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livro 4 1ª serie

Prévia do material em texto

O Sistema de Ensino pH apresenta um material capaz de 
auxiliar o aluno a enxergar os caminhos que ele poderá 
seguir, possibilitando que, ao final do Ensino Médio, ele 
tenha desenvolvido um pensamento crítico para atuar 
como cidadão, enfrentar os desafios da sociedade e 
obter excelentes resultados no Enem e nos demais 
vestibulares do Brasil.
ENSINO 
MÉDIO
1asérie MANUAL DO PROFESSOR
4Cadern
o
Geografia
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Geografia
Manual do Professor
Thiago de Almeida Kiefer
Cláudio Ribeiro Falcão
Luiz Antônio Duarte
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Créditos das imagens de abertura: Ciências Humanas: Insights/UIG 
via Getty Images, Peter Cade/Peter Cade Photography, Paulo Fridman/
SambaPhoto/Getty Images, Slawomir Kowalewski/Shutterstock, Damian Gil/
Shutterstock, L. Romano/De Agostin/Album/Fotoarena (História), 
Anton_Ivanov/Shutterstock (Geografia)
Uma publicação
Sistema de ensino pH : ensino médio : caderno 1 a
 4 : humanas, 1ª série : professor. -- 1. ed. --
 São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2017.
 Conteúdo: Língua portuguesa I / Raphael Hormes --
Redação / Marcelo Caldas -- História / Igor
Vieira -- Geografia / Augusto Neto.
 1. Geografia (Ensino médio) 2. História (Ensino
médio) 3. Livros-texto (Ensino médio) 4. Português
(Ensino médio) 5. Português - Redação (Ensino médio)
I. Hormes, Raphael. II. Caldas, Marcelo. III. Vieira,
Igor. IV. Augusto Neto.
16-01439 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado: Livros-texto: Ensino médio 373.19
2017
ISBN 978 85 468 1064-2 (PR)
Código da obra 526157417 
1ª edição
1ª impressão
Impressão e acabamento
Direção de inovação e conteúdo: Guilherme Luz
Direção executiva de integração: Claudio Falcão
Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
Coordenação pedagógica e gestão de projeto: Fabrício Cortezi de 
Abreu Moura
Gestão de projeto editorial: Camila Amaral Souza
Desenvolvimento pedagógico: Filipe Couto
Revisão pedagógica: Ribamar Monteiro
Gestão e coordenação de área: Alice Silvestre e Camila De Pieri 
Fernandes (Linguagens), Wagner Nicaretta e Brunna Paulussi (Ciências Humanas)
Edição: Cíntia Leitão, Juliana Mendonça Biscardi e Vivian Marques Viccino 
(Língua Portuguesa e Redação), Ana Vidotti e Carla Rafaela Monteiro (História), 
Andressa Serena de Oliveira, Elena Judensnaider, Karine M. dos S. Costa e 
Marina Nobre (Geografia)
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Fabiana Manna, 
Adjane Queiroz e Daniela Carvalho
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), 
Rosângela Muricy (coord.), Adriana Rinaldi, Ana Curci, Ana Paula C. Malfa, 
Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Cesar 
G. Sacramento, Claudia Virgilio, Danielle Modesto, Diego Carbone, Gabriela 
M. de Andrade, Heloísa Schiavo, Larissa Vazquez, Lilian M. Kumai, Luciana 
B. de Azevedo, Luís Maurício Boa Nova, Marília Lima, Marina Saraiva, 
Maura Loria, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Paula T. de Jesus, Raquel 
A. Taveira, Ricardo Miyake, Sueli Bossi, Tayra B. Alfonso, Vanessa de Paula 
Santos, Vanessa Nunes S. Lucena
Edição de arte: Daniela Amaral (coord.), Catherine Saori Ishihara
Diagramação: Casa de Tipos, Karen Midori Fukunaga
Iconografia e licenciamento de texto: Sílvio Kligin (superv.), Cristina 
Akisino (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Claudia Bertolazzi, Claudia 
Cristina Balista, Daniel Cymbalista, Ellen Colombo Finta, Ellen Silvestre, 
Fernanda Regina Sales Gomes, Fernando Cambetas, Iron Mantovanello, 
Jad Silva, Karina Tengan, Roberta Freire Lacerda Santos, Roberto Silva e 
Sara Plaça (pesquisa iconográfica), Liliane Rodrigues, Luciana Castilho, Paula Claro 
e Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf, Fernanda Crevin
Ilustrações: Casa de Tipos, Júlio Dian
Cartografia: Eric Fuzii, Alexandre Bueno
Capa: Gláucia Correa Koller
Foto de capa: Sanjatosi/Shutterstock
Projeto gráfico de miolo: Gláucia Correa Koller
 
Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
São Paulo – SP – CEP 04755-070
Tel.: 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
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Sumário 
geral
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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Rússia
Oriente Médio: 
principais conflitos
América 
Anglo-Saxônica
África
China e Índia
América Latina
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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
 H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
 H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
 H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
 H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
 H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações 
socioeconômicas e culturais de poder.
 H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
 H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
 H8 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem 
econômico-social.
 H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
 H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as 
aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
 H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
 H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
 H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
 H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica 
acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
 H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no 
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
 H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
 H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
 H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
 H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
 H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da 
democracia, favorecendo uma atuação conscientedo indivíduo na sociedade.
 H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
 H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
 H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
 H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
 H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos 
históricos e geográficos.
 H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
 H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
 H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
 H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações 
humanas.
 H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• União Soviética: da potência global à fragmenta-
ção política e territorial
• Rússia: reestruturação econômica, social e polí-
tica
• Espaços de influência geopolítica russa: países 
do Cáucaso, Ásia central e Europa oriental
• Características demográficas atuais da Rússia
• H7 - Identificar os significados histórico-geográficos 
das relações de poder entre as nações.
• Analisar o processo de reestruturação política e econô-
mica da Rússia após o fim da União Soviética.
• Explicar a importância dos combustíveis fósseis para o 
crescimento econômico do país.
• Compreender as motivações da Rússia e dos grupos 
separatistas minoritários no país.
• Analisar a atual situação demográfica na Rússia.
Rœssia
INTRODUÇÃO
Dando continuidade aos estudos da geografia regio-
nal do mundo, este módulo apresenta ao aluno um pouco 
mais sobre os aspectos físicos, econômicos, demográficos 
e territoriais da Rússia. A relevância do país não está ape-
nas no fato de ser o mais extenso do planeta, abrangendo 
parte da Europa e da Ásia, mas também se fundamenta 
em seu papel histórico de protagonista nas disputas geo-
políticas de diferentes ordens mundiais. 
O estudo sobre esse país e as suas relações com os 
demais, sobretudo os países fronteiriços, Estados Unidos 
e União Europeia, deve ajudar os alunos na elucidação 
acerca das relações de poder atualmente verificadas entre 
os Estados nacionais.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Na primeira aula, o professor pode abordar aspectos 
mais gerais da Rússia. Deve-se enfatizar que o país é atual-
mente uma das maiores potências energéticas do planeta. 
Os russos ocupam a terceira colocação na produção de 
petróleo e a primeira na oferta de gás. Sua economia é 
fortemente dependente dos hidrocarbonetos.
Aborde com os alunos o gráfico do PIB per capita 
(que consta no Caderno do Aluno), de alguns países da 
antiga União Soviética. Mostre a eles que, na década de 
1990, após o fim da União Soviética, a Rússia passou por 
uma forte crise econômica, devido à falta de infraestrutu-
ra financeira existente no novo país, recentemente inde-
pendente e agora capitalista. A corrupção e a evasão de 
divisas marcaram esse período. 
Na década de 2000, até 2008 – ano em que se inicia 
uma crise econômica internacional –, os russos experi-
mentaram um forte crescimento da sua economia. 
É importante destacar para a turma não apenas a de-
pendência da economia russa em relação ao petróleo. 
Mostre que a especialização econômica já acontecia no 
período de existência da União Soviética, entre suas repú-
blicas socialistas (Ex.: A Ucrânia se especializava na produ-
ção de cereais, como o trigo). A forte divisão territorial do 
trabalho fez com que os países que compunham a União 
Soviética, agora independentes na década de 1990, se or-
ganizassem na Comunidade dos Estados Independentes 
(CEI), grupo que deveria coordenar as trocas comerciais 
entre esses países extremamente interdependentes.
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Das antigas repúblicas que faziam parte da União So-
viética, apenas Estônia, Letônia e Lituânia não ingressa-
ram no grupo. A Geórgia se retirou da CEI em 2008 após 
a Rússia apoiar a independência de uma das províncias 
georgianas, a Ossétia do Sul.
Ao final da Aula 1, resolva junto com a turma a questão 1 
da seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugeri-
mos que o aluno trabalhe os exercícios da seção Desen-
volvendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Na segunda aula, procure trabalhar com os alunos a 
recente anexação da Crimeia (ex-península ucraniana) 
pela Rússia, em 2014. Esse episódio pode ser utilizado 
para que a turma compreenda melhor a geopolítica dos 
gasodutos que envolve Rússia e União Europeia.
 Antes de mencionar as motivações que levaram Mos-
cou à anexação, o professor pode exibir, com a ajuda de um 
projetor, mapas dos idiomas falados na Ucrânia. A maioria 
dos ucranianos fala dois idiomas, sendo o ucraniano o idio-
ma oficial, enquanto o russo é a língua mais falada no leste 
e no sul da Ucrânia, incluindo a Crimeia.
