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Pesquisa é o que fazemos quando nos ocupamos de estudar de forma sistemática um 
objeto (o objeto de pesquisa), mas fazemos isso sempre tendo uma meta a ser 
alcançada, isto é, pretendemos fazer alguma coisa com o resultado da pesquisa.
Então pesquisa é o mesmo que investigação: busca realizada de forma sistemática. 
Os critérios formais para todo o procedimento de pesquisa, como vimos 
anteriormente, são fornecidos pelos métodos científicos.
Elementos: 
 ✓ a formulação de um problema (aquelas perguntas às quais desejamos fornecer 
respostas consistentes); a determinação do que é necessário em termos de ✓
informação para alcançarmos as respostas almejadas; a seleção das fontes mais ✓
apropriadas; a definição de um programa de ações que logre viabilizar aquelas ✓
informações; a seleção de um conjunto de critérios para o tratamento das ✓
informações adquiridas; o emprego de um referencial teórico para interpretar as ✓
informações; a formulação de respostas para aquelas perguntas lançadas no ✓
problema central da pesquisa; a verificação das respostas de acordo com seu ✓
índice de segurança em correção; o exame do alcance e da extensão dos ✓
resultados obtidos.
 Pesquisa quantitativa 
É útil quando o objeto da pesquisa se prestar a algum 
tipo de medição e esta for interessante para o resultado 
final da investigação.
O perfil dessa abordagem é descritivo, e o pesquisador 
pretenderá sempre obter o maior grau de correção 
possível em seus dados, assegurando assim a 
confiabilidade de seu trabalho.
Exemplo: avaliar quantitativamente a estrutura 
judiciária de Fortaleza (número x de varas, de cartórios, 
de juízes, de processos/ano etc.), para saber se tal 
quantidade é bastante ou não para atender a demanda.
 Pesquisa qualitativa
Em vez de medir dados, a pesquisa qualitativa 
dedica-se ao exame rigoroso da especificidade, do 
alcance e das interpretações possíveis para o 
fenômeno estudado e (re)interpretado de acordo 
com as hipóteses estrategicamente estabelecidas 
pelo pesquisador.
Exemplo: avaliar qualitativamente a estrutura 
judiciária de Fortaleza (se é ou não um bom 
atendimento judiciário à população), para saber se 
é adequada à demanda em termos de qualidade 
(celeridade, eficiência, equidade nos julgamentos 
etc.).
 Pesquisa etnográfica
Visa compreender, na sua cotidianidade, os processos 
do dia-a-dia em suas diversas modalidades. Trata-se 
de um mergulho microssocial, olhado com uma lente 
de aumento. Aplica métodos e técnicas compatíveis 
com a abordagem qualitativa.
Vale-se do método etnográfico, descritivo por 
excelência e proveniente de disciplinas da 
Antropologia Social, que consiste no estudo de um 
objeto por vivência direta da realidade em que ele se 
insere. Tem como objetivo entender uma cultura não 
familiar (seu conhecimento, suas técnicas, seus 
costumes etc.), de forma a traduzi-la de maneira que 
possa ser entendida e usada por outros.
 Pesquisa bibliográfica
É aquela que se realiza a partir do registro disponível, 
decorrente de pesquisas anteriores, em documentos 
impressos, como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados 
ou de categorias teóricas já trabalhados por outros 
pesquisadores e devidamente registrados. 
Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O 
pesquisador não trabalha a partir das contribuições dos 
autores dos estudos analíticos constantes dos textos.
 Pesquisa documental
É uma vertente da pesquisa bibliográfica, na qual se tem 
como fonte documentos no sentido amplo, ou seja, não só 
documentos impressos, mas , sobretudo, outros tipos de 
documentos, tais como: jornais, fotos, filmes, gravações, 
documentos legais (legislação e jurisprudência, por exemplo). 
