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Terapia Nutricional em Cancer 2014

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DIETOTERAPIA E ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NO PACIENTE ONCOLÓGICO
Profª Luciane Lopes Sant’Ana 
1
Câncer 
É o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado e/ou invasivo (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.
2
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. 
Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida, EXCETO pelo local onde é originado
.
CARACTERÍSTICAS
3
NEOPLASIAS CONSTITUEM UM GRUPO DE DOENÇAS QUE MOSTRAM PELO MENOS TRÊS TIPOS DE DISTÚRBIOS:
 PROLIFERAÇÃO CELULAR E DIFERENCIAÇÃO CELULAR;
 RELAÇÃO ENTRE CÉLULAS E O ESTROMA CIRCUNJACENTE.
 CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS :
 ETIOLOGIA ; EMBRIOGÊNESE; ORGÃO DE ORIGEM
 HISTOGÊNESE OU CITOGÊNESE (epiteliais e não epiteliais)
 COMPORTAMENTO BIOLÓGICO (benigno ou maligno)
CRITÉRIO DE MALIGNIDADE:
 INVASÃO
 METÁSTASE
 AUMENTO DA PROLIFERAÇÃO CELULAR 
 DIFERENCIAÇÃO INCOMPLETA
Alteração morfológica
 OS FATORES DE RISCO AMBIENTAIS DE CÂNCER SÃO DENOMINADOS CANCERÍGENOS OU CARCINÓGENOS. ESSES FATORES ATUAM ALTERANDO A ESTRUTURA GENÉTICA (DNA) DAS CÉLULAS. 
 O SURGIMENTO DO CÂNCER DEPENDE DA INTENSIDADE E DURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DAS CÉLULAS AOS AGENTES CAUSADORES DE CÂNCER. 
 
 FATORES DE RISCO DE NATUREZA AMBIENTAL
 OS FATORES DE RISCO DE CÂNCER PODEM SER ENCONTRADOS NO MEIO AMBIENTE OU PODEM SER HERDADOS. 
 MAIORIA DOS CASOS DE CÂNCER (80%) ESTÁ RELACIONADA AO MEIO AMBIENTE, ENCONTRAMOS UM GRANDE NÚMERO DE FATORES DE RISCO. 
 Tabagismo; hábitos alimentares
Alcoolismo; Hábitos sexuais
 Medicamentos; Fatores Ocupacionais
 Radiações (solar, IV, etc..)
Tipos de Câncer
Ânus
Boca
Laringe
Esôfago
Estômago
Intestino
Fígado
Pênis
Próstata
Pele
Pulmão
Ovário
Testículo
Leucemia
Mama
Útero
Pâncreas
Infantil
 O CRESCIMENTO CELULAR É REGULADO POR MECANISMOS COMPLEXOS E INTEGRADOS, PROCESSO NO QUAL PARTICIPAM FATORES INTERNOS E EXTERNOS ÀS CÉLULAS.
 A POPULAÇÃO CELULAR GLOBAL DE UM INDIVÍDUO É MANTIDA ATRAVÉS DA AÇÃO DE ELEMENTOS QUE CONTROLAM TANTO A TAXA DE MULTIPLICAÇÃO COMO A DE SOBREVIVÊNCIA DAS CÉLULAS.
É O RESULTADO DO BALANCEAMENTO ENTRE ENTRE O NÚMERO DE CÉLULAS ORIGINADO POR MITOSE E O DE MORTE CELULAR POR APOPTOSE.
Alteração 
DNA
Estímulo agressivo
ALTERAÇÃO PERMANTENTE NO PADRÃO NORMAL DE CRESCIMENTO CELULAR
Lenta Formação de pseudo-cápsula 
 
Rápida Invasão dos tecidos circunjacentes 
PERDA DE COESÃO
MAIOR MOBILIDADE
MAIOR CAPACIDADE FAGOCÍTICA
MAIOR PRODUÇÃO DE ENZIMAS
VELOCIDADE DE CRESCIMENTO
Tecido de Origem
NEOPLASIAS BENIGNAS
NEOPLASIAS MALIGNAS
Tecido de 
Origem
CÉLULA NORMAL
DANO 
GENÉTICO
INSTABILIDADE GENÉTICA
NEOPLASIA
dano genético fixado
PROLIFERAÇÃO
Transformação
Período de latência
Iniciador
Promotor
BIOLOGIA DO CRESCIMENTO TUMORAL
DIAGNÓSTICO
 O CÂNCER É UMA PATOLOGIA COM LOCALIZAÇÕES E ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS MÚLTIPLOS E NÃO POSSUI SINTOMAS OU SINAIS PATOGNOMÔNICOS, PODENDO SER DETECTADO EM VÁRIOS ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO HISTOPATOLÓGICA E CLÍNICA.