Explique aos alunos que a disposição geográfica entre 
essas duas línguas se deve à proximidade da parte leste com 
a Rússia, onde as políticas de homogeneização cultural me-
lhor funcionaram na época da antiga União Soviética. Existia 
uma nítida política de russificação entre todas as repúblicas 
socialistas que faziam parte da União Soviética. Uma estraté-
gia utilizada para manter esse processo foi a intensa migra-
ção de russos para essas áreas a partir de 1917. Na porção 
leste da Ucrânia as migrações de russos se mostraram mais 
intensas. A Crimeia, além de ter o russo como idioma mais 
falado, era a única província ucraniana com maioria étnica 
russa (a península pertenceu à Rússia até 1953).
Desde o final de 2013, movimentos populares na 
Ucrânia pediam a deposição do presidente ucraniano 
pró -Rússia Víktor Yanukovych. Os movimentos se mos-
traram bastante violentos, com milhares de pessoas ocu-
pando as ruas nas principais cidades do país, sobretudo 
em Kiev, capital ucraniana, localizada na porção ociden-
tal do país – onde a identificação cultural com os russos é 
menor e o sentimento anti-Rússia é mais forte, ganhando 
inclusive uma conotação antissocialista e de anti-impe-
rialismo russo. Em 2014, Víktor Yanukovych foi deposto 
do cargo de presidente, sendo sucedido por Petro Po-
roshenko, que possui uma postura pró-União Europeia. 
Insatisfeita com a troca presidencial e tendo em vista 
a importância da Crimeia para o país, a Rússia apoiou um 
referendo no mesmo ano que consultava a população da 
península sobre o desejo de ser anexada pelos russos ou de 
permanecer como parte da Ucrânia. Com a maioria da po-
pulação sendo favorável à anexação, ainda no ano de 2014 
a Rússia anunciou a inclusão da Crimeia em seu território, 
iniciando uma guerra contra Kiev. 
É fundamental destacar que para Moscou é importan-
te ter a Ucrânia em sua área de influência, muito por conta 
dos gasodutos russos que atravessam o país para levar gás 
natural até a Europa. 
Atualmente, o continente consome cerca de 65% do 
gás exportado pela Rússia. Além disso, com a anexação 
da Crimeia, o presidente russo, Vladimir Putin, conseguiu, 
por meio de um forte discurso nacionalista, aumentar sua 
base política interna, que vinha sofrendo desgastes nos 
últimos anos em função da crise econômica que afeta o 
país. Com a anexação, houve aumento das reservas de 
petróleo daRússia e foi assegurada a continuidade do 
controle sobre a base naval de Sebastopol, localizada na 
Ucrânia, mas que já era utilizada pelos russos como único 
acesso ao mar Mediterrâneo. 
Ao final da Aula 2, resolva junto com a turma a ques-
tão 2, da seção Praticando o aprendizado. Para casa, su-
gerimos que o aluno trabalhe os exercícios da seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 I. ASPECTOS GERAIS 
 ➜ Potência energética
• Grande produtora de petróleo e gás natural 
(Cáucaso)
• Dependência econômica
 ➜ Comunidade dos Estados Independentes (CEI)
 ➜ Antigas repúblicas soviéticas
 ➜ Geórgia, Estônia, Letônia e Lituânia não participam
 ➜ Potência militar
• Herança da corrida armamentista
• Possui ogivas nucleares 
 II. CONFLITOS TERRITORIAIS
 ➜ Cáucaso: grande diversidade étnico-religiosa
• Glasnost (Mikhail Gorbachev: 1988-1991)
• Abertura política
• Crescimento dos movimentos separatistas na 
União Soviética
 ➜ Conflitos separatistas recentes: 
• Rússia 3 Geórgia
 SUGESTÃO DE QUADRO
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Para que os alunos compreendam um pouco mais so-
bre o sentimento anti-Rússia existente na Ucrânia, muitas 
vezes confundido com um sentimento anticomunismo, 
proponha uma pesquisa sobre o “Holodomor”, termo 
que designa o que ficou conhecido como “Holocausto 
ucraniano”. Sugira aos alunos que, reunidos em grupos, 
gravem um pequeno vídeo com câmeras digitais ou ce-
lulares (duração sugerida: 10 min) para que exponham o 
resultado de suas pesquisas. 
O nome é dado à grande onda de fome, de caráter ge-
nocidário, provocada pela União Soviética sob o comando 
de Stalin, na Ucrânia. Estimativas apontam para mais de 
10 milhões de ucranianos mortos entre 1932 e 1933, fazendo 
do Holodomor um dos maiores genocídios da história. 
Os alunos podem ser estimulados a utilizar softwares 
de edição de vídeo para inserir imagens ou trechos de 
documentários em suas produções. Os vídeos podem ser 
exibidos para a turma ou publicados na internet no site da 
escola ou nas redes sociais. 
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
BABEL, Isaac. O Exército de Cavalaria. São Paulo: Cosac 
Naify, 2006. 
MEDVEDEV, Zhores A.; MEDVEDEV, Roy A. Um Stálin des-
conhecido. São Paulo: Record, 2006. 
OLIC, Nelson Bacic. A desintegração do Leste: URSS, Iu-
goslávia, Europa Oriental. 12. ed. São Paulo: Moderna, 
1998. 
SEGRILLO, Angelo. Os russos. São Paulo: Contexto, 2012. 
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
os confrontos entre Rússia e Ucrânia ocorreram em 
razão da disputa pela península da Crimeia, territó-
rio transferido para a Ucrânia por Nikita Kruschev, 
líder da URSS na década de 1960; em razão de suas 
reservas minerais (gás natural) e sua posição estra-
tégica, despertam grande interesse no atual gover-
no russo de Putin. 
2. b. Em 2014, em razão da possibilidade de aderir à 
União Europeia, a Ucrânia enfrentou o separa-
tismo da Crimeia e da porção russa de seu país, 
eventos incitados pela Rússia. Esse contexto re-
crudesceu mecanismos da Guerra Fria, opondo 
a Rússia e os Estados Unidos/Europa ocidental e, 
portanto, como mencionado corretamente na al-
ternativa b, o fornecimento de gás natural foi usa-
do como forma de desconstruir o apoio europeu 
à Ucrânia. Estão incorretas as alternativas: a, por-
que a região separada da Ucrânia foi a Crimeia; 
c, porque o país situa-se às margens do mar de 
Azov e do mar Negro; d, porque o Brasil não rom-
peu relações com a Rússia; e, porque o motivo 
das manifestações foi o protesto contra a decisão 
do presidente ucraniano de recusar o acordo de 
adesão com a União Europeia. 
3. e. A Rússia, que emergiu com o fim da URSS, cons-
tituiu-se de modo inseguro e sujeita a fortes pres-
sões internas, organizando-se em torno de grupos 
de influência que dominavam determinados seto-
res de produção e induzindo a variados índices de 
corrupção para a consecução de negócios. Esses 
aspectos acabaram gerando instabilidade interna 
e insegurança institucional, o que dificultou a ela-
boração e celebração de contratos internacionais 
com a Rússia. Internamente, emergiram questões 
étnicas há muito soterradas pelo stalinismo e que 
agora cobravam soluções, levando os governos rus-
sos pós-URSS a adotar medidas duras de controle 
sobre territórios conflagrados com discurso de au-
tonomia nacionalista em regiões como o Cáucaso.
 A alternativa a é falsa: do ponto de vista externo 
a Rússia possui regime democrático. O que se 
questiona é a sua insegurança institucional e ju-
rídica. A alternativa b é falsa: a volta ao mercado 
capitalista é ainda instável, uma vez que vários 
desses grupos de controle acabam extorquindo 
ou corrompendo para se manter. A alternativa c é 
falsa: a economia da Rússia ainda tem muitas ati-
vidades ligadas à agropecuária e ao extrativismo 
e não existe o ingresso de capital sul-coreano na 
Rússia em larga escala. A alternativa d é falsa: a 
Rússia não se expressa como uma teocracia e não 
há expansão do islamismo em seu território. Ao 
contrário, o governo de Moscou combate aberta-
mente áreas islâmicas como a Chechênia. 
• Ossétia do Sul e Abkházia 
• Rússia 3 Ucrânia
• Anexação da Crimeia (2014)
• Chechênia
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5. d. Na época em que existia a URSS, o governo cen-
tralizado de Moscou comandava a União Soviética 
de acordo com sua estratégia, sem levar em conta 
as diversas nacionalidades e etnias presentes em 
seu vasto território. Com o fim da URSS, antigas 
repúblicas soviéticas tornaram-se independentes e 
o governo russo pareceu não suportar essa ideia, 
tentando influir de todas as maneiras em repúblicas 
autônomas, como a Geórgia, ou em áreas separa-
tistas, como a Chechênia. Quando esses territórios 
tentam cuidar de seus interesses e aspirações, a 
Rússia busca garantir seu antigo poderio.
 A alternativa a é falsa: a questão diz respeito aos 
oleodutos que a Rússia utiliza para exportar gás e 
petróleo, principalmente para a Europa ocidental. 
A alternativa b é falsa: o destino das exportações 
é principalmente a Europa. A alternativa c é falsa: 
Nagorno Karabach é uma república autônoma for-
mada ao sul do Cáucaso, desmembrada do Azer-
baijão. A alternativa e é falsa: o território é favorável 
à exportação de petróleo. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
3. d. A partir dos anos 1990, com o fim da URSS, os 
países que compunham a antiga “Cortina de 
Ferro”, sob influência soviética, e que adota-
vam a economia planificada, aos moldes da en-
tão URSS, passaram gradativamente a adotar as 
práticas capitalistas de mercado e foram sendo 
incorporados ao espaço das grandes corpora-
ções, transformando -se em novos consumido-
res de variados bens de produção e principal-
mente de consumo.