Nesses casos, os conteúdos dos textos ainda não tiveram 
nenhum tratamento analítico, são ainda “matéria-prima” da 
qual o pesquisador vai desenvolver sua investigação e 
análise.
 Pesquisa experimental
Toma o próprio objeto em sua concretude como fonte 
e o coloca em condições técnicas de observação e 
manipulação experimental nas bancadas e 
pranchetas de um laboratório, onde são criadas 
condições adequadas para seu tratamento. Para 
tanto, o pesquisador seleciona determinadas 
variáveis e testa suas relações funcionais, utilizando 
formas de controle.
Essa modalidade é plenamente adequada às Ciências 
Naturais, e mais complicada no âmbito das Ciências 
Humanas, já que não se pode fazer manipulação de 
pessoas.
 Pesquisa de campo
O objeto/fonte da investigação é abordado em seu meio 
ambiente próprio. A coleta de dados é feita nas 
condições naturais em que os fenômenos ocorrem, 
sendo assim diretamente observados, sem intervenção 
e manuseio por parte do pesquisador. Abrange desde os 
levantamentos, que são mais descritivos, até os estudos 
mais analíticos a partir do que foi levantado.
Ciências e áreas de estudo como o Direito, a 
Antropologia, a Sociologia e a Psicologia costumam 
fazer uso da pesquisa de campo para o estudo de 
indivíduos, de grupos, de comunidades ou de 
instituições, com o objetivo de compreender os mais 
diferentes aspectos de uma determinada realidade.
Faz uso de técnicas como a observação e a realização 
de entrevistas, de questionários, de formulários etc. 
Tem como ponto de partida a pesquisa bibliográfica.
 Pesquisa exploratória (descritiva)
Busca apenas levantar informações sobre um 
determinado objeto, delimitando assim um campo 
de trabalho, mapeando as condições de 
manifestação desse objeto. Na verdade, ela é uma 
preparação para a pesquisa explicativa.
 Pesquisa explicativa
É aquela que, além de registrar e de analisar os 
fenômenos estudados, busca identificar suas 
causas, seja através da aplicação do método 
experimental/quantitativo seja através da 
interpretação possibilitada pelos métodos 
qualitativos.
ATENÇÃO: Um tipo de pesquisa 
não necessariamente exclui o 
outro. A depender da fase da 
investigação, poderá ser 
adotado um específico. Caberá 
ao pesquisador, ao definir sua 
metodologia científica, apontar 
os métodos e o tipo de pesquisa 
escolhidos, sempre fazendo 
vinculação ao objeto de estudo.
 Documentação
É toda forma de registro e de sistematização de dados ou 
informações, colocando-os em condições de análise por parte do 
pesquisador.
Pode ser tomada em três sentidos fundamentais:
1. Como técnica de coleta, de organização e de conservação de 
documentos;
2. Como ciência que elabora critérios para a coleta, para a 
organização, para a sistematização, para a conservação e para a 
difusão dos documentos;
3. No contexto da realização de uma pesquisa é a técnica de 
identificação, de levantamento, de exploração de documentos 
fontes do objeto pesquisado e de registro das informações 
retiradas nessas fontes e que serão utilizadas no 
desenvolvimento do trabalho
 Entrevista
É a técnica de coletas de informação sobre um 
determinado assunto, diretamente solicitadas aos sujeitos 
pesquisados. Trata-se, portanto, de uma interação entre 
pesquisador e pesquisado. Muito usada na área das 
Ciências Humanas. O pesquisador procura aprender o que 
os sujeitos pensam, sabem, representam, fazem, 
argumentam etc.
 História de vida
É a coleta de informações da vida pessoal de um ou de 
vários informantes. Pode assumir formas variadas: 
autobiografia, memorial, crônicas, em que se possa 
expressar as trajetórias pessoais dos sujeitos.
Exemplo de artigo jurídico que utiliza tal técnica: 
http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/2
309
 Observação
É todo procedimento que permite o acesso aos fenômenos 
estudados. É uma etapa imprescindível em qualquer tipo ou 
modalidade de pesquisa.
