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Mariana Marques – T29 Membros Superiores COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO Formado pelo cíngulo do membro superior e o úmero (parte livre- osso do braço) O cíngulo do membro superior é a conexão do esqueleto apendicular com o esqueleto axial. É composto por dois ossos: clavícula e escápula. Membro superior é caracterizado por sua mobilidade e capacidade de segurar, golpear e executar atividades motoras finas (manipulação). Clavícula (une o membro superior ao tronco): Atua como suporte rígido e móvel, que suspende a escápula e o membro livre, mantendo-os afastados do tronco (garante máxima liberdade de movimento). A face superior da clavícula é lisa e a face inferior da clavícula é áspera porque é unida à 1ª costela, perto de sua extremidade esternal e sofre muita pressão. Acidentes ósseos da clavícula: (projeção óssea não ligada à embriologia) Tubérculo conóide Linha trapezoide Corpo da clavícula Extremidade acromial (região que articula com o acrômio - articulação acrômioclavicular): parte mais redonda Extremidade esternal (região que articula com o esterno - articulação esternoclavicular): parte mais achatada Escápula (situado na face posterolateral do tórax) A face posterior convexa da escápula é dividida de modo desigual por uma crista óssea espessa → espinha da escápula (se projeta para o interior de uma pequena fossa supraespinal e uma fossa infraespinal maior) As faces ósseas das três fossas (supraespinal, infraespinal e subescapular) servem como local de fixação de músculos. Tem movimento considerável sobre a parede torácica na articulação escapulotorácica, servindo como a base para a movimentação do membro superior (permitem a livre mobilização do braço) Clavícula- osso alongado Escápula- osso plano (laminar) Úmero- osso longo Mariana Marques – T29 Acidentes ósseos da escápula: Fossa subescapular (face costal) existe o musculo subescapular Face posterior/ dorsal: possui espinha da escápula (localizado na altura de TIII) Fossa supraespinal: músculo supraespinal Fossa infraespinal: músculo infraespinal Ângulo superior da escápula (localizado na altura de TI) Ângulo inferior da escápula (localizado na altura de TVII) Margem medial da escápula Margem lateral da escápula Acrômio Processo coracóide Cavidade glenoidal Tubérculo supraglenoidal Tubérculo infraglenoidal Úmero (maior osso do membro superior) A extremidade proximal do úmero tem cabeça, colos cirúrgico e anatômico e tubérculos maior e menor. A cabeça do úmero é esférica e articula-se com a cavidade glenoidal da escápula. O colo anatômico do úmero é formado pelo sulco que separa dos tubérculos maior e menor. Colo cirúrgico (local comum de fraturas. Formação do úmero: Cabeça (articula com a cavidade glenoidal: art. glenoumeral) Colos anatômico e cirúrgico Tubérculos maior e menor Sulco intertubercular Tuberosidade para o músculo deltóide Corpo do úmero Sulco do nervo radial Epicôndilo medial Sulco do nervo ulnar Epicôndilo lateral Capítulo (se articula com o rádio – articulação umerorradial) Tróclea (se articula com a ulna- articulação umeroulnar) Fossa do olecrano Fossa coronóidea Mariana Marques – T29 Articulações Esternoclavicular (esterno + clavícula) → sinovial selar (articulação anterior: realiza flexão e abdução do ombro) Função: manter a relação entre a clavícula e escápula nos estágios iniciais de elevação do membro superior e permitir que a escápula realize uma amplitude adicional de rotação sobre o tórax nos estágios subsequentes de elevação do membro. Acrômioclavicular (acrômio + clavícula) → sinovial plana Localização: fica sobre o topo da cabeça do úmero e pode servir como restrição óssea para os movimentos do braço acima da cabeça. A articulação é reforçada com uma cápsula muito densa e o ligamento acrômioclavicular. Função: permite a ocorrência de três movimentos diferentes: a escápula pode mover-se anteriormente e posteriormente sobre um eixo vertical (protração ou abdução), o segundo é o movimento alar para fora e para dentro no plano frontal (rotação para cima e rotação para baixo) e o terceiro movimento (elevação e depressão) Glenoumeral (escápula + úmero) → sinovial esferoidea (articulação que possui os movimentos mais livres do corpo humano) Função: permite flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, abdução e adução horizontal e rotação medial e lateral do