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livro 4 3ª serie

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O Sistema de Ensino pH apresenta um material capaz de 
auxiliar o aluno a enxergar os caminhos que ele poderá 
seguir, possibilitando que, ao final do Ensino Médio, ele 
tenha desenvolvido um pensamento crítico para atuar 
como cidadão, enfrentar os desafios da sociedade e 
obter excelentes resultados no Enem e nos demais 
vestibulares do Brasil.
296787
526357417
ENSINO 
MÉDIO
3asérie MANUAL DO PROFESSOR
Geografia
4Caderno
CAPAS_PH_GEO_C4_PROF-EM3.indd 2 7/11/17 12:28 PM
Geografia
Manual do Professor
Augusto Neto
Cláudio Ribeiro Falcão
pH_EM3_C4_001a004_IN_GEO_MP.indd 1 7/11/17 11:51 AM
Uma publicação
Sistema de ensino pH : ensino médio : caderno 1 a 4 :
 humanas, 3ª série : professor. -- 1. ed. --
 São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2017.
 Vários autores. 
 Conteúdo: Língua portuguesa I -- Redação -- 
História -- Geografia.
 1. Geografia (Ensino médio) 2. História (Ensino
médio) 3. Livros-texto (Ensino médio) 4. Português
(Ensino médio) 5. Português - Redação (Ensino médio)
I. Hormes, Raphael. II. Caldas, Marcelo. III. Vieira,
Igor. IV. Augusto Neto.
16-01930 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado: Livros-texto: Ensino médio 373.19
2017
ISBN 978 85 468 1086-4 (PR)
Código da obra 526357417 
1ª edição
1ª impressão
Impressão e acabamento
Direção de inovação e conteúdo: Guilherme Luz
Direção executiva de integração: Claudio Falcão
Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
Coordenação pedagógica e gestão de projeto: Fabrício Cortezi de 
Abreu Moura
Gestão de projeto editorial: Camila Amaral Souza
Desenvolvimento pedagógico: Filipe Couto
Revisão pedagógica: Ribamar Monteiro
Gestão e coordenação de área: Alice Silvestre e Camila De Pieri 
Fernandes (Linguagens), Wagner Nicaretta e Brunna Paulussi (Ciências Humanas)
Edição: Cíntia Leitão, Juliana Mendonça Biscardi e Vivian 
Viccino (Língua Portuguesa e Redação), Ana Vidotti e Carla Rafaela Monteiro (História), 
Andressa Serena de Oliveira, Elena Judensnaider, Karine M. dos S. Costa 
e Marina Nobre (Geografia)
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Fabiana Manna, 
Adjane Queiroz e Daniela Carvalho
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), 
Rosângela Muricy (coord.), Adriana Rinaldi, Ana Curci, Ana Paula C. Malfa, 
Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Cesar 
G. Sacramento, Danielle Modesto, Diego Carbone, Gabriela M. de Andrade, 
Larissa Vazquez, Lilian M. Kumai, Luciana B. de Azevedo, Luís Maurício Boa 
Nova, Marília Lima, Marina Saraiva, Maura Loria, Patricia Cordeiro, Patrícia 
Travanca, Paula T. de Jesus, Raquel A. Taveira, Ricardo Miyake, Sueli Bossi, 
Vanessa de Paula Santos, Vanessa Nunes S. Lucena
Edição de arte: Daniela Amaral (coord.), Catherine Saori Ishihara
Diagramação: Casa de Tipos, Karen Midori Fukunaga
Iconografia e licenciamento de texto: Sílvio Kligin (superv.), Cristina 
Akisino (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Claudia Bertolazzi, Claudia 
Cristina Balista, Daniel Cymbalista, Ellen Colombo Finta, Ellen Silvestre, 
Fernanda Regina Sales Gomes, Fernando Cambetas, Iron Mantovanello, 
Jad Silva, Karina Tengan, Roberta Freire Lacerda Santos, Roberto Silva e 
Sara Plaça (pesquisa iconográfica), Liliane Rodrigues, Luciana Castilho, Paula Claro 
e Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf, Fernanda Crevin
Ilustrações: Bruno Badain, Casa de Tipos, Julio Dian, Luis Moura
Cartografia: Eric Fuzii, Alexandre Bueno
Capa: Gláucia Correa Koller
Foto de capa: Sanjatosi/Shutterstock
Projeto gráfico de miolo: Gláucia Correa Koller
 
Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
São Paulo – SP – CEP 04755-070
Tel.: 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Créditos das imagens de abertura: Ciências Humanas: Gustavo Ordoqui/
Shutterstock, Filipe Frazao/Shutterstock, Peter Muller/Cultura/Getty Images, Gustavo 
Frazao/Shutterstock, Shutterstock/T photography, Gabriel Sperandio/Moment/Getty 
Images (História), Mike Theiss/National Geographic/Getty Images (Geografia)
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Sumário 
geral
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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Oriente Médio: outros 
conflitos
Decifrando o planeta 
Terra
Fundamentos da 
Climatologia
A produção do espaço 
brasileiro
Climas e paisagens 
naturais do Brasil
As regiões do Brasil
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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
 H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
 H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
 H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
 H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
 H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações 
socioeconômicas e culturais de poder.
 H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
 H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
 H8 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem 
econômico-social.
 H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
 H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as 
aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
 H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
 H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
 H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
 H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica 
acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
 H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no 
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
 H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
 H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
 H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
 H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
 H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da 
democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
 H21 –Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
 H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
 H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
 H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
 H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos 
históricos e geográficos.
 H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
 H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
 H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
 H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações 
humanas.
 H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Revolução Iraniana: da monarquia à teocracia
• Guerra Irã-Iraque
• Guerra do Golfo
• Ocupações pós-11 de setembro de 2001: Afe-
ganistão e Iraque
• Origens e efeitos da Primavera Árabe 
• O mosaico sírio e o Estado Islâmico
• H7 - Identificar os significados histórico-geográficos das 
relações de poder entre as nações.
• H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, po-
líticos, econômicos ou ambientais ao longo da História.
• Compreender a origem dos conflitos no Oriente Médio.
• Identificar diferentes grupos étnicos, nacionais e reli-
giosos no Oriente Médio.
• Diferenciar os processos de desenvolvimento e as rea-
lidades sociais nos países do subcontinente.
Oriente MŽdio: outros conflitos
INTRODUÇÃO
Eventos ocorridos nas últimas décadas nos países de 
maioria islâmica no Oriente Médio tiveram desdobramen-
tos contundentes em diversos países do mundo. A região é 
vista frequentemente como polo de disputas que envolvem 
controle territorial sobre recursos energéticos (petróleo), 
grupos religiosos e modelos de organização sociopolítica 
peculiares. Muitos estereótipos foram criados para os po-
vos árabes e islâmicos, predominantes na região. Cabe às 
análises geográficas esclarecer que grande parte do que se 
divulga sobre esses países é feito propositalmente, a fim de 
consolidar o estigma que recai sobre a região, defendendo, 
muitas vezes, interesses imperialistas. É fundamental que 
os professores de Geografia suscitem debates que levem à 
compreensão das transformações espaciais, analisando os 
conflitos instituídos a partir de perspectivas distintas, apon-
tando argumentos e justificativas de lados antagônicos. 
Procure utilizar a abordagem da análise regional e dos 
processos de regionalização, para que algumas considera-
ções já formuladas e consagradas sobre o Oriente Médio 
possam ser revistas, não só nos seus métodos, mas também 
no conteúdo que é ensinado, propondo interpretações que 
referenciem as relações combinadas entre globalização (in-
ternacional) e fragmentação (regional e nacional).
Apontamos aqui que a identidade regional dessa por-
ção do mundo islâmico (situado a sudeste da Ásia e norte 
da África) tem como categorias de coesão três aspectos 
principais: a especificidade da construção de identidades 
culturais a partir do islamismo; o interesse internacional e a 
disputa dos recursos territoriais da área por nações hege-
mônicas; o histórico de conflitos, negociações e arranjos 
geopolíticos internos influenciados por intensas pressões 
externas e intervenções militares.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Os alunos devem compreender que as imensas jazi-
das de petróleo na região provocam disputas territoriais 
acirradas no Oriente Médio desde o fim do século XIX. 
A dependência dos povos locais em relação às potências 
estrangeiras pode ser constatada pelo histórico de gover-
nos fracos, submissos e condescendentes que mantiveram 
o poder e regalias trocando petróleo por proteção. Os go-
vernos nacionalistas que confrontaram esse modelo foram 
pressionados, boicotados e/ou instabilizados, como foi o 
caso do Irã, do Iraque e do Afeganistão.
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Nessa primeira aula, o professor pode trabalhar com 
a turma alguns momentos conflituosos que marcaram a 
história do Oriente Médio, como é o caso da Revolução 
Iraniana (1979) e a Guerra Irã-Iraque (1980-88). Mostre aos 
alunos que ao longo do tempo, na região, as tentativas 
de fortalecer alianças regionais, sobretudo em função do 
petróleo, foram sabotadas de modos variados. No caso 
da guerra entre Irã e Iraque, o fornecimento americano de 
armas para os dois lados demonstra o interesse em esti-
mular disputas internas (procurando dividir o inimigo para 
enfraquecê-lo e então controlá-lo). 
