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Revisão Saúde da Mulher

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Aula - Avaliação Fisioterapêutica em Mulheres com Disfunção do Assoalho Pélvico A fisioterapia pode contribuir de modo significativo para o tratamento de distúrbios ginecológicos, com destaque para o treinamento da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP). Com base nesta afirmativa, responda:
a) Qual a Classificação das Disfunções do Assoalho Pélvico (DAP)?
Incontinência urinária, incontinência fecal, prolapso dos órgãos pélvicos, anormalidades sensórias e de esvaziamento do trato urinário, disfunções defecatórias e sexuais, dores pélvicas crônicas.
b) Detalhe a avaliação fisioterapêutica de mulheres com DAP.
Inicialmente é realizada uma entrevista com o objetivo de levantar dados ou queixas a respeito da demanda da paciente, buscando saber quando iniciou a DAP, possíveis fatores de sua ocorrência. Histórico de outras condições de saúde associados e também quais são as limitações que a DAP impõe à mulher. O exame físico é composto por: exame das estruturas, funções sensoriais, dor musculoesquelética do assoalho pélvico e adjacentes e também verificação das funções sexuais, urinárias e de defecação. E por fim, observação de exames complementares, com o objetivo de orientar nas hipóteses diagnósticas encontradas através da entrevista e exame físico. 
 Aula - Exames Complementares da Avaliação Fisioterapêutica em Mulheres com Disfunção do Assoalho Pélvico Durante a avaliação fisioterapêutica em pacientes com incontinência urinária feminina, como mensurar as funções urinárias utilizando os testes válidos e confiáveis:
a) Teste do absorvente
É indicado para medida da gravidade da incontinência urinária, ou seja, da quantidade de urina perdida. Pode ser realizado com durações distintas (menos de 1 h, 1 h, 24 h e 48 h). Os mais utilizados são os de 1 h e 24 h. No teste de 24 h, a paciente/cliente é instruída a fazer uso de absorventes previamente pesados pelo terapeuta. É orientada a manter sua rotina diária, podendo trocar os absorventes sempre que considerar necessário. Cada protetor, depois de utilizado, deve ser guardado em saco plástico bem vedado, posteriormente, pesado em balança de precisão. O valor de referência para análise do grau e da gravidade da incontinência urinária, se o peso total dos absorventes utilizados durante o teste de 24 h for maior do que 4,4 g em mulheres com IU.
b) Diário Miccional
É um instrumento de fácil reprodutibilidade, em que a paciente deve anotar, por um período de 24 ou 48 h, a hora e o volume da urina, as situações de urgência e/ou perdas urinárias, além de horário, volume e tipo de líquido ingerido.
 c) Questionário de QV - International Consultation on Incontinence Questionnaire – short form (ICIQ-SF)
É um questionário de qualidade de vida, autoadministrável e tem a finalidade de avaliar o impacto da incontinência urinária na QV e qualificar a perda urinária.
 Aula - Incontinência Urinária
1. Relacione os tipos de incontinência urinária listados a seguir com algumas de suas características ou com o respectivo tratamento.
1. Incontinência Mista
É a misturas de sintomas de IUE e IUU, tratamento dos músculos do assoalho pélvico, cinesioterapia associados com outras terapias, como eletroterapia, biofeedback.
2. Incontinência de esforço
É a perda urinária involuntária que ocorre após exercício físico, tosse ou espirro. Tratamento: treinamento dos músculos do assoalho pélvico e cinesioterapia.
3. Incontinência de urgência
É a perda involuntária de urina acompanhada ou precedida imediatamente de urgência urinária. Tratamento: eletroterapia, biofeedback, cones vaginais.
2. O recurso utilizado nos casos de incontinência urinária de esforço (IUE) que permite o aprendizado dos eventos de contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) por meio de técnicas visuais ou auditivas é:
 a) cones vaginais.
 b) exercícios perineais de Kegel.
 c) biofeedback.
 d) estimulação elétrica.
3. O diário miccional consiste na anotação do horário e volume urinado a cada micção, no período de 3 dias e dos eventuais episódios de perda. Essa medida simples pode diferenciar condições da bexiga, e é especialmente importante para diagnóstico em:
a) incontinência urinária de esforço.
b) incontinência urinária de urgência.
c) pacientes idosos.
d) crianças com enurese noturna
Aula - Abordagem Conservadora dos Prolapsos de Órgão Pélvico Paciente de 48 anos teve 3 partos vaginais dos 25 aos 30 anos. Queixa-se de sensação de “bola na vagina" e perda de urina. Ao exame vaginal, observa-se, durante manobra de valsava, que o órgão atinge o introito vaginal. Qual é a classificação do prolapso? Sugira um protocolo de atendimento fisioterapêutico.
Paciente encontra-se no estágio 2, como tratamento fisioterapêutico pode ser sugerido reeducação comportamental da paciente, exercícios perineais para fortalecimento e tonificação dos músculos do assoalho pélvico, além de estimulação elétrica e também biofeedback.
Aula - Cirurgias Ginecológicas Paciente com 45 anos, antecedente de 2 partos vaginais, submetida a perineorrafia, para correção de prolapso de órgãos pélvicos e incontinência urinário. Apresente um protocolo de atendimento.
Pode ser utilizada cinesioterapia, com objetivo de trabalhar a musculatura do assoalho pélvico, trabalhar educação e conscientização da sua própria anatomia, dessensibilização vaginal para expor a mulher gradativamente à situação de penetração vaginal com o uso do dedo ou de dilatadores específicos para o tratamento. Massagem perineal para promover um relaxamento dos músculos do AP e também melhorar a elasticidade e contribui na melhora da estenose.
Aula - Fisioterapia nas Disfunções Sexuais Feminina Queixa-se de dor e dificuldade à penetração do pênis ou ao exame ginecológico há 3 anos. A paciente relata que teve 5 parceiros sexuais ao longo da vida e o atual é seu marido há 10 anos. Declara que sempre teve vida sexual saudável e satisfatória, até 3 anos atrás. Procurou vários ginecologistas e não chegou a um diagnóstico. A paciente tem evitado o contato com o marido por medo da dor e receia que esteja perdendo a libido sexual. No entanto, não quer perder o companheiro. O exame físico apresenta todos os componentes comumente encontrados ao se examinar uma mulher com vaginismo: dificuldade para afastar as pernas e contrações involuntárias dos adutores das coxas. O simples toque do períneo é dolorido e o afastamento dos lábios vulvares provoca contração vaginal imediata, o que torna o toque impossível. Qual conduta terapêutica você sugere?
Inicialmente o autoconhecimento da anatomia, com o objetivo de educar, informar e motivar a paciente a reconhecer suas estruturas anatômicas, tornando assim a mulher mais esclarecida e confiante. Eletroestimulação visando dessensibilizar a vagina, fadigar a musculatura reproduzindo contrações intensas com o objetivo de "cansar" o músculo e inibir espasmos musculares. Dessensibilização vaginal e massagem perineal, buscando desativar pontos gatilhos na região, relaxar os MAP para penetração e por fim biofeedback em busca de promover de forma voluntária o relaxamento e a contração perineal quando solicitado.

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