos 5 minutos da partida só é permitido solicitar um time-out; • sempre que sejam necessárias consultas entre os árbitros; • caso exista uma exclusão de dois minutos ou desqualificação; • caso exista a necessidade de assistência médica de algum jogador. Time-out Sinalética de árbitro: Duração da partida: O início do jogo faz-se através de um lançamento de saída, no centro do campo, por um jogador da equipa atacante. O mesmo acontece no começo da segunda parte. Após um golo, o lançamento de saída é feito na zona central do campo, mas apenas os jogadores da equipa que executa o lançamento de saída têm obrigatoriamente de estar no seu meio-campo. Início e reinício de jogo: Bola fora: • quando ultrapassa completamente as linhas laterais ou de baliza; • quando um jogador em posse de bola apoia um ou ambos os pés fora do terreno de jogo (mesmo que a bola esteja dentro de campo). Regulamento Reposição da bola em jogo: Lançamento de reposição em jogo: • quando a bola cruza a linha lateral; • quando um jogador de campo da equipa defensora é o último a tocar a bola, antes desta cruzar a linha de baliza ou quando a bola toca no teto ou num objeto fixo sobre o terreno de jogo; • ao ser executado, o jogador deve ter um ou ambos os pés sobre a linha e os adversários têm de estar a 3 metros de distância. Lançamento de baliza: • quando a bola sai pela linhas de saída de baliza, tocada em último lugar por um atacante ou pelo guarda-redes da equipa defensora, a bola é reposta em jogo à mão, pelo guarda-redes, em qualquer ponto interior da área de baliza. Lançamento de reposição em jogo Sinalética de árbitro: Lançamento de baliza Regulamento Golo: É golo quando a bola transpuser completamente a linha de baliza entre os postes, debaixo da trave e de acordo com as regras de jogo. Golo Sinalética de árbitro: Regulamento Jogar a bola: É permitido: • segurar a bola nas mãos por um período máximo de três segundos; • dar um máximo de três passos com a bola na mão; • passar a bola de uma mão para a outra mão; • bater a bola no solo repetidamente com uma mão (drible). Drible ilegal Passos ou 3 segundos Sinalética de árbitro: Regulamento Jogar a bola (cont.): Não é permitido: • tocar a bola com o pé ou perna abaixo do joelho, exceto quando a bola é atirada ao jogador por um adversário; • tocar a bola mais de uma vez, após ter sido controlada sem ter tocado o solo ou a baliza; • um jogador com bola apoiar um ou ambos os pés fora do terreno de jogo. Exclusão Lançamento livre Regulamento Sinalética de árbitro: Faltas e conduta antidesportiva: • bater na bola ou arrancá-la das mãos do adversário; • empurrar ou bloquear (com as mãos, membros superiores ou membros inferiores), um adversário; • correr ou saltar sobre o adversário; • segurar ou prender o adversário. Livre de nove metros: É assinalado quando a equipa defensora comete infrações numa zona situada entre as linhas dos seis metros e dos nove metros. Livre de sete metros: É assinalado quando se impede ilegalmente uma clara oportunidade de golo. Regulamento Sanções: • Advertência: O árbitro mostra o cartão amarelo. • Exclusão: Durante dois minutos, o jogador não participa no jogo. • Desqualificação: O árbitro mostra o cartão vermelho a um jogador que tenha sido excluído (dois minutos) pela terceira vez ou que tenha um comportamento antidesportivo grave. • Expulsão: Caso cometa uma agressão, o jogador é expulso, ficando a sua equipa em inferioridade numérica até ao final do jogo. Área de baliza: Um jogador pode entrar na área de baliza depois de jogar a bola, desde que não traga desvantagem para a equipa adversária. Se um jogador de campo da equipa em posse de bola entrar na área de baliza alcançando vantagem, é assinalado lançamento de baliza. Guarda-redes: É permitido tocar a bola com qualquer parte do corpo, enquanto ato de defesa, dentro da área de baliza. Pode igualmente sair da área de baliza, sem a bola, e participar depois no jogo como qualquer jogador de campo. Não lhe é permitido sair e entrar da área de baliza com a bola em seu poder. Regulamento Revisão de conteúdos do 3.