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo a questão 6. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Prossiga na segunda aula dando sequência aos con-
flitos mencionados no Caderno do Aluno. É importante 
comentar que o governo de George W. Bush (2001-2009) 
usou argumentos falsos para justificar a intervenção mili-
tar no Iraque, com a intenção de estabelecer no país um 
governo aliado. Contudo, a ação militar à revelia das ins-
tituições jurídicas internacionais levou o Iraque ao caos, 
com insegurança e corrupção generalizadas, milhares de 
mortos, milhões de mutilados e refugiados. Barack Obama 
prometeu, ao assumir o poder em 2009, que seu governo 
criaria outras estratégias com a retirada das tropas. 
Planeje a aula de forma a mostrar como a truculência 
das invasões dos Estados Unidos ao Iraque e ao Afeganis-
tão desorganizou internamente esses países. Há fortes ques-
tionamentos em torno da legitimidade dos novos governos 
eleitos localmente, além de atentados e confrontos internos.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 5 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 3 e 5.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 3
Em dezembro de 2010 e ao longo de 2011, os povos 
árabes surpreenderam o mundo, com uma revolta em busca 
de liberdade, democracia e combate à corrupção. Enquan-
to Jordânia e Arábia Saudita buscaram minimizar as revoltas, 
aceitando promover algumas reformas, a Síria resistiu e repri-
miu os manifestantes violentamente. Esse processo merece 
ser acompanhado, bem como seus desdobramentos.
Buscando se diferenciar dos demais países da região 
caracterizados por conflitos bélicos, crises econômicas e 
governos truculentos, países como Bahrein, Catar e Emi-
rados Árabes Unidos (Dubai e Abu Dhabi) vêm buscando 
consolidar atividades que os associem à modernidade e 
atraiam fluxos de investidores, turistas e empresas. Edifi-
cações ultramodernas no espaço desértico, autódromo, 
centros comerciais, esportivos e de lazer são símbolos de 
desenvolvimento econômico, mas também indicam for-
te dependência de padrões externos, além de terem sido 
edificados a partir de forte exploração do trabalho, tradu-
zindo o modelo de crescimento econômico dependente, 
desigual e combinado na produção do espaço. O processo 
de modernização e de cidades futurísticas ganha cada vez 
mais aceitação no Oriente Médio. A “modernidade” estáem geral associada a inovações e ao progresso, se contra-
pondo ao espaço-tempo “estático”, legitimado pelos dis-
cursos orientalistas. As análises geográficas devem dissecar 
as contradições deste processo, reforçando a concepção 
de que a Geografia não deve se restringir à descrição con-
templativa e relativamente uniforme, mas avançar na análi-
se da complexidade das estruturas de poder subjacentes 
aos processos de diferenciação espacial.
Ao final da Aula 3, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo a questão 8. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 I. INTRODUÇÃO
 ➜ Discursos orientalistas: preconceito e estereóti-
pos de estagnação, atraso e truculência
 ➜ Condições geopolíticas 
 ➜ Disputas por petróleo: estratégias imperialistas 
de dominação
 ➜ Conflitos regionais e a influência externa
 II. IRÃ, IRAQUE, KUWAIT 
 ➜ Anos 1960/1970: ditaduras e “milagres econô-
micos”
• Irã (xá Reza Pahlavi)
• Iraque (Saddam Hussein)
• Alianças em torno da Opep
 ➜ Kuwait: barganha de petróleo por proteção
 ➜ Revolução teocrática iraniana (1979): o regime 
dos aiatolás
 SUGESTÃO DE QUADRO
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 III. GUERRA IRÃ-IRAQUE (1980-1988)
 ➜ Isolamento diplomático iraquiano
 ➜ Impactos socioambientais 
 ➜ Endividamento iraquiano 
 IV. GUERRA DO GOLFO (1990-1991)
 ➜ Iraque 3 Kuwait 
 ➜ Isolamento diplomático iraquiano
 ➜ Operação Tempestade no Deserto (Otan)
 ➜ Impactos socioambientais
 ➜ Punições ao regime de Saddam impostas pela 
ONU
 V. GUERRAS “CONTRA O TERROR”: 
AS INVASÕES DO GOVERNO BUSH
 ➜ Atentados de 11 de setembro de 2001
 ➜ Geopolítica das redes terroristas
 ➜ Administração Bush estabelece o “eixo do mal”
 ➜ A “caça” a Osama bin Laden e à Al-Qaeda
 ➜ Invasão americana ao Afeganistão
 ➜ Invasão americana ao Iraque
• Operação Iraque Livre: o fim da era Saddam 
Hussein
• Insurgentes, milícias e “forças de segurança” 
em conflito
• Caos político, social e humanitário iraquiano
 VI. REFLEXOS DA PRIMAVERA ÁRABE
 ➜ Manifestações populares por democracia a 
partir de 2010
 ➜ O papel das redes sociais e dos meios de comu-
nicação
 ➜ Diferentes casos: Tunísia, Líbia, Egito, Iêmen, 
Jordânia, Síria...
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Proponha uma pesquisa sobre a Primavera Árabe. 
A atividade pode ser realizada em grupos, em sala de aula 
ou em casa, por meio de consulta à internet ou a outras 
fontes. Os alunos devem buscar quais as diferenças e se-
melhanças entre os conflitos recentes ocorridos no Orien-
te Médio geopolítico – que inclui o norte da África. Líbia, 
Tunísia, Argélia, Sudão, Egito, Iêmen, Síria, Bahrein, por 
exemplo, podem ser objeto do estudo. Quais eram as rei-
vindicações da população em cada caso? 
Com base no que foi estudado, os alunos devem apon-
tar que o fim das longas ditaduras e da corrupção eram 
demandas comuns. No entanto, é importante que percebam 
a existência de um contexto que reforçou essas insurreições 
populares a partir de 2010. Por meio de dados econômicos, 
as questões de empobrecimento da população devem apa-
recer. A elevação da taxa de desemprego e o encarecimento 
do preço dos alimentos naquele momento (com a elevação 
do preço das commodities) são extremamente relevantes 
para a compreensão dos eventos.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
COCKBURN, Patrick. A origem do Estado Islâmico. São 
Paulo: Autonomia Literária, 2015. 
FROMKIN, David. Paz e guerra no Oriente Médio. Rio de 
Janeiro: Contraponto, 2008. 
HOURANI, Albert. Uma história dos povos árabes. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2006. 
KHATAMI, Muhammad. Diálogo entre civilizações: o Irã 
contemporâneo e o Ocidente. São Paulo: Attar, 2006. 
PINTO, P. G. H. R. Islã: religião e civilização – uma abor-
dagem antropológica. Aparecida: Editora Santuário, 
2010.
RASHID, Ahmed. Jihad. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. 
SCALERCIO, Márcio. Oriente Médio. Rio de Janeiro: 
Campus, 2003.
SITES
Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ. Disponível 
em: <www.iri.puc-rio.br>. Acesso em: 27 mar. 2017.
Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Dispo-
nível em: <www.opec.org>. Acesso em: 27 mar. 2017.
Liga dos Estados Árabes. Disponível em: <www.lasportal.
org>. Acesso em: 27 mar. 2017.
Al Jazeera. Disponível em: <www.aljazeera.com>. Acesso 
em: 27 mar. 2017.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
2. c. A Primavera Árabe é uma referência ao conjunto 
de insurreições contra ditaduras em países ára-
bes no norte da África e no Oriente Médio. Em 
2010 ocorreu a primeira revolução, na Tunísia, que 
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desencadeou as demais. Na época, o ditador Ben 
Ali foi destituído do poder depois de um mês de 
protestos. Em 2011, na Síria, teve início um con-
junto de manifestações pela queda do ditador 
Bashar Al-Assad, que desencadeou uma guerra 
civil sem precedentes no país. 
3. b. Conhecido ainda como ISIS, que em inglês remete 
a Estado Islâmico do Iraque e da Síria, o Estado 
Islâmico (EI) é um grupo muçulmano sunita extre-
mista fundado em 2004 no Iraque. Atualmente, 
além de dominar territórios no norte do país, tem 
também como parte do seu califado áreas do leste 
da Síria.
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. e. A alternativa a está incorreta: a causa dos conflitos 
é a manutenção de governos de ordem secular 
associado à forte recessão que atingiu os países 
nos últimos anos, resultando em elevada inflação 
e desemprego. A alternativa b está incorreta: em-
bora o petróleo represente grande importância 
econômica para os países da região, este não se 
constitui como a causa dos conflitos. A alternativa 
c está incorreta: nos países árabes onde ocorreu a 
queda de governos, têm sido adotados novos ar-
ranjos políticos. A alternativa d está incorreta: as 
reverberações dos conflitos em nível regional ou 
mundial decorrem independentemente do térmi-
no da Guerra Fria. E a alternativa e está correta: 
o Oriente Médio, área de maior concentração de ja-
zidas de petróleo, configura-se como uma região de 
extrema importância econômica e geopolítica.
2. b. A alternativa a está incorreta: embora a Síria apre-
sente diversidade étnico-religiosa, ela é repre-
sentada por sunitas, alauítas, ortodoxos e drusos. 
A alternativa b está correta: ocorre o predomínio 
da população árabe, entretanto, dividida em su-
nitas (74%), e alauítas (12%), que, embora sejam a 
minoria, dominam o poder no país. A alternativa c 
está incorreta: o poder é controlado pelos alauítas. 