úmero) Coracoclavicular (processo coracóide + superfície inferior da clavícula) → sindesmose Função: permite somente pequenos movimentos. Escapulotorácica chamada de articulação fisiológica ou funcional (não é classificada anatomicamente, pois não possui componentes anatômicos articulares → não une osso com osso) Região Axilar Espaço piramidal inferior à articulação do ombro e superior à fáscia axilar na junção entre o braço e o tórax. É a passagem de estruturas neurovasculares que servem ao membro superior. No espaço quadrangular (redondo menor e cabeça longa do tríceps braquial delimitam esse espaço), triangular (redondo maior e cabeça lateral do tríceps braquial) e intervalo triangular (redondo maior e tríceps braquial). Limites da axila: Ápice: é o canal cervicoaxilar, passagem entre pescoço e axila, limitada pela primeira costela, clavícula e margem superior da escápula. Base: pele côncava, tela subcutânea e fáscia da axila que se estende do braço até a parede torácica e forma a fossa axilar. Parede anterior: músculos peitorais maior e menor Parede posterior: escápula e músculo subescapular, em sua face anterior, e músculos redondo maior e latíssimo do dorso, inferiormente. Parede medial: parede torácica (costelas I a IV e músculos intercostais) e o músculo serrátil anterior Parede lateral: parede óssea formada pelo sulco intertubercular do úmero Aplicação clínica da articulação: Em uma luxação, há um desalinhamento da articulação, saindo do eixo normal. Mariana Marques – T29 Ligamentos Função: dar suporte e resistência às articulações além de fazer delimitação dos movimentos, criar barreiras para tendões, nervos etc. 1. Articulação Esternoclavicular (entre a extremidade esternal da clavícula e o manúbrio do esterno) Cápsula Articular: Circunda a articulação e varia em espessura e resistência. Ligamento Esternoclavicular Anterior: é um amplo feixe de fibras cobrindo a face anterior da articulação. Ligamento Esternoclavicular Posterior: é um feixe de fibras que recobre a face posterior da articulação. Ligamento Interclavicular (porção esquerda e direita): é um feixe achatado que une as faces superiores das extremidades esternais das clavículas. Ligamento Costoclavicular: é pequeno, achatado e resistente, fixado na parte superior e medial da cartilagem da primeira costela e face inferior da clavícula. Disco Articular: é achatado e está interposto entre as superfícies articulares do esterno e clavícula. 2. Articulação Acrômioclavicular (entre a extremidade acromial da clavícula e a borda medial do acrômio) Cápsula Articular: Envolve toda a articulação acrômioclavicular. Ligamento Acrômioclavicular: é constituído por fibras paralelas que estendem-se da extremidade acromial da clavícula até o acrômio. Ligamento Coracoclavicular: une a clavícula ao processo coracóide da escápula. É formado por dois ligamentos: Ligamento Trapezóide (externo/anterior) e Ligamento Conóide (interno/posterior). Ligamento Coracoacromial: é um forte feixe triangular estendido entre o processo coracóide e o acrômio. É um ligamento importante para estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenóide, poisevita a elevação da mesma nos movimentos de abdução acima dos 90 graus. Ligamento Transverso Superior: fino fascículo achatado inserido no processo coracóide e na incisura da escápula. 3. Articulação Glenoumeral (entre a cabeça do úmero (convexa) e a cavidade glenóide da escápula (côncava)) Cápsula Articular: Envolve toda a cavidade glenóide e a cabeça do úmero. Ligamento Córaco-umeral: é um amplo feixe que fortalece a parte superior da cápsula. Ligamentos Glenoumerais: são robustos espessamentos da cápsula articular sobre a parte ventral (anterior) da articulação. É constituído por três ligamentos (Glenoumeral Superior, Ligamento Glenoumeral Médio, Ligamento Glenoumeral Inferior) Ligamento Transverso do Úmero: é uma estreita lâmina de fibras curtas e transversais que unem o tubérculo maior e o menor, mantendo o tendão longo do bíceps braquial no sulco intertubercular. Lábio Glenoidal: é uma orla fibrocartilagínea inserida ao redor da cavidade glenóide. Tem importante função na estabilização glenoumeral e quando rompido proporciona uma instabilidade articular facilitando o deslocamento anterior ou posterior do úmero (luxação). Mariana Marques – T29 Bolsas sinoviais Função das bolsas sinoviais: facilitar o deslizamento de músculos ou tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas. Subcoracoide Subacromial Subdeltoidea Bainha tendínea intertubercular Músculos do ombro MÚSCULO DELTOIDE: É um músculo triangular formado por três porções. (Clavicular, acromial e espinal) Situado imediatamente sob a pele, recobrindo a cabeça do úmero. Origem: Clavícula, acrômio e espinha da escápula Inserção: Tuberosidade deltoidea Inervação: Nervo axilar Ação: Adução, abdução até 90º, rotação medial e rotação lateral do braço MÚSCULO REDONDO MAIOR: É um músculo bastante robusto, levemente aplanado. Localizado na borda axilar da escápula. Origem: Borda lateral e ângulo inferior da escápula Inserção: Tubérculo menor Inervação: Nervo subescapular Ação: Rotação medial e adução do braço MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR: Unidade funcional anatômica localizada na extremidade superior, auxiliam o movimento rotacional do ombro e auxiliam na articulação glenoumeral. Manguito rotador: formado pelos músculos supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular. Localizado ao redor da articulação do ombro. OBS: Ajuda a estabilizar a articulação do ombro, mantendo a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os movimentos. Nos primeiros 15º de abdução o músculo deltoide recebe ajuda do músculo supraespinal. Após os 15º o músculo deltoide consegue realizar a abdução sem auxílio. Mariana Marques – T29 Funcionam como agonistas de movimentos e estabilização da articulação. As lesões no manguito rotador interferem com a função da articulação glenoumeral, e levam à incapacidade de realizar os movimentos associados a esta articulação Os tendões desses músculos unem-se, reforçando a lâmina fibrosa da cápsula articular que recobre a articulação do ombro. Eles ajudam a estabilizar essa articulação, mantendo a cabeça do úmero na cavidade glenoidal (pequena e rasa) durante os movimentos do braço, evitando o deslocamento do úmero em direção anterior, posterior e superior. MÚSCULO SUPRAESPINAL: É um músculo grosso com formato piramidal que ocupa toda a fossa supraespinal da escápula. Origem: Fossa supraespinal Inserção: Tubérculo maior Inervação: Nervo Supraescapular Ação: Rotação lateral e abdução até 90º do braço MÚSCULO INFRAESPINAL: É plano e ocupa quase que toda a fossa infraespinhal da escápula. Origem: Espinha da escápula Inserção: Tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo Supraescapular Ação: Rotação lateral, adução e abdução do braço MÚSCULO REDONDO MENOR: É cilíndrico e quadrangular. Situado na fossa infraespinhal da escápula, por baixo e por trás do m. infraespinhal. Origem: Fossa infraespinal e margem lateral da escápula Inserção: Tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo axilar Ação: Rotação lateral e adução do braço MÚSCULO SUBESCAPULAR: É plano e triangular. Situado na fossa escapular, ele passa pela face anterior da articulação glenoumeral para se inserir no úmero. Origem: Fossa subescapular Inserção: Tubérculo menor do úmero Inervação: Nervo subescapular Ação: Rotação medial e adução do braço Mariana Marques – T29 MÚSCULO PEITORAL MAIOR: Origem: Clavícula, manúbrio e corpo do externo; cartilagens costais da 2ª a 6ª e bainha do m. reto abdominal Inserção: Tubérculo maior do úmero Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais Ação: Rotação medial, flexão e adução do braço MÚSCULO PEITORAL MENOR: Origem: 2ª a 5ª costelas Inserção: Processo coracóide da escápula Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais Ação: Anteversão do membro superior e auxilia na inspiração forçada MÚSCULO LATÍSSIMO DO DORSO Também considerado como músculo do dorso. Origem: T6 a L5, sacro, crista ilíaca e 3 últimas costelas Inserção: Tubérculo menor Inervação: Nervo toracodorsal Ação: Adução, rotação medial e extensão do braço; adução da escápula Músculos do braço As principais ações desses músculos ocorrem na articulação do cotovelo, alguns atuam na articulação do ombro. No compartimento anterior encontram-se três músculos flexores: braquial, bíceps e coracobraquial. No compartimento posterior encontra-se um músculo extensor: o tríceps braquial. O compartimento anterior é suprido pelo Nervo Musculocutâneo. O compartimento posterior é suprido pelo Nervo Radial. Os músculos flexores do braço são cerca de duas vezes mais fortes do que os extensores do braço. MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL É um músculo