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Aula 1- Filosofia e Ética

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Ética e Cidadania 
Aula 1: Filosofia e Ética
Ética
Iniciaremos nossa primeira aula falando sobre ética, para isso vamos ver um pequeno estudo 
de caso para entendermos melhor este conceito.
A ética é algo essencialmente humano. Os outros animais não 
possuem um código de ética, nem uma base moral. 
Agem guiados por instintos, buscam a sobrevivência e a satisfação 
das suas necessidades, mas, acredita-se, não pensam, não 
refletem sobre os meios de alcançá-los.
Este período abrange as 4 fases da Filosofia Greco-romana, a saber:
Período pré-socrático ou cosmológico 
A primeira fase da filosofia grega é chamada de pré-socrática ou cosmológica e vai do final do século VII ao final do século V a. C. 
Neste período, a preocupação é com a origem do mundo e as causas das transformações na natureza. Suas principais características são:
É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, a ordem e a transformação da natureza na qual o homem está inserido. 
Ao explicar a natureza, a Filosofia também procura explicar a origem e as mudanças dos seres humanos;
Procura o princípio natural, eterno, imperecível e imortal, gerador de todos os seres. 
Neste período, não se admite a criação do mundo a partir do nada. 
Tudo é gerado por um princípio natural de onde tudo vem e para onde tudo retorna, a physis, ou seja, a causa natural contínua e imperecível da existência de todos os seres e de suas transformações;
Afirma que, embora a physis seja imperecível, ela dá origem a todos os seres variados e diferentes do mundo e que, ao contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais. 
Assim, a physis é imortal e as coisas físicas são mortais;
Afirma que, embora a physis seja imutável, os seres por ela gerados são mutáveis e estão em contínua transformação. 
O mundo vive numa mudança contínua sem, contudo, perder sua forma, ordem e estabilidade.
É importante notar que nem todos os filósofos dessa época concordavam quanto ao conceito de physis e cada um buscou razões e motivos para determinar qual é o princípio eterno e imutável que está na origem da natureza e de suas transformações.
Período socrático ou antropológico 
A segunda fase da Filosofia grega é o período socrático ou antropológico.
Vai do final do século V e todo o século IV a. C. e investiga as questões humanas, ou seja, a ética, a política e as técnicas e procura conhecer o lugar do homem no mundo.
Período sistemático 
Nessa fase, os filósofos, como Aristóteles, procuram reunir e sistematizar tudo o que foi produzido nos períodos cosmológico ou pré-socrático e na fase socrática ou antropológica. 
Existe o interesse de mostrar que tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da ciência. 
Nesse período, ocorre o desenvolvimento da Teoria do Conhecimento, da Psicologia e da Lógica. ademais, os filósofos buscam o fundamento último de todas as coisas ou da realidade inteira, o que vem a ser chamado, séculos mais tarde, de Metafísica. 
Período helenístico ou greco-romano 
Período helenístico ou greco-romano (do final do século III a. C. até o final do século VI d. C.) Essa longa fase, caracterizada pelo domínio mundial de Roma e do surgimento do Cristianismo, a filosofia se ocupa sobretudo com as questões éticas, do conhecimento humano e das relações entre o ser humano e a natureza e de ambos com Deus.
Filosofia Patrística
A terceira fase é a  Filosofia Patrística, que é assim conhecida por ter sido desenvolvida entre os séculos I e VII a partir das Epístolas de São Paulo e do Evangelho de São João e pelos padres da Igreja, isto é, os primeiros dirigentes espirituais e políticos do cristianismo, depois da morte dos apóstolos.
A patrística é vista como resultado do esforço de conciliação entre o catolicismo e o pensamento e a Filosofia dos gregos e dos romanos, em uma tentativa de convencer e converter os pagãos à nova religião.
 Está ligada, então, à tarefa religiosa de evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos. Divide-se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à Igreja de Roma).
Devido à característica religiosa, a patrística introduziu temas desconhecidos para os filósofos greco-romanos, isto é, a ideia de criação do mundo a partir do nada, de pecado original do homem, de Deus como trindade una, de encarnação e morte de Deus, de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos, além da existência do mal no mundo, já que tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade.
Chamamos a quarta e última fase de Filosofia Medieval, (do século VIII ao século XIV) que foi desenvolvida por pensadores europeus, árabes e judeus. Nesta época, a Igreja Católica Apostólica Romana dominava a Europa em todos os âmbitos da vida social, política e econômica. 
As primeiras universidades e escolas foram criadas pela Igreja e, por ter levado a Filosofia para dentro dessas instituições de ensino a partir do século XII, a Filosofia Medieval também é chamada de Escolástica.
Sala de aula na Universidade de Paris, fundada no século XII.
É durante esse período que surge a Filosofia Cristã, isto é, a Teologia. 
Os temas de reflexão dessa Filosofia são as provas da existência de Deus e da imortalidade da alma sempre com o uso de demonstrações racionais. 
Sobre a existência do infinito criador e do espírito humano imortal. 
Também são temas da Filosofia Medieval:
-A diferença ou separação entre infinito ( Deus) e finito (homem; mundo);
-A diferença ou separação entre corpo (matéria) e a alma (espírito);
-A diferença entre razão e fé (a primeira deve se subordinar á segunda);
-O universo como uma hierarquia de seres, onde os superiores dominam e governam os inferiores (Deus, serafins, querubins, arcanjos, anjos, alma, corpo, animais, vegetais, minerais);
-A subordinação do poder temporal dos reis e barões ao poder espiritual de papas e bispos.

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