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Dimensionamento do pessoal de Enfermagem para Unidades de Internação

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Dimensionamento do pessoal de Enfermagem 
para Unidades de Internação 
 RESOLUÇÃO COFEN 543/2017: atualiza e estabelece parâmetros para Dimensionamento do 
Quadro de Profissionais de Enfermagem nas instituições de saúde. 
 Art. 2º destaca: “O dimensionamento é a adequação quantiqualitativamente do quadro de pessoal 
de enfermagem. Deve basear-se em características relativas”; (quantitativo avalia a quantidade de 
profissionais necessários para trabalhar numa determinada unidade por meio de cálculo; 
qualitativamente por meio de características relativas à instituição, ao serviço de enfermagem e à 
clientela). São elas: 
COM RELAÇÃO À EMPRESA OU INSTITUIÇÃO 
 Missão; porte; estrutura organizacional; tipos de serviços es e/ou programas; tecnologia e 
complexidade dos serviços e/ou programas; prática pessoal; política de recursos materiais; política de 
recursos financeiros; atribuições e competências dos integrantes dos diferentes serviços e/ou 
programas; indicadores hospitalares do MS. 
Com relação ao serviço de enfermagem 
ASPECTOS TÉCNICOS-CIENTÍFICOS ADMINISTRATIVOS 
 Dinâmica do funcionamento das unidades em diferentes turnos; modelo gerencial; modelo 
assistencial; métodos de trabalho; carga horária semanal; padrões de desempenho dos profissionais; 
índice de segurança técnica (IST); proporção de profissionais de nível superior e nível médio; 
indicadores de qualidade gerencial e assistencial. 
COM RELAÇÃO AOS PACIENTES 
 Grau de dependência em relação à equipe de enfermagem (sistema de classificação de pacientes –
SCP); realidade sociocultural. 
ATENÇÃO 
1º – A distribuição de profissionais por categoria referido no inciso II, deverá seguir o grupo de 
pacientes que apresentar a maior carga de trabalho. 
2º – Cabe ao enfermeiro o registro diário da classificação dos pacientes segundo o SCP, para subsidiar 
a composição do quadro de enfermagem para as unidades de internação. Para alojamento conjunto, o 
binômio mãe / filho deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário. 
3º Para alojamento conjunto, o binômio mãe / filho deve ser classificado, no mínimo, como cuidado 
intermediário. 
4º – Para berçário e unidade de internação em pediatria todo recém-nascido e criança menor de 6 anos 
deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário, independente da presença do 
acompanhante. 
5º – Os pacientes de categoria de cuidados intensivos deverão ser internados em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) com infraestrutura e recursos tecnológicos e humanos adequados. 
6º – Os pacientes classificados como de cuidado semi-intensivo deverão ser internados em unidades 
que disponham de recursos humanos e tecnologias adequadas. 
7º Para pacientes psiquiátricos, central de material, Centro cirúrgico, exame diagnóstico, unidade de 
hemodiálise e atenção básica- Ver recomendações na Resolução 
8º - O cliente com demanda de cuidados intensivos deverá ser assistido em unidade com infraestrutura 
adequada e especializada para este fim. 
9º - Ao cliente crônico com idade superior a 60 anos, sem acompanhante, classificado pelo SCP com 
demanda de assistência intermediária ou semi-intensiva deverá ser acrescido de 0,5 às horas de 
Enfermagem. 
CÁLCULO PARA UNIDADES DE INTERNAÇÃO 
 Quantos profissionais são necessários para trabalhar numa determinada unidade? 
Fórmula mãe: QP=KMUI . THE (obs: será resolvida após o cálculo da KM e THE, explicados 
abaixo). 
 QP: quantidade de pessoal; 
 KM: constante de Marinho; de acordo com a Resolução Cofen 543/2017: 
KM 20 = 0,4025 (O resultado da conta será por ex 0,4025, que corresponde a 20). 
KM 24 = 0,3354 
KM 30 = 0,02683 
KM 32,5 = 0,2476 
KM 36 = 0,2236 
KM 40 = 0,2012 
KM 42 = 0,1916 – sempre utilizar as quatro casas depois da vírgula. 
 THE: total de horas de enfermagem, estabelecida de acordo com o Sistema de Classificação de 
Pacientes (SCP). 
PRIMEIRO 
Cálculo da KM: KM=DS/JST . IST, onde DS=7 e JST depende da unidade, podendo ser 20, 30, 
36,d 40 ou 42 horas semanais e IST=1,15. 
 DS: dias da semana (7); 
 JST: jornada semanal de trabalho 20, 30, 36, 40, 42h...; 
 IST: índice de segurança técnica (1,15) 
 