 DESTES FATOS RESULTA, EM GRANDE PARTE, A DIFICULDADE DO SEU DIAGNÓSTICO E A AFIRMATIVA DE QUE A SUSPEITA DE CÂNCER PODE SURGIR DIANTE DOS SINTOMAS OS MAIS VARIADOS POSSÍVEIS.
 NESTE PROCESSO, TOMA DIVERSAS DECISÕES, CUJO ACERTO OU ERRO REPERCUTE SOBRE A SOBREVIDA DO PACIENTE E/OU SUA QUALIDADE DE VIDA. 
 EXAMES DE SANGUE, RADIOGRAFIAS, TOMOGRAFIAS, RESSONÂNCIA NUCLEAR, ENDOSCOPIA, HISTOLOGIA DE TECIDOS RETIRADOS DOS LOCAIS SUSPEITOS E AUTO – EXAME. 
O TRATAMENTO VAI DEPENDER DO ESTÁGIO DA DOENÇA.
TRATAMENTO
 CIRURGIAS
 MEDICAMENTOSO
 QUIMIOTERAPIA
 RADIOTERAPIA
 O PROCESSO FISIOPATOLÓGICO DA DOENÇA ASSOCIADO AOS TRATAMENTOS ANTI-NEOPLÁSICOS, PODEM RESULTAR EM GRAVE DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTÉICA (DEP), ELEVANDO A MORBIDADE E MORTALIDADE DESTES PACIENTES.
PACIENTES COM CÂNCER GERALMENTE APRESENTAM-SE DESNUTRIDOS, DEVIDO A:
 FATORES DIRETA OU INDIRETAMENTE RELACIONADOS AO TUMOR,
 EFEITOS NEGATIVOS DA CIRURGIA,
 RADIAÇÃO E QUIMIOTERAPIA,
 ALÉM DO ISOLAMENTO SOCIAL E
 FATORES PSICOLÓGICOS. 
 DIVERSOS ESTUDOS UTILIZANDO ÍNDICE DE PERDA DE PESO COMO ÚNICO INDICADOR NUTRICIONAL, TEM DEMONSTRADO QUE 40 A 80% DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS, PRINCIPALMENTE QUANDO O CÂNCER É LOCALIZADO NO TGI POSSUEM ALGUM GRAU DE DESNUTRIÇÃO.
 A ANOREXIA, PERDA DO APETITE OU DESEJO VOLUNTÁRIO PARA ALIMENTAR-SE, SÃO SINTOMAS COMUNS NOS PACIENTES ONCOLÓGICOS, ASSOCIADOS INICIALMENTE AO PROCESSO NATURAL DA DOENÇA OU MAIS TARDIAMENTE, AO CRESCIMENTO TUMORAL E PRESENÇA DE METÁSTASES.
ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO
 
 Equipe multi – disciplinar
 Relação nutricionista/paciente/acompanhante
 Assegurar uma adequada ingestão alimentar
 Monitorização do Estado Nutricional 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
DESNUTRIÇÃO PROTÉICO- ENERGÉTICA
anorexia ou redução de apetite;
dificuldades mecânicas;
alteração no paladar;
náuseas, vômitos; diarréias;
jejuns prolongados para exames pré e pós operatórios;
fadiga;
fraqueza muscular;
disfunção imune;
diminuição da massa muscular e tecido adiposo;
edema, etc.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
 A CAQUEXIA, SÍNDROME CLÍNICA EVIDENCIADA POR INTENSO DESGASTE MUSCULAR, ADIPOSO, FRAQUEZA E PROGRESSIVA PERDA DE PESO, GERALMENTE OCORRE ASSOCIADA A ANOREXIA, MAS PODE DESENVOLVER-SE EM INDIVÍDUOS COM ADEQUADA INGESTÃO DE ENERGIA E PROTEÍNA, NA PRESENÇA DE MÁ-ABSORÇÃO INTESTINAL IMPORTANTE.