cilíndrico, fusiforme e relativamente grosso. Formado por duas cabeças (uma longa e uma curta) que se unem em um único tendão Origem: Tubérculo supraglenoidal da escápula (cabeça longa) e processo coracóide da escápula (cabeça curta) Inserção: Tuberosidade do rádio Inervação: Nervo musculocutâneo Ação: Abdução, rotação medial, anteversão do braço e adução, flexão e supinação do antebraço. MÚSCULO CORACOBRAQUIAL É plano, relativamente curto. Está recoberto pelo m. peitoral maior na região axilar anterior. Origem: Processo coracóide da escápula Inserção: Úmero, distal a crista do tubérculo maior Inervação: Nervo musculocutâneo Ação: Rotação medial, adução e anteversão do braço Mariana Marques – T29 MÚSCULO BRAQUIAL Tem formato plano de características fusiformes. Fica recoberto pelo m. bíceps braquial na região anterior do braço. Origem: Terço médio do úmero Inserção: Tuberosidade da ulna Inervação: Nervo musculocutâneo Ação: Flexão do antebraço MÚSCULO TRÍCEPS BRAQUIAL Ocupa toda face posterior do braço. Formado por três porções de origem distintas que se unem em um tendão comum para se inserir na ulna. Origem: Tubérculo infraglenoidal (cabeça longa), face posterior do úmero (cabeça lateral → acima do sulco para o nervo radial e cabeça medial → abaixo do sulco para o nervo radial) Inserção: Olécrano Inervação: Nervo radial Ação: Adução e extensão do braço; extensão do antebraço MÚSCULO ANCÔNEO É um músculo plano e triangular Situado na face posterior do cotovelo (parece ser uma continuação do m. tríceps braquial) Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Face posterior da ulna Inervação: Nervo Radial Ação: Extensão do antebraço Músculos do Antebraço Flexores MÚSCULO PRONADOR REDONDO É um músculo quadrangular que está situado no plano superficial da região anterior do antebraço. Origem: Epicôndilo medial doúmero e face medial da ulna Inserção: 1/3 médio do rádio, lateralmente Inervação: Nervo mediano Ação: Flexão e pronação MÚSCULO FLEXOR RADIAL DO CARPO É um músculo plano, largo. Está situado entre o m. pronador redondo e o m. palmar longo. Origem: Epicôndilo medial Inserção: II metacarpiano Inervação: Nervo mediano Ação: Flexão, pronação e abdução da mão Mariana Marques – T29 MÚSCULO PALMAR LONGO É um músculo fusiforme, estreito, situado superficialmente na face anterior do antebraço. Origem: Epicôndilo medial do úmero Inserção: Aponeurose palmar Inervação: Nervo mediano Ação: Flexão palmar MÚSCULO FLEXOR SUPERFICIAIS DOS DEDOS É plano, fusiforme na porção lateral e peniforme na porção medial. Está localizado na 2º camada muscular da região anterior do antebraço. Origem: Epicôndilo medial do úmero e face anterior do rádio Inserção: Falanges médias do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo mediano Ação: Flexão, abdução e adução dos dedos MÚSCULO FLEXOR UNAR DO CARPO É um músculo plano que se estende superficialmente pela face antero-lateral de todo o antebraço. Origem: Epicôndilo medial do úmero e olecrano Inserção: Pisiforme, dos do V metacarpiano e hamato Inervação: Nervo ulnar Ação: Flexão e abdução da mão MÚSCULO FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS É um músculo fusiforme que se divide em quatro tendões. Está recoberto pelo m. superficial dos dedos. Sua visualização requer ressecção das camadas musculares superficiais. Origem: Face anterior da ulna e membrana interóssea Inserção: Falange distal do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo ulnar e Nervo mediano Ação: Flexão palmar e adução da mão MÚSCULO FLEXOR LONGO DO POLEGAR Está situado no mesmo plano muscular do m. flexor profundo dos dedos. Ele é peniforme e possui formato triangular. Origem: Epicôndilo medial e face anterior do rádio Inserção: Falange distal do polegar Inervação Nervo medial Ação: Flexão palmar e adução da mão MÚSCULO PRONADOR QUADRADO Como o nome já diz é um músculo de formato quadrangular. Está situado no plano muscular mais profundo desta região, próximo a articulação rádio-ulnar distal. Origem: Quarto distal da margem anterior da ulna Inserção: Quarto distal da margem anterior do rádio Inervação: Nervo interósseo anterior Ação: Pronação Mariana Marques – T29 MÚSCULO BRAQUIORRADIAL É plano, amplo em sua parte proximal e vai se afinando ao dirigir-se para o punho. È o músculo mais superficial da região lateral do antebraço. Origem: Crista supracondilar do úmero Inserção: Processo estilóide do rádio Inervação: Nervo radial Ação: Flexão, pronação e supinação da mão Músculos flexores do antebraço Extensores MÚSCULO EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO É um músculo curto que possui um grande tendão. Está situado abaixo do m. braquiorradial. Origem: Úmero Inserção: Base do II metacarpiano Inervação: Nervo radial Ação: Extensão, pronação e supinação da mão Mariana Marques – T29 MÚSCULO EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO É plano e carnoso, situado na transição da região lateral para posterior do antebraço. Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Base do III metacarpiano Inervação: Nervo radial Ação: Dorso extensão e abdução da mão MÚSCULO EXTENSOR DOS DEDOS É largo e fusiforme, se divide em quatro tendões ao se aproximar do punho. Está situado no plano superficial da face posterior do antebraço. Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Aponeurose do 2º ao 5º dedo Inervação: Nervo radial Ação: Extensão e dorso flexão dos dedos MÚSCULO EXTENSOR DO DEDO MÍNIMO É um músculo plano e estreito, situado medialmente ao m. extensor dos dedos. Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Aponeurose dorsal do 5º dedo Inervação: Nervo radial Ação: Extensão e dorso flexão do dedo mínimo MÚSCULO EXTENSOR UNAR DO CARPO É um músculo fusiforme que fica situado medialmente ao m. extensor do dedo mínimo. Origem: Epicôndilo lateral do úmero e face posterior da ulna Inserção: Face dorsal do V metacarpiano Inervação: Nervo radial Ação: Extensão, dorso flexão e abdução da mão MÚSCULO SUPINADOR É plano, quadrangular e está situado no plano profundo da região posterior do antebraço. Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Face anterior do rádio Inervação: Nervo radial Ação: Supinação MÚSCULO EXTENSOR LONGO DO POLEGAR É um músculo fusiforme, localizado no plano profundo da região posterior do antebraço e que fica recoberto pelo m. extensor dos dedos. Origem: Face posterior da ulna Inserção: Falange distal do polegar Inervação: Nervo radial. Ação: Abdução, adução e extensão do polegar MÚSCULO EXTENSOR DO INDICADOR É um músculo fusiforme e bastante estreito. Está situado medialmente ao m extensor longo do polegar. Origem: Face posterior da ulna Inserção: Aponeurose dorsal do indicador Inervação: Nervo radial Ação: Extensão do indicador Mariana Marques – T29 MÚSCULO ABDUTOR CURTO DO POLEGAR É um músculo fusiforme, está situado na margem lateral da face posterior do antebraço. Origem: Face posterior da ulna Inserção: Base do I metacarpo Inervação: Nervo radial Ação: Abdução do polegar e da mão MÚSCULO EXTENSOR CURTO DO POLEGAR Está situado medialmente ao m. abdutor longo do polegar. Suas fibras correm paralelamente às fibras deste músculo. Origem: Face posterior do rádio Inserção: Falange proximal do polegar Inervação: Nervo radial Ação: Extensão do polegar e abdução da mão Músculos extensores do antebraço Mariana Marques – T29 Vascularização e inervação Irrigação sanguínea – artéria axilar A irrigação do membro superior é realizada pela artéria axilar, continuação da a. subclávia, com início na margem lateral da primeira costela e término na margem inferior do m. redondo maior, onde se torna a artéria braquial. A artéria axilar é dividida em 3 partes pelo m. peitoral menor: A primeira divisão (entre a margem lateral da primeira costela e a margem medial do m. peitoral menor) dá origem a um ramo: a artéria torácica superior ou suprema (irriga o m. subclávio, parte superior do m. serrátil anterior, m. do primeiro e segundo espaço intercostal e m. peitorais). A segunda divisão (posteriormente ao m. peitoral menor) dá origem a dois ramos: artéria torácica lateral e artéria toraco-acromial. A artéria torácica lateral irriga os m. peitorais, m. serrátil anterior, m. intercostais e face lateral da mama (ramos mamários laterais). Já a artéria toraco-acromial, dá origem a 4 ramos: deltoideo (parte do m. deltoide e acompanhado pela veia cefálica), peitoral (aos m. peitorais maior e menor), acromial (supre o acrômio) e clavicular (para o m. subclávio). A terceira divisão (entre a margem lateral do m. peitoral menor à margem inferior do m. redondo maior) dá origem a 3 ramos: a. subescapular; a. circunflexa anterior do úmero e a. circunflexa posterior do úmero. A artéria subescapular se divide em artéria circunflexa da escápula (participa da anastomose arterial ao redor da escápula) e