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CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE IMUNOLOGIA 2

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IMUNOLOGIA VETERINÁRIA 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
 
As células do sistema imune podem ser divididas 
em duas classes - principais: células mieloides e 
células linfoides. 
- As células do sistema imune originam-se na 
medula óssea. 
 
-Células Mieloides 
Fagócitos 
 Neutrófilos (polimorfonucleares). 
 Células do sistema de fagócitos mononucleares: 
 Macrófagos especializados de cada tecido 
 Monócitos 
 Macrófagos 
Granulócitos 
 Mastócitos 
 Basófilos e Eosinófilos 
Células dendríticas 
 
-Células linfoides 
Linfócitos T e B 
Células Natural Killer (NK) 
 
 
As células do sistema imune originam-se na 
medula óssea a partir de células-tronco 
hematopoéticas pluripotentes. Essas células-
tronco hematopoéticas pluripotentes (também 
conhecidas como células tronco mesenquimais - 
MSC) dão origem a um progenitor linfoide 
comum, que, por sua vez, dá origem a todos os 
principais tipos de células linfoides (linfócitos T, 
linfócitos B e células NK), ou a um progenitor 
mieloide comum, que dá origem a todos os 
principais tipos de células mieloides (neutrófilos, 
eosinófilos, basófilos, células dendríticas [DC], 
mastócitos e monócitos/macrófagos), bem como 
aos eritrócitos e megacariócitos (que produzem 
as plaquetas). Os eritrócitos e plaquetas são 
derivados do progenitor mieloide comum, mas 
não fazem parte do sistema imune. 
 
CÉLULAS MIELOIDES 
 As células mieloides, que constituem a 
maioria das células do sistema imune inato, 
incluem macrófagos (e seus 
precursores monócitos), mastócitos, células 
dendríticas, neutrófilos, basófilos e eosinófilos. 
Todas as células mieloides possuem algum grau 
de capacidade fagocitária (embora os basófilos 
sejam muito pouco fagocitários), e são 
especializadas na detecção de patógenos por 
meio de receptores de reconhecimento de 
padrões (PRR)localizados na membrana 
plasmática ou na membrana endossômica, 
seguida de fagocitose e destruição dos agentes 
infecciosos por meio de uma bateria de enzimas 
destrutivas contidas em seus grânulos 
intracelulares. 
 
As células mieloides constituem a maioria das 
células do sistema imune inato. As células 
mieloides, podem ser agrupadas em pequenos 
grupos conforme suas características 
morfológicas. As células que possuem grânulos 
no seu citoplasma são chamadas de granulócito 
(em verde na Figura 4). Esses grânulos são 
preenchidos por vários mediadores inflamatórios 
e antimicrobianos. Os granulócitos são células 
inflamatórias, que protegem contra helmintos, 
causam doenças alérgicas e são estimuladas por 
Reconhecer Ingerir Destruir microrganismos
PRR
citocinas liberadas por células T. Já as células que 
possuem o núcleo segmentado são chamadas de 
polimorfonucleadas (em vermelho na Figura 4). 
Elas possuem efeitos bem distintos, como 
veremos mais adiante. 
 
 
As células mieloides também podem ser 
classificadas em um pequeno grupo chamado de 
Fagócitos. Os fagócitos são células que tem um 
alto potencial fagocitário, são elas: 
1. Neutrófilos (polimorfonucleares). 
Os neutrófilos são, de longe, os leucócitos e 
granulócitos mais abundantes que circulam na 
corrente sanguínea, correspondendo a 
aproximadamente 50 a 70 % dos leucócitos. 
Circulam como células esféricas. Seu núcleo é 
segmentado em lóbulos interconectados. Seu 
citoplasma contem grânulos específicos, que são 
preenchidos por enzimas, tais como lisozimas, 
colagenase e elastase. Esses grânulos não se 
coram na coloração HE, por isso recebem esse 
nome (não são ácidos nem básicos, são 
neutrófilos). 
 