A alternativa d está incorreta: os alauítas são ára-
bes muçulmanos. A alternativa e está incorreta: 
o conflito na Síria se dá pela oposição da maioria 
sunita contra a minoria alauíta.
3. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, 
a Otan foi criada no contexto da Guerra Fria com o 
objetivo de conter o expansionismo socialista, o que 
é referenciado na primeira metade do texto, e, atual-
mente, a organização reforça os interesses geopolíti-
cos das potências ocidentais, indicação da segunda 
metade do texto. Estão incorretas as alternativas: a, 
porque as referências da alternativa não correspon-
dem aos objetivos da Otan; c, porque a promoção 
de auxílio humanitário não corresponde ao objetivo 
atual da Otan; d, porque a Otan ampliava a influên-
cia estadunidense nos anos de Guerra Fria; e, por-
que o objetivo da Otan não era reconstruir a Europa 
devastada pela Segunda Guerra.
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. b. Nos últimos anos, a utilização de drones ou VANTs 
(veículos aéreos não tripulados), monitorados à 
distância pelos Estados Unidos, é muito polêmica. 
Os drones se inserem numa estratégia de comba-
te ao terrorismo e contra Estados nacionais que 
supostamente financiam gruposterroristas. A uti-
lização dos drones apresentava vantagens para o 
governo Barack Obama, pois tem menor custo em 
termos de perdas humanas para os estadunidenses 
e seus aliados, em contraste com as intervenções 
com soldados (Iraque e Afeganistão) durante o go-
verno Bush, que foram muito criticadas pelo alto 
custo financeiro, humano e geopolítico. Entretanto, 
o uso de drones também foi e é alvo de críticas em 
decorrência dos vários casos de violação de direitos 
humanos, com a morte de inocentes e a violação da 
legislação internacional no que concerne à ocupa-
ção de territórios estrangeiros. 
2. c. A alternativa a é incorreta: a Primavera Árabe foi 
uma sucessão de movimentos populares que se 
iniciou na Tunísia e se espalhou pelo mundo ára-
be, particularmente no norte da África e no Oriente 
Médio. Os manifestantes questionavam os gover-
nos seculares e a economia obsoleta e inflaciona-
da e, portanto, sem menções às divergências dou-
trinárias do islamismo. A alternativa b é incorreta: 
não ocorreu interferência direta da União Europeia 
e dos Estados Unidos, sendo apenas discutidos 
embargos e missões de observadores da ONU so-
bre a região. A alternativa c é correta: a sucessão 
de movimentos da Primavera Árabe teve como ca-
racterística o uso das redes sociais, articulando a 
resistência dos manifestantes e estendendo a 
abrangência dos conflitos. A alternativa d é incorre-
ta: a preocupação da comunidade internacional re-
caiu sobre a variação do preço do barril do petróleo 
e possível fortalecimento de grupos extremistas. 
A alternativa e é incorreta: os atentados terroristas 
são realizados por grupos extremistas, embora mui-
tas vezes estejam associados, de forma equivocada, 
ao islamismo, e recentemente não ocorreram aten-
tados nos Estados Unidos. 
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20
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Conceitos básicos da Climatologia
• Radiação e temperatura: dinâmicas de aqueci-
mento
• Pressão atmosférica: altitude e latitude
• Circulação do calor global, massas de ar e cor-
rentes marítimas
• Umidade: o mar, as chuvas e os desertos
• El Niño e monções
• Principais climas do mundo
• H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impac-
tos socioambientais em diferentes contextos histórico- 
-geográficos.
• Definir conceitos básicos da Climatologia.
• Relacionar elementos e fatores climáticos ao funciona-
mento das dinâmicas atmosféricas.
• Compreender a interação dos elementos climáticos.
• Identificar climogramas e anomalias climáticas.
Fundamentos da Climatologia
INTRODUÇÃO
A Geografia aqui apresentada tem como fundamen-
to pedagógico a compreensão do contexto social, políti-
co, econômico e ecológico impresso nas paisagens e nos 
territórios. Nosso foco, então, é o espaço geográfico em 
toda sua complexidade, com ênfase nos estudos e con-
ceitos da dinâmica atmosférica e sua interação com a su-
perfície terrestre e/ou oceânica e suas respostas sobre as 
paisagens, sociedades e seus territórios.
Se nosso foco central é o espaço construído pelas 
sociedades, em todas as suas tramas e tensões, o obje-
tivo é instrumentalizar o aluno para ler, reconhecer, ana-
lisar, interpretar, apreender, refletir sobre as intrincadas 
relações e contradições entre as sociedades e a nature-
za, em suas diversas escalas de atuação, bem como os 
reflexos dessas relações em diferentes níveis, do local 
ao global.
Dotar o aluno de conhecimentos acerca da dinâmica 
climática é o objetivo básico deste material, contribuindo 
para evitar o discurso do senso comum, principalmente 
acerca dos discursos sobre as mudanças climáticas, com-
plementando com uma base técnica o estudo iniciado no 
Módulo 12 – Questões ambientais. 
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Os esclarecimentos sobre os conceitos de clima e tem-
po atmosférico e as diferenças entre eles são de funda-
mental importância tanto do ponto de vista dos planeja-
mentos governamentais e das ações de políticas públicas 
como das estratégias de atuação de empresas privadas e 
suas ações sobre o espaço geográfico. 
O tempo atmosférico diz respeito às expectativas co-
tidianas e condiciona as ações de curto e longo prazo, 
por exemplo, sobre a mobilidade urbana e as atividades 
agrícolas. O clima suscita as ações de longo prazo: o pla-
nejamento do calendário agrícola (com exceção das ativi-
dades com maior uso de tecnologia, que são menos de-
pendentes das condições climáticas); ações de adaptação 
e técnicas sobre o modo de vida em sociedades agrícolas 
ou tradicionais, ou as que vivem sob o rigor climático; o 
planejamento de atividades turísticas; etc.
O detalhamento e a compreensão dos elementos cli-
máticos são indispensáveis para que o aluno analise o fun-
cionamento das massas de ar, cada uma com temperatura, 
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pressão e umidade específicas e que, à medida que se des-
loca pela superfície, adquire as características dos lugares 
por onde passa. Portanto, as características do ar atmosfé-
rico são mutáveis ao longo de um dia, das estações do ano 
e conforme as massas de ar deslocam-se.
Em conjunto, a interação entre as características da su-
perfície terrestre e a distribuição das massas de ar continen-
tais e oceânicas, a movimentação das massas oceânicas, a 
posição da Terra e sua inclinação em relação ao plano da 
órbita e os movimentos do planeta irão comandar as ca-
racterísticas do tempo meteorológico (condições momen-
tâneas do ar atmosférico), e essa combinação, por sua vez, 
dá origem aos tipos climáticos por todo o globo. Neste 
ponto enfatize que a análise de cada um desses fatores e a 
interação entre eles introduzem a noção da diversidade de 
ambientes naturais no planeta.
É inegável a importância da compreensão do papel 
da distribuição desigual da insolação sobre a superfície 
terrestre e suas repercussões econômicas. A energia solar 
é aqui compreendida como fundamental desencadeadora 
de toda a dinâmica dos fenômenos atmosféricos e climáti-
cos. E o albedo é a resposta dada pelas diferentes super-
fícies (terra, água, asfalto, concreto, campos, florestas) à 
energia solar, que percorreu grande distância até atingir 
tais superfícies. Convém destacar que as zonas de ilumi-
nação da Terra, com base nos círculos polares e nas linhas 
dos trópicos, são divisões generalizantes, ou seja, não 
consideram a existência de outros fatores de influência no 
clima (topografia, proximidade do mar, continentalidade, 
cobertura vegetal, etc.).
A circulação do calor global pressupõe a interação 
entre as diferentes superfícies e o ar atmosférico, sendo 
fundamental para a compreensão dos fenômenos atmos-
féricos e climáticos, seja em escala local, seja em escala 
global. A atmosfera não é uma esfera gasosa homogênea 
nem estática, mas os elementos constitutivos de cada ca-
mada geralmente não se misturam. Do ponto de vista dos 
estudos climáticos e atmosféricos, a camada em destaque 
é a troposfera, pois ela guarda a totalidade dos fenôme-
nos atmosféricos que atingem diretamente a superfície, 
sendo portanto de fundamental importância para os es-
tudos geográficos. É das interações dos elementos e fato-
res climáticos que decorrem todos os tipos climáticos do 
planeta. Outra camada atmosférica de grande interesse é 
a estratosfera, composta pela ozonosfera (ou camada de 
ozônio), cuja propriedade (absorção da radiação ultravio-
leta do Sol) reflete diretamente sobre a vida em nosso pla-
neta. Cabe enfatizar que a Terra é um sistema fechado, e 
que as alterações na composição da atmosfera (principal-
mente na troposfera) são, portanto, também uma resposta 
às intervenções antropogênicas.
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 3, 4 e 5.Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões da seção Aprofundando o conheci-
mento.
 AULA 2
Na segunda aula, dê atenção especial à circulação das 
massas oceânicas, pois seu mecanismo de troca de calor 
se realiza pelo movimento das correntes marítimas. Tanto 
a movimentação das massas de ar quanto a movimentação 
das massas oceânicas decorrem dos mecanismos físicos 
de circulação. Evita-se, assim, o recurso desnecessário da 
memorização das massas e das correntes. A formação das 
áreas desérticas (inclusive pela movimentação de correntes 
marinhas frias) e a análise das anomalias oceânico-atmosfé-
ricas El Niño e La Niña podem ser usadas para comprovar o 
efeito da distribuição de tais águas oceânicas, suas caracte-
rísticas físicas e suas ações sobre as áreas continentais. 
