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3 Petição Inicial de dissolução de união estavel, partilha de bens e guarda

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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ___ª Vara da Família e das Sucessões do Foro ______ da Comarca de São Paulo -	 SP 
	G G N e D P K, já qualificados, representados por seus respectivos advogados (DOC. xx), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência requerer se digne Vossa Excelência o
RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADO COM PARTILHA DE BENS, PENSÃO ALIMENTÍCIA E GUARDA DOS FILHOS
com fundamento no art. 226, 3º, da Constituição Federal e art. 1.723 e ss. do Código Civil, estabelecendo as partes livre e espontaneamente as seguintes cláusulas e condições: 
I – Da união estável, dos filhos e do divórcio
1. Em junho de xxxx o casal iniciou a convivência estabelecida com o objetivo de constituição de família, tendo em janeiro de 2020 rompido a convivência conjugal.
2. Da relação do casal nasceram seus 2 (duas) filhas:
a) G N P K, nascido em xx de dezembro de xxxx, cujo assento foi registrado no Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do xxº Subdistrito _________, Comarca de São Paulo, no livro A-xxxx, à fl. xx, sob o termo de nº xx.xxx (DOC. x); 
b) M N P K, nascida em xx de janeiro de xxxx, cujo assento foi registrado no Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do xxº Subdistrito __________, Comarca de São Paulo, sob a matrícula de nº xxxxxx.xx.xx.xxxx.x.xxxxx.xxx.xxxxxxx-xx(DOC. x).
3. Diante da impossibilidade de manutenção da convivência comum, as partes decidiram reconhecer e dissolver a união estável de comum acordo, o que é feito nos seguintes termos:
II- Dos efeitos pessoais da dissolução
Da guarda compartilhada e do regime de convivência 
4. A guarda das filhas G e M será exercida de forma compartilhada, no entanto, tendo em vista a idade, as condições fáticas e os interesses dos filhos, estas permaneceram residindo na mesma moradia da mãe, estabelecendo-se, de comum acordo entre as partes, o seguinte regime de visitas abaixo:
	4.1. Visitas. Considerando que os filhos habitarão a mesma moradia da mãe, a partir da homologação deste acordo fica estabelecido o seguinte regime de visitas:
	4.1.1. Visitas semanais. O pai poderá visitar os filhos 1 (uma) vez durante a semana, especificamente no horário das 19h00, podendo permanecer com eles durante o período de 2 horas e meia, devendo devolvê-los na casa da mãe às 21h30, de modo a não prejudicar o descanso e a rotina escolar deles.
4.1.2. Fins de semana. A partir da primeira sexta-feira seguinte à homologação deste acordo, o pai retirará os filhos da casa da mãe às 20h00 da sexta-feira e os devolverá no domingo seguinte às 21h00, na casa da mãe. No fim de semana seguinte, e assim sucessivamente, as menores permanecerão com a mãe, alternando-se as visitas do pai nos fins de semana a cada 15 (quinze) dias.
	4.1.3. Fins de semana prolongados: nos fins de semana prolongados, assim considerados aqueles que forem precedidos ou sucedidos por feriado, os filhos permanecerão com o genitor em cuja residência estiverem, até o término do prolongamento, mas sempre sem prejuízo da frequência às aulas em caso de ocorrência de dias úteis intercalados.
	A regra do parágrafo anterior não se aplica ao período do Natal (24, 25 e 26 de dezembro) e do Ano Novo (30 e 31 de dezembro e 1º de janeiro).
	4.2. Natal e Ano Novo. Nas datas comemorativas de Natal (24, 25 e 26 de dezembro) e de Ano Novo (30 e 31 de dezembro e 1º de janeiro), iniciado a partir de 2017, as visitas e permanência serão alternadas ano a ano, isto é, neste ano de 2017 os filhos do casal passarão o Natal com a mãe e o Ano Novo com o pai, e daí em diante será alternado a cada ano.
	4.3. Férias escolares (julho). Nos anos impares, os filhos permanecerão com o pai na primeira metade do período de férias (1º a 15 de julho) e com a mãe na segunda metade (16 a 31 de julho), invertendo-se a situação nos anos pares.
	4.4. Férias escolares (janeiro). Nos anos impares, os filhos permanecerão com a mãe na primeira metade do período de férias (2 a 15 de janeiro) e com o pai na segunda metade (16 a 31 de janeiro), invertendo-se a situação nos anos ímpares.
