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AlfaCon--pobreza-e-desigualdades-voltam-a-crescer-no-brasil

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Pobreza e Desigualdade Voltam a Crescer no Brasil ���������������������������������������������������������������������������������������2
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
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Pobreza e Desigualdade Voltam a Crescer no Brasil
O Brasil caracteriza-se historicamente por possuir um número acentuado de pessoas em estado 
de pobreza� Mas, nas últimas duas décadas, houve um grande avanço nesse aspecto – o brasileiro 
melhorou a qualidade de vida e houve uma profunda transformação social�
Entre 2003 e 2014, o País havia reduzido de 41,7% para 17,9% a porcentagem de pessoas vivendo 
na pobreza� No ano de 2014, o Brasil atingiu um feito inédito: saiu da lista do Mapa da Fome da Orga-
nização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)� O resultado foi considerado pela 
organização como um caso de sucesso mundial�
Esse ciclo de queda da pobreza no País pode ser atribuído a uma série de políticas públicas como 
programas sociais e de transferência de renda, como o Bolsa Família� Outros fatores são a estabili-
zação da economia e da inflação, o aumento real do salário mínimo, a formalização do mercado de 
trabalho e a universalização do acesso à educação básica�
Mas, desde 2014, o ritmo de redução da pobreza e da desigualdade parece ter estagnado e os dados 
apontam um retrocesso� Um recente estudo do Banco Mundial mostra que entre 2014 e 2016, o número 
de pessoas vivendo na pobreza cresceu de 17,9% para 20,6%� Atualmente cerca de um quarto da popu-
lação do Brasil – ou quase 50 milhões de pessoas – vive abaixo do limite de 5,50 dólares por dia�
A parcela de brasileiros na extrema pobreza também cresceu durante o mesmo período� Em 
2015, 3,4% ou 6,9 milhões de brasileiros viviam com menos de R$ 4,1 por dia� Um ano antes esse per-
centual era de 2,8% da população� O aumento desses índices interrompeu uma década de redução de 
pobreza e ameaça a segurança alimentar de milhares de famílias�
Para o Banco Mundial, o motivo do empobrecimento acelerado da população seria a estagnação 
da economia brasileira� Em 2015 e 2016, o Brasil viveu uma forte recessão da atividade econômica� O 
PIB caiu respectivamente, 3�6% e 3�4%� A partir de 2017, iniciou-se uma lenta retomada da atividade 
econômica, com o PIB crescendo 1% no ano�
O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador que mede a atividade econômica de um país� Ele 
mostra quanto se produz, consome ou investe� Se o PIB cresce, significa que o país produz mais; se 
cai, é sinal de que a economia encolheu�
A organização financeira aponta que o recente crescimento na taxa de pobreza do Brasil veio 
acompanhado de um “notável salto na taxa de desemprego” durante o período� O número de pessoas 
desocupadas cresceu quase seis pontos percentuais do primeiro trimestre de 2015 e chegou a 13,7% 
da população no primeiro trimestre de 2017� Em agosto deste ano, 12,7 milhões de pessoas buscavam 
trabalho� Entre os setores que se destacam nas demissões está o da construção civil, que costuma 
empregar um grande número de pessoas�
Outro fator que influenciou o empobrecimento do brasileiro é o aumento da inflação, que eleva os 
preços de produtos e serviços e diminui o poder de compra das famílias� Nos últimos anos, itens fun-
damentais do dia a dia aumentaram de preço, como a cesta básica, o botijão de gás e a energia elétrica�
Exercícios
Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá 
de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial� O número de brasileiros vivendo abaixo da 
linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014, para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com 
o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social)� Em momentos assim, o Brasil 
depara com outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade� Os mais ricos se protegem melhor da 
crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida� Por isso, o FGV Social alerta 
sobre um aumento relevante da desigualdade no país� Ela já subiu no ano passado, na medição que usa 
um índice chamado Gini� Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22 anos� Trata-se de um fenômeno es-
pecialmente ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias 
capitalistas� Para piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema�
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Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini, baseado na 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)� Por esse método, ficavam de fora do quadro 
os rendimentos que principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a 
renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e pro-
priedade de imóveis� Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de Renda 
(IR) de pessoa física de 2007 em diante� Os números mais recentes, referentes a 2015, foram abertos 
em julho deste ano� Eles evidenciam que a concentração de renda no topo da pirâmide social bra-
sileira é muito maior do que se pensava� A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que 
o 1% mais rico de brasileiros concentrava 11% da renda� Com os dados do IR e do Produto Interno 
Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%�
(Época, 13�11�2017)
01. O texto traz uma série de dados com o objetivo de
a) mostrar que a condição de pobreza no Brasil se agrava, o que reforça a desigualdade social�
b) enfatizar que a desigualdade social no Brasil, que já foi um problema, diminuiu significa-
tivamente�
c) comparar a situação de pobreza atual com a de 22 anos atrás, que gerava muita desigualdade�
d) denunciar a desigualdade social no Brasil, que é a menor entre as chamadas democracias 
capitalistas�
e) relativizar o impacto da desigualdade social no Brasil, já que há estabilidade no número de 
pobres no país�
Gabarito
01 - A

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