 Questionário
Consiste no conjunto de questões, sistematicamente 
articuladas, que se destinam a levantar informações escritas 
por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a 
sua opinião sobre os assuntos em análise. 
As questões devem ser pertinentes ao objeto e claramente 
formuladas, de modo a serem bem compreendidas pelos 
sujeitos entrevistados.As questões podem ser fechadas ou abertas. No primeiro 
caso, as respostas serão escolhidas dentre as opções 
predefinidas pelo pesquisador; no segundo, o sujeito pode 
elaborar as respostas, com suas próprias palavras, a partir de 
sua elaboração pessoal. 
 Estudo de caso
No estudo de caso, o objeto sofre um recorte radical, de 
maneira que o pesquisador assume o compromisso de 
promover sua análise de forma profunda, exaustiva e extensa, 
o que equivale a dizer que deverá examinar seu objeto 
sempre levando em consideração os fatores que acabam 
influenciando, direta ou indiretamente, a sua especificidade e 
o seu desenvolvimento.
O caso que será objeto da pesquisa deve possuir uma 
contrapartida no plano fático, histórico, isto é, o objeto deve 
ser alguma coisa que realmente exista e possa ser 
experimentada pela nossa percepção da realidade (excluindo-
se o estudo de ideias, de conceitos ou categorias), ainda que 
nomes fictícios sejam utilizados para preservar a integridade 
moral de pessoas, físicas ou jurídicas, e de outras instituições 
desenvolvidas.
Exemplo: num estudo de caso, o pesquisador não terá como 
objeto o tema geral “a sonegação fiscal”, mas sim uma 
situação empiricamente verificável, como “o caso da 
sonegação fiscal X, ocorrido na localidade Y”. 
 O que é direito comparado?
É a ciência (ou o método) eu estuda, por meio de 
contraste, dois ou mais sistemas jurídicos, 
analisando suas normas positivas, suas fontes, sua 
história e os variados fatores sociais e políticos que 
os influenciaram (Jacob Dolinger)
O método do direito comparado permite o 
confronte de divergências e convergências, bem 
como a descoberta de “semelhanças onde se 
poderia pensar haver conflitos” e “diversidades 
onde se pensava haver uniformidade”
 Quando optar pelo método de direito comparado?
Antes de optar pelo direito comparado como 
método principal ou secundário, sugere-se que o 
pesquisador faça a si próprio as seguintes 
perguntas:
1. Por que devo utilizar direito comparado na 
consecução da minha pesquisa?
A opção por tal método só se justifica quando ele é 
relevante – leia-se, necessário – à solução do 
problema de pesquisa. Em outras palavras, é 
preciso que o método seja suficiente para testar a 
hipótese originalmente levantada, confirmando-a 
ou refutando-a.
2. Quais são as razões que justificaram a escolha 
do(s) país(es) comparado(s)?
A simples vinculação de ordem emocional com um país 
estrangeiro (de vivência, por lá possuir família etc.) não 
é razão para a sua escolha.
As seguintes razões, por outro lado, justificam a escolha 
de um ou mais países:
- semelhanças, de uma ou mais ordens, entre os países 
comparados: econômica, social, política, jurídica etc.;
- o fato de o objeto da pesquisa ter sido desenvolvido 
no(s) país(es) escolhido(s), seja por meio da doutrina, 
da jurisprudência ou da construção normativa, 
possibilitando reflexões que agreguem à realidade 
nacional;
- tratados internacionais que vinculem os países 
escolhidos (quando o objeto da pesquisa diz respeito a 
temas por eles regulados).
3. O que será objeto de comparação?
Uma vez definidos os países objeto de análise, é preciso 
que o pesquisador tenha muita clareza quanto ao que 
será comparado: leis? Decisões judiciais ou a ausência 
delas? Políticas públicas? Momentos históricos? É 
importante ressaltar a necessidade de que se proceda à 
escolha de objetos passíveis de serem comparados.
