Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A saliva tem como função lubrificar os alimentos, o que ajuda na diminuição do atrito para não lesar a boca, ajuda na digestão, principalmente de carboidratos; Ela é produzida pelas glândulas salivares, sendo que as maiores são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais; As glândulas salivares são exócrinas, ou seja, elas liberam a secreção em uma cavidade que, no caso, é a cavidade bucal. OBS: Vale ressaltar que a produção da saliva é aumentada quando o indivíduo realiza uma refeição. Higiene / proteção da mucosa oral e dentes; Lubrificação do bolo alimentar (em função da mucina ou N-acetil- glicosamina); Muco: reduz ação mecânica dos alimentos e favorece a deglutição. Gustação: a saliva aumenta a superfície de contato do alimento com a língua e suas papilas, melhorando a gustação; Ação tamponante (saliva = pH alcalino): a saliva contém bicarbonato, que é alcalino, e, por isso, o pH final da saliva é em torno de 8, o que tem como vantagem a ânsia pré-êmese; Ação cicatrizante (fator de crescimento epidérmico): animais lambem feridas na intenção de cicatriza-las superficialmente; Inicia a digestão dos carboidratos e gorduras. Ptialina (α-amilase salivar): Atua em pH de 4 a 11; Resulta: maltose, maltotriose e α- limite dextrinas; Curta duração na cavidade oral; Continua no interior do bolo alimentar no estômago (no fundo, durante armazenamento, antes da mistura do bolo e do HCl); O tempo do alimento na boca é muito curto, mas a α-amilase salivar se mistura com o alimento no bolo alimentar e vai para o fundo gástrico, onde continua atuando; A α-amilase salivar atua em todo o tempo que o alimento fica na boca e no estômago e, por isso, 75% da digestão dos carboidratos acontece no trajeto boca-estômago. Lipase lingual: Secretada pelas glândulas Von Ebner da língua, que são glândulas menores; Hidrolisa os trigliceróis; Resulta: ácidos graxos livres e monoacilglicerois; Ativa em pH < 4; Não essencial (existência de lípases gástricas e pancreáticas); A lipase lingual não é tão importante, em primeiro lugar porque ela atua em pH muito ácido e, por isso, ela não é capaz de atuar na boca. Por esse motivo, na digestão dos lipídeos as lípases gástrica e pancreática tem muito mais importância. Peroxidases; Calicreína: Polipeptídeo proteolítico secretado pelas células salivares ativas; Catalisa a produção de bradicina (potente vasodilatador) – regula o fluxo sanguíneo e a taxa metabólica das glândulas salivares; Como a saliva libera isso, ocorre vasodilatação e, assim, mais fluxo sanguíneo e mais metabolismo na glândula, fazendo com que a mesma produza mais saliva. H2O; Eletrólitos: Na+, HCO3-, Cl-, Ca++; Enzimas: α-amilase salivar, lipase lingual, glutationa, peroxidases; Fluido gengival e de glândulas menores da mucosa oral; Detritos celulares; Microrganismos da cavidade oral. Hipotônica em relação ao plasma (baixa concentração de soluto); Existem dois estágios de produção de saliva, o primeiro estágio ou saliva primária e o segundo estágio ou saliva final; A saliva final é aquela que chega à boca através dos óstios e essa saliva é hipotônica porque tem menos soluto que o plasma e, além disso, ela é alcalina. Três pares de glândulas salivares maiores: Parótidas: são as maiores; Submandibulares: segundas maiores; Sublinguais: únicas que não produzem α-amilase salivar, mas que produzem lipase lingual; Todas as três produzem Calicreína. Glândulas menores da cavidade bucal: Localizadas nas regiões labial, lingual, retro-molar, palato, etc; Essas glândulas menores são, predominantemente, mucosas. As glândulas maiores representam 90 a 95% da secreção salivar total; Alta taxa metabólica e vascularização; A irrigação dessas glândulas se dá por ramos das artérias carótida externa e maxilar interna – quanto maior o fluxo sanguíneo, maior é a produção de saliva. Origem a partir do epitélio bucal primário por meio da sua interação com o ectomesênquima; As glândulas parótidas e submandibulares surgem na 6° semana de vida intrauterina, já as glândulas sublinguais surgem na 8° semana e as glândulas menores surgem na 12° semana. Glândulas túbulo – acinares; Cada