Reforce a teoria do equilíbrio dinâmico próprio da 
natureza da atmosfera em sua interação com os oceanos, 
refletindo-se no clima do planeta. Especialmente os casos 
do El Niño e da La Niña devem ser analisados sob a ótica 
das anomalias climáticas, ou seja, das flutuações extremas 
de um ou mais elementos do clima em torno de uma mé-
dia climatológica. Não se pode associá-los às mudanças 
climáticas, pois estas demonstram tendências de altera-
ção da média ao longo do tempo. Neste caso, tanto as 
temperaturas quanto a distribuição das chuvas são afeta-
das por todo o globo terrestre. 
Leia o conteúdo disponível na seção pH+ para apro-
fundar com a turma, caso haja tempo extra de aula, os fe-
nômenos El Niño e La Niña.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 2 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a uti-
lização das questões da seção Aprofundando o conhe-
cimento.
 AULA 3
Na terceira aula, os tipos climáticos não encontrados 
no Brasil podem ser apreendidos como a síntese dos 
diferentes aspectos estudados até aqui, evitando a me-
morização e induzindo o aluno a “raciocinar o clima”. Os 
climogramas representam o comportamento das carac-
terísticas térmicas e pluviométricas de cada tipo climático, 
além da compreensão da dinâmica atmosférica específica 
de cada região que a condiciona. 
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Por meio da interpretação de cartas sinóticas esse objetivo também pode ser alcançado. No site do CPTEC/Inpe (veja a 
seção Material de apoio ao professor), diversas cartas podem ser obtidas, impressas e distribuídas aos alunos. Com elas, 
eles podem, por exemplo, fazer o reconhecimento do avanço de uma frente fria ou da área de atuação mais intensa da ZCIT 
em determinado momento, como se verifica, por exemplo, na imagem abaixo:
Pela carta sinótica acima, percebe-se o avanço de uma frente subtropical que provoca queda de temperatura do Rio Grande do Sul 
ao Mato Grosso. 
A compreensão de alguns símbolos cartográficos é fundamental para a interpretação das cartas sinóticas. Desenhe-os 
na lousa para que os alunos tomem conhecimento.
Ao final da Aula 3, resolva com a turma a questão 4 da seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos que os 
alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvolvendo habilidades, sobretudo as questões 6 e 7. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utilização das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
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 I. CONCEITOS
 ➜ Tempo (condições momentâneas) × clima (média dos 
“tempos” em, ao menos, 30 anos)
 ➜ Elementos climáticos → caracterizam o clima
• Temperatura
• Pressão
• Umidade
• Precipitação
• Radiação
 ➜ Fatores climáticos → explicam a variação dos 
elementos climáticos
• Latitude
• Altitude
• Relevo
• Vegetação
• Correntes marítimas
• Massas de ar
• Posicionamento em relação ao mar (maritimidade e 
continentalidade)
 II. RELAÇÕES ENTRE FATORES E ELEMENTOS 
CLIMÁTICOS
A) Radiação solar e temperatura
 ➜ A radiação incide e a superfície irradia calor (a atmos-
fera é aquecida “de baixo para cima”)
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FONTE: Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos. Disponível em: 
<www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#30>. Acesso em: 7 abr. 2017. 
Radiação solar
100%
70% 
infravermelhos 
deixando a Terra25% absorvidos
25%
 
refle-
tidos
5%
 
refletidos
45% 
absorvidos
29% processos 
atmosféricos
104% 
radiação 
terrestre
88% 
efeito 
estufa
Gases do efeito estufa
 ➜ O geoide terrestre é:
• Esférico: aquecido de forma desigual latitudinalmente
• Inclinado: possui insolação diferenciada em cada hemisfério
B) Altitude 3 temperatura e pressão atmosférica (escala local)
 ➜ A pressão atmosférica é definida pelo peso da coluna de ar que se dispõe sobre uma área
Altitude e pressão atmosférica
Coluna 
de ar
Coluna 
de ar
Montanha
FONTE: Elaborado pelos autores. 
 ➜ Altitude elevada condiciona:
• Baixa temperatura: calor irradiado se dissipa, somado ao ar rarefeito
• Baixa pressão: coluna de ar menor sobre a área
 III. CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA
A) Circulação dos ventos e do calor
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 ➜ Sempre migram da alta pressão para a baixa pressão
Área de baixa 
pressão
Possíveis nuvens de chuva
Área de alta 
pressão
Anticiclonal
O ar mais 
seco e frio 
desce e se 
aquece.
Menor 
chance de 
precipitação.
Ciclonal
O ar 
mais quente 
e úmido sobe 
e se resfria.
B) Correntes marítimas
 ➜ Trazem as características de suas áreas de origem:
• Quentes: levam calor e umidade
• Frias: esfriam o ar oceânico e tornam o clima mais seco
Obs.: Correntes frias causam o fenômeno da ressurgência (traz aumento na piscosidade)
 IV. UMIDADE
A) Posicionamento em relação ao mar
 ➜ Maritimidade: área mais úmida e menor amplitude térmica
 ➜ Continentalidade: área mais seca e maior amplitude térmica
Obs.: A água é um regulador térmico natural (alto calor específico)
B) Brisas
 ➜ Marítima: durante o dia
 ➜ Terrestre: durante a noite
Brisa marítima e brisa terrestre
Brisa marítima
Alta pressão Baixa pressão Baixa pressão Alta pressão
Brisa terrestre
C) Chuvas
 ➜ Convectivas: resultado da evaporação e condensação (chuvas de verão)
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 ➜ Orográficas: resultado do encontro de massa úmida 
com barreira de relevo 
BARLAVENTO SOTA-VENTO
Ar quente 
e secoAr úmido
Chuva 
orográfica
FONTE: Departamento de Física – UFPR. Disponível em: <http://fisica.ufpr.br/
grimm/aposmeteo/cap5/cap5-8.html>. Acesso em: 25 abr. 2017. Adaptado. 
 ➜ Frontais: encontro de massas de ar de características 
térmicas diferentes
D) Desertos
 ➜ Definição: escassez de umidade (podem existir de-
sertos frios)
 ➜ Fatores de formação:
• Continentalidade
• Correntes frias
• Alta pressão tropical
• Barreira orográfica
 V. CLIMAS MAIS DIFERENCIADOS
A) Mediterrâneo
 ➜ Clima com “padrão” invertido (verão mais seco do 
que o inverno)
 ➜ Áreas de borda de desertos quentes
 ➜ Expansão das massas secas e quentes dos desertos 
no verão 
 ➜ Exemplo principal: norte da África e sul da Europa 
B) Tropical monçônico
 ➜ Mecanismo parecido com o das “chuvas de verão” 
(em maior escala)
 ➜ Diferenças de pressão entre continente e mar (dis-
postos latitudinalmente)
 ➜ Verão: baixa pressão no continente 3 alta pressão no 
mar (chuvas torrenciais)
 ➜ Inverno: alta pressão no continente 3 baixa pressão 
no mar (barreira para a umidade)
 ➜ Típico do sul e sudeste da Ásia
Ventos equatoriais 
levam água quente 
para o oeste
Ventos 
alísios
Em um ano normal
FONTE: The El Ni–o Phenomenon. Food and Agriculture Organizationof the United Nations (FAO). Disponível em: <www.fao.org/resources/ 
infographics/infographics-details/en/c/326282/>. Acesso em: 7 abr. 2017. 
Em um ano com El Niño
Ventos do leste do Pacífico 
são fracos e a água quente 
se move nesta direção
Ventos 
alísios
 VI. ANOMALIAS CLIMÁTICAS
A) El Niño
➜ Aquecimento anormal das águas do Pacífico
➜ Efeitos no mundo:
• Chuvas no deserto do Atacama (desvio da corrente 
de Humboldt)
• Redução da piscosidade no litoral da América do 
Sul (menor ressurgência)
• Queimadas na Austrália (clima ainda mais seco → 
corrente fria no litoral)
➜ Efeitos no Brasil:
• Maior estiagem no Norte e Nordeste
• Maior pluviosidade no Sul e Sudeste
B) La Niña
• Também é uma anomalia (resfriamento excessivo 
das águas do Pacífico)
• Primeira etapa da reversão do El Niño (efeitos con-
trários)
 SUGESTÃO DE QUADRO COMPLEMENTAR (pH1)
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO I
Exiba o documentário Uma verdade inconveniente, de 
2006, dirigido por Davis Guggenheim e apresentado pelo 
ambientalista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al 
Gore. Além de mostrar por meio de dados a ocorrência de 
fenômenos naturais extremos, o filme levanta a hipótese 
de que a natureza vem dando sinais de algo incomum: o 
aquecimento global. 
Ao longo da apresentação de dados factuais (derre-
timento das calotas polares, elevação do nível dos ocea-
nos), reforce a interação do sistema atmosfera-continente- 
-oceanos-ecossistemas trabalhada até aqui. O debate pode 
também ser aprofundado levando em conta as divergên-
cias científicas relativas ao papel do ser humano quanto ao 
aquecimento global. 