4. Como pretendo proceder à análise 
comparativa?
Uma vez que cada caso é único, um bom canal de 
comunicação com o orientador é crucial. 
Por conhecer a área pesquisada e estar familiarizado 
com o tema escolhido, o orientador é a pessoa mais 
indicada a ponderar – juntamente com o orientando – se 
separar os países comparados por capítulos faz mais ou 
menos sentido, por exemplo, do que separar os 
capítulos por temas e, em cada um deles, proceder à 
análise comparativa.
Numa pesquisa acadêmica de jurisprudência, 
busca-se identificar de qual modo um ou mais 
tribunais compreendem um instituo jurídico, 
revelando-se eventuais posições consolidadas, 
divergências entre diferentes órgãos, incoerências 
nos julgamentos etc.
O simples fato de um argumento ser adotado 
numa decisão judicial não significa que eles esteja 
correto
 Quando minha pesquisa pode ser desenvolvida por 
meio da análise de jurisprudência
A princípio, nenhum tema jurídico afasta a possibilidade 
de tratamento por meio de análise jurisprudencial. 
Novamente a pergunta: “tendo em vista os objetivos da 
minha pesquisa, é útil examinar a jurisprudência?”
A pesquisa jurisprudencial serve para analisar:
- decisões judiciais (desde os Tribunais Superiores até 
os juízes de primeira instância);
- decisões administrativas (a exemplo do Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica – CADE e do 
Tribunal de Impostos e Taxas – TIT.
 Adequação com o tipo de trabalho
Para responder à pergunta-problema da investigação, é 
importante que o aluno conheça quais são os 
instrumentos de pesquisa e, principalmente, saiba 
manuseá-los. 
Os recortes jurisprudenciais são todas as estratégias de 
delimitação do tema. Nas pesquisa de jurisprudências 
os recortes mais recorrentes são os institucionais 
(escolher dentre uma ou mais instituições do Poder 
Judiciário), os temáticos (escolher um tema específico 
dentre vários possíveis), os processuais (escolher um 
instrumento processual específico, como um recurso, 
por exemplo) e os temporais (escolher um período no 
qual as decisões analisadas foram proferidas).
 Composição da amostra: o que fazer quando o 
número total de julgados encontrados é muito 
grande?
A primeira estratégia é adicionar novos critérios de 
recortes jurisprudenciais com o fito de que o número total 
de decisões encontradas seja reduzido.
Exemplo: “A jurisprudência do STF em ações diretas de 
constitucionalidade sobre o princípio da legalidade em 
matéria tributária no período de 2000 a 2010”. Caso o 
número de decisões seja muito grande, é possível 
restringir a análise a uma turma ou a um ministro.
 Para a estatística, a “amostra” consiste em um conjunto 
de indivíduos retirados de uma população segundo critério 
metodológico para viabilizar o estudo deste conjunto, cujas 
conclusões serão representativas da população. Em 
pesquisas jurisprudenciais, entretanto, é comum verificar a 
expressão “amostra” para designar o total de julgados a 
ser analisado.
Para compreender a extensão do 
estudo proposto, é essencial que o 
pesquisador indique o quanto do 
analisado representa a dinâmica 
decisória do órgão.
Em termos práticos, a amostra é 
exatamente aquele conjunto de 
decisões com que o aluno lidará em 
seu trabalho no formado de pesquisa 
de jurisprudência.
 Indicação do site em que a pesquisa foi realizada, bem 
como a data e a hora, o que delimita o total de decisões 
processadas, pois os órgão julgadores tendem a 
alimentar os seus bancos de dados periodicamente;
 Apresentação dos critérios de busca utilizados e 
respectivas ocorrências;
 Justificativa das exclusões de decisões;
 A representatividade da amostra com relação ao total 
de julgados;
 Indicação do total do conjunto de casos que serão 
analisados.
