Buscar

Queilite Actínica- curso estomatologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

3
Curso EAD
Estomatologia
Definição
Desordem potencialmente maligna observada nos lábios devido à exposição crônica aos 
raios solares (radiação ultravioleta - UV). 
Frequência
Não existem estimativas precisas, mas sabe-se que é uma condição extremamente comum. Como 
se trata de uma lesão assintomática e discreta nos estágios iniciais, provavelmente os casos são 
subdiagnosticados.
Fatores etiológicos
O principal fator é a exposição à radiação UV sem proteção solar. Alguns autores sugerem 
que o fumo também seria um fator, pois um grande número dos pacientes com queilite faz uso do 
fumo simultaneamente.
Características Clínicas
A lesão se caracteriza pela perda de nitidez no contorno do lábio, devido a presença de manchas e 
placas brancas na mucosa de transição do lábio, levando ao borramento da sua interface com a pele. 
Além disso, outras alterações secundárias podem ser observadas:
• Placas brancas espessadas*
• Áreas descamativas – lábios que “descascam”
• Fissuras – lábios “rachados”
• Áreas ulceradas*
• Áreas crostosas (“de casca”)*
• Áreas endurecidas à palpação*
• Áreas erosivas/eritematosas*
• Áreas acastanhadas 
As alterações indicadas com asterisco representam agravamento da doença, sendo a sua 
identificação importante para direcionar a conduta.
Outra característica frequente é a perda de elasticidade, a qual resulta de alterações que 
acontecem no tecido conjuntivo e que podem ser observadas quando as lesões são biopsiadas. 
Essas alterações do tecido conjuntivo são chamadas de “elastose solar”.
Com relação ao perfil dos pacientes, observa-se que a maioria tem pele clara, é do gênero 
masculino, tem mais do que 40 anos e trabalha em ambiente externo (pescadores, agricultores, 
pintores, pedreiros) ou se expõe à radiação UV devido a atividades de lazer.
Diagnóstico diferencial
A queilite actínica aguda é uma alteração que acomete indivíduos jovens, sendo vista 
comumente nos meses de verão devido a exposição intensa e episódica. Caracteriza-se pelo 
surgimento de edema e vermelhidão, podendo evoluir para vesículas/bolhas que se rompem, 
formam úlceras e depois crostas. Essa forma não apresenta risco de transformação, ou seja, não é 
considerada uma desordem potencialmente maligna como a queilite actínica (crônica), foco deste 
módulo. Optou-se por citá-la aqui para evitar confusão entre esta condição e a queilite actínica 
crônica, foco do módulo. 
4
Curso EAD
Estomatologia
Conduta/Tratamento
Nos casos mais leves, onde as características de agravamento não são observadas, a biópsia 
não é obrigatória. O paciente deve ser orientado a respeito da natureza potencialmente maligna da 
lesão a fim de que compreenda a importância das medidas de proteção. Deve ser prescrito o uso de 
protetor solar labial, conforme descrição abaixo:
USO EXTERNO (APLICAÇÃO TÓPICA):
Protetor solar labial – FPS 30 -------------------------------- 1 bastão
Aplicar uma camada fina sobre os lábios, 4 vezes ao dia, diariamente.
 É importante enfatizar que o uso deve ser diário mesmo em dias nublados, pois nesses dias 
também há radiação.
Quando houver áreas de ressecamento ou crosta, podem ser recomendadas medidas para 
melhorar a hidratação do lábio, sendo o bepantol uma das alternativas:
USO EXTERNO (APLICAÇÃO TÓPICA):
Bepantol creme -------------------------------- 1 bisnaga
 Aplicar uma camada fina sobre os lábios à noite, duas horas antes de ir dormir. Repetir o 
procedimento diariamente.
 Quando esta medida for necessária, o paciente deve ser reavaliado após 3-4 semanas e o uso 
suspenso assim que houver remissão das áreas crostosas/descamativas.
Quando os sinais de agravamento, placas brancas e espessadas, úlceras, áreas crostosas, 
endurecidas e erosivas, não regredirem após as medidas de hidratação, a biópsia parcial deve ser 
realizada. 
O exame histopatológico costuma mostrar aumento da camada de ceratina (hiperceratose), 
elastose solar (alteração das fibras do tecido conjuntivo). A displasia epitelial pode estar presente 
ou não. Quando esta alteração for observada o caso é considerado mais grave e o paciente deve 
ser submetido a um controle mais rígido, ou seja, os intervalos das consultas de revisão serão mais 
curtos (a cada 3 meses). Quando não houver displasia epitelial ao exame microscópico, as reconsultas 
podem ser mais espaçadas (de 6 em 6 meses). Nessas consultas de controle a observação dos sinais 
de agravamento exige que nova ou novas biópsias sejam realizadas. Além disso, deve-se questionar 
se o paciente está utilizando proteção solar. Reforço da importância da proteção solar é realizado 
sempre que necessário. Os pacientes que trabalham expostos ao sol devem ser orientados a utilizar 
chapéu de aba larga. Os estudos apontam que a queilite actínica tem um potencial de transformação 
maligna que varia entre 10 e 20%.
Considerações Finais
A detecção precoce desta lesão pode prevenir a transformação maligna. Os pacientes 
precisam estar cientes desse risco e devem ser envolvidos na tentativa de estabilização das lesões. 
Os sinais de progressão da doença devem ser ensinados para o paciente. Quando o próprio paciente 
perceber estes sinais, é recomendável que a consulta de revisão seja antecipada.
5
Curso EAD
Estomatologia
Diferentes alterações podem ser observadas na queilite actínica: placas brancas (asterisco em A e B), crosta 
(C, D e E). Em E, as crostas mais delgadas indicam que houve ulceração recente. Em F um caso de queilite 
actíncia leve mostrando áreas descamativas. 
Fonte: http://www.dermnetnz.org/topics/actinic-cheilitis/
A B
D
F
C
E
Painel de imagens – Queilite Actínica (Crônica)
6
Curso EAD
Estomatologia
Em A, observa-se queilite actínica moderada, com manchas e placas brancas. A presença de placas mais 
espessas (seta em B) ou de erosão/úlcera (seta em C e D) indicam possibilidade de transformação maligna 
em carcinoma espinocelular e, por isso, deve-se realizar biópsia.
Fonte: A – FO/UFRGS e B, C e D – Neville et al (2009).
A B
DC
Painel de imagens – Queilite Actínica (Crônica)
Referências
Kaugars GE, Pillion T, Svirsky JA, Page DG, Burns JC, Abbey LM. Actinic cheilitis: a review of 152 
cases. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod., v.88, no.2, p.181-6, 1999.
Neville, B. W.; Damm, D. D.; Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial - 3ª Ed., Else-
vier, 2009. 
Regezi, J. A.; Sciubba, J.; Jordan, R. Patologia Oral: Correlações Clinicopatológicas - 6ª Edição, 
Elsevier, 2013. 
7
Curso EAD
Estomatologia
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Roberto Nunes Umpierre
Marcelo Rodrigues Gonçalves 
 
