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Estruturas Hiperestáticas Profº.: Ivan Santos Dortas Engenheiro Civil Especialista em Estruturas de Concreto Armado e Fundações FANESE - Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe ➢Conceitos Básicos de Análise Estrutural: Classificação das estruturas quanto a sua estaticidade; ASSUNTO ➢Calculo dos deslocamentos em estruturas; ➢Princípio dos Trabalhos Virtuais; ➢Método das Forças: aplicação; ➢Método dos Deslocamentos: aplicação; ➢Método de Cross: aplicação; ➢Simplificação para estruturas simétricas; ✓SORIANO, Humberto Lima. Estática das Estruturas. Ciência Moderna, 2010; ✓ALMEIDA, Maria Cascão F. de. Estruturas Isostáticas. Oficina de Textos, 2009; ✓BEER, F. P., JOHNSTON, E. R. Jr., Mecânica Vetorial para Engenheiros – Estática. 5ª edição. São Paulo: Makron, Mcgraw-Hill, 1991; ✓HIBBELER, R.C., Estática Mecânica para Engenharia. 10ª edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005; ✓LEET, K. M; UANG, C.M; GILBERT, A.M. Fundamentos da Análise Estrutural. São Paulo: McGraw-Hill, 2009; ✓MARTHA, Luiz Fernando. Análise de Estruturas: Conceitos e Métodos Básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ✓HIBBELER, Russel C. Structural Analysis. 3ª Ed. Prentice Hall, 1996; ✓MACHADO JUNIOR, Eloy Ferraz. Introdução à Isostática. São Carlos: EESC/USP, 2007; ✓MOACIR, Kripka. Análise Estrutural para Engenharia Civil e Arquitetura: Estruturas Isostáticas. Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo, 2008; ✓MERIAM, J. L., KRAIGE, L. G., Mecânica – Estática. 4º edição. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S/A, 1999; ✓TARTAGLIONE, Louis C. Structural Analysis. McGraw- Hill. 1991; ✓SUSSEKIND, José Carlos. Curso de Análise Estrutural, Vol. 1. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1993. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ANÁLISE ESTRUTURAL EM SUAS DISCIPLINAS CONCEITOS INICIAIS O processo de um projeto ou verificação estrutural envolve a determinação de forças internas e de ligações e de deslocamentos de uma estrutura. Está fase é chamada de Análise Estrutural. A fase de análise é normalmente a maior parte do processo e engloba muitos e diferentes aspectos: 1. É construído um modelo matemático idealizado (em geral, geometricamente perfeito). 2. Impõem-se carregamentos e outros efeitos ambientais. 3. Prediz-se a performance resultante através da análise de todos os estágios de carga. APLICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Ponte Rio-Niterói Vão central = 300m APLICAÇÃO DAS ESTRUTURAS APLICAÇÃO DAS ESTRUTURAS APLICAÇÃO DAS ESTRUTURAS ➢ Para que uma estrutura cumpra o seu propósito, distintos objetivos devem ser especificados e satisfeitos, como por exemplo: segurança, durabilidade, performance em serviço e conforto dos usuários. ➢ Além desses, a estética ou aparência da estrutura deve ser seriamente considerada. ➢ De modo a cumprir com esses e outros objetivos de projeto, deve-se ter um entendimento aprofundado do comportamento dos materiais, dos componentes estruturais e do sistema estrutural como um todo. APLICAÇÃO DAS ESTRUTURAS ➢ Rupturas localizadas, distorções excessivas, fadiga do material, flambagem e formação de mecanismos plásticos em um sistema estrutural são inaceitáveis sob quaisquer circunstâncias. ➢ Além da segurança contra o colapso, uma estrutura deve satisfazer os critérios de utilização, isto é, todos os aspectos do desempenho devem ser aceitáveis para uso pretendido. ➢ As deformações (deslocamentos) e fissuração devem ser limitadas ao ponto de não serem notadas e não comprometerem a utilização. ➢ Vibrações e ruídos acústicos devem ser controlados. PRINCÍPIOS BÁSICOS ➢ As condições de equilíbrio devem ser necessariamente respeitadas. ➢ As equações de equilíbrio podem ser estabelecidas com base na