 A alternativa a é falsa, porque o fim da influência 
soviética nos países da “Cortina de Ferro” deu-se 
na forma de fragmentação espacial e nem sempre 
em processos violentos. A alternativa b é falsa, pois 
a crise mundial dos anos 1990 teve origem na Ásia, 
com a desvalorização do baht, a moeda tailandesa, 
e com a Guerra do Golfo. A alternativa c é falsa, por-
que os países do Leste Europeu não apresentavam 
montantes de dívidas externas significativos.
ANOTA‚ÍES
 
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Formação territorial e quadro físico-ambiental 
dos Estados Unidos e do Canadá
• Aspectos demográficos, sociais e culturais dos 
Estados Unidos e do Canadá
• Distribuição das atividades econômicas e das 
redes de infraestrutura
• H7 - Identificar os significados histórico-geográficos 
das relações de poder entre as nações.
• Identificaras características físicas e ambientais dos Es-
tados Unidos e do Canadá.
• Analisar as características demográficas e socioeconô-
micas dos Estados Unidos e do Canadá.
• Problematizar a questão migratória na América Anglo-
-Saxônica.
América Anglo-Saxônica
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo das grandes regiões 
do planeta, neste módulo propõe-se uma investigação so-
bre os mais diversos aspectos da América Anglo-Saxônica 
(Canadá e Estados Unidos). 
Com o estudo da América Latina, espera-se que os 
alunos sejam capazes de compreender que a regionaliza-
ção que divide o continente americano não se restringe ao 
critério linguístico. As duas Américas são contrastantes e 
antagônicas em seu desenvolvimento histórico, econômi-
co e social. Nas palavras do geógrafo Carlos Walter Porto-
-Gonçalves:
[...] o nome América foi enunciado pelas elites criollas 
para se afirmar com/contra as metrópoles europeias, a geo-
grafia aqui servindo para afirmar uma territorialidade pró-
pria que se distinguia das metrópoles europeias, e o nome 
América Latina afirmado por José Maria Torres Caicedo, 
com seu poema Las Dos Américas, publicado em 1856, 
para nominar o que Bolívar já havia denunciado em 1826 
contra a Doutrina Monroe (1823), inscrevendo assim a 
distinção entre uma América Anglo-saxônica e uma Lati-
na que, mais tarde, levaria José Martí a falar de “nuestra 
América”. Enfim, um anti-imperialismo precoce distingue 
as duas Américas.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. De América Latina, de Abya Yala, 
de América Mestiça, de América Criolla e de suas contradições. Comissão Pastoral 
da Terra Nordeste II, 30 nov. 2009. Disponível em: <www.cptne2.org.br/index.php/
publicacoes/noticias/noticias/1411-america-latina>. Acesso em: 10 jan. 2017.
Propomos que destaque aos alunos as especificida-
des da ocupação das treze colônias inglesas que vieram 
a se tornar os Estados Unidos da América e a expansão 
territorial do país no continente (sobretudo no século 
XIX), bem como sua ideologia expansionista e um breve 
histórico dos governos no século XX e início do século 
XXI. Também faz parte da proposta das aulas o estudo 
das características físicas dos Estados Unidos e do Cana-
dá e da integração econômica e socioespacial entre os 
dois países.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
A primeira aula pode ser utilizada para iniciar a apre-
sentação dos conteúdos propostos referentes à América 
Anglo-Saxônica. A utilização de um mapa como recurso 
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didático é imprescindível para que a turma acompanhe 
as modificações nas fronteiras dos Estados Unidos. É im-
portante destacar que os novos territórios incorporados 
não eram inabitados: franceses e hispânicos sempre es-
tiveram muito presentes, além dos indígenas – a marcha 
para o oeste foi acompanhada do genocídio e do etno-
cídio indígena. 
Mostre também à turma uma listagem com diversos 
nomes de estados e cidades estadunidenses de origem 
hispânica, por terem pertencido à Espanha ou ao México 
(Flórida, Los Angeles, Santa Bárbara, Santa Mônica e San 
Diego são alguns exemplos). Até a influência da religião 
católica, muito presente nos territórios colonizados pela 
Espanha, pode ser percebida em alguns desses nomes. 
No entanto, a influência da cultura hispânica está longe 
de se restringir aos nomes de cidades e estados. Nos 
dias atuais ela ainda pode ser facilmente percebida, em 
seus diferentes aspectos, nos Estados Unidos, sobretudo 
em territórios que pertenceram ao México. Por exem-
plo, é muito comum nos restaurantes de antigas cidades 
mexicanas, hoje estadunidenses, encontrarmos pratos 
e temperos típicos da culinária mexicana – pimenta, li-
mão, etc. Destaque também que a influência cultural se 
dá ainda pela intensa imigração. Projeções apontam que 
até meados deste século haverá nos Estados Unidos mais 
de um imigrante de origem hispânica para cada quatro 
americanos. 
A notória presença de outros povos estrangeiros, 
como irlandeses e chineses, também pôde ser percebi-
da à medida que os novos territórios foram incorpora-
dos. Contribuiu como fator de atração para esse fluxo 
migratório o Homestead Act (1862) – lei que oferecia 
as terras do oeste estadunidense, em pequenos lotes, 
a um preço bastante baixo, estimulando a ocupação da 
região. 
Quando notamos toda essa diversidade cultural nos 
Estados Unidos, concluímos que a ideia do melting pot, 
ou seja, da ocorrência de uma espécie de homogeneiza-
ção cultural dentro da matriz branca anglo-saxã protes-
tante (WASP) nos Estados Unidos, mostrou-se ser apenas 
um mito. 
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 2, 3 e 6. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
A segunda aula pode ser utilizada para trabalhar 
com os alunos os governos recentes dos Estados Uni-
dos, além do conteúdo referente ao Canadá proposto 
no Caderno do Aluno. Propomos dar maior ênfase aos 
governos de presidentes estadunidenses a partir dos 
anos 1980. A Era Reagan (1981-1988) e a George H. Bush 
(1989-1992) mostraram-se extremamente conservadoras e 
precursoras de medidas neoliberais que também dariam 
a tônica da política econômica dos governos seguintes e 
mesmo de governos de outros países. Chame a atenção 
para o fato de os dois presidentes terem pertencido ao 
Partido Republicano – essa é uma informação relevante 
para que os alunos aos poucos consigam estabelecer um 
perfil de governo do Partido Republicano e outro do Par-
tido Democrata. O forte militarismo (com destaque para 
a participação dos Estados Unidos na Guerra do Golfo 
entre 1990-1991, no Oriente Médio) e a crise econômica 
(a concorrência com a alta produtividade das empresas 
japonesas teve papel importante) também marcaram es-
sas duas gestões. 
Já o sucessor de George H. Bush, o democrata Bill 
Clinton, governou por dois mandatos exercendo uma po-
lítica externa mais branda, ao mesmo tempo que, no plano 
econômico, aprofundou a aplicação da cartilha neoliberal 
nos Estados Unidos. Mostre à turma a foto em que Clin-
ton, mediador do Acordo de Oslo, um dos mais impor-
tantes acordos de paz entre árabes e israelenses, aparece 
entre Yitzhak Rabin, então primeiro-ministro de Israel, e o 
líder árabe Yasser Arafat. Do ponto de vista das políticas 
ambientais, Clinton também se mostrou mais flexível que 
seus antecessores republicanos. Vale lembrar a turma de 
que durante seu mandato assinou o Protocolo de Kyoto 
(não ratificado posteriormente). 
Em 2001, a volta de um republicano ao poder acon-
teceria com um nome bastante conhecido: George W. 
Bush, filho do ex-presidente estadunidense, inicia o pri-
meiro de seus dois mandatos sob olhares desconfiados 
de uma população assustada com a polêmica envolven-
do suspeitas de fraudes na sua eleição. No contexto dos 
atentados de 11 de setembro, Bush declara guerra ao 
terrorismo. A ideia de ataques preventivos com inter-
venções militares em países considerados inimigos – o 
chamado “Eixo do Mal” – passa a compor sua política 
externa. Durante a gestão de Bush, os Estados Unidos, 
mergulhados em uma crise econômica desde o início da 
década de 2000, iniciaram a Guerra do Afeganistão (2001-
-não terminada) e a do Iraque (2003-2011). Os gastos mi-
litares dispararam, trazendo lucros exorbitantes para em-
presas estadunidenses do setor da construção civil e para 
as indústrias bélica e farmacêutica (tradicionais financia-
doras de campanha do Partido Republicano). Com o pas-
sar dos anos, essas duas guerras desgastaram a imagem 
de George W. Bush, e, em 2009, um novo presidente re-
publicano não conseguiu se eleger. 
Sucedendo Bush, Barack Obama, filho de um quenia-
no, assumiu a Presidência dos EstadosUnidos como uma 
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esperança para o fim das guerras no Oriente Médio e para 
os problemas sociais que afetavam o país: desemprego, 
crise econômica (crise do subprime), discriminação contra 
negros e imigrantes, entre outros. O governo de Obama 
pode ser considerado contraditório: acabou com a Guerra 
do Iraque e reduziu o quantitativo de soldados estaduni-
denses no Afeganistão, mas não colocou um ponto final 
nesta última guerra. Em seu segundo mandato, incursões 
aéreas voltaram a acontecer no Iraque e na Síria, sob a jus-
tificativa de combater o grupo terrorista Estado Islâmico. 
É importante destacar para os alunos que, cada vez mais, 
as empresas financiadoras das campanhas do Partido Re-
publicano também fazem doações para as campanhas do 
Partido Democrata. Pode ser interessante discutir com os 
alunos os limites da democracia representativa nos Esta-
dos Unidos e em outros países, até mesmo no Brasil. Uma 
vez no poder, políticos e partidos não acabam atendendo 
aos interesses dos grandes doadores, sobretudo os das 
empresas que financiaram suas campanhas, como ocorre 
no caso dos Estados Unidos?