 Análise temática – é o exame de conjunto de julgados 
sobre um determinado tema, geralmente com a 
proposta de compreender o entendimento do órgão 
julgador sobre o instituto estudado.
- “Nos labirintos do STF: em busca do conceito de 
serviço público. Uma visão a partir do caso ECT”.
- Comunidades quilombolas no judiciários brasileiro: 
análise comparativa da jurisprudência.
- “Panorama atual da responsabilidade civil do Estado 
em matéria de serviços públicos na jurisprudência do 
STF”.
 Análise dos elementos da decisão – é a análise da argumentação 
utilizada pelo órgão julgador, ou determinado julgador, para a 
tomada da decisão. Pergunta-se: quais são os argumentos 
considerados para a construção da decisão? 
- “Proporcionalidade e razoabilidade na jurisprudênciado STF: os 
casos de conflito entre princípios da ordem econômica”.
- Argumentação sobre liberdade de expressão: resultados da 
análise de votos do Ministro Marco Aurélio”
 Análise da dinâmica institucional – é a análise do funcionamento 
institucional (tempo que leva para decidir, dinâmica de trabalho 
no julgamento etc.) do órgão julgador a parti das suas decisões.
“A audiência pública realizada na AD 3510-0: a organização e o 
aproveitamento da primeira audiência pública da história do 
STF”.
“Definição de pauta no STF no controle de constitucionalidade de 
emendas constitucionais nos governos FHC e Lula”.
 Análise processual da jurisprudência – o foco do pesquisador 
concentra-se nos aspectos processuais relacionados ao caso 
analisado. O aluno pode analisar, por exemplo, a forma que 
um tribunal utiliza instrumentos processuais específicos, como 
a concessão de liminares, a modulação de efeitos no controle 
de constitucionalidade pelo STF ou mesmo a forma pela qual é 
feita o uso de precedentes pelo órgão julgador.
“Como demandar ‘direito’ do STF? Análise sob o enfoque das 
reclamações em que se alega desrespeito às súmulas 
vinculantes”.
“Uso de precedentes pelo STF em casos de fornecimento de 
medicamentos”.
“Medida cautelar pelo STF em ação direta de 
inconstitucionalidade”.
“O Supremo Tribunal Federal e a dimensão temporal de suas 
decisões: a modulação de efeitos em vista do princípio da 
nulidade dos atos normativos inconstitucionais”.
“As características do amicus curiae à luz do STF”.
A capa apresenta as informações institucionais e autorais sobre o 
projeto. Deve conter os seguintes elementos:
 O nome da Instituição de Ensino Superior, do Centro, da 
Faculdade, do Curso, do Instituto ou similar;
 A identificação precisa do tipo de pesquisa que será realizada 
(monografia, dissertação ou tese);
 O título da pesquisa;
 A identificação do autor do projeto;
 A identificação do Professor Orientador com sua titulação; e
 Local e ano.
 Para projetos mais extensos – com 
mais de 10 páginas, por exemplo –, é 
recomendável sumariar o conteúdo 
para facilitar o seu manuseio.
 O tema se identifica com o próprio 
objeto da pesquisa; é, de forma geral, 
o assunto de que se vai tratar. 
 Alguns exemplos: 
 -Jurisdição constitucional; 
- Princípio da dignidade humana; 
- Democracia; 
- Prisão preventiva.
 Atenção: até mesmo a “Democracia” pode 
ser escolhida como tema da pesquisa. 
Contudo, é preciso delimitá-lo, a fim de que 
não fique amplo demais.
 É importante ressaltar que só com o tema 
não se pode iniciar uma investigação. O 
tema não é o problema, é apenas um ponto 
de partida, uma referência sobre o que se vai 
estudar.
 Em regra, a escolha de um tema – mesmo 
após a sua delimitação – acaba levando a um 
objeto demasiado amplo. Para estudá-lo com 
profundidade, devem ser estabelecidos 
alguns outros elementos (problematização, 
justificativa, objetivos, métodos etc.).