O filme baseia suas afirmações nos dados do Intergo-
vernmental Panel on Climate Change (IPCC). No entanto, 
escândalos recentes e controvérsias têm abalado a credi-
bilidade do órgão. O filme busca desqualificar os cientistas 
que discordam do IPCC, mas vozes discordantes existem e 
são cientificamente embasadas. 
SUGESTÃO II 
Com o professor de Física, seria interessante desen-
volver um trabalho de aprofundamento dos movimentos 
do planeta (rotação, translação), a força de Coriolis na 
disposição dos ventos alísios, o polo magnético, as reper-
cussões desses movimentos e dessas forças sobre o clima. 
Em conjunto com os professores de Física e História, seria 
interessante elaborar uma aula sobre os movimentos pla-
netários, a formação do universo, o modelo geocêntrico e 
o modelo heliocêntrico. 
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
SITES
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). 
Previsão Climática. Disponível em: <http://clima1.cptec.inpe.
br>. Acesso em: 7 abr. 2017. 
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Disponível 
em: <www.inmet.gov.br>. Acesso em: 7 abr. 2017. 
LIVROS
AYODE, J. O. Introdução à Climatologia para os trópicos. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.
CONTI, José Bueno. Clima e meio ambiente. São Paulo: 
Atual, 2001.
DREW, David. Processos interativos homem-meio ambien-
te. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1998.
GIANSANTI, Roberto. O desafio do desenvolvimento sus-
tentável. São Paulo: Atual, 1998. 
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São 
Paulo: Edusp, 1995. 
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. a. O bioma das florestas pluviais tropicais e equato-
riais ocorre em regiões com clima tropical úmido 
ou clima equatorial, caracterizado por elevadas 
temperaturas, baixa amplitude térmica anual e al-
tos índices pluviométricos. São biomas localizados 
principalmente nas baixas latitudes (zona intertro-
pical: entre o equador e os trópicos). A maioria das 
plantas é latifoliada (folhas grandes) e as florestas 
são estratificadas (árvores e arbustos com diferen-
tes dimensões, cada qual com características es-
pecíficas de fauna). 
3. a. O clima tropical de monções predominante no sul e 
sudeste da Ásia é consequência dos ventos mon-
çônicos que no inverno se deslocam do continen-
te para o oceano e no verão, do oceano para o 
continente, causando respectivamente meses de 
estiagem e chuvas abundantes; portanto, como 
mencionado corretamente na alternativa a, as 
chuvas torrenciais na Índia são consequência das 
monções de verão. Estão incorretas as alterna-
tivas: b, porque El Niño é o processo de aque-
cimento das águas do Pacífico Sul; c, porque La 
Niña é o processo de resfriamento das águas do 
Pacífico Sul; d, porque as monções de inverno 
são responsáveis pelos meses de estiagem na re-
gião citada; e, porque o aquecimento global é o 
processo de aumento da temperatura média da 
Terra. 
4. e. Como mencionado corretamente na alternativa e, 
os climogramas 2 e 3 apresentam expressivas va-
riações de temperatura e pluviosidade. Estão incor-
retas as alternativas: a, porque o climograma 1, ca-
racterístico do clima equatorial, apresenta elevadas 
temperaturas e chuvas abundantes e constantes 
durante o ano, portanto, com inexpressivas varia-
ções; b, porque os verões são quentes, porém com 
menor pluviosidade; c, porque no climograma 3 os 
invernos são secos; d, porque o climograma 2 regis-
tra seca nos meses de temperatura mais elevada. 
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5. b. A cidade I apresenta uma pequena variação da 
temperatura durante o ano (seja a máxima ou a 
mínima), o que sugere que a cidade I esteja mais 
próxima da linha do equador – menores latitudes 
– que a cidade II, como citado corretamente na 
alternativa b. Estão incorretas as alternativas: a, 
pois o efeito continentalidade resulta em maior 
amplitude térmica, o que não é o caso da cidade I; 
c, pois, caso a cidade I apresentasse maior alti-
tude que a cidade II, registraria menores médias 
térmicas; d e e, pois não é possível, por meio dos 
dados, determinar o efeito da maritimidade ou a 
presença dos alísios. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, 
a diferença horária indicada na citação resulta do 
movimento de rotação da Terra em torno de seu 
próprio eixo, responsável pela sucessão de dias 
e noites e pelo sistema de fusos horários. Estão 
incorretas as alternativas: a, porque o achatamen-
to das regiões polares explica a forma de geoide 
da Terra; c, porque o arredondamento da forma 
geométrica da Terra explica a diferente insolação 
na superfície do planeta; d, porque a variação pe-
riódica de sua distância ao Sol está relacionada ao 
movimento de translação; e, porque a inclinação do 
eixo com relação à eclíptica explica as estações 
do ano. 
2. c. As usinas de dessalinização de água foram implan-
tadas em vários países que apresentam problemas 
no abastecimento em decorrência de fatores so-
cioeconômicos ou dominância de climas áridos e 
semiáridos, com alta renda per capita decorrente 
das exportações de petróleo, a exemplo da Arábia 
Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait no Gol-
fo Pérsico, ou que apresentam grandes popula-
ções (Estados Unidos, Japão e Europa ocidental).
3. e. Como mencionado corretamente na alternativa 
e, as áreas destacadas no mapa se caracterizam 
pela presença do clima mediterrâneo com verões 
quentes e secos e invernos amenos e úmidos, cujo 
destaque é a vitivinicultura. Estão incorretas as 
alternativas: a, porque a maior incidência de chu-
va ácida se dá em áreas de forte industrialização, 
como Europa ocidental, China e Estados Unidos; 
b, porque as maiores concentrações urbanas 
não estão representadas no mapa, a exemplo 
dos Estados Unidos, cuja concentração se dá na 
costa leste; c, porque as chuvas abundantes e bem 
distribuídas, características do clima equatorial, são 
predominantes no norte do Brasil, centro-oeste da 
África e sul da Ásia; d, porque a maior biodiversi-
dade está associada à forte tropicalidade, enquan-
to as áreas indicadas no mapa ocorrem em zonas 
temperadas. 
4. d. Como mencionadocorretamente na alternativa 
d, as regiões interiores dos continentes onde, em 
princípio, há menor umidade que nas áreas litorâ-
neas, estão submetidas ao fator continentalidade 
e, portanto, registram maior amplitude térmica. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque as mas-
sas continentais se aquecem mais rapidamente e 
se resfriam mais lentamente em relação aos ocea-
nos; b, porque a maritimidade afeta as áreas litorâ-
neas de uma forma geral; c, porque a proximidade 
do litoral, ou seja, a maritimidade, resulta em me-
nor amplitude térmica; e, porque a maritimidade 
resulta em menor amplitude térmica e a continen-
talidade em maior amplitude térmica, portanto, as 
massas têm influência direta sobre a variação das 
temperaturas. 
5. a. A proliferação do mosquito Aedes aegypti, res-
ponsável pela transmissão de várias doenças, en-
tre as quais a dengue, ocorre em ambientes quen-
tes e úmidos. Como mencionado corretamente 
na alternativa a, sua distribuição geográfica está 
associada às características climáticas. As demais 
alternativas estão incorretas, porque a proliferação 
do transmissor da doença não está relacionada às 
questões geopolíticas, tecnológicas ou econômi-
cas, embora a precária condição humana dos países 
subdesenvolvidos amplifique seus efeitos. 
6. a. A alternativa a está correta. O enunciado descreve 
o mecanismo que origina as brisas, que, durante o 
dia, o oceano mais aquecido e com menor pressão 
atmosférica constitui-se como área ciclonal atrain-
do os ventos, e, durante a noite, o continente que 
se aquece mais lentamente que a água, mas perde 
calor mais lentamente, passa a ser a área de atra-
ção dos ventos, constituindo a periodicidade diá-
ria das brisas marítimas e terrestres. A alternativa 
b está incorreta porque a interferência do relevo 
costeiro explica as chuvas orográficas. Não ocor-
re homogeneidade das isóbaras (áreas de igual 
pressão), haja vista que a pressão atmosférica se 
altera nos períodos do dia, entre o oceano e o 
continente. A alternativa c está incorreta porque as 
diferenças de salinidade não explicam a formação 
das brisas. A alternativa d está incorreta porque as 
correntes marinhas não explicam a formação das 
brisas. A alternativa e está incorreta porque a co-
bertura vegetal não explica a formação das brisas 
e as diferenças barométricas (pressão atmosférica) 
são diárias, e não sazonais (estações do ano). 
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7. c. A corrente fria de Humboldt ou do Peru (letra a) 
inibe a evaporação e estimula a condensação e 
formação de nuvens e chuvas sobre o oceano Pa-
cífico. Quando a massa de ar chega ao continente, 
já está muito seca e provoca a formação do de-
serto de Atacama (letra b) no norte do Chile. Na 
cordilheira dos Andes (letra c), ocorre precipitação 
nival (formação de neve). 
9. a. O El Niño é um fenômeno climático extremo e na-
tural. Trata-se do aquecimento anormal das águas 
superficiais do Pacífico na Zona Intertropical devi-
do à radiação solar intensa e ao enfraquecimento 
dos ventos alísios. O fenômeno provoca a forma-
ção de uma massa de ar quente que altera o cli-
ma em várias regiões do mundo. Como um dos 
efeitos é a elevação da temperatura, uma das con-
sequências é a ampliação das áreas atingidas por 
epidemias tropicais, como malária e dengue. 