ESTADOS UNIDOS
A) Formação territorial dos Estados Unidos
 ➜ Colonização inglesa
• Povoamento no norte
 – Pequenas e médias propriedades
 – Policulturas
 – Mercado interno
 – Trabalho livre
 – Bases liberais
• Exploração no sul
 – Latifúndio
 – Monoculturas
 – Mercado externo
 – Escravidão
 – Bases mercantilistas
• Predomínio de protestantes
 – Navio Mayflower
 – Peregrinos
 – Conversão de escravizados
 – Desenvolvimento da cultura gospel
 ➜ Independência
• 1776
• Questão do Chá
• Guerra de Independência
• Tratado de Paris (1783)
 – Reconhecimento inglês
 ➜ Expansão territorial
• Acordos, compras e guerra
• Principais compras:
 – Louisiana (1803)
França – Expansão napoleônica
 – Flórida (1819)
Espanha
 – Oregon (1846)
Reino Unido
 – Alasca (1867)
Rússia
• Guerra contra o México
 – Anexação do Texas
 – Tratado de Guadalupe-Hidalgo (1848)
Concessão mexicana de Arizona, Novo Méxi-
co, Nevada, Califórnia
 ➜ Ideologias da expansão territorial e econômica
• Doutrina Monroe (1823)
 – América para os americanos
Justifica o afastamento de europeus
• Destino Manifesto (1844)
 – Doutrina de naturalização das fronteiras
 – Do Atlântico ao Pacífico
 SUGESTÃO DE QUADRO
Obama também não fechou a base militar dos Es-
tados Unidos em Guantánamo, acusada de realizar di-
versas torturas e outras violações dos direitos humanos, 
promessa amplamente difundida durante sua primeira 
campanha eleitoral. Ao mesmo tempo que sinalizou por 
meio de decreto a pretensão de legalizar 5 milhões de 
imigrantes em situação irregular, foi o presidente esta-
dunidense que mais deportou em toda a história dos Es-
tados Unidos. Durante seu governo, o país apresentou 
sinais de recuperação econômica e de elevação do nível 
de emprego, mas nem de longe foi capaz de restabele-
cer o sucesso econômico de outros tempos. 
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 7 e 9.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões da seção Aprofundando o conheci-
mento.
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 – John O´Sullivan (questão do Texas)
 – “Predestinação divina”
 – Crescimento populacional
 – Defesa das liberdades democráticas
• Ética protestante
 – “O lucro como salvação”
• Big Stick
 – Política externa agressiva
 – Uso do poderio bélico estadunidense para inte-
resses estratégicos 
B) Expansão econômica dos Estados Unidos
 ➜ Pós-Segunda Guerra Mundial
• Fordismo 1 keynesianismo (Estado de Bem-Estar 
Social)
 – “Anos dourados” (décadas de 1950/1960)
 – Forte crescimento econômico
• Pleno emprego
 ➜ Anos 1970
• Crise do fordismo
 – Produtos duráveis
 – Crise do petróleo
 – Mão de obra cara 
C) Passado recente dos Estados Unidos 
 ➜ Era Reagan (1981-1988)
• Republicano
• Neoliberalismo
• Aumento dos gastos militares
 – Projeto Guerra nas Estrelas
• Crise econômica 
 – Forte concorrência japonesa
 ➜ George H. Bush – “Pai” (1989-1992)
• Características de governo muito próximas daque-
las da Era Reagan
• Menor popularidade
• Guerra do Golfo (1990-1991)
 ➜ Era Clinton (1993-2000)
• Democrata
• Política ambiental mais flexível
• Política externa mais amigável
 – Acordo de Oslo (1993-1995)
• Recuperação econômica 
 ➜ Era George W. Bush – “Filho” (2001-2009)
• Doutrina Bush
 – Guerra ao terror (Afeganistão: 2001, Iraque: 
2003)
 – Ataques preventivos
 – “Eixo do Mal”
 ➜ Crise do subprime (2008)
 ➜ Era Obama (2009-2016)
• Governo contraditório
 – Fim da Guerra do Iraque 3 Manutenção da Guerra 
do Afeganistão e ataques aéreos ao Estado Islâmico 
no Iraque
 – Tentativa de legalizar 5 milhões de imigrantes 3 
Maior deportação de imigrantes da História
 – Tímida recuperação econômica 
 – “Obamacare”
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Como demografia e migrações se relacionam com a 
geografia das eleições presidenciais dos Estados Unidos? 
Os alunos podem pesquisar e comparar mapas que trazem 
os estados onde candidatos republicanos e democratas 
venceram as eleições presidenciais ao longo da história 
dos Estados Unidos. É interessante estimulá-los a refle-
tir sobre os motivos das transformações verificadas nos 
mapas, sobretudo a partir do século XX. Sabemos que, 
relativamente, ano após ano, a população branca do país – 
em grande parte eleitora dos candidatos republicanos – 
vem diminuindo, enquanto a porcentagem de negros, 
hispânicos e imigrantes – forte eleitorado democrata –, 
em geral, aumenta. Segundo dados do instituto estadu-
nidense Pew Research Center, hoje a população dos Esta-
dos Unidos é muito mais diversificada. Em dezesseis anos 
(entre 2000 e 2016) subiu de 7% para 12% o número de 
hispânicos que podem votar. 
Outro dado que chama a atenção é que, em razão da 
imigração latina e da asiática, espera-se que em 2055 o 
país não possua uma maioria étnica. Além disso, sabemos 
que existe uma forte tendência de dispersão de imigran-
tes pelo território estadunidense. Qual é o impacto disso 
na nova geografia das eleições presidenciais dos Estados 
Unidos? Proponha esse exercício aos alunos. Aproveite 
e questione-os sobre os limites dos tipos de distribuição 
mostrados pelos mapas. Será que vencer em um maior 
número de estados necessariamente significa ter a maio-
ria dos votos da população? Certamente, não. Lembre os 
alunos de que os estados apresentam quantitativos dife-
rentes de eleitores. Mapas com o resultado de algumas 
eleições podem ser encontrados no site disponível na se-
ção Material de apoio ao professor.
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MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
AZEVEDO, Cecília.  Em nome da América: os corpos de 
paz no Brasil. São Paulo: Alameda, 2007.
DARDOT, Pierre et al. A nova razão do mundo: ensaio 
sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
NYE JR., Joseph S. O paradoxo do poder americano. São 
Paulo: Unesp, 2002.
TURNER, Frederick Jackson. O significado da fronteira na 
história americana. In: KNAUSS, Paulo (Org.). Oeste ameri-
cano. Rio de Janeiro: Eduff, 2004. 
SITE
Mapas sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos. 
Disponível em: <www.vox.com/policy-and-politics/2016/11/
8/13563106/election-map-historical-vote>. Acesso em: 20 
fev. 2017.
FILMES
Capitalismo: uma história de amor. Direção: Michael Moore, 
2009. 120 min. 
Os últimos dias do Lehman Brothers. Direção: Michael 
Samuels, 2009. 60 min. 
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. c. O compartimento do relevo indicado refere-se às 
montanhas Rochosas formadas a partir do processo 
de diastrofismo ou tectonismo. Estão incorretasas 
alternativas: a e b, porque os Apalaches são escudos 
cristalinos situados na porção oriental dos Estados 
Unidos; d, porque o escudo canadense ou Labrador 
se situa na porção oriental do Canadá; e, porque as 
planícies centrais são áreas de bacias sedimentares 
situadas na porção central dos Estados Unidos. 
 2. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, 
as maquiladoras são indústrias estadunidenses que, 
ao se instalarem no México, se desobrigam de cum-
prir a totalidade das legislações trabalhistas, apro-
veitando farta mão de obra barata para montar ou 
embalar produtos já fabricados em outros países e 
que, ao entrar nos Estados Unidos como sendo de 
origem mexicana, em razão dos acordos do Nafta, 
escapam das sobretaxas de importação. Estão in-
corretas as demais alternativas, porque não corres-
pondem à definição do enunciado. 
3. d. A maior concentração da indústria high-tech nos 
Estados Unidos é o tecnopolo denominado Vale 
do Silício, na costa oeste (alternativa d), embora 
tenha ocorrido uma expansão de investimentos 
no arco do Sun Belt no golfo do México, como 
indicado na alternativa c. Estão incorretas as al-
ternativas: a e b, porque a costa leste e a área 
dos Grandes Lagos caracterizam-se pela indus-
trialização tradicional, com destaque para as in-
dústrias típicas da Segunda Revolução Industrial, 
a exemplo do aço, em Pittsburgh, e do automó-
vel, em Detroit; e, porque o vale do Mississipi-
-Missouri se destaca pela produção agropecuária. 
4. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
Detroit detinha o título de maior capital do auto-
móvel. Contudo, o redirecionamento dos investi-
mentos para a área high-tech e a “marcha para o 
oeste” – deslocamento da dinâmica financeira e 
industrial para a costa do Pacífico – fizeram decres-
cer os investimentos na cidade, caracterizando o 
declínio econômico da região. Estão incorretas as 
demais alternativas porque as cidades identificadas 
não correspondem ao enunciado. 