 OBSERVA-SE INTOLERÂNCIA A GLICOSE, AUMENTO DA DEPLEÇÃO DE TECIDO ADIPOSO E CATABOLISMO PROTÉICO RELACIONADOS COM EXTENSÃO DO TUMOR; QUANDO OCORRE ASSOCIAÇÃO COM DESNUTRIÇÃO, VERIFICA-SE QUE ESTES PACIENTES SÃO INCAPAZES DE CONSERVAR ENERGIA, DEVIDO ALTERAÇÕES DO METABOLISMO, MEDIADAS POR HORMÔNIOS, CITOCINAS E FATORES DE CRESCIMENTO (FATOR DE CRESCIMENTO SEMELHANTE A INSULINA). 
 ESTA ALTERAÇÃO HORMONAL CARACTERÍSTICA DO PERÍODO PÓS-ESTRESSE, ESTIMULA PROCESSOS DE GLICOGENÓLISE, GLICONEOGÊNESE, OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS E CATABOLISMO PROTÉICO PARA PROMOVER SUBSTRATOS PARA GLICONEOGÊNESE. SE O MECANISMO SE PROLONGA, VERIFICA-SE ATIVAÇÃO DE EVENTOS METABÓLICOS QUE CONDUZEM A SIGNIFICATIVA PERDA DE MASSA MAGRA CORPÓREA COM CONSEQÜENTE BALANÇO NITROGENADO NEGATIVO.
Causas de Deterioração Nutricional no Paciente Oncológico
	EFEITOS CLÍNICOS GERAIS	Anorexia, Mal-estar,Fadiga, Febre, Prostração
	EFEITOS SISTÊMICOS DA DOENÇA	Anorexia, Digeusia – Alterações de olfato e paladar, Náuseas, Vômitos, Dor
	EFEITOS LOCAIS DO TUMOR	Odinofagia, Disfagia, Obstrução gástrica e intestinal, Plenitude – Saciedade precoce, Má absorção
	ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS 	Presença de citocinas (fator de necrose tumoral,Interleucina 1 e 6) , Hormônios catabólicos, Quadros inflamatórios crônicos, Hipermetabolismo, Ciclos metabólicos fúteis
	ALTERAÇÕES METABÓLICAS	Gasto energético basal normal ou aumentado, Tolerância à glicose, Metabolismo da glicose, Lipólise, Triglicérides séricos, 
Utilização das proteínas, Catabolismo, Balanço nitrogenado negativo.
	TRANSTORNOS GASTRO INTESTINAIS 	Disfagia, Vômitos, Obstrução intestinal, Dor abdominal
	PERDAS EXTERNAS E INTERNAS	Sangramentos, Ascite, Edemas
	ANORMALIDADES PSICOLÓGICAS	Ansiedade, Depressão, Baixa auto-estima, Aversão por alimentos
	COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO	Cirurgias
Mutilações digestivas e extra- digestivas
Quimioterapia
Estomatite, gastrite, diarréia, febre, infecções oportunistas, toxicidade hepática e renal
Radioterapia
Quadro inflamatório local e sistêmico, queda do estado geral, anorexia, enterite actínica, outros efeitos locais sistêmicos
ImunoterapiaFebre, prostração, mal-estar geral
Causas de Deterioração Nutricional no Paciente Oncológico
NUTRIÇÃO E CÂNCER
A alimentação é considerada um fator importante em 20 a 50% de todos os casos de câncer, atuando ao lado de outros aspectos como:
 idade,
predisposição genética,
hábitos vida (como tabagismo, estresse e sedentarismo), 
fatores ambientais (como a exposição ao sol e poluição). Algumas pesquisas sugerem que pode ser possível evitar 35% dos casos de câncer apenas alterando a dieta.
21
Alguns alimentos são funcionais para o organismo, funcionando como antioxidantes e prevenindo vários tipos de câncer e outras doenças. 