Mas, como escolher um tema?
 O tema deve ser um verdadeiro objeto de 
dúvida
Para transformar um assunto que me 
interessa em tema, um bom exercício é 
buscar extrair dele uma pergunta, um 
problema, uma dúvida – com ponto de 
interrogação ao final, inclusive. 
“O cientista primeiro constrói o problema 
para só depois atacá-lo por meio da 
pesquisa científica”.
 O tema deve ser relevante
A pergunta ou o problema que serão tema de 
pesquisa devem refletir um objeto relevante para a 
discussão acadêmica.
O fato de um tema ser objeto de frequentes 
discussões entre pesquisadores e juristas é bom 
indicativo de sua relevância enquanto pauta de 
investigação.
Assim, uma das maneiras de se determinar a 
relevância do tema é saber o quanto ele está na 
pauta dos debates jurídicos atuais. Consultar, por 
exemplo, artigos científicos, dissertações e teses; 
cursos e manuais; jornais de grande circulação; e 
portais jurídicos.
 O tema deve ser do próprio interesse do 
pesquisador
Quando escolhemos um tema ou um objeto de 
pesquisa, estamos na verdade escolhendo um 
parceiro ou parceira que poderá vir a nos 
acompanhar até mesmo pelo resto de nossas vidas 
ou, pelo menos, por um bom trecho de nossa 
trajetória acadêmica. 
Assim, na escolha do tema, devemos sempre 
observar nossas aptidões e nossos desejos 
pessoais. 
 A originalidade do tema
Tecnicamente, a originalidade, em sentido de 
inovação teórica, só é requisito de teses de 
doutorado. Nem mesmo dissertações de mestrado 
precisam ser originais nesse sentido estrito, de 
oferecer uma nova teoria ou uma nova 
interpretação para um conjunto de fatos. 
Isso não significa, contudo, que uma dissertação 
ou um TCC deva limitar-se a repetir radiosamente 
as interpretações mais cediças e indisputáveis em 
sua área de interesse. 
Mesmo o trabalho de reconstrução ou 
reorganização de textos de terceiros, sem objetivo 
de originalidade, pode ser criativo e inovador, 
gerando resultados úteis e interessantes.
 O tema deve estar dentro das limitações do 
pesquisador
a) o pesquisador deve ter um razoável nível de 
familiaridade prévia com o tema, isto é, o tema 
escolhido deve sempre ser aquele diante do qual o 
pesquisador se sinta confortável, em termos de 
conhecimentos que já possui.
* Sem, pelo menos, uma prévia noção do assunto, 
a tendência é que o pesquisador não consiga 
formular um problema de pesquisa 
suficientemente interessante e termine a se limitar 
à leitura dos textos básicos (cursos e manuais) 
cujo conteúdo fica distante do conhecimento 
acadêmico criativo.
b) as fontes relativas ao tema devem ser acessíveis a 
quem irá lê-las.
Um grande obstáculo, nesse sentido, são idiomas 
estrangeiros. Não conseguirei pesquisar coisa alguma 
sobre o direito chinês se as fontes relativas ao meu 
tema estiverem em mandarim, sem tradução confiável 
para algum idioma cuja leitura seja acessível. O mesmo 
vale para pesquisas que utilizam a metodologia do 
direito comparado.
Ademais, o pesquisador deve atentar para as limitações 
de acesso aos materiais dos quais ele precisa fazer sua 
pesquisa. Pense-se o exemplo de uma pesquisa que 
queira reconstruir o debate jurídico em torno da 
formação do mercado de seguros no Brasil desde o 
século XIX. Certamente haverá fontes históricas de 
difícil acesso para tal trabalho (em poucas bibliotecas 
com bons acervos de obras raras ou em arquivos 
públicos ou particulares).