5. e. Como mencionado corretamente na alternativa 
e, o presidente Barack Obama, do partido Demo-
crata, traça uma crítica estrutural aos republicanos, 
cuja característica é o desvio de investimentos da 
área social para sustentar uma política externa mais 
agressiva. Estão incorretas as alternativas: a, por-
que os republicanos caracterizam-se por reduzir os 
investimentos públicos; b, porque Bush defende 
menor participação do Estado na economia; c, por-
que a questão não é elevar os impostos, mas saber 
como direcioná-los; d, porque uma das plataformas 
de governo responsáveis pela vitória de Obama foi 
um serviço de saúde estatizado. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. e. Como mencionado corretamente na letra e, estão 
identificados pelo número: 1, a extensão de dobra-
mentos modernos situados na costa oeste estadu-
nidense, denominados montanhas Rochosas; 2, o 
golfo do México, área de desembocadura da bacia 
do rio Mississipi-Missouri e de produção petrolífera 
da Pemex; 3, a extensão de maciços antigos identi-
ficada como montes Apalaches; 4 e 5, as penínsulas 
da Califórnia e da Flórida, respectivamente. 
2. e. Desde o processo de expansão externa do terri-
tório estadunidense iniciado no século XIX, após a 
implantação da Doutrina Monroe (“América para os 
Americanos”), do Corolário Polk e da Política do Big 
Stick (Grande Porrete), o México e outros países do 
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continente americano, em virtude da proximidade 
territorial com os Estados Unidos, sofreram as conse-
quências das políticas imperialistas estadunidenses, 
inclusive com perda de territórios. A situação mexica-
na foi sem dúvida a de maior impacto em termos de 
perdas territoriais.
 Como dizia o escritor mexicano Carlos Fuentes: 
“Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Uni-
dos”. Do ponto de vista ideológico, a indústria ci-
nematográfica estadunidense sempre reproduziu 
esse ideário de submissão e inferioridade do povo 
mexicano, embora o sonho americano, american 
way of life, ainda leve muitos mexicanos a tentar en-
trar, de forma legal ou ilegal, no território dos Esta-
dos Unidos em busca de emprego e oportunidades 
de uma vida melhor. Como forma de reação a esse 
movimento, o governo estadunidense tem ficado 
cada vez mais rigoroso no controle das fronteiras e 
nas políticas anti-imigração adotadas.
 Essas questões elevam o sentimento de repúdio aos 
estadunidenses – por grande parte da população me-
xicana – e geram preocupações para o governo dos 
Estados Unidos em razão dos grandes investimentos 
feitos por empresas estadunidenses no México e dos 
eventuais riscos e problemas políticos e econômicos 
decorrentes dessa crescente revolta. 
4. a. O mapa destaca a região nordeste e dos Grandes 
Lagos nos Estados Unidos, o tradicional “cinturão 
dos manufaturados”, visto que se trata de uma área 
populosa, urbanizada e industrializada. A indus-
trialização deslanchou a partir do século XIX e foi 
estimulada pelas jazidas de ferro e carvão mineral, 
além da rede de transportes, mercado consumidor 
e mão de obra. A região sofreu uma crise industrial 
com o fechamento de empresas pouco competiti-
vas a partir da década de 1980, daí o termo “cintu-
rão da ferrugem”. A partir dos anos 2000, a região 
sofreu uma reestruturação com a implantação de 
algumas empresas de tecnologia mais avançada. 
6. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, a 
área da 4a Frota corresponde ao espaço da América 
Latina, região de expansionismo estadunidense des-
de o século XIX com a Doutrina Monroe. Na déca-
da de 2000, o predomínio de governos nacionalistas 
como o de Hugo Chávez, na Venezuela; o de Evo 
Morales, na Bolívia; e o de Rafael Correa, no Equador, 
despertam cautela em razão de sua postura anti-im-
perialista. Estão incorretas as alternativas: a, porque 
sua presença se faz em razão da beligerância da Co-
reia do Norte, que possui armas nucleares; c, porque 
a área da 6a Frota corresponde ao cenário de oposi-
ção à ex-União Soviética e, portanto, de importância 
fundamental na história militar dos Estados Unidos 
no período da Guerra Fria; d, a 5a Frota, atuante no 
Oriente Médio, tem preocupações estratégicas em 
razão da questão nuclear com o Irã, grupos extremis-
tas, questão Palestina, produção de petróleo, entre 
outros; e, porque as frotas não tendem a ser desa-
tivadas em razão da manutenção da segurança dos 
Estados Unidos (2a Frota) e da ação da Otan. 
7. e. A crise econômica deflagrada nos Estados Unidos em 
outubro de 2008 atingiu principalmente os países mais 
desenvolvidos. Além dos Estados Unidos, a Europa 
da zona do Euro, o Japão e o Canadá tiveram queda 
de produção e de investimentos e taxas elevadas de 
desemprego. A crise acabou se alastrando em maior 
ou menor grau pelo mundo todo, e nações como 
o México sofreram em virtude de sua proximidade 
geográfica e econômica com os Estados Unidos. A 
economia estadunidense é francamente consumista, 
e, na crise, houve retração de consumo, o que afetou 
a produção industrial mexicana com suas indústrias 
maquiladoras, muito voltadas ao mercado exportador 
para os Estados Unidos. A alternativa a é falsa, pois a 
migração mexicana é para trabalhar basicamente nos 
Estados Unidos, não afetando a agropecuária mexi-
cana. A alternativa b é falsa, já que a produção pe-
trolífera mexicana está aumentando. A alternativa c é 
falsa, porque a produção petrolífera venezuelana não 
provoca crise econômica no México. A alternativa d 
é falsa, pois a atividade industrial mexicana é parcial-
mente dependente de impulsos externos. 
8. e. Na zona litorânea da Califórnia o clima é mediter-
râneo, ameno e chuvoso no inverno, mas quen-
te e bastante seco no verão. Assim, o calor e a 
estiagem favorecem a ocorrência de grandes 
incêndios, que causam danos em moradias e na 
infraestrutura no estado. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
5. a. A alternativa a descreve corretamente o tecnopolosituado no sudoeste dos Estados Unidos, conheci-
do como Vale do Silício, que agrega universidades 
e centros de pesquisa cujas produções científicas 
sustentam as indústrias de ponta. São incorretas as 
alternativas: b, porque a descrição corresponde à 
produção agropecuária; c, por descrever uma paisa-
gem típica de áreas mais setentrionais; d, por fazer 
uma referência ao Manufacturing ou Rust Belt, área 
de produção industrial mais antiga e tradicional dos 
Estados Unidos; e, pelo fato de a região não ser pro-
dutora de metais, haja vista que o nome “Vale do 
Silício” é uma referência à principal matéria-prima 
dos processadores fabricados pelas indústrias que 
se instalaram na região na década de 1950. 
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• China: histórico e características de uma potên-
cia mundial 
• Um país e dois sistemas: os anacronismos políti-
cos, econômicos e sociais chineses
• A abertura econômica e as Quatro Moderniza-
ções na China do século XXI
• Índia: histórico e características de uma potência 
regional 
• Bases da emergência econômica indiana na vira-
da do século XXI
• H7 - Identificar os significados histórico-geográficos 
das relações de poder entre as nações.
• H18 - Analisar diferentes processos de produção ou 
circulação de riquezas e suas implicações socioespa-
ciais.
• Identificar aspectos relevantes da história política e 
econômica da China e da Índia.
• Analisar as dinâmicas demográficas da China e da Índia.
• Reconhecer avanços econômicos e sociais chineses e 
indianos.
China e êndia
INTRODUÇÃO
Neste módulo é esperado que os alunos compreen-
dam a corrida econômica que Índia e China disputam nas 
últimas décadas. Desde 1991, quando reformas econômi-
cas aconteceram na Índia, o país vem registrando elevadas 
taxas de crescimento do seu PIB, de maneira muito próxima 
àquelas encontradas durante o milagre econômico chinês. 
Sabe-se ainda que China e Índia apresentam as duas maio-
res populações do planeta. O crescimento econômico dos 
últimos anos permitiu a ascensão de uma numerosa classe 
média nesses países, que desperta a atenção de empre-
sas do mundo todo. Segundo o banco Credit Suisse, em 
2015, o contingente que compunha a classe média chinesa 
se mostrou superior àquele que compõe a classe média es-
tadunidense.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Na primeira aula, trabalhe com os alunos os conteúdos 
referentes à China. Solicite que façam um levantamento da 
origem dos produtos que eles têm em casa (onde foram 
fabricadas). Podem ser equipamentos eletrônicos, vestuá-
rio, calçados, cosméticos, entre outros. Peça que anotem 
as informações e as tragam para essa aula. O objetivo des-
sa atividade é que os alunos percebam que os produtos 
podem ter diferentes origens. Caso a maioria deles tenha 
sido produzida na Ásia, especificamente na China, mencio-
ne a grande capacidade do país no setor industrial. 
Por meio da confrontação de dados como PIB e PNB, 
informe que grande parte do capital industrial presente no 
território chinês é estrangeira. Relembre os alunos de que 
no cálculo do PIB somam-se todos os bens e serviços pro-
duzidos dentro do território de um país desconsiderando 
a nacionalidade e os lucros vindos do exterior. Já o PNB 
é a soma de toda a riqueza produzida por empresas de 
um país, independentemente de onde estejam instaladas, 
mais o capital que entra e menos o capital que sai do país. 
É ainda muito importante demonstrar que atualmen-
te a China também possui diversas empresas de capital 
nacional que produzem bens extremamente diversifica-
dos, incluindo os de alto valor agregado. Nesse momen-
to, peça aos alunos que contribuam com exemplos de 
marcas de produtos chineses que podem ser facilmente 
encontradas no Brasil (Chery, Jac Motors, Huawei, entre 
outras).
