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0 Impacto do dimensionamento de pessoal considerando diferentes dispositivos legais

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15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 1/14
O IMPACTO DO DIMENSIONAMENTO DE
PESSOAL CONSIDERANDO DIFERENTES
DISPOSITIVOS LEGAIS
RODOLPHO CÉSAR CARDOSO DE PAULA
■ INTRODUÇÃO
O presente artigo apresenta como tema o impacto no dimensionamento de pessoal considerando os diferentes dispositivos legais, visando
discutir as legislações vigentes, bem como as repercussões sobre a assistência ao paciente nas instituições de saúde. Para tanto, realizou-se
uma comparação entre os dispositivos legais e os conflitos em relação à lei do exercício profissional, principalmente nas atividades privativas
do enfermeiro e no quantitativo de profissionais de enfermagem (QP), contribuindo com sobrecarga e com vulnerabilidade do dano na
assistência ao paciente.
Com este estudo, acredita-se que os enfermeiros percebam os prejuízos à categoria, à sociedade e, principalmente, à qualidade da
assistência de enfermagem aos pacientes quando há um dimensionamento de pessoal inadequado.
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
 
reconhecer a importância do dimensionamento de pessoal de enfermagem como recurso essencial na assistência à clientela nas
instituições de saúde;
identificar, utilizando a Resolução COFEN 543/2017 como metodologia adotada pelo Sistema do Conselho Federal de
Enfermagem/Conselho Regional de Enfermagem (COFEN/COREN), o cálculo de dimensionamento de pessoal;
reconhecer a sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem.
 
■ ESQUEMA CONCEITUAL
+
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 2/14
■ O PAPEL DA ENFERMAGEM NO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL
O dimensionamento de pessoal de enfermagem é um processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação do
quantitativo e do qualitativo de profissionais, necessário para prover a assistência, de acordo com a singularidade dos serviços de
saúde, garantindo a segurança dos usuários e dos trabalhadores. Esse processo é também compreendido como uma
atividade/habilidade gerencial do enfermeiro que envolve a previsão de pessoal, sob os enfoques quantitativo e qualitativo, com vistas
ao atendimento das necessidades de assistência ao paciente em busca de uma melhor qualidade possível da atenção.
Na prática da enfermagem, o enfermeiro exerce o papel de assistir e de gerenciar, pois implementa as suas ações específicas e de
ordem gerencial, delibera as ações, alocando os recursos materiais, liderando e/ou supervisionando pessoas e equipes de trabalho e
planejando ações voltadas à melhoria do desempenho dos profissionais de enfermagem de acordo com o resultado alcançado.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), por meio da Resolução nº 543/2017, estabeleceu parâmetros para dimensionar o
quantitativo mínimo para cobertura assistencial nas instituições de saúde e assemelhados, com base nas características relativas à
organização, ao serviço de enfermagem e à clientela assistida.
No entanto, observa-se que as instituições de saúde não respeitam a recomendação legal do COFEN no que tange ao dimensionamento de
pessoal, pois não consideram o grau de complexidade dos pacientes assistidos nas unidades e as atividades de cada elemento pertencente à
categoria de enfermagem na assistência aos pacientes institucionalizados, principalmente aos pacientes críticos.
A inadequação no dimensionamento de pessoal pode afetar negativamente na assistência ao paciente institucionalizado, além de
gerar sobrecarga de trabalho aos profissionais que já estão no cuidado direto com o cliente.
Uma carga excessiva de trabalho pode conduzir o profissional à exaustão, deixando-o mais suscetível à prática de eventos adversos, pela
exigência de um maior volume de trabalho a ser realizado, além de gerar ainda a insatisfação profissional, levando-o a prováveis ausências
não justificadas ou justificadas por licenças médicas em decorrência de seu adoecimento. Essas ausências, entendidas por absenteísmos,
além dos problemas sinalizados, impactam diretamente a equipe de enfermagem presente na assistência com uma influência direta na perda
de qualidade do cuidado prestado.
Assim, pelos motivos expostos, a metodologia de dimensionamento dos profissionais de enfermagem ditada pelo COFEN prevê, em seu
cálculo, o índice de segurança técnico (IST) não inferior a 15% para cobertura de licenças por benefício e absenteísmo, com o objetivo de
manter um dimensionamento adequado para a assistência de enfermagem à clientela assistida.
O dimensionamento de pessoal é considerado uma das maiores problemáticas do processo de trabalho da enfermagem. Condições
desfavoráveis ao exercício profissional de enfermagem se relacionam com impacto na qualidade da assistência de enfermagem. Por isso, é
imperioso que os enfermeiros tenham domínio das ferramentas de cálculo de pessoal e também tenham as suas atribuições de exercício bem
definidas nas três categorias de trabalho para fundamentar a necessidade quantitativa e qualitativa de profissionais de enfermagem.
 
1. Observe as afirmativas sobre dimensionamento de pessoal de enfermagem.
I — Objetiva garantir a segurança dos usuários e dos trabalhadores.
II — É definido como um processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação do quantitativo e do qualitativo de
profissionais.
III — É um processo necessário para prover a assistência de enfermagem.
IV — É um processo invariável nos serviços de saúde.
Quais estão corretas?
 