Os antioxidantes são alimentos que têm como propriedade doar radicais para algumas células/substâncias corporais que estão com radicais livres que são causados por vários tipos de estresse, ocasionando problemas de saúde, entre eles o câncer.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
22
 A necessidade de uma alimentação equilibrada, com alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais se fazem imprescindíveis para o combate destes radicais livres e assim consequentemente do câncer.
Alguns antioxidantes: 
Vitamina C (frutas cítiricas), 
Vitamina E (óleos vegetais, grãos e nozes),
Vitamina A (alimentos alaranjados, roxos, amarelos, vermelhos), 
Sementes e frutos oleaginosas (Vit E, selênio e ômega 6), Zinco (carnes, lacticínios).  
NUTRIÇÃO E CÂNCER
23
 Pacientes oncológicos que são incapazes de alcançar necessidades nutricionais através da alimentação, pelo aumento de nutrientes em função da alta atividade catabólica da doença, devem utilizar suplementos nutricionais orais.
 O uso de suplementos nutricionais orais contendo nutrientes imunomoduladores tem ajudado na redução da inflamação e melhora imunológica:
 ácidos graxos poliinsaturados: ácido eicosapentanoico (EPA), ácido docosahexanoico (DHA); Obs: EPA é um inibidor da lipólise e da degradação da proteína do músculo associada com a anorexia. 
 arginina e nucleosídeos (RNA e DNA);
Pacientes com câncer geralmente apresentam-se desnutridos, devido a:
fatores direta ou indiretamente relacionados ao tumor,
efeitos negativos da cirurgia,
radiação e quimioterapia,
além do isolamento social e
fatores psicológicos. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
 O processo fisiopatológico da doença associado aos tratamentos anti-neoplásicos, podem resultar em grave desnutrição energético-protéica (DEP), elevando a morbidade e mortalidade destes pacientes.
25
 Estudos demonstram que a desnutrição interfere no prognóstico dos pacientes com câncer, com aumento do tempo de hospitalização e alto risco de complicações infecciosas e mortalidade intra ou pós-operatória. 
A DEP ocorre quando a ingestão de macronutrientes é inadequada para suprir os requerimentos metabólicos individuais, resultando em fraqueza e desgaste progressivos, comprometimento da função imune, reduzida qualidade de vida e potencial intolerância a terapêutica.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
26
Diversos estudos utilizando índice de perda de peso como único indicador nutricional, tem demonstrado que 40 a 80% dos pacientes oncológicos, principalmente quando o câncer é localizado no TGI possuem algum grau de desnutrição.
A anorexia, perda do apetite ou desejo voluntário para alimentar-se, são sintomas comuns nos pacientes oncológicos, associados inicialmente ao processo natural da doença ou mais tardiamente, ao crescimento tumoral e presença de metástases. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
27
Objetivos da Terapia e Assistência Nutricional
auxiliar na correção das alterações metabólicas e nutricionais existentes, melhorando o estado nutricional do indivíduo, através da reposição da massa muscular, visceral e tomando mais eficaz a resposta imunológica ao tumor.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
28
De uma forma geral, a nutrição no câncer somente melhora a sobrevida, não evitando a morte e, apesar da teoria de que um tratamento nutricional agressivo estaria "alimentando" o tumor, o indivíduo não pode ser privado de um aporte calórico e de nutrientes adequado, uma vez que suas reservas endógenas serão consumidas, e a sua imunidade, cada vez mais comprometida.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
29
O paciente deve ser encorajado a receber dieta via oral, pois além de ser o meio mais fisiológico de alimentar um indivíduo, exerce um efeito psicológico muito positivo, à medida que há a necessidade de cooperação por parte do próprio paciente.
No entanto, a anorexia 
está presente grande parte.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
30
INDICAÇÕES DE CIRURGIAS:
Quando o tratamento ao câncer é cirúrgico, e se, principalmente, esta cirurgia for do TGI, o paciente poderá ficar sem alimentar-se nas primeiras 24-48 horas, somente com hidratação venosa, e, a partir daí, inicia-se a realimentação com uma dieta líquida que deverá evoluir até dieta livre, conforme o restabelecimento clínico do paciente e aceitação. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
31
Entretanto, caso a ingestão oral não seja suficiente para fornecer o aporte de calorias e nutrientes necessários, mesmo quando o tratamento cirúrgico não é indicado, ou quando o tumor comprometer boca ou faringe, a Terapia Nutricional agressiva pode ser a opção de escolha. 
