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Ana Cecília Menezes | Endocrinologia 2021.1 Complicações crônicas da diabetes mellitus Microvasculares e neuropáticas Retinopatia diabética Nefropatia diabética Neuropatia diabética Pé diabético Macrovasculares Doença coronariana/cardíaca Doença cerebrovascular Arteriopatia periférica RETINOPATIA DIABÉTICA Cerca de 100% dos DM1 e 60-80% dos DM2 após 20 anos de terapia convencional Surge geralmente após 05 anos de exposição a hiperglicemia Classificação: 1. RD não proliferativa (leve, moderada e grave/pré-proliferativa) (A quantidade dessas lesões é que vai definir o grau da retinopatia) 2. RD proliferativa - Tipo mais grave - Neovasos e fibrose de neovasos (tração da retina) = descolamento da retina 3. Maculopatia diabética - Ocorre na mácula (fóvea) = amaurose Ana Cecília Menezes | Endocrinologia 2021.1 Como fazer o follow-up (acompanhamento) da retinopatia diabética? o DM1 – Fundoscopia após 05 anos de doença o DM2 – Fundoscopia a época do diagnóstico o Repetir exame a cada 01 ano para os sem retinopatia e a cada 06 meses para aqueles com retinopatia o Controlar rigorosamente: - PA - Glicemia Tratamento da retinopatia diabética RD não-proliferativa Sem comprometimento da mácula: sem tratamento específico Com comprometimento da mácula: fotocoagulação localizada/ac monoclonal contra o fator de crescimento do endotélio vascular (bevacizumab) Inibidores da proteína C quinase (Ruboxistaurina) – prevenção RD proliferativa Fotocoagulação com laser panretiniana NEFROPATIA DIABÉTICA Mecanismos fisiopatológicos não completamente entendidos Expansão mesangial, glomeruloesclerose difusa ou focal. Assintomáticos Fases: Fase I: hipertrofia e hiperflitração glomerular Fase II/III: Microalbuminúria (diagnóstico precisa ser descoberto ate aqui para ter uma melhor eficácia do tratamento) - Microalbuminúria: 30 a 300mg / urina de 24h (20 a 200mcg/min) - Controle anual - Após 05 anos (DM1) e ao diagnóstico (DM2) FASE IV: Nefropatia manifesta, proteinúria (albuminúria), HAS. FASE V: Rins em fase terminal – Cr maior ou igual a 10mg/dL Como conduzir o tratamento da nefropatia diabética? Tratamento Eficaz na fase de microalbuminúria Eficácia moderada na fase de proteinúria franca sem insuficiência renal O que fazer? Controle glicêmico rígido Restrição proteica (0,6 a 0,8g de proteína/Kg/dia) Uso de fármacos controle da HAS x Mesmo sem HAS I. IECA: Inibidores da enzima conversora da angiotensina (captopril, enalapril, lisinopril, ramipril) - Dilatam predominantemente a arteríola eferente, onde a angiotensina II tem mais efeitos vasoconstrictores, e REDUZEM a pressão de filtração glomerular. II. ANTAGONISTAS DA ANGIO II: (Losartan, Ibesartan, Valsartan) - Agem no receptor da angiotensina II. Alternativa para as contra indicações dos IECA III. INIBIDORES DA RENINA: (Alisquireno) Indicação de diálise: Creatinina > 6,0 mg/dl; Clearance de creatinina < 25ml/min Ana Cecília Menezes | Endocrinologia 2021.1 Transplante renal/ Transplante combinado pâncreas: Rim NEUROPATIA DIABÉTICA o Comprometimento do sistema nervoso periférico o Após 20 anos de doença: 50% apresentam evidências de ND o Patogênese mal explicada o Formas de apresentação: - Polineuropatia simétrica sensitiva - Neuropatia autonômica: gastroparesia diabética, diarreia diabética. - Radiculopatia: amiotrofia diabética - Mononeuropatia: N. mediano - Mononeuropatia múltiplo: comprometimento assimétrico de mais de um nervo periférico 1. Polineuropatia simétrica sensitiva Complicação crônica mais frequente Lesão de fibras axonais: - Grossas mielinizadas: fibras A (sensibilidade vibratória e proprioceptiva) - Finas não-mielinizadas: fibras C (sensibilidade térmica, dolorosa e tátil) Sintomas em “cano de bota” evoluindo a sintomas em “luva” Dormência, formigamento, dor ao toque, hiperpatia/alodínea Tratamento da neuropatia diabética a. Cuidado com os pés b. Medicamentoso: antidepressivo tricíclico: Amitriptilina (Tryptanol 25 a 200mg/dia) c. Outros: - Carbamazepina (tegretol 400 a 800mg/dia) - Gabapetina (neurotin 900 a 3600mg/dia) - Creme de capsaicina a 0,075% - (moment a 0,075%) - Ácido Tióctico (thioctacid HR 600) PÉ DIABÉTICO Fatores de risco: neuropatia diabética, infecção polimicrobiana, doença arterial aterosclerótica. Avaliação do pé/medidas de prevenção Tratamento: - clínico: amoxicilina com clavulonato/ampicilina - debridamento cirúrgico COMPLICAÇÕES MACROVASCULARES DOENÇA CORONARIANA E CARDÍACA Fator De risco para eventos cardiovasculares (Framinhghan) Diabético sem IAM prévio= não diabético c/ IAM prévio = 20% Mais jovem maior mortalidade; maior incidência de reinfarto, novos eventos isquêmicos, maior chance de eventos assintomáticos. DOENÇA CEREBROVASCULAR Doença carotídea aterosclerótica é mais comum Maior risco de AVC isquêmico Ana Cecília Menezes | Endocrinologia 2021.1 ARTERIOPATIA PERIFÉRICA Aterosclerose de MMI. Principalmente o território tíbio-peroneiro.