artéria toracodorsal (irriga o m. grande dorsal). As duas artérias circunlexas circundam o colo cirúrgico do úmero. A artéria circunflexa anterior do úmero segue profundamente ao m. coracobraquial e bíceps braquial e emite um ramo ascendente até o ombro. Já a artéria circunflexa posterior do úmero (mais calibrosa), passa pelo espaço quadrangular juntamente com o nervo axilar para irrigar a articulação do ombro e os m. adjacentes: deltóide, redondo maior e menor e cabeça longa do m. tríceps braquial. Irrigação sanguínea – artéria braquial A artéria braquial (continuação da artéria axilar com início a partir da margem inferiordo m. redondo maior) Irriga o braço e termina na fossa cubital dando origem às artérias radial e ulnar. São seus ramos: Artéria braquial profunda (que termina se dividindo em a. colateral radial e a. colateral média) Artéria colateral ulnar superior Artéria colateral ulnar inferior A artéria radial dá origem à artéria recorrente radial do antebraço, que participa da anastomose arterial ao redor do cotovelo unindo à artéria colateral radial (ramo da a. braquial profunda). A artéria ulnar dá origem às artérias recorrentes ulnares anterior e posterior, que se ligam respectivamente, com as artérias colaterais ulnares inferior e superior. A artéria interóssea comum (um ramo curto da a. ulnar) se divide em artérias interósseas anterior e posterior. A artéria colateral média (ramo da a. braquial profunda) se liga com a artéria recorrente interóssea (ramo da a. ulnar). Mariana Marques – T29 Drenagem venosa superficial A drenagem venosa superficial do membro superior ocorre através de uma rede venosa localizada na tela subcutânea, com a presença de duas veias de maior calibre: a veia cefálica e a veia basílica. As veias superficiais apresentam válvulas venosas orientadas em direção às veias profundas e se unem a essas veias através de veias perfurantes, que atravessam a fáscia. Drenagem venosa profunda A drenagem venosa profunda do membro superior é realizada por veias homônimas às artérias e acompanhantes. Na fossa cubital, as veias profundas estão unidas à veia intermédia do cotovelo por veias perfurantes. As veias profundas apresentam suas válvulas venosas orientadas em direção ao coração. Mariana Marques – T29 Inervação Inervação cutânea: intercostobraqueal (T2) ramo cutâneo lateral do 2º nervo intercostal. Plexo braquial: responsável pela inervação do membro superior. Possui fibras sensitivas, motoras e simpáticas (para inervação da pele: vasoconstrição, ereção dos pelos e sudorese). A maioria dos nervos do membro superior se origina no plexo braquial. Um plexo nervoso, é definido como a junção dos ramos ventrais dos nervos espinhais e no caso do plexo braquial, representa a junção dos ramos ventrais de C5, C6, C7, C8 e T1. O plexo braquial se origina no pescoço, passando no trígono posterior cervical e entre os músculos escalenos anterior e médio e desce até a região axilar para então entrar no membro superior. Os troncos passam lateralmente sobre a primeira costela e entram na axila. Cada tronco, dá origem a duas divisões: anterior e posterior. A junção das divisões anteriores do tronco superior e médio, originam o fascículo lateral, a continuação da divisão anterior do tronco inferior forma o fascículo medial e a junção das divisões posteriores dos 3 troncos, forma o fascículo posterior. A denominação de fascículos medial, lateral e posterior, se dá em função das suas relações com a segunda divisão da artéria axilar. RAIZES → C5, C6, C7, C8, T1 TRONCOS → C5 + C6 (superior) C7 (médio) C8 + T1 (Inferior) DIVISÕES → Superior (anterior e posterior), médio (anterior e posterior), Inferior (posterior e anterior) Obs: os anteriores e posteriores se juntam, menos o anterior do inferior que fica sozinho FASCÍCULOS → anteriores juntos (lateral), posteriores juntos (posterior), anterior inferior (medial) RAMOS TERMINAIS → musculocutâneo, axilar, radial, mediano e ulnar Mariana Marques – T29 Articulação do cotovelo Articulações do cotovelo (classificação quanto ao movimento: sinovial diartrose- muito movimento) Formada pela articulação de três ossos: úmero, rádio e ulna (ossos do braço) Ulna Osso medial do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e rádio e distalmente apenas com o rádio. A Ulna articula-se com dois ossos: o Úmero e o Rádio. É um osso longo que apresenta duas epífises e uma diáfise. Epífise Proximal