TNE
TNP Central ou Periférica
NUTRIÇÃO E CÂNCER
32
Deve-se porém considerar até que ponto a Terapia Nutricional realmente traz benefícios ao paciente, uma vez que a sua implementação é muito onerosa e principalmente por poder agir negativamente do ponto de vista psicológico. 
No caso da doença já ter atingido uma extensão muito grande e o tratamento não mais trazer o resultado desejado, o uso da Terapia Enteral e principalmente Parenteral pode não ser indicado. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
33
A participação e decisão da família é muito valiosa, nesses casos. 
Caso seja indicado a Terapia Nutricional para manter ou recuperar o peso do indivíduo, a massa muscular e adiposa, enfim, trazer benefícios com poucas complicações, melhorando a qualidade de vida deste paciente, então, sim, ele deve ser implementado.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
34
Qual escolha: ENTERAL OU PARENTERAl. 
Seguindo a lógica do "mais fisiológico", a nutrição enteral é a via de preferência. 
As jejunostomias e gastrostomias também poderão ser a opção de escolha se a localização do tumor não for a nível de TGI, ou se for somente a nível de boca, faringe ou esôfago e/ou tendo sido constatado que o paciente 
 necessitará de uma Terapia nut.
 por um longo período.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
35
Em muitos casos, o paciente pode ser nutrido pela alimentação enteral e ingerir alimentos via oral, conforme sua aceitação.
Na presença de má digestão e má absorção, a fórmula deverá ser a mais oligomérica (parcialmente hidrolisada) ou até elementar, e a sonda poderá ser posicionada a nível gástrico, caso não haja risco de broncoaspiração, ou em nível entérico, por gotejamento contínuo ou intermitentemente (preferencialmente com bomba de infusão).
NUTRIÇÃO E CÂNCER
36
As formulações poderão ser preparadas por manipulação de produtos que forneçam proteínas, amido, açúcares, lipídios, vitaminas e minerais com uma proporção de nutrientes adequada para o paciente (enteral caseira ou industrializada).
Existem no mercado fórmulas enterais padronizadas para oncologia onde são utilizadas a glutamina, fibras solúveis, antioxidantes e ácidos graxos essenciais.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
37
Caso o TGI não possa ser utilizado (fístulas de médio e alto débito; e má absorção importante dos nutrientes ou tumores obstruindo o TGI), a opção é pela nutrição parenteral. 
Vários estudos têm demonstrado melhora no ganho de peso do indivíduo e balanço nitrogenado positivo com o uso da NPT, embora alguns outros estudos tenham demonstrado um aumento da atividade tumoral com aproveitamento dos nutrientes ofertados. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
38
Calorias
A demanda de energia do paciente com câncer varia muito, conforme o órgão lesado, estado nutricional do paciente e estágio da doença. 
Apesarda teoria da "alimentação do tumor" com o aporte calórico dado ao paciente, este deve ser adequado conforme características individuais (peso, altura, sexo, idade) e comprometimento patológico.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
39
Caso contrário, as reservas endógenas serão consumidas pela alto demanda do tumor, tomando ainda mais grave a condição de caquexia do câncer, deteriorando a resposta imune e diminuindo a qualidade de vida do paciente. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Calorias
40
O aporte calórico deve variar entre 25-40Kcal/kg/dia, entretanto, a equação de Harris-Benedict é uma das mais indicadas para estimar o aporte energético, uma vez que considera as características individuais sendo multiplicada: 
fator atividade (deambular ou não);
fator injúria* (variando entre 1,2 e l ,5 ou até mesmo l ,7 - na presença de infecção ou sepse). 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Calorias
* FI terá como base o tipo de tumor, se o paciente foi submetido a urna intervenção cirúrgica, se há inanição, etc. 
41
Carboidratos
São fonte energética importante, além de pouparem as proteínas do consumo energético e, por isso, devem ser fornecidos em uma quantidade de aproximadamente 50-70% das calorias não-protéicas. 
A alimentação do paciente com câncer pode conter doces e açúcar (até porque eles costumam apresentar urna tolerância melhor ao gosto doce); isto caso não haja hiperglicemia.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
42
Uma sobrecarga de glicose, pode trazer consequências adversas no câncer, uma vez que há grande dependência tumoral à glicose.