geometria indeformada da estrutura (teoria de primeira ordem) ➢ Exceto nos casos em que os deslocamentos alterem de maneira significativa os esforços internos (teoria de segunda ordem). TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Elementos lineares - São aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominados barras pela NBR 6118. ➢ Alguns exemplos são: ✓ Vigas – Elementos lineares em que a flexão é preponderante. ✓ Pilares – Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes. TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Elementos de superfície – São aqueles em que uma dimensão, usualmente chamada espessura, é relativamente pequena em face das demais pela NBR 6118. ➢ Alguns exemplos são: ✓ Placas – Elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações normais a seu plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes. Placas com espessura maior que 1/3 do vão devem ser estudadas como placa espessa. TIPOS DE ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Elementos de superfície – São aqueles em que uma dimensão, usualmente chamada espessura, é relativamente pequena em face das demais pela NBR 6118. ➢ Alguns exemplos são: ✓ Chapas – Elementos de superfície plana, sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. As chapas de concreto em que seu vão for menor que três vezes a maior dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas-parede. ESTRUTURAS DE ELEMENTOS LINEARES ➢ Estruturas ou partes de estruturas que possam ser assimiladas a elementos lineares (vigas, pilares, tirantes, arcos, pórticos, grelhas, treliças), podem ser analisadas admitindo-se as seguintes hipóteses. ✓ Manutenção da seção plana após a deformação; ✓ Representação dos elementos por seus eixos longitudinais; ✓ Comprimento limitado pelos centros de apoio ou pelo cruzamento com o eixo de outro elemento estrutural; ESTRUTURAS DE ELEMENTOS LINEARES SISTEMAS ESTRUTURAIS ➢ Um sistema estrutural é definido pelo conjunto de Elementos Estruturais (lajes, vigas, pilares, fundações) onde deve ter presente em sua concepção tanto uma visão técnica (Engenharia) como também uma expressão arquitetônica (Arquitetura). Lajes Vigas Fundações Pilares ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Lajes são estruturas laminares, onde duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e a terceira acentuadamente de menor dimensão. ➢ As lajes em um Sistema Estrutural estão, na maioria das vezes, apoiadas em vigas, podando também, em certos casos, estarem apoiadas diretamente sobre pilares. ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Vigas são estruturas reticulares, onde uma das dimensões é preponderante em relação às outras duas. ➢ As vigas em um Sistema Estrutural podem estar apoiadas diretamente sobre os pilares como também sobre outras vigas. ELEMENTOS ESTRUTURAIS ➢ Pilares são estruturas reticulares, onde uma das dimensões é preponderante em relação às outras duas. ➢ Os pilares em um Sistema Estrutural estão apoiados nas fundações. CARREGAMENTOS ➢ Existem três tipos de carregamento ✓ Concentrado ✓ Distribuído/m ✓ Distribuído/m² CARREGAMENTO CONCENTRADO ➢ Representa uma força aplicada em um único ponto da estrutura. ✓ Sobre uma laje: Um móvel no meio da sala. ✓ Sobre uma viga: Reação de uma outra viga. ➢ Exemplos: CARREGAMENTO CONCENTRADO ➢ Representa uma força aplicada em um único ponto da estrutura. ✓ Sobre um pilar: Reação das vigas que se apoiam no pilar. ✓ Sobre a fundação: Carga do pilar que chega na fundação. ➢ Exemplos: CARREGAMENTO CONCENTRADO ➢ Caso especial de um momento concentrado. ✓ Reação de apoio em nós engastados. ✓ Caso raro, onde não se é visto com frequência na prática, porém tem grande importância na teoria de estruturas. CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO/M ➢ Representa uma força