10. d. A riqueza das áreas florestadas está muito relacio-
nada à presença da umidade em forma de chuvas 
e à evapotranspiração, o que garante, em parte, 
a diversidade. A alternativa a é falsa: baixas alti-
tudes e solos rasos; a alternativa b é falsa: em al-
gumas áreas, a intervenção humana é acentuada; 
a alternativa c é falsa: muitas áreas de floresta tro-
picais não são preservadas; a alternativa e é falsa: 
as áreas tropicais são chuvosas, sem estação seca 
definida. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. d. No sul da Ásia prevalece o clima tropical de mon-
ções. Durante o verão, a alta pressão sobre o 
oceano Índico faz com que os ventos carregados 
de umidade (monções de verão) sigam rumo ao 
continente (baixa pressão), proporcionando altos 
índices pluviométricos. A maior pluviosidade é um 
dos fatores que garantem a maior produção agrí-
cola no sul da Ásia. No inverno, o quadro se inverte, 
e os ventos secos (monções de inverno) se deslo-
cam do continente para o oceano. 
2. c. As áreas destacadas no mapa indicam a localização 
dos grandes desertos e, portanto, como mencio-
nado corretamente na alternativa c, indicam re-
giões de vegetação xerófita, ou seja, adaptadas a 
ambientes secos. Estão incorretas as alternativas: 
a, porque são áreas desérticas; b, porque, em ra-
zão da escassa pluviosidade, são áreas de menor 
povoamento; d, porque as áreas de criação de bo-
vinos são principalmente regiões de pradarias; e, 
porque não correspondem a jazidas de minérios 
metálicos. 
3. b. A alternativa b está correta porque o El Niño, 
caracterizado como o aquecimento das águas 
do Pacífico, é um fenômeno natural, porém essa 
anomalia pode ser potencializada por alterações 
climáticas. As alternativas incorretas são: a, c e d, 
porque o fenômeno resulta da perda da força dos 
ventos alísios, responsável pela ressurgência na 
costa ocidental da América; e, porque o semiárido 
nordestino está associado aos ventos alísios e não 
ao El Niño. 
5. a. O aquecimento diferenciado do planeta provoca 
a movimentação das massas de ar, dando origem 
aos ventos alísios, que se movimentam das zonas 
de alta pressão para as de baixa pressão, e os con-
tra-alísios, que se movimentam das zonas de bai-
xa pressão para as de alta pressão. O sentido da 
movimentação dessas massas de ar é dado pela 
movimentação do planeta. 
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Características principais dos climas brasileiros
• Nomenclatura e caracterização das massas de ar 
brasileiras
• Climas e biomas brasileiros
• H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocu-
pação dos meios físicos e as relações da vida humana 
com a paisagem.
• H27 - Analisar de maneira crítica as interações da so-
ciedade com o meio físico, levando em consideração 
aspectos históricos e/ou geográficos.
• Identificar as características centrais dos climas brasi-
leiros e seus respectivos fatores.
• Compreender a nomenclatura e a caracterização das 
massas de ar brasileiras.
• Interpretar cada elemento climático como compositor 
dos climas e das paisagens naturais.
Climas e paisagens 
naturais do Brasil
INTRODUÇÃO
Este módulo explora concepções sobre a Ciência 
geográfica, tendo como enfoque a climatologia brasileira 
e suas principais características e influências sobre o terri-
tório brasileiro. O conteúdo também aborda as paisagens 
naturais do país, bem como reflexões sobre as transforma-
ções que sofreram ao longo dos séculos. Nesse aspecto, o 
material oferece oportunidade de problematizar as ações 
humanas em sociedade e suas consequências, abrindo 
espaço para discussões com os alunos e avaliação sobre 
suas práticas cotidianas. 
Ao longo das aulas, recomenda-se o trabalho com o 
material cartográfico, como mapas, planisférios e imagens 
de satélites, e também com os climogramas disponíveis 
no Caderno do Aluno, comparando-os e analisando-os à 
luz dos fatores estáticos e dinâmicos que determinam os 
climas brasileiros.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Nesta aula, procure inicialmente destacar a posição 
geográfica do Brasil, indicando sua predominância tropi-
cal (levando em consideração as latitudes), a topografia 
do país e da América do Sul (consultando o relevo sul- 
-americano e a movimentação das massas de ar), bem 
como a sucessão das estações do ano e a movimentação 
das massas de ar e seus reflexos. 
Depois, apresente aos alunos a nomenclatura das 
massas de ar. É importante quea turma perceba que os 
nomes das massas mostram suas características. Assim, 
com exceção da mEc, uma massa continental tende a ser 
seca, enquanto uma massa atlântica tende a ser úmida. 
Da mesma maneira, as massas equatoriais são quentes, 
enquanto a massa polar é fria.
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Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 3 e 4. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Nesta aula, procure analisar as massas Equatorial Atlân-
tica (mEa), Equatorial Continental (mEc), Tropical Atlântica 
(mTa), Tropical Continental (mTc) e Polar Atlântica (mPa), 
passando por suas características e sua atuação no Brasil. É 
importante que essa abordagem seja feita com o auxílio do 
material cartográfico, permitindo aos alunos refletir sobre a 
distribuição das terras brasileiras espacialmente no contex-
to do continente americano. 
Analise a atuação do conjunto de relevo da América 
do Sul e da movimentação das massas de ar, levando em 
consideração a sazonalidade das estações do ano. Ressal-
te que cada massa de ar e seu conjunto de características 
são parte integrante da atmosfera, e, portanto, possuem 
os aspectos das suas regiões de origem. A compreensão 
da atuação de cada uma das massas sobre a superfície 
terrestre vai demonstrar as mudanças no tempo meteoro-
lógico, suas consequências e as medidas que poderão ser 
tomadas pelos governos municipais, estaduais e federal.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma a questão 3 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 2. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 3
Nesta aula, procure avançar nos estudos específicos dos 
climas do Brasil. Apresente os tipos climáticos controlados 
pelas massas de ar equatoriais e tropicais (clima equatorial 
úmido, clima tropical úmido ou litorâneo, clima tropical se-
miúmido ou continental e clima tropical semiárido) e os cli-
mas controlados por massas de ar tropicais e polares (clima 
tropical de altitude e clima subtropical úmido). Nas aborda-
gens, faça uso dos climogramas. 
Devem também ser tema desta aula as paisagens cli-
matobotânicas (formações vegetais originais no Brasil), 
destacando-se os conceitos de ecossistema e de bioma, 
a diversidade de paisagens e seus fatores condicionantes, 
como extensão territorial, posição tropical e subtropical 
do Brasil, e os domínios vegetais (Floresta Amazônica, 
Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal Mato-Gros-
sense, Campos, Mata dos Pinhais, Mata dos Cocais e ve-
getação litorânea).
No estudo das formações vegetais, procure ressaltar 
as formas de uso e exploração dos recursos naturais ao 
longo dos séculos, aspectos que ainda contribuem para 
a devastação dos domínios vegetais brasileiros. Deve- 
-se identificar, em cada um dos domínios, suas peculiari-
dades e as interações entre os elementos naturais cons-
tituintes. Dê especial atenção aos biomas raros, como o 
Pantanal Mato-Grossense.
Ao final da Aula 3, resolva com a turma a questão 5 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 5 e 8. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 I. INTRODUÇÃO
 ➜ Brasil: país com grande extensão territorial:
• Latitudinal: áreas equatoriais, tropicais e sub-
tropicais
• Longitudinal: continentalidade e maritimidade.
 ➜ Relevo aplainado com elevações litorâneas
• Barreiras para a umidade
 II. NOMENCLATURA DAS MASSAS DE AR
Nomenclaturas
Variação latitudinal Variação longitudinal
E: Equatoriais (quentes) c: Continentais (secas)
T: Tropicais (quentes) a: Atlânticas (úmidas)
P: Polar (fria)
Obs.: Massas de ar quentes se expandem no verão e 
massas frias no inverno
MASSAS DE AR BRASILEIRAS
a) mEc 
 ➜ Quente e úmida (é exceção à tendência: evapo-
transpiração da Amazônia)
 ➜ Atuação principal no Norte
• Podendo se expandir até CO, NE e MG
Clima equatorial (ou tropical superúmido)
 ➜ Amazônia
 SUGESTÃO DE QUADRO
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 ➜ Muito quente e muito úmido
• Baixa amplitude térmica
 ➜ Área de chuvas convectivas
• Convergência dos ventos alísios
 ➜ Área de planície parcialmente inundada
• Bacia Amazônica
• Rios perenes e caudalosos
 ➜ Umidade = Biodiversidade
• Floresta Equatorial (Amazônica)
– Densa
– Fechada
– Latifoliada
– Perene
 ➜ Umidade = Intemperismo químico
• Latossolo lixivado (profundo e pobre)
Obs.: Quem sustenta a floresta é a matéria orgâni-
ca da própria floresta (serra pilheira).
