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Biossegurança Separando a palavra, biossegurança consiste em: Bio: vida Biossegurança: Segurança: qualidade se ser seguro – livre de danos Conceito: É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, controle, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades (pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços) que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. A biossegurança possui duas vertentes, a biossegurança legal (manipulação de OGMs e pesquisas com células-tronco embrionárias) e a biossegurança praticada (desenvolvida nas instituições de saúde), na qual a segunda é o objeto de estudo dessa disciplina. → No âmbito de coordenação, se referindo ao Ministério da Saúde, a Biossegurança é tratada pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e composta pelas Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Atenção a Saúde (SAS), pela assessorias de Assuntos Internacionais em Saúde (AISA), pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (Portaria GM/MS nº 1.683/03). As ações de biossegurança são indispensáveis para a promoção e manutenção do bem-estar e proteção a vida. No Brasil, a biossegurança começou a ser institucionalizada a partir da década de 80 quando o Brasil tomou parte do Programa de Treinamento Internacional em Biossegurança ministrado pela OMS que teve como objetivo estabelecer pontos focais na América Latina para o desenvolvimento do tema. Por que estudar Biossegurança? Promove a proteção dos profissionais e usuários de saúde; Evidencia a promoção da consciência sanitária; Garante o conhecimento para a manipulação e descarte de resíduos de maneira correta; Expõe medidas de controle de infecção; Reduz a ocorrência de acidentes ocupacionais; Perigo x Risco Fonte, situação ou Probabilidade de ato com potencial ocorrer um evento para o dano. bem definido no . espaço e no tempo . que causa dano Perigo -> fonte geradora = não controlável. Risco -> exposição = controlável. Na presença de um perigo não existe risco zero, porém existe a possibilidade de minimizá-lo ou alterá-lo para níveis considerados aceitáveis. Classificação de Riscos Ocupacionais São chamados riscos ocupacionais qualquer tipo de situação não saudável e fora da conformidade no ambiente de trabalho que possa oferecer danos à saúde e/ou integridade física do trabalhador São regulamentados de acordo com a portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho do Brasil e pelas Normas Regulamentadoras (NRs) de Medicina e Segurança do Trabalho. As NRs regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e saúde do trabalho, são citadas na CLT, de observância obrigatória por TODAS as empresas regidas pela CLT e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho. A NR 32 dispões sobre a Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de saúde.. Riscos Ambientais e Ocupacionais Os riscos no ambiente laboral (de trabalho) podem ser classificados em 5 tipos, sendo capazes de causar danos a saúde do trabalho em função de sua natureza, concentração e intensidade. → Riscos Químicos: são caracterizados por serem absorvidos pelo organismo, penetram no corpo humano através da via respiratória, ingestão e contato. São exemplos de riscos químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores. (NR 9, 15, 32) → Riscos Físicos: são agentes ambientais que se apresentam em forma de energia e imprimem algum tipo de impacto ao organismo humano, que é afetado por essa pressão exercida sobre seus órgãos e sistemas. Exemplos: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes ou não. (NR 9 e 15) → Riscos Ergonômicos: os riscos ergonômicos podem afetar a integridade física ou mental (psicológica) do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto físico ou doença. São elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto da atividade laboral. Exemplos: mobiliário e equipamentos inadequados, má iluminação e ventilação, esforços repetitivos e inadequados. (NR 17) → Riscos Biológicos: ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. São a probabilidade de exposição a bactérias, fungos, protozoários, vírus e parasitas. (NR 9 e 32) Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, influenza, doença meningocócica; Exposição a fluídos corporais: HIV, hepatites b e c, sífilis; Transmissão oro-fecal: hepatite a, poliomielite, gastroenterite; Contato: escabiose, pediculose.. A equipe de enfermagem é o grupo mais exposto à riscos biológicos nos serviços de saúde devido a ser o grupo mais numeroso, a ter contado direto com o paciente e realizar procedimentos que favorecem a exposição. Trabalhadores da área de saúde estão mais susceptíveis a acidentes com material perfurocortante, aumentando a exposição a microrganismos patogênicos. Riscos após exposição Percutânea: tempo entre exposição e atendimento. O atendimento após exposição ao HIV é uma urgência. A profilaxia deve ser iniciada o quanto antes, não excedendo o limite de 72 horas após à exposição. Na hepatite b, é recomendado a realização de testagem da pessoa exposta e da fonte (quando presente). O uso da vacina é recomendado a todas pessoas susceptíveis ( os não vacinados ou com presença de antígenos insuficientes, inferiores a 10 mUI/ml e HBsAg não reagentes. Após um acidente de trabalho com materiais biológicos/perfurocortantes é necessário abertura da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) e notificação para Vigilância Epidemiológica. → Riscos de Acidentes/Mecânicos: são todos os fatores que colocam o trabalhador em perigo afetando sua integridade física ou moral. Normalmente é concebido por mio de incidente ou acidente causador de lesão. 88,8% dos acidentes de trabalho notificados acometem a enfermagem; Acidentes com perfurocortantes representam 1 3 de todos os acidentes envolvendo profissionais de enfermagem; O maior risco está entre os procedimentos de coleta de sangue, punção venosa, retirada de pontos, reencapamento de agulhas (que não deve ser realizado). Medidas Individuais para Redução do Risco Esquema vacinal completo; Utilização dos EPIs adequados independente do diagnóstico do paciente; Atenção na hora de realizar procedimentos; Manipulação cuidadosa de instrumentos cortantes, como agulhas, lâminas, tesouras etc.; Não reencapar agulhas, nunca; Montar e desprezar caixas de perfurocortantes de acordo com as recomendações, respeitando o limite de preenchimento. Caixa para Descarte de Perfurocortantes É uma caixa de papelão rígida com várias camadas; Criada para descarte de agulhas, lâminas de bisturi, seringas conectadas a agulhas, scalp, guias metálicos etc.; Deve ser respeitado sua capacidade de preenchimento de ate 2 3 , para segurança do descarte e manuseio; Não deve ser balançada para acomodar material; O reencape e a desconexão manual de agulhas é proibida. (NR 32) Equipamento de Proteção Individual (EPI) → NR 6 EPI é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Devem apresentar certificado de aprovação e são direto do profissional e a instituição é obrigada a fornecer. Máscara cirúrgica • É descartável, de uso único; • Promove proteção de nariz e boca; • Proteção de mucosa oral e nasal do profissional; • Proteção do paciente em procedimentos assépticos e invasivos (cirurgias). Máscara N95/ PFF2/ Bico de Pato • É de uso individual; • Pode ser usada mais de uma vez de acordo com sua integridade, umidade e limpeza; • Protege o profissional de patógenos transmitidos por aerossol (tuberculose, sarampo, covid-19) PFF: peça facial filtrante. Óculos de Proteção • Devem ser de acrílico; • São reutilizáveis; • São lavados com água e sabão/álcool; • Fornecem proteção para mucosas dos olhos; • Usados em procedimentos passiveis de respingo de material biológico; • Usados em algumas precauções. Avental/Capote • Devem ser de manga longa; • Promovem proteção para pele e roupas do profissional; • São descartáveis. Luvas de Procedimento • Não é estéril; • Usar quando contato com material biológico, pele não integra, mucosas, paciente em precaução de contato; • Descartáveis após procedimentos; • Usados em procedimentos não estéreis, em locais contaminados. Luvas Cirúrgicas/Estéreis • Usada em procedimentos assépticos; • Descartáveis após o uso; • Usada em cirurgias, passagens de sondas vesicais, punção venosa profunda, curativos, aspiração de traqueostomia etc. Toucas/Gorros • Devem cobrir todo cabelo e cabeça; • Protege o cabelo e couro cabeludo do profissional; • Protege o paciente em procedimentos assépticos. Sapato Fechado • Protege a pele dos pés e possíveis traumas. Equipamentos de Proteção Coletiva Chuveiros lava olhos; Caixa coletora de perfurocortantes; Placas sinalizadoras; Extintores. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” Carl Jung
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