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Ao final da Aula 1 resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
A segunda aula pode ser reservada para o estudo so-
bre a Índia. É importante destacar aspectos demográficos 
e culturais do país, como a grande variedade étnico-cul-
tural. Isso pode ser notado, entre outros aspectos, pelas 
22 línguas oficiais do país, reconhecidas pela Constituição 
indiana. Por influência da colonização do Reino Unido, o 
inglês é considerado língua oficial de referência do país 
e é também a língua dos negócios, fundamental para a 
inserção no mercado de trabalho, responsável principal-
mente pela expansão no setor de serviços. Muitas marcas 
multinacionais têm escolhido a Índia para a instalação de 
seus call centers, absorvendo como força de trabalho essa 
população que fala inglês. 
A religião hindu, predominante, contribuiu para a for-
mação de uma sociedade fortemente estratificada em 
castas, embora desde a promulgação da Constituição do 
país, na década de 1940, não exista mais nenhum disposi-
tivo legal que promova essa divisão. 
A Índia atualmente possui a maior produção cinemato-
gráfica do mundo e uma forte indústria de informática (os 
softwares livres ganham notoriedade no país) e farmacêu-
tica. Muito do sucesso desses setores industriais se deve 
ao investimento feito pelo governo nas últimas décadas 
em ciência e tecnologia. 
Ao final da Aula 2 resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desen-
volvendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a uti-
lização das questões da seção Aprofundando o conhe-
cimento.
 I. CHINA
 ➜ Potência econômica (segundo maior PIB do mundo)
 ➜ “Indústria do mundo”
• Vantagens comparativas
• Mão de obra barata
• Moeda desvalorizada
• Leis ambientais frágeis
• Incentivos fiscais
Obs.: Zonas econômicas especiais (ZEEs), cidades li-
torâneas com legislação especial
 ➜ Maior população do planeta (1,4 bilhão de habitantes)
 ➜ Controle da natalidade desde 1979
Obs.: Fim da política do filho único em 2015
 ➜ População majoritariamente urbana
• Tendência espontânea de declínio da natalidade
 ➜ 1949: Revolução Chinesa
• 1945-1949: Guerra civil chinesa
• Mao Tsé-tung (PCC)
 ➜ 1966-1976: Revolução Cultural Chinesa
 ➜ 1976: Morte de Mao Tsé-tung
 ➜ 1978: Deng Xiaoping
• Socialismo de mercado
• 1 país / 2 sistemas
 ➜ 1984: As Quatro Modernizações
• Ciência e tecnologia
• Defesa nacional
• Abertura econômica para as indústrias transnacionais
Obs.: ZEEs
– Enclaves abertos aos investimentos estrangeiros 
e dotados de legislação especial
• Dissolução das comunas populares e fortalecimen-
to da agricultura familiar
 II. ÍNDIA
 ➜ 1947: Independência da Índia Britânica (Índia + 
Paquistão + Bangladesh)
• Independência pacífica do Reino Unido
Obs.: Mahatma Gandhi
• Desobediência civil
 ➜ Potência militar nuclear
 ➜ Economia: 
• Indústria de informática (hardware e software) 
• Indústria cinematográfica Bollywood
• Serviços (call centers)
 SUGESTÃO DE QUADRO
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO I
Em trabalho interdisciplinar com Matemática, os alu-
nos podem ser organizados em grupos para que produ-
zam gráficos que mostrem as curvas de crescimento da 
população dos países estudados neste módulo. Os alunos 
podem até mesmo fazer gráficos com projeções futuras 
da população da Índia e da China, com base em dados 
fornecidos pela ONU. Outros gráficos podem ser produzi-
dos, como o da distribuição da população por sexo. Ao fi-
nal, os grupos podem ser reunidos para que estabeleçam 
relações entre, por exemplo, o predomínio da população 
masculinanesses países e valores culturais, religiosos, 
que, no caso chinês, ainda podem ser somados ao longo 
período de vigência da política do filho único. Para melhor 
desenvolvimento dessa atividade, recomenda-se que os 
alunos assistam ao filme It’s a girl (2012), indicado na seção 
Material de apoio ao professor.
Filmado na Índia e na China, It’s a girl pergunta por que 
tão pouco está sendo feito para salvar meninas e mulheres. 
O documentário conta histórias de meninas abandonadas 
e traficadas, de mulheres que sofrem violência relacionada 
ao dote, de mães que lutam para salvar a vida de suas filhas. 
Especialistas globais e ativistas colocam as histórias em 
contexto e defendem caminhos diferentes para a mudança, 
lamentando coletivamente a falta de qualquer ação de fato 
eficaz contra essa injustiça.
Na Índia e na China, existem casos de aborto quando 
o feto é do sexo feminino, de meninas que são mortas e 
abandonadas simplesmente porque são meninas. A ONU 
estima que cerca de 200 milhões de meninas estejam de-
saparecidas no mundo. Aquelas que sobrevivem à infância 
são, muitas vezes, sujeitas à negligência e enfrentam a vio-
lência e até mesmo morrem nas mãos de seu marido ou 
de outros membros da família.
A guerra contra o sexo feminino está enraizada numa 
tradição secular e é sustentada por dinâmicas culturais pro-
fundamente arraigadas que, em combinação com as polí-
ticas governamentais, aceleram a eliminação das meninas.
SUGESTÃO II 
A seção pH1 deste módulo trabalha os territórios 
chineses que apresentam tensões separatistas. Caso 
sua escola disponha de mais um tempo de aula, reco-
menda-se a leitura do histórico de litígio que envolve as 
regiões do Tibete e de Xinjiang, seguida de um debate 
com os alunos. 
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
BRESLIN, Shaun. Entendendo a ascensão regional chine-
sa. In: SPEKTOR, Matias; NEDAL, Dani (Org.). O que a 
China quer? Rio de Janeiro: FGV, 2010.
KISSINGER, Henry. Sobre a China. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2012.
MOREIRA, Maurício M. Índia: oportunidades, lições e de-
safios para as economias do B rasil e da América Latina. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2011.
OLIC, Nelson Balic; CANEPA, Beatriz. Geopolíticas asiá-
ticas: da Ásia Central ao Extremo Oriente. São Paulo: 
Moderna, 2007.
FILMES
It’s a girl. Direção: Evan Grae Davis. Estados Unidos, 2012. 
64 min.
O último imperador. Direção: Bernardo Bertolucci. China/
Itália/Reino Unido/França, 1987. 163 min.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. c. Os conflitos entre Índia e Paquistão referem-se à 
Caxemira, território de maioria muçulmana. A Índia 
 III. SEPARATISMOS
 ➜ China
• Tibete
• Dalai Lama
• Questão hídrica
• Disponibilidade de minério
 ➜ Xinjiang 
• Uigures 
• Grande produção de petróleo e gás
 SUGESTÃO DE QUADRO COMPLEMENTAR (pH1)
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reivindica a totalidade do território justificando que 
é parte integrante do país, ao passo que o Paquis-
tão declara a maioria muçulmana como argumento 
para sua anexação. Estão incorretas as demais al-
ternativas porque não correspondem ao processo 
citado no enunciado. 
2. d. A Índia, nação integrante do grupo Brics, destaca-
-se em setores de alta tecnologia, como informáti-
ca, aeroespacial e medicamentos. O país é grande 
exportador de softwares para computadores. Des-
tacam-se os tecnopolos de Bangalore e Chennai, 
no sul. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. e. A China é um dos países com maior crescimento 
econômico do mundo nas últimas décadas. Po-
rém, houve grande degradação do meio ambien-
te, tornou-se o maior emissor de gases de efeito 
estufa do mundo, e a poluição atmosférica é um 
grave problema nas cidades. Assim, a imagem re-
flete a gravidade da questão ambiental na China. 
Nos últimos anos, o país investiu em fontes reno-
váveis (hidrelétricas, energia solar e energia eólica) 
para reduzir a poluição do ar. 
3. c. Os Estados Unidos e a China são as duas maio-
res economias do mundo (têm os maiores PIBs). 
Os Estados Unidos são uma potência capitalista, 
enquanto a China combina elementos socialistas 
e capitalistas (a partir da abertura econômica rea-
lizada no final da década de 1970). Do ponto de 
vista político, os países são bem diferentes: os Es-
tados Unidos são uma democracia pluripartidária, 
e a China, um regime autoritário de partido único. 
5. a. As commodities são produtos primários negocia-
dos no cenário internacional. Para tal exemplo, 
podemos citar o minério de ferro brasileiro, que 
supervalorizou graças ao aumento dessa demanda 
por parte da China. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. c. Como mencionado corretamente na alternativa 
c, os crescentes investimentos militares da China 
ameaçam a unipolaridade bélica pertencente aos 
Estados Unidos. Estão incorretas as alternativas: a, 
porque investimentos bélicos crescentes apontam 
para o acirramento de conflitos; b, porque a aná-
lise dos gráficos tem como tema os orçamentos 
militares da China; d, porque o tema do gráfico 
não é a padronização das tecnologias militares. 
5. b. A denominação terras-raras (ouro do século XXI) 
refere-se a um grupo de dezessete elementos quí-
micos cuja aplicação está associada à produção de 
componentes tecnológicos, essenciais ao desen-
volvimento do setor high-tech e, portanto, como 
mencionado corretamente na alternativa b, o mo-
nopólio chinês sobre as reservas de terras-raras sus-
cita debates internacionais em razão de sua impor-
tância para a indústria moderna. Estão incorretas as 
alternativas: a, porque a aplicação dos elementos 
que compõem as terras-raras são insumos para a 
indústria, e não para a agropecuária; c, porque o 
Brasil participa da polêmica e possui uma das maio-
res reservas de terras-raras; d, porque a China lide-
ra o ranking de reservas, seguida pela CEI e pelos 
Estados Unidos; e, porque a OMC suscita debates 
sobre o monopólio chinês das terras-raras. 