b) mPa
 ➜ Fria e úmida
 ➜ Atuação:
• Região Sul (clima subtropical)
• Região Centro-Oeste (inverno do clima tropical 
típico)
• Região Sudeste (frentes frias)
Clima subtropical
 ➜ Umidade bem distribuída ao longo do ano
• Inverno (mPa)
• Verão (mTa)
 ➜ Extensa amplitude térmica anual
• mPa e mTa se revezam
• Inverno frio 3 Verão quente
 ➜ Biomas condicionados
• Pradarias (campos limpos/gramíneas)
• Araucárias (coníferas com biodiversidade um pou-
co maior que a taiga)
 ➜ Serra Gaúcha
• Altitude: queda ainda mais brusca na temperatura 
(neve e geadas)
Clima tropical típico
 ➜ Chuvas no verão (mEc) 3 Estiagem no inverno (mPa, 
que já perdeu umidade no sul)
 ➜ Resultados:
• Solos ácidos (lixiviação 1 insolação)
• Vegetação mista
 ➜ Biomas condicionados
• Cerrado (predomínio de vegetação arbustiva)
Obs.: Friagem
• Avanço esporádico da mPa ao Centro-Oeste e ao 
sul da Amazônia
• Queda brusca de temperatura 
• Chuvas frontais (mEc 3 mPa) 
c) mTa
 ➜ Atuação no litoral do Brasil
Clima tropical litorâneo
• Verão: chuvas convectivas e orográficas
• Inverno: chuvas frontais
 ➜ Floresta tropical (Mata Atlântica)
• Densa e com elevada biodiversidade
• Extremamente degradada
d) mTc
 ➜ Quente e seca
• Massa muito leve
• Atuação muito restrita (Centro-Oeste)
• Pantanal: clima seco 3 ambiente úmido
• Área de planície (drenada por rios do planalto 
Central) 
e) mEa
 ➜ Quente e úmida
 ➜ Expansão no verão (litoral do Norte e do Nordeste)
• Verão da massa → originária do hemisfério norte → 
→ inverno no hemisfério sul
• Alta temporada turística no verão e no inverno do 
litoral nordestino
Clima semiárido
 ➜ Quente e seco
• Sertão nordestino
 ➜ Pluviosidade pequena e irregular
• Barreira de relevo (planalto da Borborema)
• Alta pressão local no Sertão
 ➜ Domínio da Caatinga
• Vegetação adaptada ao clima seco
• Xerófilas ou xerófitas (cactos e galhos retorcidos)
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO I
Proponha um trabalho interdisciplinar com Biologia 
sobre as Unidades de Conservação no Brasil (reservas, 
parques, etc.). Peça aos alunos que analisem a legislação 
existente (federal e estadual), seu histórico e sua impor-
tância. O trabalho pode ser finalizado com a exposição 
de um relatório com fotos, mapas e imagens dos parques. 
Caso julgue interessante, essa proposta pode ser exposta 
em uma feira de ciência do colégio ou em evento especial 
sobre meio ambiente.
SUGESTÃO II 
Em conjunto com a disciplina História, peça aos alunos 
que escolham uma região ou um domínio morfoclimático 
e trabalhem suas características de vegetação, solo, fauna, 
analisando a ocupação humana ao longo do processo his-
tórico e os impactos da ação humana sobre esses espaços.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
SITES
ABCLIMA – Revista Brasileira de Climatologia.– Associa-
ção Brasileira de Climatologia. Disponível em: <http:// 
revistas.ufpr.br/revistaabclima>. Acesso em: 10 maio 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: 
<www.mma.gov.br/clima>. Acesso em: 10 maio 2017.
CPTEC – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáti-
cos. Disponível em: <http://clima1.cptec.inpe.br/>. Aces-
so em: 10 maio 2017.
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível 
em: <www.inmet.gov.br>. Acesso em: 10 maio 2017.
UNICAMP – Cepagri – Centro de Pesquisas Meteorológi-
cas e Climáticas Aplicadas a Agricultura. Disponível em: 
<www.cpa.unicamp.br>. Acesso em: 10 maio 2017.
USP – IAG – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências 
Atmosféricas. Disponível em: <www.iag.usp.br/>. Acesso 
em: 10 maio 2017.
LIVROS
AYOADE, John O. Introdução à climatologia para os trópi-
cos. 9. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
FERREIRA, A. G. Meteorologia prática. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2016.
MENDONÇA, F. A.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: 
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2007.
VIANELLO, R. L.; RAINIERI, A. Meteorologia básica e apli-
cações. Viçosa: UFV, 2013.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. d. O clima em Manaus é equatorial, quente, mui-
to úmido, com baixa amplitude térmica, chuvas 
abundantes e sob influência da Massa Equatorial 
Continental. O clima no Rio de Janeiro é tropical 
litorâneo. 
2. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
a situação atmosférica indicada no mapa é uma 
anomalia ocorrida nos anos em que se registra 
o aquecimento das águas do Pacífico, fenômeno 
conhecido como El Niño. Estão incorretas as al-
ternativas: a, porque a região Nordeste é afetada 
pelos ventos alísios do Sudeste; b, porque o sul 
do Brasil não é atingido por ventos setentrionais; 
d, porque as anomalias estão associadas ao aque-
cimento do Pacífico Sul, e não ao resfriamento; 
e, porque a massa polar atinge a região Sudeste 
no período de inverno, não sendo, portanto, uma 
anomalia. 
3. a. Os climogramas correspondem aos climas:
 – Equatorial, região Norte, quente, baixa amplitude 
térmica, úmido e com alto índice pluviométrico.
 – Tropical continental ou típico, região Centro- 
-Oeste, quente, baixa amplitude térmica, verão 
chuvoso e inverno seco.
 – Subtropical, região Sul, verão quente, inverno 
frio, maior amplitude térmica e chuva bem distri-
buída durante o ano. 
4. a. O domínio da Araucária localiza-se no sul do 
Brasil. É caracterizado por planaltos com maior 
altitude, clima subtropical, Mata de Araucária 
(floresta ombrófila mista: espécies latifoliadas 
e coníferas aciculifoliadas, como a araucária e 
o podocarpo) e Campos de Altitude. Na atua-
lidade, cerca de 97% da Mata de Araucária está 
destruída. 
5. e. Os domínios morfoclimáticos e fitogeográficos 
criados pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber são regiões 
determinadas por elementos naturais, principal-
mente o relevo, o clima e a vegetação. 
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 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. c. A mEa é a Massa Equatorial Atlântica, quente, 
muito úmida e com ventos fortes. Origina-se no 
anticiclone dos Açores (núcleo de alta pressão). 
Atinge o litoral das regiões Norte e parte do Nor-
deste, trazendo elevação de temperatura, umida-
de e chuvas intensas. 
2. d. O domínio morfoclimático das Pradarias é carac-
terizado por planaltos com colinas (coxilhas), cli-
ma subtropical (verão quente, inverno frio e chuva 
bem distribuída durante o ano) e vegetação de 
pradarias (bioma Pampa) com dominância do es-
trato herbáceo e arbustivo. 
3. b. O domínio morfoclimático do Cerrado é caracte-
rizado por planaltos com chapadas, clima tropical, 
vegetação de cerrado e solos pobres e ácidos. 
O ecossistema do Cerrado já foi desmatado em 
cerca de 49%, conforme o IBGE, sendo um dos 
hotspots, isto é, bioma com grande diversidade e 
muito ameaçado pelo avanço da devastação. O 
desenvolvimento do agronegócio sobre o domí-
nio do Cerrado está relacionado com a biotecno-
logia, a mecanização e a aplicação de fertilizantes 
e calagem (correção da acidez) nos solos. 
4. e. O bioma Pampa (Pradaria ou Campo) localiza-se 
na Campanha Gaúcha (sul do Rio Grande do Sul). 
O bioma se desenvolve sobre planaltos com coxi-
lhas (colinas) e clima subtropical. Cerca de 54% do 
bioma foi alterado por causa da pecuária bovina 
e ovina, da agricultura (arroz, soja e uva vinícola) e 
do reflorestamento de eucaliptos para a produção 
de celulose e papel. 
5. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
Florianópolis tem maior latitude que João Pessoa, 
haja vista estar mais distante da linha do equador. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque a mPa 
atinge mais intensamente Florianópolis; b, porque 
estando as duas capitais no litoral, a altitude é ba-
sicamente a mesma; c, porque estando as duas 
capitais no litoral, ambas sofrem o efeito da mariti-
midade; e, porque somente João Pessoa sofre os 
efeitos da mEa. 
6. a. A desertificação é um processo de degradação do 
solo em zonas semiáridas provocado pelo desma-
tamento e pelo uso incorreto do solo com técnicas 
de conservação. No Brasil, a desertificação ocorre 
no Sertão nordestino, com o domínio da Caatinga, 
cuja vegetação foi suprimida em 45% em razão do 
avanço da pecuária extensiva, da agricultura (sub-
sistência e irrigada) e da exploração de madeira 
(lenha e carvoarias). 
7. a. A alternativa a é a correta, pois o maior adensa-
mento do Cerrado está associado à região Centro- 
-Oeste, porção central do país.
 Estão incorretas as alternativas: b, porque, embora 
o grau de devastação seja alarmante, a cana-de- 
-açúcar não é o produto responsável pelo avanço 
do desmatamento; c, porque a formação é aberta 
em razão de sua composição arbóreo-arbustiva; 
d, porque ocorre o predomínio do clima tropical 
semiúmido, cujas chuvas estão concentradas no 
verão; e, porque a aparência tortuosa das árvores 
resulta da elevada acidez do solo. 