º Ciclo Passe de ombro e passe picado Passe de ombro: Passe picado: • execução similar ao passe de ombro; • distingue-se pela trajetória da bola, que deve ressaltar no solo antes de chegar ao recetor. • pegar a bola com os dedos bem afastados, com esta acima da cabeça; • colocar o pé contrário à mão que tem a bola ligeiramente à frente do outro; • rotação do tronco para o lado do membro superior executor; • enviar a bola com um movimento do membro superior, de trás para a frente; • transferir o peso do corpo do membro inferior mais recuado para o mais avançado. Passe de ombro Passe picado Receção alta e baixa Receção alta: Receção baixa: • os membros superiores devem encontrar-se estendidos; • as mãos em concha, formando um «W»; • fletir os membros superiores para amortecer o impacto da bola. • os membros superiores devem estar estendidos para baixo; • as palmas das mãos devem estar voltadas para a frente; • os dedos mindinhos devem estar virados um para o outro, formando um «M» com os dedos anelares. Receção alta Receção baixa Drible em progressão Drible de progressão: • o membro superior realiza o movimento ligeiramente fletido e afastado do corpo; • o pulso deve desempenhar um papel amortecedor e impulsionador da bola, através de um movimento de extensão e flexão; • a bola deve ser conduzida à frente e ao lado do corpo. Remate em apoio e em suspensão Remate em apoio: Remate em suspensão: • usa os mesmos princípios técnicos do passe de ombro; • transferência rápida do peso do corpo de trás para a frente aumenta a potência do remate; • extensão total do membro superior e flexão do pulso no momento final do movimento. • corrida preparatória: máximo de três passos; • impulsão efetuada com o membro inferior contrário ao membro superior que efetua o remate, com flexão do outro membro inferior; • imprimir rapidez à rotação do tronco para a frente, em simultâneo com o movimento de extensão do membro superior dominante. Remate em apoio Remate em suspensão Técnica de guarda-redes • Posição base: apoiar o peso na ponta dos pés, fletindo ligeiramente os membros inferiores e superiores (posição de «pugilista»). • Defesa alta: impulsão do corpo para cima com o pé de apoio contrário à trajetória do deslocamento.• Defesa baixa: procurar o contacto com a bola, com pé e mão. Posição base Defesa alta Defesa baixa Técnica de guarda-redes (cont…) • Defesa a meia altura: deve ser realizada com a ajuda do membro superior e membro superior. • Defesa do remate de ponta: posicionamento junto ao primeiro poste. Defesa do remate de ponta Defesa a meia altura Colocação de um defensor numa posição equilibrada que lhe possibilite o acompanhamento e controlo do seu adversário direto, ou não, bem como a ajuda aos companheiros de equipa. Deslocamento rápido do atacante, com o objetivo de se libertar da marcação defensiva e de criar linha de passe, situação de vantagem para finalizar ou situação eficaz de circulação de bola. Marcação e desmarcação Marcação: Desmarcação: Ações técnicas e táticas Ações técnicas e táticas Remate com abertura de ângulo: • tipo de remate usualmente utilizado pelos jogadores pontas, quando se encontram no seu lado «forte»; • deslocamento da zona exterior para a zona interior do campo, com a impulsão a ser realizada na direção da linha de sete metros e com a armação do remate a ser feita o mais tarde possível, protegendo a bola das ações defensivas. • remate executado pelos jogadores ponta quando se encontram no seu lado «débil»; • deslocamento da zona exterior para o espaço interior, com flexão lateral do tronco para o lado contrário ao membro superior que executa o remate, e a impulsão a ser realizada na direção da linha dos sete metros. Remate em basculação: Remate com abertura de ângulo Remate em basculação Remate em queda: Remate de anca: • na maioria das vezes, é executado pelos pivôs, após receção da bola na zona central; • desequilíbrio do corpo à frente, embora esse desequilíbrio em muitas situações seja lateral, flexão dos membros inferiores e remate durante a queda, sendo a receção/queda feita com as mãos no solo e os membros superiores fletidos. • usualmente realizado pelos jogadores de primeira linha, tais como laterais