ANOTA‚ÍES
 
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22
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Oriente Médio: histórico de uma definição eu-
r ocêntrica
• Tensões, conflitos e conciliações na região pa-
lestina
• Geopolítica do petróleo
• Intervenções militares internacionais na região 
do golfo Pérsico
• H7 - Identificar os significados histórico-geográficos 
das relações de poder entre as nações.
• H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das 
organizações políticas e socioeconômicas em escala 
local, regional ou mundial.
• H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, 
políticos, econômicos ou ambientais ao longo da His-
tória.
• Identificar diferentes grupos étnicos, nacionais e reli-
giosos na região do Oriente Médio.
• Diferenciar os processos de desenvolvimento e as rea-
lidades sociais nos países do subcontinente.
Oriente Médio:
principais conflitos
INTRODUÇÃO
Os conflitos no Oriente Médio frequentemente to-
mam os noticiários da grande mídia, despertando tam-
bém interesse e curiosidade por parte dos alunos. Sem 
dúvida, as grandes reservas de petróleo e outros recursos 
na região (como a água), as intervenções imperialistas do 
passado e o elemento religioso são ingredientes que 
contribuíram e ainda contribuem para as disputas terri-
toriais na área. Embora esse seja um tema que desperta 
a atenção dos alunos, é comum que tenham dificuldade 
e façam confusão com a enorme quantidade de guerras, 
acordos e países mencionados durante as aulas. Assim, 
duas observações iniciais são importantes: didaticamen-
te, a compreensão dos alunos pode se tornar melhor se 
o módulo for dividido em duas partes. Inicialmente, pro-
põe-se o estudo apenas dos conflitos que envolvem as 
causas palestinas e israelenses. Em um segundo momen-
to, propõe-se o estudo de outros conflitos do Oriente 
Médio, que tiveram como campo de batalha a região do 
golfo Pérsico. É muito importante, ainda, que as aulas 
sejam conduzidas com o auxílio de mapas,de modo que 
os alunos consigam visualizar bem os países envolvidos 
em cada conflito e os territórios disputados. 
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Reserve a primeira aula para trabalhar com os alu-
nos os conflitos entre árabes e israelenses. Antes de en-
trar mais a fundo nas guerras e nos acordos de paz, faça 
uma breve introdução para esclarecer a diferença entre 
o que seria a chamada Palestina Bíblica (área próxima 
do rio Jordão, que no passado já foi chamada de diver-
sos nomes, como Hebron, Terra Prometida, Terra San-
ta, entre outros, e atualmente corresponde à área que 
abriga o Estado de Israel) e Palestina geopolítica (área 
onde a população palestina desfruta territórios com au-
tonomia relativa). 
Outros esclarecimentos podem ser feitos, diferencian-
do Oriente Médio geográfico (parte da Ásia) de Oriente 
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Médio geopolítico (área mais abrangente que inclui não 
apenas o Oriente Médio geográfico, mas também os paí-
ses do Norte da África, já que esses se assemelham em 
características sociais, econômicas e culturais com a maio-
ria daqueles encontrados no Oriente Médio geográfico) e 
esclarecendo a diferença entre etnia, nacionalidade e re-
ligião. É muito comum que os alunos confundam “árabe” 
com “muçulmano” ou “judeu” com “israelense”. Mostre 
que pode existir perfeitamente, por exemplo, um árabe 
cristão ou que até mesmo os primeiros cristãos eram ju-
deus convertidos.
Durante as explicações sobre os acordos de Camp 
David e de Oslo, procure demonstrar que o extremismo 
de ambas as partes pode ser considerado o principal vi-
lão contra avanços maiores na busca pela paz na região. 
Afinal, contraditoriamente, no primeiro grande acordo de 
paz entre árabes e israelenses, o presidente egípcio (e ára-
be) Sadat foi assassinado justamente por árabes. Na déca-
da de 1990, ocorreu uma nova contradição: Yitzhak Rabin, 
primeiro -ministro de Israel e protagonista nos Acordos de 
Oslo, foi assassinado por um judeu extremista.
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 
da seção Praticando o aprendizado. Para casa, suge-
rimos que os alunos trabalhem os exercícios da seção 
Desenvolvendo habilidades, sobretudo a questão 3.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Na segunda aula, proponha um estudo sobre outros 
conflitos do Oriente Médio. Comece pela Revolução 
Xiita Iraniana de 1979. É provável que os alunos apre-
sentem dúvidas sobre a diferença entre xiitas e sunitas, 
as duas correntes de seguidores do islã. Esclareça que 
essa divisão em nada se relaciona com o fundamenta-
lismo religioso. É comum a associação equivocada dos 
xiitas a grupos terroristas islâmicos e fundamentalistas. 
A divisão entre xiitas e sunitas ocorreu após a morte do 
profeta Maomé, no século XVII d.C. Na época a comu-
nidade islâmica começou a se dividir: um grupo (xiitas) 
entendia que apenas alguém com o mesmo sangue de 
Maomé deveria liderar a religião, enquanto o outro (su-
nitas) afirmava que qualquer pessoa poderia ocupar tal 
posição, desde que fosse uma pessoa idônea. Poste-
riormente, outras diferenças apareceram entre xiitas e 
sunitas. Os sunitas possuem, além do Corão, outro livro 
sagrado, chamado Suna.
Enfatize que, durante a Guerra Irã-Iraque, embora a 
deflagração da guerra tivesse como questão central a dis-
puta pelo canal de Shatt Al-Arab, a principal motivação foi 
o temor de Saddam Hussein de que a expansão da Revo-
lução Xiita chegasse ao Iraque, país vizinho do Irã.
Com a Guerra do Golfo (1990-1991), o mundo pôde 
assistir ao início da nova ordem mundial que estaria por 
vir. Essa guerra marca o fim da rivalidade entre Estados 
Unidos e União Soviética, que perdurou durante toda a 
Guerra Fria. Os dois países entraram do mesmo lado na 
guerra contra o Iraque, apoiando o Kuwait. A Otan tam-
bém participou da guerra, como um braço armado dos 
Estados Unidos no Oriente Médio, fato que se repetiria 
diversas vezes desde então. 
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1, 5 e 9.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
I. INTRODUÇÃO
 ➜ Oriente Médio geográfico
• Sudoeste da Ásia
 ➜ Oriente Médio geopolítico
• Sudoeste da Ásia + Magreb (Norte da África)
 ➜ Palestina Bíblica
• Hoje: Israel
 ➜ Palestina Geopolítica
• Cidades da Cisjordânia 1 Faixa de Gaza
Obs.: Nacionalidade Þ etnia Þ religião
 ➜ Exemplos:
• sírio – árabe – muçulmano
• turco – turco – muçulmano
• iraniano – persa – muçulmano
• israelense − judeu – judeu
• palestino – árabe – muçulmano
 SUGESTÃO DE QUADRO
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II. O CONFLITO ENTRE ÁRABES E ISRAELENSES 
A) Histórico de ocupação da Palestina Bíblica
 ➜ 1000 a.C. – Ocupação pelos judeus
• Invasões diversas
 ➜ 70 d.C. – Diáspora judaica
 ➜ 637 d.C. – Árabes
 ➜ 1517-1918 – Império Otomano 
B) Raízes do confl ito no século XX
 ➜ Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
• Inglaterra/França 3 Império Turco Otomano/Ale-
manha/Império Austro-Húngaro
• Divisão do Oriente Médio entre Inglaterra e França
 ➜ Declaração de Balfour (1917)
• Apoio inglês ao movimento sionista
 ➜ Segunda Guerra Mundial
• Holocausto
• Aumento do movimento sionista
• Aumento da instabilidade na Palestina Bíblica 
(árabes 3 judeus 3 ingleses)
Obs.: Plano de Partilha da ONU (1947)
- Israel (56%)
- Palestina (43%)
- Jerusalém (1%): território internacional
C) Guerras e acordos
 ➜ Guerra de Formação de Israel (1948)
• 1948 – Declaração de Independência de Israel
• Israel 3 Iraque/Síria/Jordânia/Líbano/Egito (coalizão 
árabe)
- Israel vence com o apoio dos Estados Unidos
• Resultados:
- Israel cresce 75%
- Cisjordânia é ocupada pela Jordânia
- Jerusalém Oriental é ocupada pela Jordânia
- Faixa de Gaza é ocupada pelo Egito
- Diáspora palestina
 ➜ Guerra de Suez (1956)
• Gamal Abdel Nasser
- Nacionalista
- Pan-arabismo
• Nacionalização do canal de Suez
• Egito 3 Israel/Inglaterra
• Guerra interrompida pela ONU
• Resultados:
- Canal nacionalizado
- Fortalecimento da liderança de Nasser no mundo 
árabe
 ➜ Guerra dos Seis Dias (1967)
• Ataque total árabe
• Israel descobre e ataca primeiro
• Rápida vitória de Israel
• Modificações territoriais 
- Israel ocupa: Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusa-
lém Oriental, colinas de Golã (Síria) e península 
do Sinai (Egito)
 ➜ Guerra do Yom Kippur (1973)
• Ataque árabe no feriado judaico
• Primeiro choque do petróleo
D) Acordo de Camp David (1978)
 ➜ Intermediação dos Estados Unidos
 ➜ Egito reconhece Israel
 ➜ Israel devolve a península do Sinai
 ➜ Sadat é assassinado
 ➜ Egito é expulso da Liga Árabe
 ➜ Acordos de Oslo
• Antecedente: Intifada (1987)
- Revolta popular árabe
• Israel reconhece a OLP (ANP)
• Israel promete desocupar gradativamente a Cisjor-
dânia
• Yitzhak Rabin é assassinado
Obs. 1: 2005 – Israel devolve a Faixa de Gaza
- Intensificação dos assentamentos de ju-
deus na Cisjordânia
Obs. 2: Palestina Geopolítica atual:
- Faixa de Gaza – Hamas (radical)
- Cidades da Cisjordânia – Fatah (moderado)
III. OUTROS CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
Revolução Xiita Iraniana (1979)
 ➜ Xá Reza Pahlevi (derrotado) 3 Revolução Xiita (vito-
riosa)
A) Guerra Irã 3 Iraque (1980-1988)
 ➜ Saddam Hussein (liderança sunita − Iraque) 3 Aiatolá 
Khomeini (liderança xiita − Irã)
 ➜ Disputa pelo canal Shatt Al-Arab
B) Guerra do Golfo (1990-1991)
 ➜ Iraque 3 Kuwait/Estados Unidos/União Soviética/
Países Árabes 
C) Guerra civil Síria (2011)
 ➜ Bashar al-Assad (ditador) 3 rebeldes (árabes sunitas)
 ➜ Influência de potências estrangeiras (Estados Unidos 3
3 Rússia)
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
 SUGESTÃO I
Os alunos podem promover uma exposição de painéis 
na escola que contenham dados como número de mortos 
e feridos em vários conflitos recentes envolvendo árabes e 
israelenses. Para isso, divida a turma em grupos e oriente-
-os em uma investigação sobre os prejuízos que a guerra 
causa para a população dos dois lados do conflito. Os pai-
néis também podem conter dados demográficos e econô-
micos sobre a Faixa de Gaza e as cidades da Cisjordânia 
controladas pelos palestinos. O objetivo desse trabalho é 
sensibilizar a comunidade escolar sobre a necessidade de 
acordos de paz mais eficazes na região.