Outros efeitos adversos desta sobrecarga são a intolerância à glicose, chegando até mesmo ao coma hiperosmolar não-cetótico, hipoglicemia de rebote e disfunção respiratória, uma vez que o excesso de carboidratos pode aumentar a produção de dióxido de carbono (CO²).
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Carboidratos
43
A oferta de fibra dietética também é importante no sentido de controlar os níveis glicêmicos e manter regulado o trânsito intestinal.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Fibras
 As principais medidas dietoterápicas que podem ser adotadas: 
 fracionar a dieta em seis refeições/dia ou mais, dependendo da aceitação alimentar; 
 estimular a ingestão de líquidos, em cerca de 1,5 litros a 2L/dia; varia na presença de edemas; consumo de preparações e alimentos com maior teor hídrico (preparações com molho, úmidas, frutas e sucos, caldos e sopas);
44
 Oferecer alimentos fonte de fibras solúveis e principalmente as insolúveis, que apresentam maior efeito laxativo, como: verduras e folhas em geral (alface, agrião, rúcula, mostarda, brócolis, almeirão, repolho, entre outros). 
 Se bem tolerado pelo paciente, 
oferecê-las na forma crua; frutas com 
casca e/ou bagaço e com maior teor 
laxativo, como: abacaxi, laranja, mamão 
e ameixa.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
A proteína é um nutriente nobre, uma vez que a repleção ou preservação da massa celular orgânica e a reversão do balanço nitrogenado negativo é prioridade, e admite-se que a privação dietética de proteína tenha pouco efeito sobre o crescimento tumoral. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Proteínas
46
Quando há preservação da proteína somática ou visceral, o aporte proteico deve ser:
aproximadamente l a l,5g de proteína/kg/dia, e a dieta deve ser rica em aminoácidos essenciais; 
no paciente com depleção protéica, este aporte deve ser de 1,5 a 2g de proteínas/kg/dia, diminuindo assim a gliconeogênese. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Proteínas
47
Desta forma, a dieta do paciente com câncer deve conter leite e derivados, ovos e carnes, quando estas puderem ser bem toleradas.
Na NPT, o aporte de nitrogênio deve ser o mesmo e a infusão de aminoácidos deve ser rica nos aas essenciais e naqueles de cadeia ramificada, para compensar o catabolismo protéico muscular.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Proteínas
48
Os lipídeos, juntamente com os carboidratos, são fontes energéticas importantes para a poupança de proteínas e devem ser ofertados chegando a uma proporção de 30% a 40% das calorias não-protéicas. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Lipídeos
49
Dietas hiperlipídicas (>2g/kg/dia) podem causar complicações como Icterícia colestática, Esteatose hepática, hiperlipidemia. 
Uma oferta de 1,0g/kg/dia de gorduras parece ser adequada para complementar o aporte energético e não desenvolver complicações. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Lipídeos
50
Se o indivíduo manifestar má absorção de gorduras, devem ser ofertados 50% de triglicerídeos de cadeia média – TCM e 50% de triglicerídeos de cadeia longa TCL (ácidos graxos essenciais).
Uma vantagem da utilização de lipídios como fonte energética é que o tumor maligno usa principalmente a glicose corno fonte calórica, sendo que muitos deles não utilizam lipídios. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Lipídeos
51
Micronutrientes e Água
Água e Sódio: A maioria das neoplasias não produz perda hídrica; essas perdas podem vir em decorrência de cirurgias, quimio e radio­terapia. 
Se o paciente estiver sob
Terapia nutricional, são mais
comuns problemas por excesso de
fluido, por isso a presença de
edemas, ascite e o cálculo do
balanço hídrico devem ser
observados diariamente para
a oferta adequada de água. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
54
As demandas de sódio ficam em torno de 60 a 120mEq/L, caso haja edema; em termos práticos, pode-se fazer uma restrição de 1 a 3g de sódio/dia. 
Pacientes em TNE ou TNP, é frequênte a existência de hipo ou hipematremia e o controle laboratorial deve ser praticamente diário para a determinação do aporte de sódio e líquidos.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Micronutrientes e Água
55
Com a retenção de sódio pode haver a expoliação de potássio, o qual deve ser ; ofertado em uma ordem de mais de 6g por dia. 