distribuída sobre uma linha da estrutura. ✓ Sobre uma laje: Peso de uma parede de alvenaria. ✓ Sobre uma viga: Peso de uma parede de alvenaria. ➢ Exemplos: CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO/M ➢ Representa uma força distribuída sobre uma linha da estrutura. ✓ Sobre uma viga: Peso de uma parede dealvenaria. ➢ Exemplos: CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO/M² ➢ Representa uma força distribuída sobre uma superfície da estrutura. ✓ Sobre uma laje: Peso de pessoas. ➢ Exemplos: CAMINHAMENTO DOS CARREGAMENTOS ➢ Alguns elementos estruturais podem se apoiar sobre outros elementos sendo portanto a carga definida pela reação de um elemento estrutural sobre outro. ➢ Viga: Não muito comum, pode receber a carga de um pilar (kN), sendo chamada então de viga de transição (carregamento concentrado) CAMINHAMENTO DOS CARREGAMENTOS ➢ Viga: Usualmente recebe as reações das lajes (kN/m), ou seja, as lajes, neste caso, estão apoiadas nas vigas (carregamento distribuído/m). ➢ Usualmente também, pode receber as reações de outras vigas (kN), ou seja, as vigas, neste caso, estariam apoiadas em outras vigas (carregamento concentrado) CAMINHAMENTO DOS CARREGAMENTOS ➢ Pilar: Raramente, pode receber as reações das lajes diretamente (kN), sendo então, uma estrutura tipo cogumelo, sem vigas (carregamento concentrado). ➢ Normalmente, recebe as reações das vigas que nele se apoiam (kN) (carregamento concentrado). ➢ Planta do projeto arquitetônico CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO DAS VIGAS DO PAVIMENTO ESFORÇOS ➢ Seja um sistema de forças externas atuando num corpo genérico em equilíbrio: ESFORÇOS ➢ Analisando-se o corpo de forma seccionada, e sabendo- se que o equilíbrio estático de cada uma das metades é mantido, verifica-se a existência de um sistema resultante de forças equilibrantes realizado pela outra metade do corpo, ao longo da seção P, denominados de esforços internos: ESFORÇOS ➢ Decompondo-se os vetores resultantes R e G em componentes normais e tangenciais ao plano da seção, obtém-se as Forças N e Q, e os momentos M e T, conhecidos como Esforços Simples: ESFORÇOS ➢ Esforço Normal ✓ Soma algébrica das projeções sobre a normal à seção das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção; é positivo quando de tração (tendendo a distender a seção) ou negativo quando de compressão (encurtando a seção): ESFORÇOS ➢ Esforço Cortante ✓ Soma vetorial das projeções sobre o plano da seção das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção (tende a cortar a seção, promover o seu deslizamento); é positivo quando as projeções se orientam nos sentidos dos eixos ou negativo, caso contrário. ESFORÇOS ➢ Momento Fletor ✓ Soma vetorial das projeções sobre o plano da seção dos momentos das forças, situadas de um mesmo lado da seção, em relação ao seu centro de gravidade (tende fazer a seção girar sobre um eixo localizado no seu próprio plano, comprimindo uma parte e tracionando a outra); é dito positivo quando orientado no sentido arbitrado para o eixo, ou negativo, caso contrário. ESFORÇOS ➢ Momento Torsor ✓ Soma algébrica dos momentos, em relação a um eixo perpendicular ao plano da seção e passando pelo seu centro de gravidade, das forças exteriores situadas de um mesmo lado da seção (tende a torcer a seção, fazendo-a girar em tomo de um eixo que lhe é perpendicular); positivo quando "sai" da seção ou negativo, caso contrário. TENSÕES NAS VIGAS ➢ As tensões existentes em uma viga são as seguintes: ✓ tensão de flexão, ✓ tensão de cisalhamento, ✓ tensão normal. Resumo Esquemático Geometria + Carregamento Esforço Interno Aplicado M V N Flexão Cortante Normal Tensão Flexão Cisalhante Normal TENSÕES ➢ Tensão Normal ✓ Gerada devido ao esforço normal. Ditas de compressão quando provocam o encurtamento do elemento e de tração