e centrais; • remate em que a bola parte do membro superior do jogador, colocado à altura da bacia e com uma ligeira flexão lateral do tronco, para o lado do membro que executa o remate. Remate em queda Remate de anca Ações técnicas e táticas Bloco: Finta: • ação técnica que tem por objetivo intercetar a trajetória da bola após remate à baliza; • tentativa de interceção, com os dois membros superiores estendidos na direção da bola e as mãos bem abertas, de forma a ocupar o maior espaço possível. • ação ofensiva que tem como objetivo ultrapassar o defensor, criando situações de superioridade numérica. • desequilíbrio do defensor com recurso a uma mudança de direção e de velocidade associadas a uma simulação. Bloco Finta Ações técnicas e táticas Penetrações sucessivas: Cruzamento: • ação técnico-tática de grupo, com o objetivo de criar superioridade numérica, após ataques sucessivos ao defensor ou aos espaços, e com o passe rápido para o colega da posição ao lado; • os atacantes devem procurar evitar o contacto com os adversários e limitar ao máximo a utilização do drible. • ação de passagem e interceção das trajetórias de dois atacantes. Um dos jogadores é o portador da bola (o que cruza), que ataca o espaço entre dois defensores, leva o seu defesa atrás e passa a bola ao colega (beneficiário do cruzamento) após deslocamento deste para o espaço deixado livre pelo jogador que fez o cruzamento. Combinações táticas ofensivas Penetrações sucessivas Cruzamento Entrada: Bloqueio: • invasão do espaço interior da estrutura defensiva por parte dos jogadores da primeira linha ofensiva ou pelos pontas, tentando criar desequilíbrios na defesa adversária. • obstrução da ação de um defensor usando o tronco, para que um ou mais colegas de equipa penetrem na defesa adversária ou finalizem. Combinações táticas ofensivas Entrada Bloqueio Troca de marcação: • ação de trocar o adversário a marcar, com o colega da posição ao lado, possibilitando a manutenção das suas posições relativas na estrutura defensiva; • há um acompanhamento do adversário direto até que este entre na área de ação do colega mais próximo, assumindo este último a responsabilidade pela marcação do adversário; • utiliza-se quando os defensores se encontram na mesma linha defensiva (ao mesmo nível). Combinações táticas defensivas Contrabloqueio: Ajuda mútua: • capacidade de os jogadores, em situação defensiva, disporem de superioridade numérica sobre o jogador atacante; • se um adversário ultrapassar um jogador defensivo, deve ser imediatamente alvo de marcação pelo jogador em ajuda defensiva. • quando é alvo de bloqueio pela equipa atacante, o jogador defensivo deve anular esta ação de bloqueio; • uma das estratégias utilizadas como contrabloqueio é a troca de marcação entre jogadores defensivos. Combinações táticas defensivas Ajuda mútua Contrabloqueio Contra-ataque: Caracteriza-se como a forma mais simples e rápida de se obter um golo. Objetivo: aproveitar uma situação de transição rápida, enquanto o adversário se encontra desorganizado defensivamente e em inferioridade numérica, para criar uma situação de finalização. Contra-ataque apoiado: Utiliza-se quando não é possível realizar contra- -ataque direto. Participam da ação ofensiva um número mínimo de dois jogadores de campo. O primeiro passe ocorre para uma zona próxima da linha de nove metros. Contra-ataque direto: Inicia-se com a defesa do guarda-redes ou com uma interceção de bola. Tem a duração de 2 ou 3 segundos, dado que a primeira receção de bola deve ocorrer no meio-campo adversário, com uma finalização rápida em zona central. Ataque Sistemas ofensivos: Representam a forma particular de como os jogadores se dispõem no terreno de jogo durante a fase de ataque organizado. Sistema 3:3: Sistema ofensivo mais comum, com três jogadores na primeira linha (lateral esquerdo, central e lateral direito) e três na segunda linha ofensiva (ponta esquerdo, pivô e ponta direito). Ataque Sistemas defensivos: Representam a forma particular de como os jogadores se dispõem no terreno de jogo durante a fase de defesa organizada. Os sistemas mais utilizados são os sistemas individuais, zonais e mistos. Destes, os mais utilizados são os sistemas defensivos 6:0 (numa linha defensiva) e o 5:1 (em duas linhas defensivas). Sistema 5:1: numa primeira linha defensiva envolve cinco jogadores (os dois pontas, os dois laterais e o pivô) e na segunda linha um jogador (o central). É muito utilizado quando a equipa adversária possui bons rematadores na zona central e/ou possui um central que joga em profundidade. Defesa Princípios táticos elementares Fases de jogo Fase ofensiva: Fase defensiva: • Contra-ataque; • Ataque rápido; • Ataque organizado. • Recuperação defensiva; • Defesa organizada. Princípios específicos ofensivos Contra-ataque: Limitação do drible: A progressão da bola deve desenvolver-se através de passes. Com efeito, dificulta-se a ação defensiva, pois a limitação do drible leva a que as ações ofensivas de contra-ataque sejam mais rápidas. Limitação do tempo de posse de bola: De modo a que se garanta a rapidez e fluidez de ações ofensivas, o tempo de posse de bola individual deve ser limitado ao estritamente necessário para chegar rapidamente à baliza. Passes tensos: Devem ser evitados os passes em trajetória parabólica («arco»). A utilização de passes tensos e oblíquos garante a progressão adequada da bola, complicando, simultaneamente, a ação dos defensores, que veem o seu espaço de intervenção aumentado. Finalização em zonas de maior eficácia: O desenvolvimento do contra- ataque deve permitir a finalização no corredor central ou lateral,o mais próximo possível da baliza. Ataque rápido: Garantia de apoios: O portador da bola deve estar sempre apoiado em amplitude e profundidade, para que a circulação da bola se faça sem interrupções. Limitação do drible: Acelerar a progressão da bola através da realização de passes, dificultando as ações defensivas. Limitação do tempo de posse de bola: Durante o ataque rápido, o tempo de posse de bola deve ser mínimo, para dificultar que a defesa interrompa a circulação da bola. Inversões: A circulação de bola deve ser efetuada com constantes inversões de sentido, com o objetivo de surpreender os defensores e acelerar a criação de pontos de rutura na defesa, que se encontrará momentaneamente desorganizada. Princípios específicos ofensivos Ataque organizado: Afastamento dos defensores: Os atacantes devem afastar-se dos defensores, para assegurar a fluidez da circulação da bola. Receção de bola em movimento: A receção de bola em movimento, enquadrada na direção da baliza adversária, permite aumentar a velocidade das ações ofensivas. Ataque à baliza: Deve ser efetuado na direção dos espaços interdefensivos para promover situações de 1x0 (para o próprio ou para os colegas). Recolocação: Depois do ataque à baliza, o atacante deve rapidamente reocupar o seu posto específico, possibilitando o processo ofensivo da equipa. Princípios específicos ofensivos Recuperação defensiva: Participação ativa de todos os jogadores: Após golo ou perda de posse de bola, os jogadores devem correr na direção da sua baliza, mantendo o contacto visual com os colegas, adversários e bola. Esta ação deve impedir a organização do contra-ataque e do ataque rápido da equipa adversária e proteger a própria baliza na tentativa de recuperar a posse de bola. Pressionar o portador da bola: O portador da bola deve ser pressionado o mais rapidamente possível, de modo a evitar ou dificultar o primeiro passe e a perturbar o desenvolvimento do contra-ataque. Evitar a inferioridade numérica: A colocação dos defensores deve evitar situações de inferioridade numérica, especialmente na zona da bola. Princípios específicos defensivos Defesa organizada: Encurtar os espaços interdefensivos: A colocação na defesa deve permitir a ajuda de um colega, se for caso disso, e o controlo do adversário direto. Assegurar os «triângulos defensivos»: A formação de «triângulos defensivos» é fundamental para a eficácia de qualquer sistema defensivo. Um dos vértices corresponde ao jogador que defende o portador da bola e os outros dois aos colegas que realizam a entreajuda. Princípios específicos defensivos
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