A) A I II
1
2
3
4
5
5
6
7
3
ATIVIDADES
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 3/14
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a II e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) Apenas a II, a III e a IV.
Confira aqui a resposta
 
2. Segundo o IST, o percentual para cobertura de licenças por benefício e absenteísmo
A) não deve ser inferior a 15%.
B) deve ser de 20%.
C) não deve ser inferior a 10%.
D) não deve ser igual a 10%.
Confira aqui a resposta
 
3. Com relação à sobrecarga de trabalho em enfermagem, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) A sobrecarga de trabalho causa prejuízos apenas à assistência direta ao paciente.
( ) Os absenteísmos impactam a equipe de enfermagem presente na assistência com uma influência na perda de qualidade do
cuidado prestado.
( ) As condições desfavoráveis ao exercício profissional de enfermagem se relacionam com impacto na qualidade da assistência de
enfermagem.
( ) Uma carga excessiva de trabalho pode conduzir o profissional à exaustão, deixando-o mais suscetível à prática de eventos
adversos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) V — V — F — F.
B) F — V — V — V.
C) V — F — V — V.
D) F — V — F — V.
Confira aqui a resposta
 
■ RESOLUÇÃO COFEN 543/2017 E A SUA APLICAÇÃO NAS INSTITUIÇÕES DE
SAÚDE
O dimensionamento de pessoal continua sendo um desafio para os gestores dos serviços de saúde e de enfermagem, sendo constantemente
apontado como um dos principais problemas das instituições. As lideranças de enfermagem ainda encontram enormes resistências para
adequar o número de profissionais às demandas de atendimento, principalmente em razão de argumentos orçamentários, mesmo
reconhecendo a importância dos recursos humanos para a qualidade da assistência e da segurança dos pacientes.
O dimensionamento de pessoal constitui então “a adequação do pessoal em termos quantitativos e qualitativos”. Também pode ser tratado
por sua finalidade, que “é a previsão da quantidade de funcionários por categoria, requerida para atender direta, ou indiretamente, as
necessidades de assistência de enfermagem aos pacientes”.
Com base na literatura sobre o dimensionamento de pessoal, contextualizou-se historicamente a evolução dos métodos utilizados para
dimensionar pessoal de enfermagem, caracterizando quatro períodos, que são
 
O método intuitivo ou das relações de proporção (antes de 1939) — Avaliação subjetiva e do julgamento dos enfermeiros sobre a
necessidade de profissionaispara as atividades diárias.
Introdução da variável horas médias de cuidado (1939) — Estudo realizado em 14 hospitais americanos, em que se fez o cálculo das
horas a partir do quadro profissional dessas unidades de internação e verificou-se o percentual de trabalho atribuído a cada categoria
profissional.
Introdução das variáveis relativas à ausência (1947) — Estudo que adotou um método aperfeiçoado de dimensionamento que considera o
número de horas efetivas do trabalho/por ano/trabalhador de uma determinada categoria.
Introdução do Sistema de Classificação de Pacientes (1960) — Estudo a partir do qual se passou a considerar o grau de complexidade
assistencial dos pacientes para se estimar a necessidade diária dos pacientes em relação à assistência de enfermagem.
Apesar de ter havido algumas iniciativas de classificar os pacientes quanto ao grau de dependência e o estabelecimento de horas de
enfermagem nas décadas de 70 e 80, apenas na década de 90 os órgãos oficiais da enfermagem e saúde no Brasil divulgaram o seu
primeiro critério e parâmetro que orientavam o planejamento de recursos humanos em enfermagem nas organizações de saúde.
8
9
8,10
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 4/14
As Resoluções COFEN nº 189/96, 293/2004 e 527/2016 estabeleceram os primeiros parâmetros oficiais para o dimensionamento de
pessoal de enfermagem nas instituições de saúde e assemelhados, definindo o quantitativo e o qualitativo mínimos nos diferentes níveis de
formação para a cobertura assistencial.
A Resolução COFEN 543/2017 é a metodologia adotada pelo Sistema COFEN para determinar o QP nas instituições de saúde e
assemelhados, sendo aplicado às unidades onde ocorre internação de pacientes e nas unidades onde não ocorre internação, mas
são avaliadas as atividades de enfermagem desenvolvidas.
Para as unidades de internação, a determinação do grau de complexidade de cuidado dos pacientes é fator crucial para determinar o
dimensionamento de pessoal mais adequado ao paciente institucionalizado. Essa classificação do cliente auxilia no número de horas de
enfermagem gasto em assistência com o cliente, de acordo com o seu grau de complexidade definido, podendo ser utilizado o sistema de
classificação mais adequado para cada especificidade de assistência de enfermagem.
A Resolução 543/2017 estabelece cinco categorias de cuidado correlacionadas às horas de enfermagem do artigo 3º, razão pela qual é
imprescindível a determinação do grau de complexidade do paciente (Quadro 1).
Quadro 1
CATEGORIAS DE CUIDADO DE ENFERMAGEM SEGUNDO A COMPLEXIDADE DO PACIENTE
Paciente de cuidados
mínimos (PCM)
Paciente estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem e autossuficiente quanto ao atendimento das
necessidades humanas básicas
Paciente de cuidados
intermediários (PCI)
Paciente estável sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de
enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas
Paciente de cuidados de alta
dependência (PCAD)
Paciente crônico, incluindo o de cuidado paliativo, estável sob o ponto de vista clínico, porém com total dependência
das ações de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas
Paciente de cuidados semi-
intensivos (PCSI)
Paciente passível de instabilidade das funções vitais, recuperável, sem risco iminente de morte, requerendo assistência
de enfermagem e médica permanente e especializada
Paciente de cuidados
intensivos (PCIt)
Paciente grave e recuperável, com risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo
assistência de enfermagem e médica permanente e especializada
Fonte: Adaptado de Conselho Federal de Enfermagem (2017).
A Resolução 543/2017 estipula o número de horas de enfermagem por paciente para cada categoria de cuidado, conforme a seguir:
 