quando tendem a provocar o alongamento do elemento. TENSÕES ➢ Tensão Cisalhante ✓ Gerada devido ao esforço cortante. Tendem a cortar (cisalhar) o material. TENSÕES ➢ Tensão de Flexão ✓ A flexão gerada pelo momento fletor gera tensões normais na seção transversal do elemento. VÍNCULOS OU APOIOS ➢ Vínculos ou apoios de primeiro gênero VÍNCULOS OU APOIOS ➢ Vínculos ou apoios de segundo gênero VÍNCULOS OU APOIOS ➢ Vínculos ou apoios de terceiro gênero CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO AO GRAU DE HIPERESTATICIDADE ➢ Hipostáticas: O número de incógnitas é inferior ao número de equações de equilíbrio (Instáveis). • 2 incógnitas • 3 equações de equilíbrio CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO AO GRAU DE HIPERESTATICIDADE ➢ Isostáticas: O número de incógnitas é igual ao número de equações de equilíbrio (Estáveis). • 3 incógnitas • 3 equações de equilíbrio CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS QUANTO AO GRAU DE HIPERESTATICIDADE ➢ Hiperestáticas: O número de incógnitas é superior ao número de equações de equilíbrio. • 4 ou mais incógnitas • 3 equações de equilíbrio OBTENÇÃO DOS ESFORÇOS INTERNOS ➢ Sequência de cálculo ✓ Obtenção das cargas atuantes (forças concentradas, distribuídas, etc); ✓ Cálculo das reações de apoio (Reações horizontais, verticais e de momento); ✓ Traçado dos diagramas (Esforço normal, esforço cortante, momento fletor); ✓ Obtenção das tensões atuantes através dos esforços (Tensões normais devido ao momento fletor e ao esforço normal, tensões cisalhantes); ✓ Verificação da resistência dos elementos estruturais. PROBLEMA ESTRUTURAL DADOS: ESTRUTURA • GEOMETRIA • SEÇÕES • LIGAÇÕES AO EXTERIOR • MATERIAL AÇÕES RESULTADOS: DESLOCAMENTOS DEFORMAÇÕES TENSÕES ESFORÇOS MODELO FÍSICO OU MATEMÁTICO FORÇAS ➢ FORÇA: Representa a ação de um corpo sobre outro. E o resultado dessa ação depende da direção e do sentido em que ela é aplicada, sendo uma grandeza vetorial. ✓ Ponto de aplicação: é a parte do corpo onde a força atua diretamente. ✓ Direção: é a linha de atuação da força (horizontal, vertical, inclinada), que consiste na reta ao longo da qual a força atua, sendo caracterizada pelo ângulo que forma com algum eixo fixo. ➢ A Força é caracterizada por: FORÇAS ✓ Intensidade: é o valor da força aplicada, caracterizada por um número. E pode ser representada graficamente pelo comprimento de um segmento de reta. As unidades normalmente utilizadas para medir a intensidade de uma força são o newton (N) e seu múltiplo, o quilonewton (kN). ✓ Sentido: é a orientação que tem a força na direção (esquerda, direita, para cima, para baixo); sendo indicado por uma seta. É importante, ao definir uma força indicar seu sentido, pois duas forças que têm mesma intensidade e direção, mas sentidos diferentes terão efeitos opostos sobre o ponto material. FORÇAS MOMENTO ➢ A Força tende a alterar o movimento das coisas; o Momento tende a fazer girar ou a alterar o estado de rotação das coisas. ➢ O Momento de uma força depende não apenas da intensidade da força aplicada, mas envolve também a distância entre o eixo de rotação e a linha de ação ao longo da qual a força atua. ➢ Momento de uma força: “é o produto da força pela distância perpendicular da linha de ação da força a um ponto de referência”. M = (F) x (d) MOMENTO ➢ A unidade de Momento no Sistema Internacional de Unidades (SI) é Newton x metro (Nxm). ➢ O Momento da força pode ser positivo ou negativo. O sinal segue a seguinte convenção: ✓ Se a Força aplicada tende a rotacionar o objeto em relação ao ponto de referência no sentido horário, teremos momento positivo: ✓ Se a Força aplicada tende a rotacionar o objeto em relação ao ponto de referência no sentido anti- horário, teremos momento negativo: MOMENTO ➢ Exemplo 01: MOMENTO ➢ Exemplo 02: MOMENTO ➢ Exemplo 03: