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ADITIVOS EM ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

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XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA 
Universidade Federal do Espírito Santo 
Vitória ES, 12 a 14 de maio de 2014 
A Zootecnia Fazendo o Brasil Crescer 
 
www.zootec.org.br 
 
 
Cristina Maria Lima Sá Fortes
57
, Carlos Magno da Rocha Junior
58
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O segmento de pet food no Brasil tem apresentado expressivo crescimento nos últimos 
anos. Esse crescimento esta fundamentado em um aumento constante da população de animais 
de estimação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de 
Estimação (ABINPET, 2014), a população de pets cresce 5% ao ano, apresentando hoje 106,2 
milhões de pets destes: 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos. Essa estatística coloca o 
Brasil em quarto lugar no ranking mundial em população de pets e segunda lugar em população 
de cães e gatos. 
Os alimentos desenvolvidos para animais de estimação são formulados principalmente 
com ingredientes classificados como concentrados protéicos, energéticos e aditivos. Os aditivos 
segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2004), são definidos 
como substâncias, microrganismos ou produtos formulados adicionados intencionalmente, que 
normalmente não se consomem com alimento, tenham ou não valor nutritivo, que afetem ou 
melhorem as características do alimento ou produtos animais. De acordo com a Instrução 
Normativa 13 do MAPA (BRASIL, 2004) os aditivos são classificados em cinco categorias: 
tecnológicos, sensoriais, nutricionais, zootécnicos e anti-coccidianos. Destes apenas os anti-
coccidianos não são utilizados nas formulações de alimentos para animais de estimação. 
Diversos tipos de aditivos, sejam eles naturais ou sintéticos, estão disponíveis para 
utilização na formulação de alimentos pet. Entretanto existem poucos dados científicos sobre a 
segurança da utilização desses nas formulações para cães e gatos. Informações importantes 
como quantidade e efeitos de utilização em longo prazo não foram definidos podendo colocar 
em risco a saúde dos animais de estimação que alimentam diariamente com a mesma dieta ao 
longo de sua vida. 
 
 
57
 Zootecnista, D.Sc. Professora Universidade Federal de Minas Gerais, E-mail: crissafortes@ufmg.br 
58
 Zootecnista, M.Sc. Professor Voluntário IF Sudeste de Minas- Campus Rio Pomba 
ADITIVOS EM ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO 
 
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA 
Universidade Federal do Espírito Santo 
Vitória ES, 12 a 14 de maio de 2014 
A Zootecnia Fazendo o Brasil Crescer 
 
www.zootec.org.br 
 
ADITIVOS TECNOLÓGICOS 
 
O grupo formado pelos aditivos tecnológicos é o mais amplo. Os grupos funcionais são 
descritos na Tabela 1, de acordo com a Instrução normativa 13 do MAPA (BRASIL, 2004). 
 
Tabela 1. Grupos funcionais e suas descrições: 
Grupos funcionais Função 
Adsorvente Substância capaz de fixar moléculas 
Aglomerante Substância que possibilita às partículas individuais de um alimento aderir-se 
umas às outras 
Antiaglomerante Substância que reduz a tendência das partículas individuais de um alimento a 
aderir-se umas às outras 
Antioxidante Substâncias que prolongam o período de conservação dos alimentos e das 
matérias-primas para alimentos, protegendo- os contra a deterioração 
causada pela oxidação 
Antiumectante Substância capaz de reduzir as características higroscópicas dos alimentos 
Conservante Substância, incluindo os auxiliares de fermentação de silagem ou, nesse 
caso, os microrganismos que prolongam o período de conservação dos 
alimentos e as matérias-primas para alimentos, protegendo-os contra a 
deterioração causada por microrganismos 
Emulsificante Substância que possibilita a formação ou a manutenção de uma mistura 
homogênea de duas ou mais fases não miscíveis nos alimentos 
Estabilizante Substância que possibilita a manutenção do estado físico dos alimentos 
Espessantes Substância que aumenta a viscosidade dos alimentos 
Gelificantes Substância que dá textura a um alimento mediante a formação de um gel 
Regulador da acidez Substância que regula a acidez ou alcalinidade dos alimentos 
Umectante Substância capaz de evitar a perda da umidade dos alimentos 
 
A utilização dos aditivos tecnológicos em alimentos Pet pode estar relacionada com a 
necessidade de combater ou impedir o surgimento de um problema que pode desencadear 
distúrbios nutricionais no animal, rejeição do alimento, diminuição do valor nutricional do 
alimento ou para auxiliar a realização de um processo. Discutiremos abaixo os aditivos com 
efeitos relacionados à qualidade nutricional do alimento e saúde animal. 
 