 SUGESTÃO II (pH+)
Caso a escola disponha de mais tempo de aula para 
Geografia, trabalhe com os alunos a seção pH+, que nes-
te módulo apresenta o histórico da imigração árabe para 
o Brasil. Para esta aula, separe fotografias que mostrem a 
identidade árabe (sírio-libanesa) em bairros do Brasil, como 
Centro de São Paulo (Rua 25 de Março), Paraíso, Vila Maria-
na e Brás, também na cidade paulistana. Ao final da aula, 
um lanche pode ser organizado com pratos típicos da culi-
nária sírio-libanesa, muito presentes no Brasil (quibe cru, 
esfirra aberta de escarola, beirute de kafta, entre outras).
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
CHEREM, Youssef Alvarenga. Os assentamentos israelenses 
nos territórios ocupados: raízes históricas e sua influência no 
processo de paz. Fronteira: Revista de Iniciação Científica 
em Relações Internacionais, v. 1, n. 2, maio 2002, p. 105-127.
SAHD, Fabio Bacila. Oriente Médio desmistificado: funda-
mentalismo, terrorismo e barbárie. Curitiba: CRV, 2011.
SCALERCIO, Marcio. Oriente Médio: uma análise revela-
dora sobre dois povos condenados a conviver. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Campus, 2003.
SCHEHADEH, Raja. Caminhos palestinos. Rio de Janeiro: 
Record, 2009.
SCHULTZ, Samuel J. A História de Israel no Antigo Testa-
mento. São Paulo: Semeadores da Palavra, 2008. 
SENNET, Richard. Carne e pedra: o corpo e a cidade na ci-
vilização ocidental. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 2006.
SHLAIM, Avi. A muralha de ferro: Israel e o mundo árabe. 
São Paulo: Fissus, 2004.
SMITH, Dan. Atlas do Oriente Médio: o mapeamento com-
pleto de todos os conflitos. São Paulo: Publifolha, 2008.
FILMES
Argo. Direção: Ben Affleck. Estados Unidos, 2012. (119 min).
Cinco câmeras quebradas. Direção: Emad Burnat, Guy Da-
vidi. Palestina/Israel/França, 2011. (94 min).
Etz Limon. Direção: Eran Riklis. França/Israel/Alemanha, 
2009. (106 min).
Filmes ruins, árabes malvados: como Hollywood vilificou um 
povo. Direção: Sut Jhally. Estado Unidos, 2007. (50 min). 
Ocupação 101: a voz da maioria silenciada. Direção: 
Abdallah Omeish, Sufyan Omeish. Estados Unidos, 
2006. (90 min).
Omar. Direção: Hany Abu-Assad. Palestina, 2013. (97 min).
Paradise Now. Direção: Hany Abu-Assad. França/Palestina/
Alemanha/Holanda, 2005. (87 min).
Persepolis. Direção: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud. 
Estados Unidos/França, 2008. (95 min).
Uma garrafa no mar de Gaza. Direção: Thierry Binisti. França/
Israel, 2013. (99 min).
Valsa com Bashir. Direção: Ari Folman. Israel/França/Ale-
manha/Estados Unidos/Finlândia/Suíça/Bélgica/Austrália, 
2009. (87 min).
IV. ÁRABES NO BRASIL 
➜ Até 1940: predomínio da entrada de árabes cristãos
➜ Décadas 1940/1950/1970: diminuição da chegada de 
árabes
• Cotas de imigração
• Independência do Líbano e da Síria
➜ Pós-1970: predomínio da entrada de árabes muçul-
manos
• Guerra Civil Libanesa (1975-1990)
• Guerras árabes-israelenses
➜ Pós-1990: crescimento do número de brasileiros não 
árabes convertidos ao islã
 SUGESTÃO DE QUADRO COMPLEMENTAR (pH1)
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GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. b. Como mencionado corretamente na alternativa 
b, o Oriente Médio é a região mais expressiva no 
tocante à origem dos refugiados, com destaque 
para Síria, Afeganistão e Iraque, em razão dos con-
flitos que envolvem uma guerra civil e a ação do 
grupo extremista Estado Islâmico. Estão incorretas 
as alternativas seguintes porque não correspon-
dem ao indicado no texto.
2. e. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, 
os Estados Unidos, no governo George W. Bush, 
iniciaram uma campanha antiterrorismo em escala 
mundial, chegando a desafiar o Conselho de Se-
gurança na ONU, planejando e executando ações 
por conta própria, mesmo sem a aprovação dos 
demais países do Conselho. O primeiro país inva-
dido pelos Estados Unidos nessa campanha foi o 
Afeganistão, com base em fortes indícios de que 
o mentor dos ataques às torres gêmeas em Nova 
York, Osama bin Laden, chefe da Al-Qaeda na 
época, era abrigado no país pelos talibãs.
3. e. Na instabilidade geopolítica do Oriente Médio, o Es-
tado Islâmico, ou Daesh, é combatido tanto pelas 
potências de coalizão quanto pelos governos sírio e 
iraniano. Estão incorretas as alternativas: a, porque 
o governo de Assad, da Síria, não tem o apoio da 
Arábia Saudita; b, porque o Irã não apoia o governo 
de Assad nem o Estado Islâmico; c, porque os Esta-
dos Unidos não são aliados do governo de Assad; 
d, porque a Rússia é aliada do governo de Assad. 
4. e. A maioria dos muçulmanos é moderada, entre os 
quais estão os que criticam atos como o atenta-
do contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo 
(2015). Os muçulmanos são divididos entre xiitas e 
sunitas (com subdivisões como os vaabitas na Ará-
bia Saudita). Os grupos fundamentalistas, ou isla-
mitas, são minoritários. Aqueles que fazem parte 
de organizações terroristas também são agrupa-
mentos minoritários, a exemplo do Estado Islâmi-
co (sunita), que ocupa parte da Síria e do Iraque. 
5. e. Como mencionado corretamente na alternativa e, 
os refugiados sírios respondem à situação de ins-
tabilidade política, à ação de grupos extremistas e 
à guerra civil, que se iniciou como desdobramento 
da Primavera Árabe. Estão incorretas as alternativas: 
a, porque os crimes de guerra são cometidos pelo 
governo de Assad e por grupos extremistas como 
o Estado Islâmico; b, porque os sírios estão sendo 
expulsos pela guerra; c, porque, embora o Estado 
Islâmico tenha dominado parte dos territórios sírio 
e iraquiano, Damasco continua sob domínio de As-
sad; d, porque não existe consenso entre os países 
da Europa sobre a recepção e o asilo aos imigrantes. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. d. Desde 2011, a Síria encontra-se em uma guerra civil 
entre o governo do ditador Bashar al-Assad (mino-
ria alauita) e rebeldes sunitas, entre os quais, alguns 
grupos que lutam por democracia. Porém, também 
atua o Estado Islâmico, grupo fundamentalista islâ-
mico sunita e terrorista. A partir de então, milhares 
de refugiados deixaram o país rumo a países vizinhos 
e à União Europeia, atravessando o Mediterrâneo. 
2. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
a Síria foi palco do desdobramento da Primavera 
Árabe, cujas manifestações populares pressiona-
ram o presidente Bashar al-Assad para que hou-
vesse maior democratização política. Contudo, a 
forte oposição do governo aos opositores resultou 
em uma sangrenta guerra civil. Estão incorretas as 
alternativas seguintes porque não correspondem 
ao contexto indicado pelo enunciado.
3. e. A cidade de Jerusalém deveria ser neutra, conforme 
a partilha da Palestina, em 1947. Porém, em razão 
dos conflitos entre israelenses e árabes, foi anexa-
da por Israel, que a considera sua “capital indivisí-
vel”. Jerusalém é uma cidade com diversidade re-
ligiosa – há cristãos, judeus e muçulmanos. Assim, 
o funcionamento do setor terciário (comércio, ser-
viços e bancos) é influenciado pelas características 
culturais e religiosas das diversas comunidades. 
4. e. Após a saída da maioria das tropas dos Estados Uni-
dos em 2011, a situação do Iraque é de instabilidade

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