Os neutrófilos estão pouco presente nos 
tecidos, mas são as primeiras células a sair do 
sangue e entrar nos tecidos em processos 
inflamatórios, quando sua presença se faz 
necessária. Os neutrófilos são atraídos até o 
tecido inflamado pelas ações de outras células do 
sistema imune inato que residem no tecido 
(particularmente macrófagos e mastócitos). De 
fato, os neutrófilos chegam com muita rapidez e 
em número muito elevado ao local de infecção! 
 
Os neutrófilos migram em grandes números para 
os locais de infecção. Microscopia time-lapse de 
neutrófilos (na cor verde) migrando para um local 
de ferida. 
 
2. Células do sistema de fagócitos 
mononucleares: 
2.1 Macrófagosespecializados de cada tecido 
Macrófagos especializados de cada tecido são 
derivados de precursores no saco vitelínico e 
fígado durante a vida fetal e, ainda durante a vida 
intrauterina, eles migram para órgão particulares 
e se diferenciam em formas especializadas. No 
cérebro esses macrófagos recebem o nome de 
micróglias; no fígado eles recebem o nome de 
células de Kuppfer; no pulmão eles recebem o 
nome de macrófagos alveolares etc. 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 Monócitos 
Os monócitos circulam no sangue e estão 
constantemente sendo produzidos pelos 
precursores mielóides na medula óssea. Eles 
migram para os tecidos onde sofrem uma 
diferenciação terminal e originam os macrófagos. 
Tecidos com infecção ou lesionados, atraem 
muito mais intensamente os monócitos, a fim de 
originar mais macrófagos e combater o perigo. 
 
 
 
 
 
2.3 Macrófagos 
Os macrófagos são células com múltiplas 
funções, a saber: fagocitose, destruindo os 
microrganismos; ingerem células lesionadas ou 
mortas, incluindo neutrófilos mortos; produzem 
fatores que promovem o remodelamento 
tecidual (reparo do tecido após uma 
lesão/infeção); potencializam a imunidade 
adaptativa atuando como células apresentadoras 
de antígenos (APCs) aos linfócitos T; sintetizam 
citocinas. 
 
Monócito
 
 
Granulócitos: Mastócitos 
Assim como os macrófagos, os mastócitos são 
células residentes em tecidos e, com frequência, 
constituem as primeiras células imunes que 
detectam a presença de um patógeno (Figura 
abaixo). Ambos os tipos celulares desempenham 
uma importante função na detecção da 
infecção e na amplificação das respostas imunes, 
por meio da produção de citocinas e outros 
mediadores solúveis (como aminas vasoativas e 
lipídios), que possuem efeitos sobre o endotélio 
local e facilitam a migração de outras células 
imunes (como neutrófilos) até o local de 
infecção. Os mastócitos, em particular, são 
importantes na promoção de vasodilatação por 
meio da produção de histamina, que exerce 
efeitos profundos sobre a vasculatura local. 
Os mastócitos estão particularmente presentes 
na pele e no epitélio das mucosas e contem 
grânulos citoplasmáticos abundantes 
preenchidos por citocinas, histaminae outros 
mediadores. Tem núcleo arredondado e grânulos 
citoplasmáticos ancorados na membrana. 
Quando estimulados pela presença de um 
microrganismo ou alérgeno, as substâncias 
presentes nos grânulos são liberadas, 
despertando o processo inflamatório e avisando 
as outras células (tipo um guardinha no seu 
posto). Possuem proteínas nos grânulos, então se 
coram com corantes ácidos (eosina). 
 
 
Basófilos e Eosinófilos 
Os basófilos e os eosinófilos desempenham 
funções mais especializadas, atuando por contato 
próprio em resposta à presença de grandes 
parasitas, como helmintos, contra os quais 
utilizam o conteúdo de seus grânulos 
especializados (que contêm DNAases, lipases, 
peroxidase, proteases e outras proteínas 
citotóxicas, como a proteína básica principal) 
para atacar e romper a cutícula externa 
resistente desses vermes. Como os helmintos 
parasitas são organismos multicelulares, não 
podem ser fagocitados por macrófagos ou 
neutrófilos, mas precisam ser atacados com 
um bombardeio de enzimas destrutivas. Esse 
ataque é realizado por meio da liberação do 
conteúdo dos grânulos dos eosinófilos e basófilos 
(um processo denominado desgranulação) 
diretamente sobre o parasita, um processo que 
comporta um alto risco de dano colateral aos 
tecidos do hospedeiro. Os basófilos também 
possuem muitas semelhanças estruturais e 
funcionais com os mastócitos.São capazes de 
sintetizar vários mediadores produzidos pelos 
mastócitos. Também se coram com corantes 
básicos. Já os eosinófilos contém proteínas ácidas 
que se ligam à corantes ácidos. 
 