ácino com 15 a 100 células; Formada por lóbulos (grupos de ácinos delimitados por tecido conjuntivo). Glândulas parótidas: secreção serosa Poucas glicoproteínas (mucina) e muita ptialina (α-amilase salivar). Glândulas submandibulares: secreção mista Mucina + enzima. Glândulas menores: mucina Glândulas labiais, palatinas, linguais e retromolares. Prioritariamente, as glândulas parótidas são serosas, mas elas também liberam um pouco de mucina, entretanto, liberam muito mais α-amilase salivar; As glândulas submandibulares são mistas porque apresentam tantos ácinos serosos quanto ácinos mucosos; As glândulas menores são também mucosas e a glândula Von Ebner é serosa. Células acinares -> saliva primária ou acinar -> ductos intercalares -> ductos estriados -> ductos intralobulares -> ductos extralobulares -> ductos excretores principais -> cavidade bucal; Uma vez que a secreção foi produzida na porção acinar, ela segue para ductos intercalares, depois para ductos estriados, ductos intralobulares, até chegar ao ducto excretor, que é o que se encontra no óstio; A saliva produzida pela porção acinar é diferente da saliva que se encontra em locais a partir do ducto estriado; Os transportadores de membrana são diferentes nos diferentes ductos; O primeiro estágio de produção de saliva acontece na porção acinar e vai até o início dos ductos estriados, então, a saliva primária, que é isotônica se encontra nesses ductos; No segundo estágio de produção de saliva, ou saliva final, ela é hipotônica, porque mesmo que haja a entrada de bicarbonato e potássio, ainda há nela menos soluto que no plasma, e ela é alcalina. Existem transportadores que são chamados de contra-transporte e eles são dependentes da bomba de sódio e de potássio; Essa região é pouco permeável, ou seja, não tem muitos canais de água e, por isso, a água permanece na luz do tubo, mesmo com o cloreto de sódio tendendo a puxa-la para dentro das células. Isso faz com que a saliva não perca uma quantidade considerável de água ao passar pela parte distal do ducto estriado. 70% glândulas submandibulares e sublinguais; 12 a 20% glândulas parótidas; Fluxo salivar estimulado (presença de alimento): 45 a 50% glândulas parótidas e submandibulares; Aumento das concentrações de Na+ e Cl-, mas sempre inferiores às concentrações plasmáticas; Aumento da secreção primária; Redução da reabsorção nos ductos, levando ao aumento da concentração de NaCl; pH próximo de 8 em função da grande quantidade de HCO3-; Fluxo salivar baixo = pH ligeiramente ácido; Quando nos alimentamos, é produzida uma maior quantidade de saliva, mas só de olharmos para uma comida ou sentirmos o seu cheiro também estimula o sistema nervoso a produzir mais saliva. Nesse momento, quem ajuda muito na produção é a glândula parótida; Em situações normais, a maior parte da saliva é produzida pelas glândulas submandibulares e sublinguais, mas a parótida também contribui, só que em menor quantidade; As células dos tubos têm transportadores, mas se houver um grande aumento do fluxo de saliva dentro desses tubos, ou seja, se é aumentada a velocidade do fluido que passa por esses ductos, os transportadores passam a não ter tanto tempo para reabsorver os solutos, ou seja, existetanto soluto que acaba ultrapassando o número de transportadores; Quando produzimos muita saliva, essa saliva passa a ter uma quantidade maior de sódio em sua composição, mais do que o normal. Entretanto, mesmo assim, a saliva continua sendo hipotônica. Sistema Nervoso Autônomo Simpático: A interrupção da inervação simpática tem pouco efeito trófico; Efeito bifásico: contrai células mioepiteliais e gera vasodilatação; Agonistas adrenérgicos: secreção de pequeno volume, viscosa (rica em muco) e com alta concentração de K+ e HCO3-. Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático: Aumenta o fluxo sanguíneo; Aumenta o metabolismo; Aumenta o crescimento glandular; Aumenta síntese e secreção de α- amilase e mucina; Aumenta transporte iônico. O processo de regulação da produção da saliva é autônimo. Sendo que o SNA parassimpático é estimulador da produção de saliva e, inclusive, se ele for muito estimulado, pode, até mesmo, aumentar o tamanho da glândula. Já o simpático, quando é muito estimulado, libera muitas catecolaminas e, assim, ocorre uma inibição da produção de saliva; Entretanto, o SNA simpático tem efeito bifásico, ou seja, tem dois efeitos diferentes. Quando ele está muito estimulado, ele inibe a liberação de saliva, mas quando ele é pouco estimulado, ele aumenta a liberação de saliva. O cheiro do alimento, a mastigação, a visão do alimento estimulam o sistema parassimpático pelos nervos fácil e glossofaríngeo, ocorre a liberação de acetilcolina e essa tem receptores muscarínicos nas células acinares; Quando a acetilcolina se liga a esse receptor, desencadeia uma série de reações bioquímicas, dentre elas, vai liberar mais Calicreína; Essa Calicreína é um peptídeo proteolítico que vai catalisar, produzindo mais bradicinina, sendo que a bradicinina é uma excelente vasodilatadora e, assim, vai chegar muito mais sangue na glândula, aumentando o metabolismo da mesma e fazendo com que ela produza mais saliva. O sistema nervoso autônomo simpático é bifásico, ou seja, tem horas em que ele estimula e horas em que inibe a liberação da saliva. Isso acontece porque existem dois receptores adrenérgicos, o β e o α; Quando é liberada pouca catecolamina, essa catecolamina interage com os receptores β; Já quando ocorre uma alta descarga adrenérgica, além de atuar no receptor β, a catecolamina passa a atuar também no receptor α. Isso porque o receptor β é mais sensível, ou seja, se há pouca catecolamina, ela se liga ao β, mas quando tem muita ela consegue se ligar também ao receptor α. Existem muitas substâncias que interferem na produção da saliva e, dentre elas, os digitálicos; Os digitálicos são inotrópicos positivos, ou seja, aumentam a contratilidade cardíaca e, além disso, ele aumenta a produção de saliva. Ausência crônica de secreção salivar; Causas: Neuropatia congênita ou neuropatia causada por lesão dos nervos cranianos 7 e 9; Respiração bucal crônica; Tabagismo; Pobre higiene bucal; Pós-tratamento radioterápico (cabeça-tórax). Consequências: Lesões das mucosas oral e esofágica (redução de mucina / lubrificação); Aumento da incidência de cáries (redução de lisozima e lactoferrina); Halitose; Dificuldade de falar e deglutir; Língua: atrofia das papilas, glossite, fissuras, etc. Tratamento: Higiene bucal rígida / terapia com flúor; Controle da dieta (redução de açúcar); Gomas de mascar / fosfato de cálcio; Evitar drogas xerostômicas (atropina, cloropromazina, diazepan, cannabis, anfetaminas); Sialagogos (aumento da secreção salivar) – sialagogos são substâncias que estimulam a produção de saliva; Saliva artificial. Doença autoimune; Crônica e progressiva; Acomete glândulas salivares e lacrimais; Sintomas: xerostomia, xeroftalmia, secura da mucosa nasal e vaginal e pode afetar rins e pulmões; Sem cura; Tratamento sintomático e de suporte. Cavidade oral = 3,5% do CH ingerido (devido ao pouco tempo que o alimento permanece na boca); Estômago (antes da mistura do quimo) = 75% do CH devido à amilase salivar; Amido -> hidrólise -> dissacarídeos, maltose, maltotriose... Intestino delgado com borda em escova (α-amilase pancreática e oligossacaridases) = resultam 70- 80% glicose, 15% galactose e 5% frutose; O principal carboidrato da dieta é o amido e todo processo de digestão dos carboidratos começa na boca e segue para o estômago, o que mostra a grande importância da amilase salivar, até que o carboidrato chega ao nível de intestino delgado e é completado o processo de digestão dos carboidratos. Atua no sistema renal como mecanismo de regulação da pressão arterial por meio do sistema renina- angiotensina-aldosterna; Essa Aldosterona é produzida pela glândula suprarrenal e a função da Aldosterona é favorecer a reabsorção de sódio nos túbulos renais e, consequentemente, reabsorção de água, aumentando assim, a volemia; Além disso, a Aldosterona atua também nos ductos da glândula salivar uma vez que o transportador é o mesmo; Uma paciente que te níveis muito elevados de Aldosterona, tem tendência a ter níveis elevados de pressão e, além disso, ele tem uma saliva com baixíssima concentração de sódio e alta concentração de potássio.
Compartilhar