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Aula 17.08 – Estudo dos Helmintos Microbiologia Trematódeos: Schistosomatidae e Fasciolidae PLATELMINTOS: TREMATÓDEOS: Vermes achatados, carnudos em forma de folha Requerem hospedeiro intermediário para completar o seu ciclo de vida ESQUISTOSSOMOS ESQUISTOSSOMOSE Esquistossomíase (esquistossomose) ou Bilharzíase ou Febre do Caramujo Principal infecção parasitária de áreas tropicais No Brasil – Schistosoma Mansoni Agente Etiológico S. Mansoni Doença Esquistossomose Ciclo da Esquistossomose: Ao defecar, o ovo do esquistossomo é liberado Caramujo aquático do gênero (espécie Biomphalaria) – o miracídio vai evoluir, e vira esporocisto que também vai evoluir para cercária. As cercarias são liberadas pelo caramujo, para água, e nadam livremente. A cercaria entra no homem pela pele e consegue atingir a circulação. Principalmente o sistema porta hepático (no fígado). No ciclo o verme virou adulto = reprodução sexuada. No caso da esquistossomose, sempre temos um par (macho e fêmea) nenhum outro verme aparece dessa forma na lâmina. Na esquistossomose, diferente das outras verminoses, o verme adulto está dentro do vaso sanguíneo (ou seja, os vermes não ficam dentro de um órgão) – por causa disso, os ovos podem ser levados para outras regiões. No caso do S. Mansoni, o seu caminho natural é descer, para o intestino grosso. Caso o verme suba, ele pode causar diversos problemas neurológicos. Cercária – forma infectante do homem Miracídio – forma infectante do caramujo Características do S. Mansoni: Espícula lateral e não tem opérculo Não são hermafroditas – são dioicos, sendo o macho adulto maior do que a fêmea Parasitas intravasculares obrigatórios Infecções crônicas – geralmente o paciente tem de 20 a 30 anos a presença do verme. Ou seja, algumas vezes não atinge o nosso sistema imune. A fêmea libera seus ovos nos pequenos ramos da veia mesentérica inferior, próximo ao cólon Contexto Global: Na África a esquistossomose é descontrolada. Controles em larga escala: Brasil, Suriname, Venezuela, Antilhas e Porto Rico. Sem controle controlado limitado: África, Arábia Saudita e Madagascar. Condições para sobrevivência do S. Mansoni: ◦ Temperatura da água entre 20 e 30° C ◦ pH entre 5 e 9 Ou seja, é uma doença tropical! Síndrome Clínica: ◦ Penetração da cercária na pele: Prurido (coceira), Urticária (edemas – placas elevadas avermelhadas), Exantema papular (dermatite) ◦ Migração dos vermes pelo pulmão: Tosse ◦ Presença de vermes no fígado: Hepatite ◦ Deposição dos ovos nos vasos mesentéricos: febre, mal-estar, dor abdominal, sensibilidade no fígado ◦ Deposição dos ovos na mucosa do intestino: inflamação e espessamento da parede intestinal com dor ◦ Infecção crônica: Hepatoesplenomegalia (grandes acúmulos de fluido ascético na cavidade peritoneal) ◦ Deposição dos ovos na medula espinhal: problemas neurológicos severos A cada 40 dias o paciente sente os sintomas – que é o tempo de deposição dos ovos! Inflamação muito grande no fígado e baço - acúmulo de fluido = Hepatoesplenomegalia “Barriga D’água” S. Japonicum: Não existe no Brasil Mais presente na África, China, Japão, Filipinas e Indonésia. Causa infecções muito severas Geralmente a infeção por S. Japonicum evolui para a Síndrome de Katayama Febre, calafrios, tosse. Debilidade da fala, defeitos visuais, convulsões, letargia A Síndrome de Katayama pode desenvolver a Doença Multi-inflamatória Pediátrica – e pode estar relacionada ao Covid-19. Ou seja, a Síndrome de Katayama pode ser causada tanto pelo S. Japonicum, como também pode ter outras causas. CESTÓDEOS Os cestódeos ou cestódios são helmintos parasitas pertencentes à uma classe do filo Platyhelminthes que se caracterizam pela ausência do sistema digestório e de sistema circulatório Características dos cestódeos: ◦ Achatados (semelhantes a uma fita) ◦ Possui 3 estruturas: Cabeça (escólex) Proglote Estróbilo ◦ Hermafroditas (órgão reprodutor em cada proglote) ◦ Não possuem sistema digestivo ◦ Necessidade de um ou mais hospedeiros intermediários Os cestoides adultos habitam o lúmen intestinal do hospedeiro definitivo (homem), mantendo o escólex ficado à mucosa (forma de obter os nutrientes, já que não possuem sistema digestório) O homem pode ser hospedeiro intermediário! Cisticercose – homem hosp. Intermediário Teníase – homem hosp. definitivo Forma infectante: Cisticerco T. Solium – causa da cisticercose (o homem ingere os ovos e é o hospedeiro intermediário) e da teníase T. Saginata (não temos relatos no Brasil) A tênia não sai nas fezes e podem viver até 25 anos. TENÍASE T. Solium: Início do ciclo: Os ovos são eliminados nas fezes humanas. O porco ingere água/vegetação contaminada. No PORCO, o ovo se transforma em oncosfera cisticerco: Ovos Oncosfera (eclode no intestino do porco) Cisticerco (nos músculos e tecidos do porco) O homem ingere os cisticercos No porco – forma infectante é o ovo: desenvolve a doença cisticercose No homem – forma infectante é o cisticerco: desenvolve a doença teníase CISTICERCOSE Os cisticercos são encontrados em órgãos com vasos de pequeno calibre e fluxo sanguíneo lento. Permanecem viáveis por cerca de 2 anos (20 a 30 meses); quando se degeneram, são origem a pequenos nódulos calcificados (causam diversas alterações, como cisticercose ocular e neurocisticercose). Homem ingere o ovo T. Solium Ovo T. Solim Oncosfera Oncosfera Cisticerco
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