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA 
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Vitória ES, 12 a 14 de maio de 2014 
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Os alimentos pet caracterizam-se por utilizar matérias primas de origem animal e 
gorduras, importantes para atender a demanda nutricional e a palatabilidade. No entanto, esses 
ingredientes são facilmente oxidáveis o que pode levar a rejeição de um alimento em função da 
diminuição da palatabilidade e ou pela ocorrência de sintomas clínicos como vômitos, diarreias, 
dentre outros. 
A oxidação é um processo irreversível, onde uma molécula de oxigênio combina-se com 
um nutriente, criando a rancidez e reduzindo qualidade e o valor nutricional do ingrediente ou 
do alimento pet (KRABBE e SOUZA, 2008). 
Os antioxidantes são substâncias que retarda o aparecimento da alteração oxidativa no 
ingrediente e no alimento completo. São classificados quimicamente como compostos 
aromáticos, com no mínimo uma hidroxila e são encontrados no mercado na forma sintética ou 
natural. Os antioxidantes sintéticos mais utilizados em pet food são o BHT (butilhidroxitolueno) 
e o BHA (butilhidroxianisol) e os naturais, os tocoferóis e o ácido ascórbico. 
Cloud (2009) enfatiza algumas propriedades importantes na escolha do antioxidante. 
Dentre elas podemos citar: a manutenção da estabilidade nas condições de processo e 
armazenamento. O alimento pet é produzido em condições de calor e pressão que podem afetar 
a estrutura e funcionalidade do antioxidante, logo moléculas resistentes ao processo são 
necessárias. Devem ser substâncias que não provoquem efeitos indesejáveis na cor, sabor, odor 
e o composto e seus produtos de oxidação não podem ser tóxicos. 
Micotoxinas são metabólitos secundários, produzidas por algumas espécies de fungos 
toxigênicos, passíveis de causarem efeitos tóxicos em humanos e animais. A contaminação de 
alimentos por micotoxinas, entre as quais, destacam-se a aflatoxina, ocratoxina, zearalenona, 
patulina, fumonisina e desoxinivalenol, tem sido relatada no mundo todo, principalmente em 
alimentos susceptíveis ao crescimento fúngico, como os grãos e cereais (HUSSEIN & 
BRASSEL, 2001; BENNETT e KLICH, 2003). 
As micotoxinas nos alimentos podem causar efeitos, agudo ou subagudo, sobre a saúde 
animais sendo estes dependes da dose e da frequência da ingestão. O efeito agudo pode levar o 
animal à morte e é resultante da ingestão de doses elevadas. Já efeito subagudo podem provocar 
alterações nos órgãos dos animais levando a distúrbios metabólicos e diminuição da imunidade 
(SANTÚRIO, 2000). Além dos danos causados na saúde do animal, as micotoxinas provocam 
 
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danos físicos e perdas na qualidade nutricional dos grãos, afetando principalmente carboidratos 
e gorduras. 
O ideal de um alimento pet é a utilizaçãode matérias primas que não contenham 
micotoxinas e a realização de programas sistemáticos em fábricas de alimentos que diminuam o 
risco de contaminação fúngica. Para atenuar o efeito das micotoxinas tem-se utilizado os 
adsorventes de micotoxina, que podem ser inorgânicos ou orgânicos. Os adsorventes ligam-se 
as micotoxinas, que passam através do trato gastrointestinal sem serem absorvidas (DAWSON 
et al., 2006). Os adsorventes inorgânicos, incluem alumino silicatos hidratados de sódio e cálcio 
(HSCAS), zeólitas, bentonitas, sílicas específicas e carvão ativado e têm mostrado adsorver 
micotoxinas específicas (VAN KESSEL e HIANG-CHEK, 2001). Os produtos derivados da 
parede celular de levedura Saccharomyces cerevisiae têm mostrado eficiente como adsorvente 
de micotoxina orgânico (SMITH et al., 2006). 
 
ADITIVOS SENSORIAIS 
 
Os aditivos sensoriais é um grupo funcional muito peculiar da formulação pet food e 
muitas vezes sua utilização distingue produtos nos diversos segmentos comerciais (econômico, 
premium e super premium). São compostos pelos aromatizantes, palatabilizante, flavorizantes e 
corantes que podem ser definidos segundo a IN 13 do MAPA (BRASIL, 2004) da seguinte 
forma: 
A) Aromatizantes: substâncias que conferem aroma ao produto destinado à alimentação, 
melhorando a sua aceitação e consequentemente estimulando seu consumo pelo animal. 
Provocam as atividades de secreção de glândulas, favorecendo o aproveitamento do 
alimento pelo organismo. 
B) Palatabilizantes: substâncias que melhoram o paladar dos produtos. 
C) Flavorizantes: substâncias que conferem ou intensificam o aroma e o sabor dos alimentos. 
D) Corantes: substâncias que conferem ou intensificam a cor dos produtos destinados à 
alimentação animal. Podem ser naturais, artificiais e inorgânicos. 
O alimento para cães e gatos é desenvolvido a partir da combinação de ingredientes em 
proporções específicas que resultem em equilíbrio nutricional e adequada palatabilidade. 
 