4 horas de enfermagem por PCM;
6 horas de enfermagem por PCI;
10 horas de enfermagem por PCAD;
10 horas de enfermagem por PCSI;
18 horas de enfermagem por PCIt.
Ou seja, para cada PCM, há 4 horas totais de enfermagem (enfermeiro + técnico/auxiliar de enfermagem). Sendo assim, a Resolução
543/2017 estipula que a distribuição percentual de profissionais deverá ser
 
no cuidado mínimo e intermediário, 33% são enfermeiros (mínimo de seis) e os demais são auxiliares e/ou técnicos de enfermagem;
no cuidado de alta dependência, 36% são enfermeiros e os demais são técnicos e/ou auxiliares de enfermagem;
no cuidado semi-intensivo, 42% são enfermeiros e os demais são técnicos de enfermagem;
no cuidado intensivo, 52% são enfermeiros e os demais são técnicos de enfermagem.
Ao se tomar como exemplo as unidades de internação de pacientes, a distribuição pode ser matematicamente visualizada com o cálculo de
horas de enfermagem e o percentual de enfermeiros e profissionais de nível médio, definidos pela Resolução em epígrafe, conforme descrito
a seguir.
Ao utilizar a metodologia da recomendação legal para uma unidade de internação de 30 leitos, com pacientes classificados por cuidados
intermediários e jornada semanal de 40 horas, tem-se a equação apresentada no Quadro 2. O resultado da equação fornecerá o total de
profissionais de enfermagem e, de acordo com maior carga de trabalho apresentada, indicará o percentual de distribuição de enfermeiros e
técnicos/auxiliares de enfermagem.
Quadro 2
CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DE ENFERMAGEM
QP = KM x THE
THE = nº pacientes (leitos) x nº horas de enfermagem
THE = 30 x 6 = 180 horas de enfermagem
KM = DS x IST = 7 x 1,15 = 0,2012
JST 40
QP = 0,2012 x 180 = 36,21 ≅ 37 profissionais de enfermagem
11 12 13
3
3
3
3
3
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 5/14
QP: quantitativo de profissionais de enfermagem; THE: total de horas de enfermagem; KM: constante de Marinho; DS: dias da semana; IST: índice de segurança técnica;
JST: jornada semanal de trabalho.
Fonte: Adaptado de Paula e Porto (2017).
No exemplo do Quadro 2, os pacientes foram classificados como cuidados intermediários. Sendo assim, a Resolução 543/2017 determina
que 33% (percentual de enfermeiros no cuidado intermediário) seja composto de enfermeiros, ou seja, QP 13 enfermeiros e 24 técnicos ou
auxiliares de enfermagem para compor a escala de trabalho do setor em uma jornada de 40 horas semanais. Dessa forma, os enfermeiros
poderão realizar o cálculo de dimensionamento de enfermagem para prover pessoal para assistir uma unidade ou para avaliar se um
quantitativo existente é suficiente e se existe sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem.
A classificação do grau de cuidado do cliente é crucial e fator indispensável para o cálculo do dimensionamento de enfermagem.
Seguindo esse raciocínio, apresenta-se a avaliação de um QP de uma unidade de internação de clínica médica que possui 35 leitos totais,
sendo 15 de cuidados mínimos, 10 de cuidados intermediários e 10 de cuidados de alta dependência. A equipe de enfermagem é composta
por um enfermeiro e quatro técnicos de enfermagem por plantão de 12 horas, para uma jornada de 30 horas (Quadro 3).
Quadro 3
CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DE ENFERMAGEM
1º passo: Calcular o total de horas de enfermagem
THE = nº pacientes (leitos) x nº horas de enfermagem
THE = (15 x 4) + (10 x 6) + (10 x 10) =
THE = 60 + 60 + 100
THE = 220
2º Passo: Calcular o coeficiente de Marinho
KM = DS x IST = 7 x 1,15 = 0,2683
JST 30
3º Passo: Calcular o quadro de profissionais
QP = KM x THE
QP = 0,2683 x 220 = 59 profissionais de enfermagem
QP: quantitativo de profissionais de enfermagem; THE: total de horas de enfermagem; KM: constante de Marinho; DS: dias da semana; IST: índice de segurança técnica;
JST: jornada semanal de trabalho.
O percentual de distribuição de profissionais será determinado pelo grupo de pacientes que gerar a maior carga de trabalho à equipe de
enfermagem, e os pacientes de cuidados de alta dependência, nesse caso, geram a maiorcarga de trabalho em relação às demais
categorias de cuidados (100 horas de enfermagem), sendo a distribuição percentual de 36%, ou seja, do total anterior, 21 enfermeiros e 38
técnicos e auxiliares de enfermagem.
 