 A delimitação do tema é o recorte que o pesquisador deve fazer no seu 
objeto, de modo a deixá-lo o mais específico possível.
 Estratégias para a delimitação do tema:
- por assunto: “A dispensa abusiva no contrato de trabalho”;
- por autor: “A fundamentação dos direitos humanos segundo Robert 
Alexy”
- por circunstância temporal: “A democracia no governo FHC: período de 
2000 a 2002”.
- por circunstância espacial: “Ações de despejo na Comarca de 
Quixeramobim”.
- por circunstância espaço-temporal: “Direito natural e iluminismo no 
direito português do final do antigo regime”.
- por referência a aspecto específico do direito positivo: “O princípio da 
nacionalidade na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro”.
ATENÇÃO: Quanto maior o grau de 
delimitação do campo de 
investigação, maiores são as 
condições de examiná-lo com 
profundidade. Portanto, cuidado com 
temas demasiadamente genéricos e 
com recortes pouco precisos. O 
resultado quase certo desse tipo de 
projeto de pesquisa é desembocar 
num trabalho final de simples 
compilação, recheado de citações 
sem qualquer referência reflexiva do 
autor, tratando-se de tudo e nada ao 
mesmo tempo.
 Aqui, são apresentadas os motivos ensejadores e as razões da 
pesquisa, o estágio atual da problemática envolvida e o 
interesse em sua investigação. Justifica-se o interesse de 
pesquisar o objeto na forma que está propondo o autor do 
trabalho.
 Nesta etapa, você deve utilizar todos os argumentos 
indispensáveis para “vender o seu peixe”. É preciso 
demonstrar a necessidade e a importância da pesquisa. Em 
suma: você deve convencero seu orientador e a sua banca de 
que a sua proposta é boa e merece ser objeto de 
investigação.
 Por isso, escolha um tema que lhe dê motivação e deixe isso 
muito claro na justificativa do projeto, evidenciando a 
relevância, a originalidade (mesmo que não seja absoluta, ou 
que seja apenas na maneira de abordar) e o caráter oportuno 
da pesquisa sobre a temática escolhida.
 É o questionamento, a dúvida sobre um determinado aspecto do 
objeto a ser investigado. 
 É com a problematização que começa a pesquisa, a qual terá como 
propósito a busca de uma resposta coerente, lógica, para a dúvida 
levantada.
 Nesta importante etapa do projeto, você deve fazer uma introdução 
à temática escolhida, para, ao final, formular (como uma 
pergunta/questão) o problema ou os problemas fundamentais que 
você está se propondo a tratar, a clarificar e até a oferecer respostas.
 As perguntas devem ser claras, diretas e objetivas.
Exemplos: “Existe uma relação possível entre a ideia de direito 
natural de Aristóteles, o de Tomás de Aquino e o de John Locke?”. 
Qual o grau de eficácia das normas constitucionais relativas ao 
direito à saúde após a Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988?”
 Nesta etapa, você deverá apresentar as possibilidades 
de respostas para o(s) problema(s) suscitado(s), são os 
caminhos que o raciocínio deverá percorrer na tarefa de 
desenvolvimento fundamentado do trabalho.
 Podem ser afirmativas ou negativas, afinal, você pode 
vir a mudar de ideia ao longo do curso da pesquisa. As 
hipóteses são previsões ou suposições que poderão ser 
confirmadas ou não ao final da pesquisa.
 Cada hipótese deverá corresponder a uma das 
perguntas da problematização. Se foram 4 perguntas, 
logo deverão ser formuladas 4 hipóteses
 Cabe expor, nesta etapa, os referenciais teóricos, 
ou seja, os instrumentos lógico-categoriais 
(autores, teorias, documentos etc.) nos quais você 
se apoia para conduzir o trabalho investigativo e o 
raciocínio.
 Trata-se de esclarecer as várias categorias que 
serão utilizadas para dar conta dos fenômenos a 
serem abordados e explicados. 