Gerência de Projetos
Ana Célia da Silva Siqueira
Coordenação Executiva
Rodolfo Souza da Silva
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas do Curso
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinicius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Conteudistas do Objeto Virtual de 
Aprendizagem 
Renata de Almeida Zieger
Fernando Neves Hugo
Stefanie Thieme Perotto
Karla Frichembruder
Vinicius Coelho Carrard
Manoela Domingues Martins
Marco Antônio Trevizani Martins
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Michelle Roxo Gonçalves
Otávio Pereira D’Avila
Thiago Tomazetti Casotti
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do 
Núcleo de TelessaúdeRS do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS/UFRGS) e do Programa Nacional de 
Telessaúde Brasil Redes.
Diagramação e Ilustração 
Carolyne Vasquez Cabral
Angélica Dias Pinheiro
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis
Projeto Gráfico
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis
Luiz Felipe Telles 
Design do Objeto Virtual 
de Aprendizagem
Lorenzo Costa Kupstaitis
Matheus Lima dos Santos Garay
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins Alves
Bruno Tavares Rocha
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Divulgação
Camila Hofstetter Camini 
Jovana Dullius
Design Instrucional
Ana Paula Borngräber Corrêa
Equipe de TeleducaçãoAngélica Dias Pinheiro
Ylana Elias Rodrigues
Equipe Responsável:
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

Continue navegando