Análise da adequação do dimensionamento de enfermagem para a clientela assistida
 
A unidade apresenta na sua escala de revezamento de 12 x 60 horas com um enfermeiro e quatro técnicos de enfermagem por plantão,
então há, nessa escala, um total de seis enfermeiros e 24 técnicos de enfermagem, ou seja, há déficit de pessoal aumentado em relação ao
quadro de enfermeiros e déficit no quadro de técnicos de enfermagem (Tabela 1).
Tabela 1
COMPARATIVO DO QUANTITATIVO DE PROFISSIONAIS PARA 35 LEITOS COM JORNADA DE 30 HORAS
Categoria Quantitativo existente Quantitativo necessário Déficit
Enfermeiros 6 21 15
Técnicos de enfermagem 24 38 14
Fonte: Elaborado pelo autor.
A escala de enfermagem poderia ser distribuída entre três enfermeiros e seis técnicos por plantão, três enfermeiros e dois técnicos de
enfermagem diaristas (Tabela 2).
Tabela 2
ESCALA DE REVEZAMENTO 12 X 60 HORAS
Categoria SD1 SD2 SN1 SN2 SD3 SD3
7
3
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 6/14
Enfermeiro diarista 3 - - - - -
Técnico diarista 2 - - - - -
Enfermeiro plantonista 3 3 3 3 3 3
Técnico plantonista 6 6 6 6 6 6
Fonte: Elaborado pelo autor.
A divisão da escala de enfermagem é de competência dos enfermeiros gestores da unidade, sendo realizada conforme a necessidade de
cada unidade, garantido assim uma enfermagem livre de danos à clientela.
 
Análise da existência de sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem
 
Há sobrecarga de trabalho na equipe de enfermagem, pois, de acordo com o cálculo realizado, a proporção de profissionais por paciente
seria de um enfermeiro para cada 12 pacientes e de um técnico de enfermagem para cada cinco ou seis pacientes conforme a Resolução
543/2017. Na verdade, a escala apresenta um enfermeiro para 35 pacientes e um técnico para oito ou nove pacientes por plantão, gerando
sobrecarga de trabalho, vulnerabilidade na assistência em relação ao evento adverso e delegação de atividades atribuídas ao enfermeiro aos
demais integrantes da equipe de enfermagem.
Cabe ressaltar que as unidades de internação (enfermarias) não possuem legislações paralelas que apontam direcionamentos nos
quantitativos de profissionais, o que se percebe na prática é que existe um verdadeiro direcionamento intuitivo, sem nenhum parâmetro de
cálculo, pois a clientela assistida não é ponto de partida para a determinação do quantitativo. Nesse sentido, compete também aos
enfermeiros que exercem suas atividades de enfermagem nesses setores conhecer o direcionamento do COFEN e aplicá-lo, demonstrando
aos gestores da unidade a real necessidade de profissionais para assistência.
 
4. Qual é a metodologia atual de cálculo adotada pelo Sistema COFEN por meio de Resolução COFEN?
A) Resolução COFEN 189/1996.
B) Resolução COFEN 293/2004.
C) Resolução COFEN 527/2016.
D) Resolução COFEN 543/2017.
Confira aqui a resposta
 
5. Qual é o fator indispensável para a realização do cálculo de dimensionamento de pessoal nas unidades de internação?
A) A jornada de trabalho.
B) A distribuição dos leitos.
C) A classificação dos pacientes.
D) A proposta de cuidados.
Confira aqui a resposta
 
6. Quantas são as categorias de cuidados adotadas pelo sistema de classificação de pacientes da Resolução COFEN?
A) Quatro categorias de cuidados.
B) Cinco categorias de cuidados.
C) Seis categorias de cuidados.
D) Sete categorias de cuidados.
Confira aqui a resposta
 
7. Com base nos parâmetros recomendados para o dimensionamento do pessoal de enfermagem, a distribuição percentual de
profissionais para a assistência de pacientes de cuidados de alta dependência é
A) 33% de enfermeiros e os demais de técnicos e/ou auxiliares de enfermagem.
B) 36% de enfermeiros e os demais de técnicos e/ou auxiliares de enfermagem.
C) 42% de enfermeiros e os demais de técnicos e/ou auxiliares de enfermagem.
D) 52% de enfermeiros e os demais de técnicos de enfermagem.
Confira aqui a resposta
 
8 Calcule o dimensionamento de pessoal de enfermagem para uma unidade hospitalar conforme os parâmetros da Resolução
3
ATIVIDADES
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 7/14
8. Calcule o dimensionamento de pessoal de enfermagem para uma unidade hospitalar conforme os parâmetros da Resolução
COFEN 543/2017 para 40 leitos, sendo 20 de cuidados mínimos, 15 de cuidados intermediários e cinco de cuidados de alta
dependência, para uma jornada de 36 horas.
Confira aqui a resposta
 