 
 
Células Dendríticas 
As células dendríticas constituem o importante 
elo entre a imunidade inata e adaptativa. As 
células dendríticas apresentam morfologia 
característica,com múltiplos prolongamentos 
celulares extensos (dendritos), que possibilitam 
um contato máximo com o ambiente 
circundante. De fato, as células dendríticas são os 
mais versáteis sensores de patógenos e dano 
dentre todos os tipos celulares. Embora as células 
dendríticas sejam, em sua maioria, células 
residentes em tecidos, com capacidade fagocítica 
semelhante à dos macrófagos, seu principal papel 
não é a destruição dos micróbios, mas apresentar 
os antígenos (moléculas dos micróbios) aos 
linfócitos T. Como isso ocorre?Após a detecção 
de umpadrão molecular associado a patógenos 
(PAMP; padrão não próprio) e fagocitose, a célula 
dendrítica passa por uma transição 
importantedenominada maturação da célula 
dendrítica. Ela passa de uma célula com alta 
capacidade de fagocitar, porém com baixa 
capacidade de apresentar antígenos, para uma 
célula com baixa capacidade de fagocitar, porém 
com alta capacidade de apresentar antígenos 
etambém com alta capacidade de migrar para os 
linfonodos. No linfonodo, a célula dendrítica 
“carregando o microrganismo morto” apresenta 
os antígenos desse microrganismo aos linfócitos 
T. Voltaremos a esse assunto posteriormente, 
porém nunca é demais ressaltar a importância da 
célula dendrítica na indução da imunidade 
adaptativa. 
(felino) 
 
 
 
CÉLULAS LINFOIDES 
 As células linfoides, são constituídas por três 
tipos principais de células: os linfócitos T, os 
linfócitos B e as células natural killer (NK). Os 
linfócitos T e B constituem os elementos centrais 
do sistema imune adaptativo e possuem a 
capacidade de produzir receptores de superfície 
celular extremamente específicos [receptores de 
células T (TCR) e receptores de linfócitos B 
(também denominados anticorpos)]. Esses 
receptores são extremamente específicos para 
determinadas estruturas moleculares, 
denominadas antígenos. Eles são tão específicos 
para um dado antígeno que podem diferenciar 
antígenos relacionados que sejam diferentes em 
apenas um único aminoácido. Já as células NK 
fazem parte da imunidade inata. As células NK 
utilizam receptores denominados “receptores de 
células NK” que reconhecem alvos mais genéricos 
presentes em células lesionadas, tumorais ou 
infectadas por vírus. 
 
Linfócitos T e B 
Os linfócitos constituem cerca de 20 a 30% da 
população dos leucócitos no sangue. Os linfócitos 
T e B são os atores principais no sistema imune 
adaptativo e possuem a capacidade de 
produzir receptores de superfície celular 
extremamente específicos aos antígenos. Em 
princípio, os receptores de células T (TCR) e os 
receptores de células B (BCR, mais conhecido 
como anticorpo) podem ser produzidos para 
reconhecer praticamente qualquer estrutura 
molecular, seja próprio ou não próprio. 
Entretanto, como veremos adiante, os receptores 
dos linfócitos passam por um processo de seleção 
cuidadoso após a sua produção para assegurar 
que aqueles que reconhecem antígenos próprios 
sejam eliminados. Isso garante que a resposta 
imune não seja direcionada contra o próprio/self. 
Os linfócitos T e B também têm a capacidade de 
realizar expansão clonal (proliferação do clone) 
após reconhecer um antígeno microbiano 
específico que se encaixa perfeitamente em seu 
receptor. Isso possibilita a geração de grandes 
números de linfócitos T e B específicos contra 
aquele patógeno dentro de 7 a 10 dias após o 
início da infecção. 
Após a eliminação do patógeno e término da 
resposta imune, muitas células T e B específicas 
para o patógeno persistem no corpo durante 
muitos anos e são chamadas de células de 
memória. Se elas vierem a ter um novo encontro 
subsequente com o mesmo patógeno, elas irão 
desencadear rapidamente uma resposta imune 
altamente específica. Isso nos torna imune a 
aquele patógeno, pois fornece a nossa imunidade 
a capacidade de “lembrar” de encontros prévios 
com determinados antígenos. 
 
