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Anfetamina trata-se de uma amina que pode ser encontrada em três formas: dextrogira, levogira e racêmica. Pode ser consumida na forma de pó (via nasal ou endovenosa), comprimidos (via oral) e cristal (pulmonar). Foi o primeiro fármaco utilizado no tratamento da obesidade, mas devido aos efeitos adversos de estimulação central, alterações cardiovasculares e dependência, tornou-se uma substância proscrita. Assim, os derivados Anfepramona (dietilpropiona) e Femproporex passaram a ser utilizados no tratamento de obesidade. 1 Esses medicamentos apresentam efeitos adversos evidentes, como: secura na boca, insônia, cefaleia, taquicardia, irritabilidade e euforia. O derivado anfetamínico utilizado para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é o metilfenidato. Apenas o d-enantiômero (deximetilfenidato) possui propriedade farmacológica. Provoca aumento da atenção pela redução de impulsos agressivos e melhora da percepção visual e auditiva. Substância psicoativa de abuso. Em 1912 foi utilizado como anorexígeno e, na década de 70 passou a ser utilizado como coadjuvante no tratamento de depressão, Parkinson, transtorno do estresse pós-traumático e autismo. Sua utilização como droga de abuso ocorre principalmente via oral (comprimido). Maior capacidade de ligação com receptores de serotonina. Receptor 1A Receptor 2A Receptor 3A Vasoconstrição periférica, impede que o corpo dissipe calor Efeito alucinógeno Indução da produção de calor pela metabolização do tecido adiposo marrom Trata-se de um estimulante psicomotor também, causando maior ativação locomotora, mais calor. 2 Bloqueio dos transportadores de recaptação das catecolaminas: noradrenalina (NOR), dopamina (DOPA) e serotonina (SER). Pode ocorrer transporte reverso das monoaminas, isso é dependente do gradiente de concentração porque as anfetaminas bloqueiam os transportadores vesiculares, além de inibir as enzimas que degradam esses hormônios, como consequência ocorre acúmulo no citoplasma, assim, anfetaminas são enviadas para o interior da célula e monoaminas voltam à fenda sináptica. Anfetaminas também são inibidoras das MAO (enzimas que oxidam NOR e SER) Quanto a dopamina no Sistema límbico: Boa absorção através das membranas biológicas; Rapidamente absorvida pelo Trato Gastrointestinal; Ligação com as proteínas plasmáticas: 15% - 16% (metilfenidrato e anfetamina) a 34% (fenfluramina); Lipossolúvel: atravessa a Barreira Hematoencefálica e a Placentária; Biotransformação ocorre no fígado; Cerca de 30% da dose administrada é excretada inalterada na urina; Quanto mais ácido o pH da urina, maior será a excreção da anfetamina na forma inalterada. o Em pH alcalino ocorre maior reabsorção renal. Anfetamina Fenilacetona Ác. Benzóico Ác. hipúrico Desaminação Oxidação Hidroxilação Metabolismo da anfetamina: Dependência psicológica ocorre pela sensação de prazer, em seguida, a repetição do uso promove plasticidades neuronais (alteração da recepção de neurotransmissores), contribuindo para a dependência química, acompanhada pela tolerância progressiva, com aparecimento de psicose. Fonte: https://pt.slideshare.net/TammyCouto/anfetaminas-e- ecstase-toxicologia 3 O uso no esporte ocorre devido a inibição da fadiga, aumento da capacidade perceptiva dos sentidos e coordenação motora, aumento da autoconfiança e euforia. Essas substâncias fazem com que o organismo reaja além de sua capacidade, exercendo esforços excessivos, com prejuízo da saúde. Anfetamina e derivados podem ser analisados por Cromatografia Gasosa (CG), Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) ou Cromatografia Líquida (CL) convencional. Outros métodos utilizados são: ionização de chama, detector por captura de elétrons, Espectrometria de Massa (EM). Sendo que a CG + EM são considerados padrão – ouro. A escolha da amostra biológica é importante para uma análise confiável: urina, sangue, cabelo, saliva e unha, podem ser utilizados, sendo que o cabelo é mais usado em casos de indivíduos com abstinência. Síndrome de abstinência: fadiga, letargia, depressão, insônia, inquietação e fome exagerada. TOXICOLOGIA forense. São Paulo Blucher 2018 1 recurso online ISBN 9788521213680.
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