■ CONFLITOS LEGAIS EM RELAÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE
ENFERMAGEM
Existem alguns dispositivos legais que causam conflitos com a Resolução COFEN 543/2017. Esses dispositivos direcionam o
dimensionamento de pessoal em seus respectivos escopos sem considerar a lei do exercício profissional de enfermagem como fundamento
legal. Nesse sentido, as resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e portarias ministeriais ferem diretamente a Lei
7.498/86, pois não contemplam as atividades privativas conferidas ao enfermeiro, sendo constatado em seus textos um quantitativo de
enfermeiros inferior ao necessário para uma prestação de assistência com segurança, qualidade e legalidade.
Em contrapartida, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA 26, de 11 de maio de 2012, estabelece um quantitativo mínimo de
um enfermeiro para cada 10 leitos e fração e um técnico de enfermagem para cada dois leitos e fração, por turno, para assistência nas
unidades de terapias intensivas (UTIs).
As UTIs são destinadas aos pacientes graves que demandam cuidados especializados de enfermagem e médico.
É fato que atividades de enfermagem executadas nas UTIs requerem conhecimento científico e tomada de decisão, sendo privativos ao
enfermeiro, conforme Lei 7.498/86, artigo 11º, alíneas “l” e “m”,
 
cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões
imediatas.
O conflito em relação à RDC ANVISA 26, de 11 de maio de 2012, é o fato de não considerar a atividade privativa do enfermeiro no cuidado
ao paciente crítico, pois estabelecer um enfermeiro para 10 leitos não proporciona o cuidado direto desses pacientes ao enfermeiro, sendo
que esse profissional delega as atividades para a equipe de técnicos de enfermagem no cuidado ao paciente crítico, diferentemente da
Resolução COFEN 543/2017, que estabelece 18 horas de enfermagem para cada paciente classificado como cuidado intensivo e
estabelece que, dessas 18 horas, 52% são destinadas ao cuidado do enfermeiro.
As discordâncias legais causam diferenças no quantitativo de profissionais que podem refletir diretamente no cuidado prestado,
gerando sobrecarga de trabalho e, principalmente, tornando a equipe de enfermagem vulnerável ao dano e às infrações éticas.
Diante dessas informações, abordam-se os prejuízos que as discordâncias legais causam no quantitativo de profissionais na assistência ao
paciente crítico. Por exemplo, em uma UTI de 10 leitos em que a jornada semanal de enfermagem é de 40 horas, o cálculo de profissionais
deve ser feito conforme exposto no Quadro 4.
Quadro 4
CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
QP = KM x THE
THE = nº pacientes (leitos) x nº horas de enfermagem
THE = 10 x 18 = 180 horas de enfermagem
KM = DS x IST = 7 x 1,15 = 0,2012
JST 40
QP = 0,2012 x 180 = 36,21 ≅ 36 profissionais de enfermagem
QP: quantitativo de profissionais de enfermagem; THE: total de horas de enfermagem; KM: constante de Marinho; DS: dias da semana; IST: índice de segurança técnica;
JST: jornada semanal de trabalho.
O resultado da equação fornecerá o total de profissionais de enfermagem e, de acordocom maior carga de trabalho apresentada, indicará o
percentual de distribuição de enfermeiros e técnicos de enfermagem. No exemplo do Quadro 4, os pacientes foram classificados como
cuidados intensivos. Sendo assim, a Resolução 543/2017 determina que 52% (percentual de enfermeiros no cuidado intermediário) do total
sejam enfermeiros, ou seja, QP 19 enfermeiros e 17 técnicos de enfermagem para compor a escala de trabalho do setor em uma jornada de
40 horas semanais.
Ao se dividir na escala de revezamento de enfermagem 12 x 36 horas, ou seja, dois plantões diurnos e dois plantões noturnos, chega-se ao
res ltado e posto na Tabela 3
3
14
4
15
14
3
4,16
4,16
3
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 8/14
resultado exposto na Tabela 3.
Tabela 3
ESCALA DE REVEZAMENTO 12X36 HORAS
Categoria SD1 SD2 SN1 SN2
Enfermeiro diarista 3 - - -
Técnico diarista 2 - - -
Enfermeiro plantonista 4 4 4 4
Técnico plantonista 4 4 4 4
Fonte: Elaborado pelo autor.
A proporção seria de um enfermeiro para 2,5 leitos e um técnico de enfermagem para 2,5 leitos. Na mesma unidade de 10 leitos para uma
jornada de 40 horas, o quantitativo atingido no quadro de enfermagem estaria de acordo com a RDC 26/2012 — cinco enfermeiros e 20
técnicos de enfermagem, sendo uma proporção de um enfermeiro para 10 leitos e um técnico de enfermagem para dois leitos (Tabela 4).
Tabela 4
COMPARATIVO ENTRE AS LEGISLAÇÕES DO QUANTITATIVO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Categoria RDC 26/2012 Resolução 543/2017
Enfermeiros 5 19
Técnicos de enfermagem 20 17
Fonte: Elaborado pelo autor.
Assim, segundo a RDC, o total seria de 25 profissionais de enfermagem, sendo cinco deles enfermeiros, e, segundo a Resolução
543/2017, o total seria de 36, sendo 19 enfermeiros. Cabe ressaltar que a Resolução COFEN 543/2017 é o instrumento legal utilizado pelo
COFEN para determinar o dimensionamento de enfermagem de acordo com o grau de complexidade e de cuidados de enfermagem aos
clientes assistidos. Outro ponto é o fato de que esse instrumento de cálculo prevê o IST de 15%, conforme o artigo 10º, para cobertura do
absenteísmo e das ausências por benefícios.
A elevada carga de trabalho exigida pelo paciente internado na UTI, decorrente da sua instabilidade hemodinâmica e da necessidade
de cuidados de enfermagem contínuos, deve ser considerada informação fundamental para o dimensionamento e para a alocação de
recursos humanos, sobretudo quando se busca maior segurança para o profissional e qualidade do serviço ofertado, aspecto não
contemplado pela RDC 26/2012, pois avalia friamente o profissional e a quantidade de leitos.
Ao se comparar o QP no exemplo anterior, estipulado pela Resolução COFEN 543/2017 (19 enfermeiros) em relação ao da RDC ANVISA
26/2012 (cinco enfermeiros), observa-se um aumento do quadro de enfermeiros na assistência ao paciente crítico como preconizado pela Lei
7.498/86.
Existe ainda uma tendência de atribuir os altos custos da saúde aos gastos com o quadro de pessoal. Como exemplo, há a redução de
custos, que pode recair sobre a equipe de enfermagem, visto ser o maior contingente de profissionais na instituição, ocasionando diminuição
do quadro de pessoal, o que repercute na qualidade da assistência prestada.
Questiona-se se as diferenças de quantitativo não estarão relacionadas meramente aos possíveis gastos com a contratação de
funcionários, ou seja, a qualidade do serviço prestado não é o primeiro ponto a ser avaliado nas instituições de saúde.
Esses conflitos legais ocorrem em outras áreas de atuação da enfermagem. Atualmente o Gabinete do Ministério da Saúde (MS) aprovou a
Portaria nº 1.675, de 7 de junho de 2018, que altera dispositivos existente e dispõe sobre os critérios para a organização, o funcionamento e o
financiamento do cuidado da pessoa com doença renal crônica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece, no artigo 83º,
 