 
SEGUNDO 
 Cálculo do THE: multiplicar a quantidade de pacientes por tipo de assistência pela quantidade de 
horas de assistência e após somar todos os tipos. O tipo de assistência é dado conforme o Sistema de 
Classificação de Pacientes (SCP), onde: 
 Tipo de assistência Número de horas de Enfermagem/paciente /24 h (THE) 
 Mínima ou auto cuidado (PCM) 4,0 h 
 Intermediária (PCI) 6,0 h 
 Alta dependência (PCAD) 10,0 h 
 Semi intensiva (PSI) 10,0 h 
 Intensiva (PI) 18,0 h 
Fórmula: THE= (PCM X 4,0) + (PCI X 6) + (PCAD X 10) + (PSI X 10) + (PI X 18) 
TERCEIRO 
 Com a KM e THE calculados, chega finalmente o momento para o cálculo da quantidade de pessoal. 
QUARTO 
 Agora, calcula-se a quantidade de enfermeiros, técnicos/auxiliares de Enfermagem por meio de regra 
de três. Para isso, é necessário verificar o grupo de pacientes prevalentes na unidade de internação + 
seu percentual de ocupação (ex: 100%, 90%...). Segundo a Resolução Cofen 543/2017, é estabelecido: 
 Para cuidado mínimo e intermediário: 33% são enfermeiros (mínimo de seis) e os demais 67%, 
auxiliares e/ou técnicos de enfermagem; 
 Para cuidado de alta dependência: 36% são enfermeiros e os demais 64%, técnicos e/ou 
auxiliares de enfermagem; 
 Para cuidado semi-intensivo: 42% são enfermeiros e os demais 58%, técnicos de enfermagem; 
 Para cuidado intensivo: 52% são enfermeiros e os demais 48%, técnicos de enfermagem. 
EXEMPLOS 
1. Qual a necessidade de pessoal de enfermagem para uma unidade de clínica médica com 24 leitos de 
pacientes cirúrgicos nos diferentes turnos, sendo que 16 são pacientes com cuidados intermediários e 
8 com cuidados mínimos. A taxa de ocupação é de 100% e a jornada semanal de trabalho (JST) é de 
36h/semana. 
 1º KM: KM = DS/JST X IST 
 DS:7; JST: 36h; IST:1,15 
 
 2° THE: THE = (PCM X 4,0) + (PCI X 6) + (PCAD X 10) + (PSI X 10) + (PI X 18) 
 16 PCI e 8 PCM, portanto: THE= (16x 6,0 + 8x 4,0) 
 THE= (96 + 32) 
 THE= 128 horas. 
 
 3º PQ: QP=KMUI . THE PQ= 0,2236 X 128 
 PQ= 28,62, segundo arredondamento, 29 funcionários. 
 
 Quantidade de Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem: a ocupação é de 100% 
(quantidade de leitos ocupados/disponíveis) e a prevalência de clientes intermediários, onde 33% 
devem ser enfermeiros e 67% técnico/auxiliares de enfermagem. 
 Enfermeiros: 
100 % 29 funcionários 
33% X Enfermeiros 
100 X = 33x 29 
X= 33x 27/100 
X= 9,57 enfermeiros 
X= Aproximadamente 10 Enfermeiros 
 
2. Faça o cálculo de dimensionamento para uma clínica cirúrgica cujo número de leitos é de 25. O 
enfermeiro classificou os pacientes que resultou em 10 pacientes de nível mínimo, 10 intermediários 
e 5 de pacientes alta dependência A taxa de ocupação desta unidade é de 100% e a Jornada Semanal 
de Trabalho (JST) é de 36 h semanais. 
 
1º KM: 7/36 x 1,15= 0,2236 
 
2° THE: (10.4) + (10.6) + 5.10) = 40 + 60 + 50 = 150 
 
3º QP: 0,2236.150 = 33,54, por arredondamento, 34 funcionários. 
 
 Quantidade de Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem: como há 10 pacientes de nível 
mínimo e 10 de nível intermediário, prevalece o com maior grau segundo o SCP, sendo assim, 33% 
devem ser enfermeiros e 67%técnicos/auxiliares. 
100% 34 funcionários 
33% X Enfermeiros 
100 X = 1,122 
X = 1,122/100 
X = 11,22, por arredondamento, 11 Enfermeiros. 
 KM= 7/36(X 1,15) 
 KM= 0,2236; corresponde à JST de 36h conforme à KM. 
 
 Técnicos/Auxiliares: 
100% 29 funcionários 
67% X técnicos/auxiliares 
100X = 67x 29 
X= 67 x 29/100 
X= 19,43 ou 19 Técnicos ou Auxiliares de enfermagem 
 
 
 
 
100% 34% funcionários 
67% X técnicos/auxiliares 
100 X = 2, 278 
X = 2,278/100 
X = 22,78, por arredondamento, 23 técnicos/auxiliares

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