 Se você está se propondo a pesquisar algum 
assunto é porque tem uma meta a ser alcançada, 
pretende investigar algo. Esse é o seu objetivo 
geral.
 Enquanto o objetivo geral busca definir uma 
meta para o trabalho como um todo, os objetivos 
específicos estão voltados ao atendimento de 
questões mais particulares e secundários da 
pesquisa.
 Aqui, você faz a opção pela modalidade de pesquisa 
mais adequada à consecução de seus objetivos e indica 
os meios (métodos e procedimentos) que adotará para 
operar com seu objeto.
 O pesquisador deve indicar o(s) tipo(s) de pesquisa que 
adotará: pesquisa qualitativa, quantitativa, bibliográfica, 
documental, etnográfica, de campo, experimental etc.
 Deverão ser igualmente apontados os procedimentos 
instrumentais a serem utilizadas: documentação, 
entrevistas, questionário, estudo de caso etc.
 O cronograma deverá prever o tempo necessário 
para a execução de cada etapa da pesquisa: para 
localizar o material; para ler; para fichar; para 
entrevistar; para colher dados estatísticos; para 
redigir cada parte da estrutura final do trabalho; 
para fazer revisões recomendadas pelo orientador; 
revisão do português; formatação do trabalho; e 
assim por diante.
 É a relação de todas as obras já consultadas no 
momento da apresentação do seu projeto de 
pesquisa.
 Você poderá indicar também, em separado, uma 
lista das referências de cuja existência e 
importância já tenha conhecimento, mas a que 
ainda não teve acesso.
 Você deve montar provisoriamente um sumário 
contendo as partes possivelmente integrantes do 
texto final de seu trabalho. 
 Procure organizar o seu trabalho para que ele 
tenha, no mínimo, três seções primárias e não 
mais do que quatro, se extremamente necessário, 
principalmente em TCC’s e em dissertações de 
mestrado.
 Escolha um tema para o seu projeto de 
pesquisa, delimite-o e justifique a sua 
escolha.
 www.conpedi.org.br (Procure em Anais).
 www.4shared.com 
 www.teses.usp.br (biblioteca de teses e dissertações da 
USP)
 www.estantevirtual.com.br (Para sebos)
 http://www.periodicos.capes.gov.br/ (biblioteca virtual 
da CAPES que reúne e disponibiliza a instituições de 
ensino e pesquisa no Brasil o melhor da produção 
científica internacional. Ele conta atualmente com um 
acervo de mais de 30 mil periódicos com texto 
completo, 130 bases referenciais, dez bases dedicadas 
exclusivamente a patentes, além de livros, 
enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, 
estatísticas e conteúdo audiovisual).
 http://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/ (Qualis B1) 
áreas: direitos fundamentais e democracia
 http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/nej (Qualis A2) 
áreas: “Constitucionalismo e Produção do Direito” e 
“Direito e Jurisdição
 http://www.scielo.br/revistas/rdgv/paboutj.htm (Qualis A1) 
A Revista DIREITO GV é generalista. Publica artigos, 
resenhas e ensaios inéditos sobre a dogmática das 
diversas áreas do direito nacional, internacional e global, 
além de trabalhos de pesquisa aplicada e textos de teoria 
do direito, sociologia do direito, filosofia do direito e 
história do direito. 
A revista está aberta às mais diversas abordagens teóricas 
e metodológicas, inclusive a textos interdisciplinares e 
artigos que se enquadrem no campo de pesquisa Law & 
Society e Law & Economics. Ademais, contém trabalhos 
sobre ensino e pesquisa em direito. 
 http://www.revistas.ufg.br/index.php/
revfd Revista da Faculdade de Direito 
da UFG (Qualis B1) 
 http://www.unifor.br/index.php?
option=com_content&view=article&id
=362&Itemid=762 (Qualis B1).
 http://mdf.secrel.com.br/index.php?
option=com_docman&task=cat_view&
gid=34 (Qualis B1).
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