II — um enfermeiro para cada 50 pacientes em cada turno;
III — um técnico de enfermagem para cada seis pacientes em cada turno.
De acordo com a determinação da Portaria 1.675, cada enfermeiro será responsável por 50 pacientes por turno em processo hemodialítico,
ou seja, cada turno de diálise do paciente dura em média 4,5 horas. Se houver 50 poltronas durante um plantão de revezamento de 12 x 36
horas nessa clínica, cada enfermeiro terá no seu dia de trabalho 150 pacientes por dia e cada técnico de enfermagem terá no seu dia de
trabalho 18 pacientes, tendo em vista que é estipulado para cada técnico de enfermagem o quantitativo de seis pacientes por turno.
A Portaria 1.675 revogou a Portaria 389/2014, que estipulava, no seu artigo 27º — um enfermeiro para 35 pacientes por turno e um
técnico de enfermagem para cada quatro pacientes por turno. Sendo já considerado um número elevado de pacientes para o enfermeiro,
15
3 3
3,4
16,17
14
4
18
18
19
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 9/14
o MS aumenta a proporção de pacientes por profissional.
Dessa forma, questiona-se se essas diferenças de quantitativos propostos pelo MS estarão relacionadas ao gasto com profissionais,
aumentando a oferta de vagas nos serviços de diálise e com redução do quantitativo de profissionais, comprometendo o resultado do trabalho
de enfermagem e tornando o profissional vulnerável a eventos adversos e a infrações éticas provenientes da sobrecarga de trabalho.
A Resolução COFEN 543/2017, no artigo 8º, considera o referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem por turno, de
acordo com os tempos médios do preparo do material, instalação e desinstalação do procedimento, monitorização da sessão, desinfecção
interna e limpeza das máquinas e mobiliários, recepção e saída do paciente, que deverá observar
 