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Em cães e gatos o principal sentido é o olfato, seguido pelo paladar e por último a 
sensação do alimento na boca (tato). Desse modo, a percepção da palatabilidade do alimento 
ocorre a partir da interação entre três mecanismos sensoriais: olfato (odor), paladar (sabor) e 
tato (textura), não havendo estudos comprobatórios sobre efeitos expressivos da visão e audição 
na escolha dos alimentos por cães (FELIX et al., 2010). 
Os aromatizantes, palatabilizantes e flavorizantes são importantes ferramentas para o 
nutricionista garantir o consumo do alimento completo, mesmo que esse possua ingredientes 
com aroma e paladar menos preferido pelos cães e os gatos. Um alimento com uma formulação 
perfeita nutricionalmente não produz saúde caso não seja consumido nos níveis ideais para 
atender as exigências nutricionais dos animais. Outro fator a ser considerado é o proprietário do 
pet que seleciona a compra do alimento pelo o aroma que apresenta. Sendo assim faz-se 
necessário nas formulações pet que os aromas da ração atendam as necessidades do dono do 
animal também. Outro item valorizado pelo proprietário do animal é que seu cão e gato 
consuma o alimento com prazer e sem dúvida e os aromatizantes e palatabilizantes possuem 
papel fundamental nessa decisão. 
A visão não é o principal sentido na seleção dos alimentos pelos cães e os gatos, mas, 
muito utilizado pelo humano. A utilização de corantes em alimentos pet tem como finalidade 
aproximar o alimento para cães e gatos à dieta dos humanos. Além disso, os corantes permitem 
manter uma aparência constante nos extrusado que variam conforme a matéria prima utilizada e 
o processo. 
O fato de o objetivo principal ser o humano e não o cão e o gato, os corantes tem sido 
muito criticados, muito em função de algumas evidências de sensibilidade de crianças à essas 
moléculas (FEINGOLD, 1975; HUGHES et al., 1986; GOLDSTEIN, 1996). O importante que a 
segurança alimentar do animal não deva ser negligenciada e fornecedores devam ser 
selecionados e auditados para que a saúde do animal seja preservada. Hoje a maior demanda no 
mercado pet food é por corantes artificiais, em função de sua estabilidade da cor, porém há uma 
tendência semelhante aos alimentos humanos, para a utilização dos corantes naturais, que 
possuem um maior custo. 
 
 
 
 
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ADITIVOS ZOOTÉCNICOS 
 
Os aditivos zootécnicos são divididos em dois grandes grupos pela IN 13 do MAPA 
(BRASIL, 2004): digestivos e os equilibradores da flora intestinal. As definições segundo a 
normativa estão descritas abaixo. 
 Digestivos: são substâncias que facilitam a digestão dos alimentos ingeridos, atuando 
sobre determinadas matérias-primas para alimentos. Incluem como subgrupo funcional as 
enzimas. 
 Equilibradores da flora intestinal: Microrganismos que formam colônias ou outras 
substâncias definidas quimicamente que administradas aos animais, têm seu efeito 
positivo para a flora intestinal. Incluem como subgrupos funcionais os probióticos, 
prebióticos, simbióticos, ácidos orgânicos e nutracêuticos. 
Enzimas tem sido muito utilizada em dietas para suínos e aves (KIM et al., 2006; ZOU et 
al., 2006; LI et al., 2010) aumentando a disponibilidade dos nutrientes como a fitase e reduzindo 
os efeitos deletérios dos oligossacarídeos e polissacarídeos não amiláceos (PNAs) na 
digestibilidade dos demais nutrientes. 
Em cães e gatos ainda existem poucos estudos com enzimas e sua utilização em 
formulações pet ainda é muito pequena. Dentre as dificuldades encontradas são o 
processamento das dietas para cães e gatos que podem inativar as enzimas, sendo necessária sua 
utilização em pontos específicos do processo. 
O uso de enzimas exógenas em dietas para cães em gatos e seus efeitos sobre a 
digestibilidade dos nutrientes de dietas para cães e gatos ainda possuem poucos estudos 
(TWOMEY et al., 2003; YAMKA et al., 2006; FELIX, 2011), dificultando uma adequada 
interpretação. 
Os equilibradores de flora intestinal diferente das enzimas possuem um referencial 
bibliográfico mais consolidado o que facilita sua recomendação em dietas comerciais. 
Os prebióticos são carboidratos não digestíveis que estimulam o crescimento e/ou a 
atividade de um limitado número de microrganismos capazes de proporcionar um ambiente 
intestinal saudável ao hospedeiro (SANCHES et al., 2006). 
Em dietas para cães e gatos os manoligossacarídeos (MOS) e os frutoligossacarídeos 
(FOS) são os prebióticos mais utilizados. O MOS derivam da parede celular da levedura 
 