 
Células Natural Killer (NK) 
As células NK, apesar de ser uma célula linfoide, 
desempenham um importante papel no sistema 
imune inato. As células NK utilizam receptores 
denominados “receptores de células NK”, (que 
são distintos dos receptores de linfócitos T e B) e 
reconhecem células lesionadas, tumorais ou 
infectadas por vírus. 
 
 
 
 Todas as células das linhagens linfoide e 
mieloide originam-se de um progenitor, uma 
célula-tronco hematopoética comum, na medula 
óssea. Essas células-tronco, que têm a 
capacidade de autorrenovação, dão origem a 
um progenitor linfoide comum e a um progenitor 
mieloide comum, que se diferenciam nos vários 
tipos de células linfoides e mieloides. Entretanto, 
esse processo, denominado hematopoese, é 
extremamente complexa e ocorre sob a 
orientação de diversos fatores existentes na 
medula óssea, incluindo células do estroma, as 
moléculas que elas produzem e a influência da 
matriz extracelular. Esses fatores influenciam a 
diferenciação dos vários tipos de células 
mieloides e linfoides em uma série de eventos 
sequenciais, que envolvem a ativação de 
diferentes programas transcricionais em cada 
estágio da hierarquia, de modo que as células 
precursoras imaturas sejam guiadas para uma 
variedade de fenótipos celulares específicos de 
diferenciação terminal (neutrófilos, mastócitos 
etc.). Esse processo também pode ser 
influenciado por fatores externos à medula 
óssea (como citocinas, que são produzidas no 
contexto das respostas imunes), para aumentar a 
produção de tipos específicos de células, de 
acordo com a necessidade ou de acordo com a 
infecção. 
 
 
Esquema demonstrativo da complexidade da 
hematopoese. Destaque para algumas 
interleucinas (IL)e fatores de estimulação de 
colónias (CSF) que influenciam na produção de 
células específicas. 
 
 A produção de leucócitos na medula óssea é 
uma operação em larga escala. A produção diária 
de leucócitos é de aproximadamente 4 × 
1011 leucócitos por dia (400 bilhões). Uma das 
razões para essa prodigiosa taxa de produção 
celular é a de que muitas das células do sistema 
imune, em particular os neutrófilos, basófilos e 
eosinófilos, possuem meias-vidas de apenas 1 dia 
ou mais. Por conseguinte, essas células exigem 
uma reposição praticamente contínua. Nunca se 
sabe quando algum patógeno irá bater à porta! 
Após diferenciação em células específicas, os 
diversos leucócitos deixam a medula óssea. 
Alguns leucócitos passam a circular na corrente 
sanguínea, até que sejam necessários,enquanto 
outros migram para os tecidos periféricos, onde 
podem se diferenciar ainda mais (exemplo: 
monócitos que se diferenciam em macrófagos). 
Já os linfócitos T imaturos saem da medula óssea 
e migram para o timo, ondem ocorre o término 
da sua diferenciação e a seleção para matar dos 
linfócitos T auto-reativos. Os linfócitos T possuem 
esse nome para relacionar com o Timo. 
 
 
 
 
 
 
	Os neutrófilos são, de longe, os leucócitos e granulócitos mais abundantes que circulam na corrente sanguínea, correspondendo a aproximadamente 50 a 70 % dos leucócitos. Circulam como células esféricas. Seu núcleo é segmentado em lóbulos interconectad...

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