um total de 4 horas de cuidado de enfermagem/paciente/turno;
a presença de um profissional para 1,5 pacientes;
um total de 33% dos profissionais devem ser enfermeiros e 67% devem ser técnicos de enfermagem, como proporção mínima de
profissional/paciente/turno.
Seguindo esse raciocínio, abordam-se os prejuízos que essas discordâncias causam no quantitativo de profissionais na assistência ao
paciente de hemodiálise. Por exemplo, em uma unidade de 50 poltronas, tendo em vista que os profissionais de enfermagem trabalham em
regime de plantão 12 x 36 horas e que a unidade funciona de segunda-feira a sábado, com jornada de 40 horas.
Pela Resolução COFEN 543/2017, o cálculo de hemodiálise pode ser realizado pelo cálculo por horas de enfermagem e pelo cálculo de
relação de proporção por paciente (Quadro 5).
Quadro 5
CÁLCULO DE HEMODIÁLISE PELA RESOLUÇÃO COFEN 543/2017
Por horas de enfermagem
QP = KM x THE
THE = nº pacientes (pontos de hemodiálise) x nº horas de enfermagem
THE = 50 x 4 = 200 horas de enfermagem
KM = DS x IST = 6 x 1,15 = 0,1725
JST 40
QP = 0,1725 x 200 = 34,5 ≅ 35 profissionais de enfermagem
QP = 12 enfermeiros e 23 técnicos de enfermagem por turno
Por relação proporção/paciente
QP ={[(NPA) x [(PF x DS)]/CHS} x IST
RPP
QP = {[(50) x [(12 x 06)]/40} x 1,15
1,5
QP = 33,3 x 1,8 x 1,15
QP = 68,93 ≅ 69 profissionais de enfermagem
QP = (33%) = 23 enfermeiros e 46 técnicos de enfermagem
QP: quantitativo de profissionais de enfermagem; THE: total de horas de enfermagem; KM: constante de Marinho; DS: dias da Semana; IST: índice de segurança técnica;
JST: jornada semanal de trabalho; NPA: número de pacientes assistidos; RPP: relação profissional/paciente; PF: período de funcionamento da unidade.
As unidades de hemodiálise trabalham em regimes de turnos, de 6 ou de 12 horas. Então o quantitativo anterior corresponde a um turno, e
essa unidade trabalha em dois turnos de 12 horas, ou seja, o quantitativo para essa unidade será de 24 enfermeiros e 46 técnicos de
enfermagem (Tabela 5).
Tabela 5
ESCALA DE REVEZAMENTO 12X36 HORAS
Categoria SD1 SD2
Enfermeiros 12 12
Técnicos de enfermagem 23 23
Fonte: Elaboradopelo autor.
Seria a proporção de um enfermeiro para cada quatro ou cinco pacientes e um técnico de enfermagem para dois ou três pacientes para as 50
poltronas/pontos de diálise por plantão de 12 horas. Nessa mesma unidade de 50 poltronas/pontos de diálise por plantão de 12 horas, o
quantitativo no quadro de enfermagem atingido estaria de acordo com a Portaria MS 1.675/2018 — um enfermeiro para 50 pacientes e um
técnico de enfermagem para seis pacientes (Tabela 6).
Tabela 6
COMPARATIVO ENTRE AS LEGISLAÇÕES DO QUANTITATIVO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Categoria Portaria MS 1.675/2018 Resolução 543
4,16
3
3
18
(home)
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15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 10/14
Enfermeiros 2 23
Técnicos de enfermagem 19 46
Fonte: Elaborado pelo autor.
Outro fator a se comparar é o fato de a Portaria MS 1.675/2018 não apresentar no seu escopo a metodologia que originou o valor do
quantitativo estipulado de profissionais de enfermagem por pacientes em tratamento com hemodiálise.
Já a Resolução COFEN 543/2017 apresenta no seu referencial teórico o estudo científico que originou o cálculo de dimensionamento de
pessoal em hemodiálise, ou seja, acredita-se que a Portaria MS 1.675/2018 impôs um quantitativo sem avaliar o cuidado prestado pelos
profissionais de enfermagem e a necessidade do cliente assistido nas unidades de hemodiálise.
Verifica-se que o dimensionamento de pessoal de enfermagem proposto pela Resolução 543/2017 representa instrumento/estratégia
que pode minimizar a sobrecarga de trabalho e o absenteísmo na profissão. Além da função de proteção ao cliente/usuário, aumenta
a segurança do trabalhador por prever o IST, parte do planejamento desse instrumento, por realizar o acréscimo necessário para
cobrir os imprevistos que podem ocorrer com a equipe de enfermagem ao longo das 24 horas de trabalho.
Nesse sentido, o quantitativo adequado da equipe de enfermagem nas diversas unidades de assistência à saúde representa um forte aliado
no que se refere à segurança do paciente, à qualidade de vida no trabalho e à qualidade da assistência prestada.
Existem inúmeras legislações conflitantes com a Lei 7.498/86 e com a Resolução COFEN 543/2017, ora advindas do MS e da ANVISA,
ora de esferas estaduais e municipais, porém é necessário que os profissionais de enfermagem conheçam os seus parâmetros legais de
exercício estabelecidos pelo Sistema COFEN/COREN.
A Resolução COFEN 543/2017 é a ferramenta de cálculo de dimensionamento adotada pelo Sistema COFEN, pois apresenta o
direcionamento de cálculo para diversas áreas de atuação da equipe de enfermagem, e compete ao enfermeiro estabelecer o quadro
quantitativo e qualitativo de profissionais necessário para a prestação da assistência de enfermagem livre de danos à clientela.
 