4.5.		Carnaval. Nos anos pares, os filhos permanecerão com a mãe no feriado de carnaval e nos ímpares com o pai, que poderá pegar os filhos na sexta-feira às 20h00 e as devolverá às 11h00 da quarta-feira de cinzas na casa da mãe, desde que não cause prejuízo da frequência às aulas escolares. 
	4.6. Aniversário dos Filhos. (xx/Dezembro e xx/Janeiro). Na data de aniversário dos filhos, assegura-se ao genitor em cuja residência o filho aniversariante não estiver, o direito de visitá-la naquela data, salvo se houver festa de comemoração, caso em que ambos os genitores poderão dela participar. Essa visita pode significar também que um dos genitores poderá passear algumas horas com a filha aniversariante, mediante prévia autorização do outro genitor em cuja residência o filho estiver naquele dia. 
	4.7. Aniversário da Mãe. Se a data do aniversário da mãe recair num sábado, domingo ou feriado em que, pelas demais regras acima estabelecidas, os filhos estiverem na residência paterna, a mãe poderá retirá-los na casa do pai e permanecer na companhia deles pelo período das 90h00 às 21h00.
	4.8. Aniversário do Pai. Se a data do aniversário do pai recair num sábado, domingo ou feriado em que, pelas demais regras acima estabelecidas, os filhos estiverem na residência materna, o pai poderá retirá-los na casa da mãe e permanecer na companhia deles pelo período das 90h00 às 21h00.
	4.9. Dia dos Pais. No domingo em que se comemora o Dia dos Pais, os filhos passarão o dia em companhia do pai, independentemente de ser final de semana com direito de visita para a mãe.
	4.10. Dia das Mães. No domingo em que se comemora o Dia das Mães, os filhos ficarão com a mãe, independentemente de ser final de semana com direito de visita para o pai.
	4.11. Fica estabelecido que, por conveniência ou necessidade pessoal, mas sempre observado o interesse maior e bem estar dos filhos, poderão os requerentes acordar quanto a alterações temporárias do ora pactuado, sem que isso implique, contudo, novação destas estipulações.
	4.12. Estabelecem, ainda, que eventual impossibilidade momentânea de qualquer um dos genitores de ficar com os filhos em data que lhe competir fazê-lo, o genitor responsável comunicará ao outro, com razoável antecedência, para que possam ser providenciadas as necessárias adaptações.
Das demais disposições sobre a relação dos pais com os filhos
5. É dever que incumbe ao genitor, em cuja companhia os filhas estiverem, comunicar previamente ao outro o endereço e o telefone de todos os locais em que eles se encontrarem nos períodos de viagens.
6. Havendo festa ou evento para comemoração do aniversário de quaisquer dos filhos, e sem prejuízo do disposto nas cláusulas anteriores, os requerentes envidarão seus melhores esforços para que ambos possam comparecer, independentemente de quem organizar e/ou arcar com as despesas festivas.
7. Pai e mãe assumem, reciprocamente, o dever de comunicar prontamente àquele em cuja companhia os filhos não estiverem todo e qualquer fato relativo à sua formação moral e educacional, saúde física e psíquica, ou comportamento individual ou social.
III – Dos efeitos patrimoniais da dissolução
Do patrimônio do casal
8. Durante o vínculo matrimonial o casal constituiu como patrimônio comum os seguintes bens e direitos:
8.1	DIREITOS SOBRE VEÍCULO AUTOMOTOR KIA SORENTO EX2, ano xxxx, modelo xxxx, cor xxxxx, espécie/tipo MIS/CAMIONETA, combustível GASOLINA, RENAVAM xxxxxxxxxx – PLACA AAA-xxxx, alienado ao Banco BV Financeira e avaliado pela tabela FIPE no valor de R$xx.xxx,xx (valor por extenso). (DOC.x) ;
8.2 DIREITOS SOBRE VEÍCULO AUTOMOTOR VW JETTA 2.0, ano xxxx, modelo xxxx, cor xxxxx, espécie/tipo PASSAGEIRO/AUTOMÓVEL, combustível ÁLCOOL/GASOLINA, RENAVAM xxxxxxxxxx – PLACA AAA-xxxx, alienado ao Banco Bradesco e avaliado pela tabela FIPE no valor de R$xx.xxx,xx (valor por extenso). (DOC. x); 
8.3		O acervo patrimonial que o casal amealhou durante a relação conjugal perfaz o importe total de R$xxx.xxx,xx (valorpor extenso).
Da partilha 
9.	O casal concorda que os bens e direitos sejam partilhados da seguinte forma:
 O casal concorda que todos os direitos incidentes sobre os dois automóveis, descritos nos itens 8.1 e 8.2 supra, sejam atribuídos exclusivamente à D.
