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Aula 22.05 – Fisiologia da Secreção Salivar Fisiologia Ayla Mendes Cavalcante Sabino Saliva É um fluxo complexo que influencia a saúde bucal e geral dos indivíduos por meio de propriedades químicas e físicas peculiares. Glândulas Salivares Glândulas exócrinas que produzem saliva, fluido que possui funções digestivas, lubrificantes e protetoras. Temos 2 tipos de glândulas: Maiores – Parótida, Parótida Acessória, Submandibular, Sublingual Menores A diferença entre elas está quanto à composição do constituinte salivar. Glândula Parótida: Localizada bilateralmente Papila parotídea com óstio do duto parotídeo Produção e secreção de saliva Ducto de Stenon ou ducto parotídeo – drena a saliva para o interior da cavidade oral Próximo a região de 1º e 2º molar superior Disfagia – dificuldade de deglutição Pode ocorrer o escape de saliva pela boca, engasgo. Às vezes podemos usar o botox em glândulas salivares – aplicação infra glandular O botox diminui a liberação de acetilcolina na placa motora – ou seja, o botox barra essa liberação desse hormônio Os ductos porem ser obstruídos por cálculos salivares – que obstruem o fluxo salivar – cirurgias para tratar essas obstruções. Glândula Submandibular: Fica na região interna da mandíbula – repousa na Ducto de Wharton (ou duto submandibular) Obstruções são muito comuns nessa região do ducto – torna a glândula susceptível a infecções: Sialoadenite é a inflamação das glândulas salivares que geralmente acontece por uma infecção por vírus ou bactérias, obstrução por má-formação ou presença de cálculos salivares, o que resulta em sintomas como dor na boca, vermelhidão e inchaço, especialmente na região por baixo da língua Glândula Sublingual: Obstruções nessa glândula são menos frequentes (quando comparadas as submandibulares e parótida) Muito comum algum tipo de trauma aos ductos – o fluido no lugar de ser drenado começa a se acumular na região de sublingual Fenômeno de extravasamento de muco: Mucocele é nome dado a uma lesão cística benigna, assintomática e causada pelo rompimento do ducto de glândulas salivares menores da cavidade bucal – ocorre o acumulo de saliva advinda do ducto de glândula salivar menor rompido ou obstruído. Geralmente é causado por um trauma local. Mucoceles de extravasamento são o subtipo mais comum e frequentemente aparecem no lábio inferior. Sialolitíase: Cálculo salivar no interior do ducto 90% dos casos acomete o ducto de Wharton, da glândula submandibular 10% dos casos acomete o ducto de Stensen, da glândula parótida. Calcificação de material orgânico (obstrução) Características clinicas: Mais comum nas glândulas submandibular; Tumefação (inchaço) dolorosa durante as refeições; Aspecto radiográfico Às vezes, dependendo da localização, da forma e do tamanho do cálculo, não é possível fazer o exame de palpação oral Quando o dentista for solicitar um exame de imagem – justificar o porquê da solicitação, para não confundir o radiologista no momento do laudo – pode gerar com confusão entre os sialólitos (cálculo) e as placas de ateroma. Placas de ateroma – placas de gordura que se calcificam ao longo do tempo e obstruem os vasos sanguíneos. Quando localizadas próximas as glândulas carótidas tomar cuidado para não confundir com os sialólitos. Tratamento: Ordenhamento – movimento de trás para frente até expelir o cálculo (sialólito) Medidas que estimulem o aumento do fluxo salivar: Sialogogos, calor úmido, aumento da ingestão de liquido, mascar chicletes sem açúcar Cirurgia Produção De Saliva: Em média, 1L/dia – podendo ser variável As glândulas submandibulares são responsáveis por maior parte da produção de saliva Ácinos – estão associados a Secreção Primaria da saliva = Ptialina e Mucina Ductos – associados a Secreção Secundaria – muito importante na composição iônica Potencial de ação é muito importante para a transmissão da mensagem do SN para os ácinos – produção de saliva. Toxina Botulínica Reduz a liberação de Acetilcolina no espaço sináptico A inibição da Ach é uma etapa inibitória da transmissão de impulso das glândulas produção de saliva. Radioterapia e quimioterapia – Causam lesão irreversível as glândulas salivares, ocorre a destruição dos ácinos Cáries de radiação – como as glândulas são afetadas, ocorre diminuição do fluxo salivar e, com isso aparecimento de cáries. Outras causas que podem levar à hipossalivação: doenças autoimunes, medicamentos (antidepressivos, sedativos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos), stress, TPM. Composição da saliva: 99% de Água + 1% de eletrólitos e macromoléculas Amilase salivar (digestão do amido) Mucina (proteína responsável pela lubrificação) Lisozima (enzima com ação bactericida) Sais (KCL/NaCl, bicarbonato, fosfato de cálcio, etc.) Ureia – função tampão importante, aumenta o pH e reduz aparecimento de caries Aminoácidos Anticorpos Propriedades de funções da saliva Lubrificação e proteção mecânica Atividade antibacteriana Ação tampão Atividade imunológica Limpeza mecânica Paladar Digestão Manutenção da integridade dentária Capacidade tampão: Bicarbonato Ureia (amônia) Neutralizam os ácidos produzidos ácido lático produzido pelas bactérias O aumento de ácido lático diminui o pH e provoca aparecimento de cárie dentaria Redução da Saliva – danos sistêmicos: Traumas Disseminação de infecções Déficit digestão Doenças bucais Inervação das glândulas salivares SNA – simpático e parassimpático O parassimpático influencia de forma mais efetiva! Medicamentos: Pilocarpina – Estimular o SNA Parassimpático (estimular o fluxo salivar – paciente com sialólito) Agonista receptor muscarínico na glândula salivar Atropina – Inibição do fluxo salivar Antagonista receptor muscarínico na glândula salivar Propriedades Antimicrobianas da Saliva: Lisozima, Lactoferrina, Peroxidades, Anticorpos (IgA), Mucina (MUC7) São constituintes salivares importantes para nos proteger de infecções bacterianas virais e fúngica. Candidose – infecção fúngica Síndrome de Sjögren – é uma doença autoimune: comprometimento do fluxo salivar Perda de paladar, ardência bucal, maior risco à infecções, aparecimento de lesões cariosas, gengivites, periodontites, fissuras e despapilação na língua. Mucina tem efeito de lubrificação – na falta, pode ocorrer o desenvolvimento de ulceras e aftas de maneira muito frequente. Sialometria: Exame para aferição da Salivação Pode ser feita com ou sem estimulação salivar. Exame clínico: O paciente cospe durante um determinado período e ao final verifica a quantidade de saliva (mL) por minuto. Fluxo salivar normal 0,3 e 0,4 ml/min Tratamento - Hipossalivação: Hidratação Dieta (curtos períodos) Medicações Substitutos salivares – saliva artificial Hipossalivação: casos reversíveis e irreversíveis – Depende da causa
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