8. a. Como mencionado corretamente na alternativa 
a, o texto faz referência a uma paisagem típica da 
Caatinga, cujas citações do texto, como “trama es-
pinescente” (espinhosa), “folhas urticantes”, “gra-
vetos em lança”, “árvores sem folhas”, remetem 
às características de uma vegetação adaptada à 
baixa umidade, denominada xerófila. Estão incor-
retas as alternativas: b, porque formações flores-
tais latifoliadas são compostas de vegetação de 
porte arbóreo, perene e heterogênea, típica dos 
climas tropicais e equatoriais com elevada pluvio-
sidade; c, porque a vegetação de transição para 
matas de grande porte é composta de plantas de 
porte arbóreo; d, porque os elementos do texto 
indicam adaptação à seca e não à salinidade; e, 
porque o texto não indica homogeneização da ve-
getação – que geralmente ocorre em áreas mais 
frias – ou presença de vegetação perenifólia – for-
mações que não perdem folhas com a mudança 
da estação do ano. 
9. d. O Pantanal, como qualquer sistema natural, é muito 
frágil, exigindo para sua preservação ações conjuntas 
e em diferentes esferas. A dinâmica peculiar da alter-
nância de chuvas e secas modifica-se facilmente com 
o desmatamento e a degradação dos mananciais das 
bacias hidrográficas regionais. Populações locais, go-
vernos municipais, estaduais e federal, organizações 
civis, ministérios e secretarias, escolas e comunidades 
devem participar para a preservação do local.
 A alternativa a é falsa, porque parques ecológicos são 
apropriados para áreas mais vegetadas e compactas.
 A alternativa b é falsa, porque caça e pesca não se 
relacionam com a preservação de matas ciliares e 
a proteção de mananciais.
 A alternativa c é falsa, porque o aumento de pas-
tagens piora a condição de preservação da flora 
regional.
 A alternativa e é falsa, porque as barragens regu-
lariam a vazão da bacia do Paraguai, extinguindo 
a alternância cheiae vazante, o que seria mortal 
para a região. 
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10. e. O Cerrado é um bioma complexo e com alta bio-
diversidade. O tipo de Cerrado com fisionomia de 
savana apresenta os estratos herbáceo e arbustivo 
dominantes, além de árvores com troncos tortuo-
sos. Cerca de 49% do ecossistema foi devastado 
pelo avanço da agropecuária nos últimos anos, a 
exemplo da soja e da pecuária bovina. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. e. O domínio do Cerrado (planaltos com chapadas, 
clima tropical, vegetação de Cerrado, rios perenes 
e solo pobre e ácido) ocupa o Brasil central, incluin-
do parte de Minas Gerais. No interior do bioma do 
Cerrado, as veredas são formações vegetais carac-
terizadas pela concentração de palmeiras (buritis). 
As veredas ocorrem em solos hidromórficos (en-
charcados de água). Portanto, as veredas consti-
tuem áreas com afloramento de água e nascentes 
que contribuem para a formação de importantes 
rios do Centro-Oeste e de Minas Gerais. 
2. a. Um dos principais fatores que determinam o tipo 
de clima de uma região é a latitude, ou seja, a dis-
tância em relação à linha do equador. O Brasil tem 
uma grande extensão latitudinal; assim, apre-
senta clima equatorial ao norte na área cortada 
pela linha do equador. Depois, climas tropicais 
costeiro (litoral do Nordeste e do Sudeste), típico 
(Centro-Oeste) e semiárido (Nordeste). Nas áreas 
com morros e serras do Sudeste vigora o tropical 
de altitude. Ao sul do trópico de Capricórnio, re-
gião com maior latitude, prevalece o clima subtro-
pical, com temperaturas mais baixas no inverno. 
3. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, 
a maior pluviosidade da região nordeste do estado 
do Maranhão, área fronteiriça à Amazônia, ocorre 
em razão das temperaturas elevadas e da intensa 
umidade, características da Floresta Amazônica. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque nessa 
área não se registram rios temporários; c, porque 
as temperaturas são elevadas e a área não está 
sujeita a ação da mTa; d, porque as temperaturas 
são elevadas e a área é transição da Floresta Ama-
zônica; e, porque as temperaturas são elevadas e 
os fatores orográficos não são determinantes, haja 
vista a região estar associada à planície litorânea. 
4. e. Conforme a imagem de satélite, 1 (massa de ar 
quente, possivelmente a mEa – Massa Equatorial 
Atlântica), 2 (frente fria) e 3 (massa de ar frio, a mPa 
– Massa Polar Atlântica com alta pressão atmosfé-
rica). A frente fria forma-se quando a massa de ar 
frio desloca a massa de ar quente. 
5. b. Como mencionado corretamente na alternativa 
b, o Nordeste é submetido à ação dos ventos 
alísios que se formam na latitude 30 °N e 30 °S 
e dirigem-se ao equador levando o ar quente e 
úmido para a região. No período citado, o litoral 
é atingido pela Massa Polar Atlântica, o que re-
sultará na formação de chuvas frontais. Estão in-
corretas as alternativas: a e e, porque são áreas 
de baixa pressão atmosférica; c e d, porque a 
formação de tornados não ocorre nas áreas pró-
ximas ao equador em razão da nulidade do efei-
to Coriolis. 
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Geologia 3 Geomorfologia
• Estrutura interna da Terra
• Tipos de rocha
• Estruturas geológicas no Brasil e no mundo
• Agentes internos: tectonismo, vulcanismo e aba-
los sísmicos
• Teoria da deriva continental
• Agentes externos: processo erosivo
• Fenômenos pedológicos
• H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na 
produção do espaço geográfico, relacionando-os com 
as mudanças provocadas pelas ações humanas.
• Diferenciar as dinâmicas internas e externas de compo-
sição/modelagem do relevo.
• Identificar vestígios naturais da ação de agentes exter-
nos e internos na paisagem.
• Investigar a origem de determinadas riquezas naturais.
• Compreender os impactos de catástrofes naturais na 
vida humana e na estrutura material das sociedades.
Decifrando o planeta Terra
INTRODUÇÃO
A dinâmica da natureza, por ser demasiadamente 
suscetível aos impactos antrópicos, se reajusta rapidamen-
te, provocando resultados nem sempre desejáveis para o 
ser humano. O conhecimento dos processos da natureza, 
do espaço produzido pelo ser humano e das condições 
necessárias à construção da cidadania ampliam a função 
do estudo do meio ambiente. O módulo tem como obje-
tivo abordar a formação da estrutura geológica da Terra e 
das formas de relevo, além de relacionar essas estruturas 
com os seus potenciais econômicos e estabelecer as cor-
relações entre as características geológicas e geomorfoló-
gicas, o que facilita a compreensão e o interesse dos alu-
nos, que geralmente apresentam resistência a esse tema. 
É fundamental enfatizar as relações do ser humano com o 
espaço, já que o espaço natural é o palco das atividades 
humanas, destacando até onde o humano condiciona e/
ou é condicionado pelo quadro físico, nesse caso, o geo-
lógico/geomorfológico. Resumindo: devemos relacionar 
as características geológicas e geomorfológicas à constru-
ção do espaço geográfico.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Utilize a primeira aula para trabalhar a escala geoló-
gica. É pertinente estabelecer a diferença entre essa es-
cala de tempo e a escala histórica. Os alunos devem ser 
capazes de compreender a noção de tempo profundo e 
perceber que os acontecimentos históricos ocorrem em 
outra velocidade. Esta primeira aula deve ser entendida 
como introdutória e utilizada para que os alunos adqui-
ram maior familiaridade com termos específicos, como os 
nomes de éons, períodos e eras geológicas, assim como 
os principais eventos que caracterizam cada intervalo de 
tempo. Os tipos de rocha (vulcânicas, sedimentares e me-
tamórficas) também podem ser apresentados aos alunos, 
se possível a partir de exemplos reais trazidos para a sala 
de aula. Esse também é um conteúdo básico, mas que 
será de grande utilidade no futuro, quando os alunos ini-
ciarem os estudos das estruturas geológicas e dos proces-
sos erosivos.
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Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 1 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo as questões 1 e 3.
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Para explicar a formação do planeta, devemos des-
tacar as diversas camadas que compõem a estrutura da 
Terra (crosta, manto, manto superior, zonas de transição, 
manto inferior e núcleo), relacionando-as com a teoria da 
tectônica de placas, a expansão do assoalho oceânico e a 
deriva continental. Os principais conceitos que devem ser 
trabalhados são: as estruturas geológicas e sua formação; 
a teoria da tectônica de placas e deriva continental; a ação 
dos agentes internos (tectonismo, vulcanismo e abalos sís-
micos). Ao abordar os agentes internos, é importante esta-
belecer a possível atuação deles sobre a vida humana e a 
contribuição do ser humano para acelerar/agravar/alterar 
esses eventos.
Muitas vezes, a imprensa reproduz, em alguns casos 
equivocadamente, a ideia de que os abalos sísmicos só 
podem ocorrer nas bordas das placas tectônicas, des-
conhecendo a possibilidade de propagação do evento 
até áreas distantes das “bordas” e até a possibilida-
de, mesmo que mais remota, de sismos intraplacas. 
Cerca de 90% dos sismos no globo ocorrem em falhas 
localizadas junto às “bordas” e são chamados de sis-
mos interplacas. Somente 5% dos sismos têm origem 
em falhas localizadas no interior (“meio”) das placas, 
longe das bordas; esses são os sismos intraplacas. Tais 
eventos ocorrem porque as tensões geradas nas “bor-
das” das placas são transmitidas para todo o seu inte-
rior.

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