Olécrano: forma a ponta do cotovelo Incisura Troclear: Grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronoide e serve para articulação com a tróclea do úmero Processo Coronoide: projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna Incisura Radial: Articula-se com a cabeça do rádio Tuberosidade Ulnar Epífise Distal Cabeça da Ulna: eminência articular arredondada localizada lateralmente Processo Estiloide: localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular) Diáfise: apresenta três margens e três faces: Margens: interóssea, anterior e posterior Faces: anterior, posterior e medial Mariana Marques – T29 Rádio Osso lateral do antebraço. É o mais curto dos dois ossos do antebraço. Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e distalmente com os ossos do carpo e a ulna. Apresenta duas epífises e uma diáfise. Epífise Proximal Cabeça – É cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero Cavidade Glenóide – Articula-se com o capítulo (úmero) Colo do Rádio – Porção arredondada, lisa e estrangulada localizada abaixo da cabeça Tuberosidade Radial – Eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps braquial se insere Epífise Distal Incisura Ulnar – Face articular para a ulna Incisura Cárpica – É côncava, lisa e articula-se com o osso escafoide e semilunar Processo Estiloide – Projeção cônica O Rádio articula-se com quatro ossos: o Úmero, a Ulna, o Escafoide e o Semilunar. Diáfise: apresenta três margens e três faces: Margens: interóssea, anterior e posterior Faces: anterior, posterior e lateraal Mariana Marques – T29 Articulações A articulação do cotovelo é um gínglimo (dobradiça). Possui três articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna, úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal, entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. Articulação entre rádio e ulna- articulação fibrosa sindesmose- trocoide Movimentos que o cotovelo desempenha: flexão e extensão OBS: A articulação rádio-ulnar proximal é uma juntura trocoide ou em pivô, entre a circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular. Ligamentos Função: dar suporte e resistência às articulações além de fazer delimitação dos movimentos, criar barreiras para tendões, nervos etc. As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula que é espessada medial e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial. Cápsula Articular: Circunda toda a articulação e é formada por duas partes: anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras oblíquas e transversais. Ligamento Colateral Ulnar (fixa úmero e ulna): É um feixe triangular espesso constituído de duas porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina. Ligamento Colateral Radial (fixa úmero e radio): É um feixe fibroso triangular, menos evidente que o ligamento colateral ulnar. Ligamento Anular (fixa apenas a ulna): forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. Coxins adiposos: para não haver contato direto (osso com osso) – amortecimento (substitui as bolsas sinoviais) Fossas: onde os ossos se encaixam Extensão: olécrano dentro da fossa do olécrano Flexão: rádio na fossa radial e processo coronoide na fossa coronóidea Mariana Marques – T29 Fossa Cubital Depressão de forma triangular, região anterior Limites: Limite superior: linha entre dois epicôndilos Limite lateral: musculo braquioradial Limite medial: musculopronador redondo Assoalho (tapete da fossa): musculo braquial e supinador Teto (cobre a fossa): aponeurose (menos resistente que o tendão, se encaixa em formas mais lisas) do músculo bíceps braquial, tela subcutânea (gordura) e pele Conteúdo da fossa: nervo mediano, artéria braquial (se ramifica em a. radial e a. ulnar), veias braquiais e tendão do músculo bíceps braquial. Superfície do cotovelo Veia Basílica (medial) nervo cutâneo medial Veia Cefálica (lateral) nervo cutâneo lateral Pronação: palmas das mãos voltadas para baixo Supinação: palmas das mão voltadas para cima Mariana Marques – T29 Radiologia do cotovelo Imagem em AP Rotina de cotovelo para imagem: AP (cotovelo em extensão) e Perfil (cotovelo em flexão) Côndilo lateral: fossa radial, epicôndilo lateral e tróclea 1. Epicôndilo medial, pois esta do mesmo lado que a ulna e é mais proeminente. Originam no epicôndilo medial o músculos flexores do punho/ carpo e dos dedos na posição anterior do antebraço 2. Sulco do nervo ulnar, nessa