9. Quais são as principais legislações que ferem a lei do exercício profissional de enfermagem?
A) Legislações do Código Penal e Processo Penal.
B) Legislações do MS e da Vigilância Sanitária.
C) Legislações do Conselho Federal de Medicina.
D) Legislações do Código de Defesa do Consumidor.
Confira aqui a resposta
 
10. Com relação às lesões associadas às legislações conflitantes à lei do exercício profissional de enfermagem, assinale V
(verdadeiro) ou F (falso).
( ) Atividade privativa do enfermeiro.
( ) QP.
( ) Supervisão de enfermagem pelo enfermeiro nas 24 horas de assistência de enfermagem.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) F — V — F.
B) V — V — F.
C) V — F — V.
D) V — V — V.
Confira aqui a resposta
 
11. Sobre as variáveis do dimensionamento de pessoal de enfermagem, correlacione a primeira e a segunda colunas.
(1) Carga média de trabalho da unidade
(2) Tempo efetivo de trabalho da unidade
(3) Distribuição percentual dos profissionais
(4) IST
( ) Consiste em um acréscimo no quantitativo de pessoal de enfermagem
por categoria profissional para a cobertura das ausências ao serviço.
( ) Envolve a produtividade da jornada diária da equipe de enfermagem, a
qual recomenda-se que seja mantida em 85%, com variação de 5%.
Níveis acima de 90% podem representar elevação de custos, queda na
qualidade da assistência ao paciente e nos resultados de enfermagem.
Níveis abaixo de 80% indicam maior probabilidade de satisfação e de
redução do absenteísmo.
( ) Equivale à soma do produto da quantidade média diária de usuários
18
3
18
7
14 3
3
15
ATIVIDADES
(home)
https://www.portalsecad.com.br/home
15/05/2020 Portal Secad
https://www.portalsecad.com.br/artigo/8074 11/14
( ) Equivale à soma do produto da quantidade média diária de usuários
assistidos, segundo o grau de dependência da equipe de enfermagem ou
do tipo de atendimento, pelo tempo médio da assistência de enfermagem
utilizada por cliente, de acordo com o grau de dependência e do
atendimento realizado.
( ) Recomenda sua realização de acordo com o grupo de pacientes de maior
carga de trabalho de enfermagem na unidade, levando-se em
consideração o padrão de atendimento pretendido.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
 
A) 1 — 2 — 3 — 4.
B) 3 — 1 — 2 — 4.
C) 4 — 2 — 1 — 3.
D) 4 — 1 — 3 — 2.
Confira aqui a resposta
 
12. Um hospital de médio porte tem 75 leitos totais, sendo 30 de cuidados intermediários, 20 de cuidados de alta dependência, 10 de
cuidados semi-intensivos e 15 leitos de cuidados intensivos. Qual é o dimensionamento de pessoal ideal para essa instituição
considerando uma taxa de ocupação de 100% e uma jornada semanal de 30 horas?
Confira aqui a resposta
 
13. Uma unidade de hemodiálise que funciona de segunda a sábado possui 35 poltronas, sendo que a instituição funciona em dois
turnos, a equipe de enfermagem trabalha em escala de revezamento de 12 x 36 horas e a jornada é de 40 horas. Qual é o
dimensionamento adequado para essa unidade?
Confira aqui a resposta
 
■ ESTUDO DE CASO
Observa-se, na prática, que o dimensionamento de pessoal ainda é uma grande problemática na assistência de enfermagem e que
os enfermeiros gestores do cuidado de enfermagem nas unidades apresentam dificuldades em classificar os pacientes e estabelecer
um quadro quantitativo e qualitativo de profissionais.
Nas últimas décadas, a demanda de atendimentos da clientela, associada às necessidades de cuidados de enfermagem cada vez
mais complexos, tem imposto à equipe de enfermagem uma sobrecarga de trabalho, o que influencia na qualidade da assistência
prestada.
O COFEN vem publicando e atualizando os direcionamentos acerca do dimensionamento de pessoal e atualmente a Resolução
COFEN 543/2017, que estabelece os parâmetros de dimensionamento de pessoal de enfermagem nos serviços de saúde e
instrumenta os enfermeiros a realizar o cálculo de enfermagem em vários nichos de atuação da enfermagem.
 
14. Sobre o dimensionamento de pessoal, assinale a alternativa correta.
A) O dimensionamento de pessoal é a etapa inicial do processo de provimento de pessoal, cuja finalidade é a previsão da
quantidade de funcionários por categoria, requerida para suprir as necessidades da assistência de enfermagem.
B) A temática do dimensionamento de pessoal de enfermagem constitui-se, ao longo dos anos, foco de atenção dos enfermeiros e
administradores dos serviços de saúde, uma vez que interfere diretamente, com a eficácia, na qualidade e impacta muito pouco
nos custos da assistência à saúde.
C) O dimensionamento de pessoal, por estar atualmente definido em Resolução, fundamentado em parâmetros consistentes, é
elemento de consenso entre profissionais de enfermagem e administradores de serviços de saúde, minimizando-se, assim, os
conflitos no que tange à gestão de recursos humanos.
D) O dimensionamento de pessoal é compreendido como um processo sistemático que fundamenta o planejamento e a avaliação
do quantitativo e do qualitativo do pessoal de enfermagem necessário para prover a assistência, tornando-se, portanto,
desnecessária a avaliação da carga de trabalho.
Confira aqui a resposta
ATIVIDADE
(home)https://www.portalsecad.com.br/home

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