9.1 	G assumirá exclusivamente a responsabilidade pelo pagamento do financiamento bancário atrelado ao veículo objeto do item 8.1, ficando ele na posse direta do referido veículo até janeiro de 2021, devendo até esta data promover a devolução do bem ou, alternativamente, o pagamento do equivalente em dinheiro, seguindo o valor da tabela FIPE vigente no mês de adimplemento da obrigação. 
9.2	D assumirá exclusivamente a responsabilidade pelo pagamento do financiamento bancário atrelado ao veículo objeto do item 8.2, sendo que após a quitação deste financiamento bancário, G promoverá a transferência do automóvel para o nome dela ou de quem ela indicar. 
10.	Além dos direitos e dívidas constituídos em comum pelo casal, G e D possuem dívidas de responsabilidade exclusiva de cada um deles, quais sejam:
Das dívidas de responsabilidade exclusiva de G 
11.1	Empréstimo junto ao Banco Itaú no valor de R$xx.xxx,xx (valor por extenso), registrado em nome do G, os quais estão vinculados à conta-corrente nº xx.xxx-x, Agência nº xxxx, contrato nº xxxxxxxxxx, tendo uma prestação mensal de R$x.xxx,xx (valor por extenso – DOC. xx).
Das dívidas de responsabilidade exclusiva de D 
11.2	Débitos decorrentes das reclamações trabalhistas registradas no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região sob os nºs. xxxxxxx-xx.xxxx.5.02.xxxx, xxxxxxx-xx.xxxx.5.02.xxxx e xxxxxxx-xx.xxxx.5.02.xxxx, movidas contra D P K e K P K, sócias da empresa xxxxxx Ltda. ME, inscrita no CNPJ sob o nº xx.xxx.xxx/xxxx-xx, demandas essas decorrentes de obrigações que D tem responsabilidade exclusiva por se tratar de débitos existentes antes do início da vida conjugal com G (DOC. xx).
11.3 	Financiamento bancário junto ao Banco do Brasil, objeto do ônus real registrado no imóvel situado na Rua xxxxxx, nº xxx, Vila xxxxxxxxx, Capital – SP, com saldo devedor de R$ xxx.xxx,xx (valor por extenso – DOC.xx), obrigação essa que D atrelou ao imóvel adquirido antes do início da convivência conjugal.
 
Da contribuição às filhas 
12. Considerando que os direitos incidentes sobre os automóveis foram atribuídos com exclusividade à D e que G pagará o financiamento do referido bem, para fins de equiparação, o casal concorda que o varão pague a título de pensão alimentícia o valor equivalente a 50% (cinquenta por cento) da mensalidade escolar de cada uma das filhas, obrigação esta que só terá início após cada uma delas concluírem o ensino fundamental, sendo que os dois valores não poderão superar 25% (vinte cinco por cento) dos rendimentos líquidos dele.
13. Caso as filhas do casal sejam beneficiárias de bolsa escolar ou venham a estudar em colégio público, o início da obrigação mencionada acima será convertida no pagamento em pecúnia de R$xxx,xx (valor por extenso) para as duas filhas, os quais serão reajustados anualmente, no dia 1º de janeiro, com base no Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M/FGV.
14. Independentemente da contribuição mencionada no item 13 supra, o varão G, a partir do ano de 2020, arcará com 50% (cinquenta por cento) das despesas com material escolar a ser comprado no início do ano letivo das menores G e M.
IV. Da Gratuidade Da Justiça
15. Porque G não tem condições de arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento e o da sua família, requer, nos termos da Lei nº 1.060/50[footnoteRef:0], se digne Vossa Excelência conceder os benefícios da justiça gratuita, para o fim de isentá-lo do pagamento das custas processuais, para tanto firma as anexa declaração de pobreza (DOC. xx). [0: Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.] 
16. Releva esclarecer que G está tentando uma recolocação no mercado de trabalho, contando atualmente com o abrigo e ajuda de familiares.
V. CONCLUSÃO
17. E, por estarem assim ajustados, cumpridas as formalidades da lei, ouvido o D. representante do Ministério Público, requerem se digne Vossa Excelência homologar o presente acordo de reconhecimento e dissolução de união estável.
18. Manifestam, ainda, a renúncia ao direito recursal, requerendo seja certificado o trânsito em julgado nesta data.
	
Nestes termos, 
	Pedem deferimento.
	São Paulo-SP, 29 de março de 2020.
_________________________________________
G G N
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Dulce Pereira Santos
OAB/SP xxx.xxx
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D P K
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K P K
OAB/SP xxx.xxx

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