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Sacchamomyces cerevisae, composta de glucanos, mananoproteínas e quitina e estes 
representam 25 – 50% da parede celular da levedura (MORAN et al., 2004). Os 
frutoligossacárideos (FOS) são oligossacarideos naturais se encontram em alimentos vegetais 
como a raiz da chicória, cebolas, alho, aspargo, banana, tomate, cevada; centeio; aveia e trigo, 
alcachofras, entre outros. O produto comercial é produzido a partir da raiz da chicória 
(Chicorium endiva), com a obtenção da Inulina, um frutooligossacarídeo com uma cadeia de 20 
a 60 monômeros de frutose 
Os principais mecanismos de ação dos prebióticos no intestino dos cães e gatossão a 
modulação do sistema imunológico e microbiota intestinal, impedindo a aderência das bactérias 
patogênicas à mucosa do intestino e indução da ativação dos macrófagos (MACARI e 
MAIORKA, 2000). Modificação do ecossistema bacteriano com aumento no número de 
Bifidobacterium e Lactobacillus, que suprimem a atividade de bactérias putrefativas e reduzem 
a formação de produtos tóxicos da fermentação, tais como amônia, aminas e nitrosaminas 
(FLICKINGER et al., 2003). 
O conceito moderno de probiótico foi definido por Fuller (1989) como sendo 
microrganismos vivos que, suplementados constantemente na dieta, afetam beneficamente o 
organismo animal, atuando no equilíbrio da microbiota intestinal. 
Os microrganismos utilizados como probióticos são usualmente componentes não 
patogênicos da microbiota normal, tais como as bactérias ácido lácticas (principais gêneros 
Lactococcus, Lactobacillus, Streptococcus e Enterococcus) e leveduras como Saccharomyces. 
O gênero Bifidobacterium é freqüentemente envolvido nas discussões sobre bactérias ácido 
lácticas usadas com fins probióticos (BORGES et al., 2003). 
O processamento dos alimentos pet é a maior dificuldade em se trabalhar com 
probióticos, em função da alta temperatura e pressão e a baixa resistência dos microrganismos. 
A incorporação após o processo de extrusão tem sido a recomendação da maioria dos 
fabricantes, porém poucos estudos foram realizados demonstrando a eficácia dos probióticos 
após esse processo. 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A utilização de aditivos em pet food é uma realidade. Existe uma infinidade de produtos 
disponíveis no mercado e a sua utilização deve ser baseada no seu beneficio e objetivo do uso, 
mas sempre aliado à segurança alimentar. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABINPET. Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. 
Disponível em http://abinpet.org.br/imprensa/noticias/populacao-de-pets-cresce-5-ao-ano-e-
brasil-e-quarto-no-ranking-mundial/ Acesso em: 15/03/2014. 
 
BENNETT, J. W.; KLICH, M. Mycotoxins. Clin. Microbiol. Rev., v. 16, n. 3, p. 497–516, 
2003. 
 
BORGES, F. M. O.; SALGARELLO, R. M.; GURIAN, T. M. Recentes avanços na nutrição de 
cães e gatos. In: SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO, 3., 2003, 
Campinas. Anais... Campinas: CBNA, 2003. p. 21-60. 
 
BRASIL, 2004. MAPA. Instrução Normativa nº 13, de 30 de novembro de 2004. D.O.U., 
Brasília, 01 de dezembro de 2004. Disponível em: 
<http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=consultarLegislac
aoFederal > Acesso em: 12/03/2014. 
 
CLOUD, N. The multifunctional role of antioxidants: optimizing animal nutrition and health. 
In: CONGRESSO INTERNACIONAL E SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE 
ESTIMAÇÃO.. Anais...Campinas: CBNA, 2009. 
 
FLICKINGER, E. A.; VAN LOO, J.; FAHEY Jr., G. C. Nutritional responses to the presence of 
inulin and oligofructose in the diets of domesticated animals: a review. Critical Reviews in 
Food Science and Nutrition, v. 43, n. 1, p. 19-60, 2003. 
 
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