Anemias não são raras nos pacientes com câncer, principalmente naqueles submetidos a tratamento cirúrgico. Neste caso, a suplementação de ferro é indicada. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Micronutrientes e Água
56
A defïciência de zinco pode comprometer a imunidade do indivíduo, o que não é desejado, no combate do organismo ao câncer; desta forma, a dose de zinco a ser ofertada deve ser de 3 a 12mg. 
Como as fontes deste nutriente são basicamente as carnes
e muitos pacientes com
câncer apresentam 
intolerância a elas, a 
oferta de zinco poderá ser
 medicamentosa. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Micronutrientes e Água
57
A deficiência de selênio também está relacionada ao desenvolvimento tumoral e este oligoelemento deve ser suplementado na ordem de mais de 50mg/dia.
As vitaminas no paciente com câncer estão mais relacionadas a menor ingesta, embora alguns tumores possam provocar déficits específicos, como os de tiamina, observados no câncer de mama, e piridoxina, observados no câncer de mama, e bexiga. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Micronutrientes e Água
58
A deficiência de vitamina C também pode ser observada, bem como a de vitamina A. Agentes quimioterápicos podem causar deficiências específicas. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Micronutrientes e Água
 São recomendadas a suplementação de vitamina A, C e do complexo B, em níveis superiores àqueles recomendados.
59
Reações desagradáveis da Quimioterapia
 As drogas quimioterápicas têm a vantagem de se distribuir por todos os locais do corpo, atingindo, desta forma, todas as células que estão com problemas. 
 No entanto, células normais também são atingidas, podendo provocar alguns sintomas, que são chamados de efeitos
colaterais.
 
 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
60
Estes efeitos não são obrigatoriamente apresentados por todas as pessoas que fazem quimioterapia, uma vez que dependem tanto do tipo de drogas utilizadas quanto da forma que o organismo responde ao tratamento. 
Assim, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais mais severos enquanto outros podem não apresentar sintoma algum. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Reações desagradáveis da Quimioterapia
61
Dentre as alterações mais comumente apresentadas, destaca – se :
Náuseas e Vômitos
As drogas quimioterápicas geralmente causam irritação nas paredes do estômago e intestino provocando enjoos e vômitos. Essessintomas ocorrem principalmente no dia da infusão, podendo-se prolongar por até 4 dias. 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
Reações desagradáveis da Quimioterapia
62
A intensidade varia de acordo com o organismo do paciente e com o tipo de quimioterapia utilizada. Mudanças nos hábitos alimentares auxiliam o paciente no combate desses sintomas, tais como: 
Reações desagradáveis da Quimioterapia
preferir alimentos com rápida digestão;
Fracionar as refeições 5 a 6x/dia, e em pequenas quantidades;
evitar alimentos gordurosos e frituras;
comer devagar, mastigando bem os alimentos ;
Ingerir líquidos frios, (picolés, água de coco e chás gelados, pp’ junto à quimioterapia – efeitos na prevenção da mucosite) ou em temperatura ambiente;
evitar comer próximo onde estão preparando refeições com odores fortes. 
63
Feridas na boca
Alguns quimioterápicos podem provocar aparecimento de aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. 
Algumas medidas podem ser seguidas, nestes casos: 
Reações desagradáveis da Quimioterapia
manter a boca sempre limpa, escovando os dentes com maior frequência e usar cremes dentais mais suaves;
evitar ingerir alimentos duros, quentes, ácidos e condimentados ou temperos fortes;
ingerir maior quantidade de líquidos (água, chás e sucos) - gelados;
64
Febre
Alguns dias após a quimioterapia, há uma diminuição temporária das defesas do organismo, que fica predisposto às infecções oportunistas. A febre é um sinal de alerta para a existência de infecções no organismo.
Reações desagradáveis da Quimioterapia
Diarréia
Algumas drogas quimioterápicas podem causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. 