região forma-se o túnel cubital, pelo qual passa o nervo ulnar 3. Fossa do olécrano, localizada na parte posterior do cotovelo 4. Olécrano, estrutura em que se fixa o músculo tríceps 5. Capitulo, o acidente ósseo que se articula com o capitulo é a fóvea articular da cabeça do radio 6. Articulação úmero radial, classificada morfologicamente de acordo com seu movimento, sendo considerada gínglimo, os acidentes ósseos que formam a articulação úmero radial são o capitulo e fóvea articular da cabeça do radio 7. Circunferência articular da cabeça do rádio, por essa região passa o ligamento anular do radio 8. Articulação radio ulnar proximal, formada pelos acidentes ósseos da circunferência articular da cabeça do rádio e incisura radial da ulna 9. Processo coronóide, que se encaixa na fossa coronóide 10. Tuberosidade da ulna, o na qual se insere o tendão do musculo braquial 11. Tuberosidade do rádio, no qual se insere o tendão do musculo bíceps braquial 12. Epicôndilo lateral, no qual origina-se os extensores do carpo e do dedos, localizados na região posterior 13. A) Ligamento colateral radial B) Ligamento colateral ulnar 14. Crista supraepicondilar lateral, no qual origina-se o musculo braquio radial (único flexor do cotovelo que se origina na lateral) Mariana Marques – T29 Estruturas: Imagem em perfil 1. Corpo do úmero 2. Capitulo, tróclea, epicôndilos (lateral/medial) 3. Epicôndilo medial 4. Olecrano 5. Articulação úmero ulnar 6. Incisura troclear 7. Tuberosidade da ulna 8. Corpo da ulna 9. Espaço/ membrana interósseo radio ulnar ou sindesmose rádio-ulnar 10. Corpo do radio 11. Tuberosidade do radio 12. Colo do radio 13. Circunferência articular da cabeça do radio 14. Articulação úmero-radial 15. Capitulo OBS: radiografia de criança, espaços entre articulação do cotovelo, possui cartilagens Tomografia (osso branco- hiperdenso) CORTES SÃO FEITOS DE CIMA PARA BAIXO Primeira imagem: corte transversal da epífise distal do úmero Segunda imagem: corte transversal que pega parte do olecrano Terceira imagem: corte transversal está na articulação Quarta imagem: corte transversal pegando rádio e ulna Tomografia Primeira imagem: Corte sagital cotovelo mais medial Segunda imagem: corte sagital de cotovelo mais lateral Tomografia Corte coronal Primeira imagem: mais anterior Segunda imagem: mais posterior Mariana Marques – T29 Radiologia do punho e mão Rotina radiológica punho: AP e P Rotina radiológica mão: PA e Obliqua Rotina radiológica dedos: PA e P Maior parte da ulna está no cotovelo: maior atuação Maior parte do rádio está no punho: maior atuação Ossos do carpo: formado por oito ossos: Fileira proximal, próximo ulna (14- escafoide, 13- semilunar, 11- piramidal, 12- pisiforme) Fileira distal, próximo dos metacarpos (6- trapézio, 7- trapezoide, 8- capitato, 10- hamato) Ossos da mão: metacarpos (1º, 2º, 3º, 4º, 5º) Ossos dos dedos: falanges (14 ossos) Túnel do carpo: passam tendões que realizam flexão (superficiais e profundos) e o nervo mediano Canal da ulna: NAV (nervos unares, artérias unares e veias unares) 1. Falange distal do primeiro quirodáctilo. 2. Falange proximal do primeiro quirodáctilo. 3. Falange distal do segundo quirodáctilo. 4. Falange media do segundo quirodáctilo. 5. Falange proximal do segundo quirodáctilo. 6. Falange distal do terceiro quirodáctilo. 7. Falange média do terceiro quirodáctilo. 8. Falange proximal do terceiro quirodáctilo. 9. Falange distal do quarto quirodáctilo. 10. Falange média do quarto quirodáctilo 11. Falange proximal do quarto quirodáctilo 12. Falange distal do quinto quirodáctilo 13. Falange média do quinto quirodáctilo 14. Falange proximal do quinto quirodáctilo 15. Articulação interfalângica distal. 16. Articulação interfalângica proximal. 17. Articulação metacarpofalângica. 18. Osso sesamóide. 19. Trapezóide. 20. Cabeça do primeiro metacarpo. 21. Base do primeiro metacarpo. 22. Articulação carpometacárpica. 23. Trapézio. 24. Escafóide. 25. Capitato. 26. Hamato. 27. Pisiforme. 28. Piramidal. 29. Processo estilóide da ulna. 30. Extremidade distal da ulna. 31. Articulação ulnocarpal. 32. Extremidade distal do rádio. 33. Articulação radioulnar distal. 34. Articulação radiocarpal. 35. Semilunar. I. Primeiro metacarpo. II. Segundo metacarpo. III. Terceiro metacarpo. IV. Quarto metacarpo. V. Quinto metacarpo Mariana Marques – T29 Radiologia ombro
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