A Tradição Viva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO – Habilitação em Ciências da natureza e Agroecologia
História e Memória da linguagem
Ana Flávia Luck
Mat.: ES87698
A Tradição Viva
Viçosa, julho de 2015.
A Tradição Viva
No território Africano ainda é muito presente a tradição oral, que são as memórias vivas da África, onde são transmitidas de geração em geração as histórias de boca á ouvidos.
Existe uma ligação muito forte entre o homem e a palavra, um respeito, uma valorização da mesma. Onde se conceituava a tradição oral, com o conhecimento total, a grande escola da vida.
A palavra tem uma força fundamental, onde se transmitia para seus descendentes tudo o que havia aprendido com as palavras, onde se teve o início da grande cadeia de transmissão oral. Sabendo que a fala para os africanos é um dom de Deus.
A fala humana com três potencialidades: do poder, do querer e do saber. Considerada como a materialização das vibrações da força. A fala está sempre em movimento, em constante ritmo de vida e ação.
Porém a fala possuem suas magias, onde depende de sua intensão se para o bem ou se para o mal, pois a palavra tem controle das forças. A magia boa purifica o ser vivo, onde quem não diz verdade se torna um ser insignificante.
Mais dentro da tradição oral existe dois tipos de “falas”, onde os tradicionalistas-doma dizem apenas a pura verdade, e os trovadores que podem aumentar o fato.
Pode se perceber que a tradição respeitava muito os seres vivos e ao meio ambiente, onde era visível a transmissão das palavras aos jovens como forma principal e única de aprender, respeitando as palavras dos idosos e dos ancestrais.
A Tradição Viva dos Africanos é muito ampla, onde se transmite os fatos ocorridos com todos os detalhes sem medir esforços, porém a juventude atual não está mais conseguindo adquirir esse dom de transmissão oral, onde os pesquisadores estão se preparando e organizando os livros com as histórias da África, para que as mesmas não se percam. Portanto os pesquisadores precisam ter uma mega preparação, se arma de muita paciência, onde deve ter “o coração de uma pomba, a pele de um crocodilo e o estômago de uma avestruz”. Para garantir todas as histórias, com os mínimos detalhes.