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T ÍT U LO: Catabolismo de Carboidratos N OM E: Luciano Feitosa P 2 - 2 0 2 1 .1 • Vias Principais de Uso da Glicose: - Síntese de polímeros estruturais ➢ Matriz extracelular ➢ Polissacarídeos da parede celular - Armazenamento ➢ Glicogênio ➢ Amido ➢ Sacarose - Oxidação por glicólise ➢ Ácido pirúvico - Oxidação pela via pentose-fosfato ➢ Ribose-5-fosfato • Metabolismos dos Carboidratos: - Glicólise ➢ Quebra da glicose em ácido pirúvico - Gliconeogênese ➢ Formação da glicose a partir de ácido pirúvico - Glicogenólise ➢ Quebra do glicogênio em glicose - Glicogênese ➢ Formação de glicogênio a partir de glicose - Via da Pentose-Fosfato ➢ Produção de ribose-5-fosfato para síntese de ácidos nucleicos e NADPH • Definição da Glicólise: - Produz energia na ausência de oxigênio ➢ Processo anaeróbico - Ocorre no citosol - Sequência de reações que oxida glicose em dois ácidos pirúvicos ➢ Produzindo 2 ATP ➢ 10 reações enzimáticas ao total de duas etapas • Importância da Glicólise: - Cérebro adulto humano ➢ 120g de glicose por dia ➢ Durante o parto os suprimentos de O2 e de sangue são diminuídos para todas as partes do corpo, exceto para o cérebro - Glóbulos vermelhos ➢ 40g de glicose por dia ➢ Não possui mitocôndria - Córnea/cristalino/retina ➢ 40g de glicose por dia ➢ Não possui mitocôndria ➢ Suprimento limitado de O2 - Medula renal/testículos/leucócitos/fibras musculares brancas ➢ 40g de glicose por dia ➢ Poucas mitocôndrias • Glicólise - Primeira Fase: - É a fase preparatória - Consumo de 2 moléculas de ATP - Ocorre em 5 reações enzimáticas - Primeira Reação (irreversível) ➢ Hexose (glicose) → Fosforilação (uso de 1ATP) → Hexose mono-fosforilada (glicose-6-fosfato) - Segunda Reação ➢ Hexose mono-fosforilada (glicose-6- fosfato) → Isomerização (isomerase) →Hexose mono-fosforilada (frutose- 6-fosfato) - Terceira Reação (irreversível) ➢ Hexose mono-fosforilada (frutose-6- fosfato) → Fosforilação (uso de 1ATP) → Hexose bi-fosforilada (frutose-1,6- bifosfato) - Quarta Reação ➢ Hexose bi-fosforilada (frutose-1,6- bifosfato) → Clivagem (aldolase) → 2x Trioses Fosforiladas (1x di- hidroxiacetona fosfato e 1x gliceraldeído- 3-fosfato) - Quinta Reação ➢ 1x Triose Fosforilada (1x di- hidroxiacetona fosfato) → Isomerização (isomerase) → 1x Triose Fosforilada (1x gliceraldeído-3-fosfato) - OBS1: a enzima hexoquinase promove a primeira fosforilação das hexoses, mas ela possui centros conformacionais diferentes ➢ Inibidor alostérico (glicose-6- fosfato): em ALTAS concentrações altera a enzima hexoquinase, fazendo ela não reconhecer mais o substrato e impedindo a reação de acontecer. Nesse caso, dizemos que a hexoquinase está inibida ➢ Resumindo: a fosforilação da glicose só pode ocorrer quando houver BAIXA concentração de glicose-6-fosfato. Nesse caso, dizemos que a hexoquinase está ativada - OBS2: a enzima fosfofrutoquinase promove a segunda fosforilação das hexoses e possui alguns efetores alostéricos para o seu funcionamento ➢ Efetores positivos (ativadores) o ADP (em altas quantidades) o AMP (em altas quantidades) o Esses ativadores ativam a fosfofrutoquinase quando existe pouca energia na célula ➢ Efetores negativos (inibidores) o ATP (em excesso) o NADH (em excesso) o Ácidos graxos de cadeia longa (em excesso) o Esses inibidores inibem a fosfofrutoquinase quando já existe muita energia na célula ➢ Resumindo: o ideal para o funcionamento da célula é ter altas concentrações dos ativadores (ADP e AMP) e baixas concentrações dos inibidores (ATP, NADH, AG de cadeia longa) - OBS3: o gliceraldeído-3-fosfato é uma aldose e o di-hidroxiacetona fosfato é uma cetose • Glicólise - Segunda Fase: - É a fase de produção de ATP - Consumo de fosfatos inorgânicos - Produção de 2 ATP e 1 NADH por molécula de gliceraldeído-3-fosfato - Produção de 4 ATP e 2 NADH ao total - Ocorre em 5 reações enzimáticas - Sexta Reação ➢ 2x Trioses Fosforiladas (2x gliceraldeído-3-fosfato) + 2x Fosfato Inorgânico → Fosforilação oxidativa (uso de 1 NAD+) → 2x 1,3-Bifosfoglicerato + 2x NADH - Sétima Reação ➢ 2x 1,3-Bifosfoglicerato + 2x ADP → Transferência do grupo fosfato para o ADP (fosfogliceratoquinase) → 2x 3- Fosfoglicerato + 2x ATP - Oitava Reação ➢ 2x 3-Fosfoglicerato → Isomerização (mutase) → 2x 2-Fosfoglicerato - Nona Reação ➢ 2x 2-Fosfoglicerato → Desidratação (perde H2O) → 2x Fosfoenolpiruvato - Décima Reação (irreversível) ➢ 2x Fosfoenolpiruvato + 2x ADP → Transferência do grupo fosfato para o ADP (piruvato quinase) → 2x Piruvato + 2x ATP ➢ Tautomerização - OBS1: o NADH necessita ser reoxidado a NAD+, por meio de ➢ Oxidação pela CTE ➢ Transformação do ácido pirúvico em ácido láctico - OBS2: a fosfoglicerato mutase possui alguns sítios ativos, os quais são os locais de encaixe para a reação acontecer. Nesses sítios, existem resíduos de aminoácidos (histidina) que interagem com o substrato (3-Fosfoglicerato) ➢ A histidina captura o H+ do carbono dois do 3-Fosfoglicerato, e fornece em troca seu grupo fosfato ao carbono dois do 3- Fosfoglicerato ➢ Formação provisória do 2,3-Fosfoglicerato ➢ A histidina captura o grupo fosfato que já estava anteriormente no carbono três do 3-Fosfoglicerato e devolve o H+ ➢ Resumindo: o 3-Fosfoglicerato se transforma temporariamente em 2,3- Fosfoglicerato, depois permanentemente em 2-Fosfoglicerato, ou seja, o próprio substrato se transforma em produto • Glicólise - Saldo: - Primeira Fase: consumo de 2 ATP - Segunda Fase: produção de 4 ATP e 2 NADH - Saldo: produção de 2 ATP e 2 NADH • Os Destinos do Piruvato: • Destino: Produção de Lactato: - Condições anaeróbicas - Processo que acontece no músculo, após exercício físico intenso ➢ Liberação de ácido láctico - NADH é oxidado em NAD+ - Piruvato é reduzido em Lactato • Destino: Produção de Etanol: - Utilização de leveduras ➢ A descarboxilase é uma enzima presente nas leveduras - Piruvato é descarboxilado em Acetaldeído - NADH é oxidado em NAD+ - Acetaldeído é reduzido em Etanol • Destino: Acetil- : - Matriz mitocondrial ➢ Ciclo de Krebs - Crista mitocondrial ➢ CTE - Condições aeróbicas • Correlações Clínicas: - Envenenamento por arsênico pentavalente ➢ Arsenato substitui o fosfato ➢ Arsenólise ➢ Qual a explicação bioquímica para esta intoxicação? - Intolerância a frutose (aldolase B – fígado) ➢ Age sobre a F P e F1,2P ➢ Acúmulo F1P ➢ Depleção de Pi ➢ Diminuição da fosforilação da F ➢ Acúmulo de F ➢ Comprometer o Pi com a F1P torna impossível para as mitocôndrias do fígado gerarem ATP por fosforilação oxidativa ➢ Queda de ATP impossibilita ao fígado a execução de suas atividades ➢ Qual a explicação bioquímica para esta intolerância? - OBS: Frutose, manose e galactose podem entrar na via glicolítica após conversão em derivados fosforilados
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