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Reações desagradáveis da Quimioterapia
As recomendações alimentares para Diarréia são:
 Fracionar a dieta, 6 refeições/dia; 
 Evitar o consumo de alimentos com elevado teor de fibras insolúveis, como verduras (cruas ou cozidas), frutas, especialmente com casca; 
 Repor os líquidos e minerais perdidos nas evacuações, ingerindo líquidos várias vezes ao dia, em pequenos volumes; 
 Evitar consumir alimentos com elevado teor lipídico, como frituras; 
 Evitar o consumo de café, bebidas alcoólicas e chá preto;
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 Evitar o consumo de leite e queijos; 
 Optar pelo consumo de iogurtes simples e leite com teor de lactose reduzido; 
 Consumir alimentos e preparações mais obstipantes, como arroz, fubá e tapioca, frutas sem a casca, como maçã, goiaba, maracujá, banana-maçã e prata, limão;
 Utilizar a terapia de reidratação oral (TRO), através do uso da solução de reidratação, especialmente para crianças, há necessidade de hidratação e reposição de potássio endovenosa.
- Alterações da pele e unhas
Dependendo do tipo de quimioterapia, o paciente pode apresentar alterações na pele, como vermelhidão, coceira, descamação, ressecamento e manchas. As unhas também podem apresentar escurecimento e rachaduras.
 
 
Reações desagradáveis da Quimioterapia
Alguns desses efeitos podem ser amenizados pelo próprio paciente, que deverá manter a pele limpa, fazer uso de hidratantes, evitando a exposição ao sol. 
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Alimentação
Não há necessidade de grandes modificações na alimentação. 
O paciente deve incluir nas refeições diárias frutas, verduras, cereais, carnes, para que possa obter todos os nutrientes de que o organismo precisa. 
É importante que o paciente esteja sempre bem alimentado, para ter melhores condições de reagir aos efeitos colaterais, ficando também menos predisposto a infecções.
NUTRIÇÃO E CÂNCER
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Cuidados com Alimentação em Geral:
 encarar a dieta como uma opção, ou seja, a família não deve pressionar o paciente a se alimentar se ele não deseja; 
 fracionar a alimentação em 6 refeições/dia; 
 consumir alimentos com elevado teor calórico e protéico, como preparações acrescidas de queijos, leite integral, mel, açúcar, sorvete, cremes e recheios. 
 Na presença de diabetes melitus, o uso de preparações e alimentos diet, sem sacarose, são recomendados; 
 Utilizar suplementos alimentares, uma a três vezes por dia, sob orientação do nutricionista; 
NUTRIÇÃO E CÂNCER
NUTRIÇÃO E CÂNCER
 realizar as refeições em ambiente agradável, junto à família, com pratos bem decorados e atraentes; 
 não consumir líquidos junto com as refeições; dar preferência para sucos, vitaminas,
líquidos com teor calórico considerável, não apenas
água. Estes são recursos que podem oferecer as
necessidades nutricionais para o paciente ter melhor qualidade de vida.
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-Trabalho
A maioria dos pacientes pode e deve continuar trabalhando durante o tratamento. Não há indicação para que as atividades habituais sejam paralisadas, a menos que sejam bastante pesadas e exijam muita condição física. 
- Relações sexuais
A quimioterapia, para muitos pacientes, provoca tensões físicas e emocionais que podem estar ligadas não só aos efeitos colaterais, como também às mudanças no ritmo de vida, alimentação e trabalho, além de ansiedades em relação à saúde, à família. 
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Todos esses aspectos juntos podem contribuir para que haja uma diminuição no interesse sexual. No entanto, é importante que o paciente saiba que a quimioterapia não o impede de manter relações sexuais normalmente.
- Ciclo menstrual
As drogas utilizadas na quimioterapia podem reduzir temporariamente a produção de hormônios, provocando em algumas mulheres alteração do ciclo menstrual. 
A quantidade de sangramento pode ser alterada, e às vezes pode ocorrer interrupção completa da menstruação. 
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- Atividades físicas
Durante o período de tratamento não há contra-indicação à prática de exercícios físicos ou modalidades esportivas. Porém, o indivíduo pode ficar menos disposto. O paciente deve estar atento para não forçar suas condições físicas.
- Bebidas alcoólicas
Devem ser evitadas, tendo em vista que o álcool pode interagir com os medicamentos utilizados no tratamento, podendo reduzir os efeitos esperados, e aumentando efeitos colaterais.

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