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Unidade 2 - A organização da educação nacional

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A organização da educação nacional e os 
sistemas de ensino
APRESENTAÇÃO
O Brasil é um país de proporções continentais, o que exige um esforço para que a organização e 
a estruturação da educação escolar se estenda a todo o sistema de ensino. Assim, as instituições, 
nos diversos níveis escolares, sejam elas públicas ou privadas, federais, estaduais ou municipais, 
devem organizar-se de acordo com a legislação brasileira.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como Lei n.o 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional) propõe a organização da educação, além das determinações do Plano 
Nacional da Educação, suas características e metas. Ainda, você vai entender as atribuições do 
Conselho Nacional de Educação, bem como os principais elementos a serem considerados 
quando da implementação do Sistema Nacional de Educação.
 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Especificar a organização da educação nacional como está disposta na Lei n.o 9.394/1996.•
Definir o que determina e prevê o Plano Nacional de Educação.•
Indicar os elementos para a implementação do Sistema Nacional de Educação, bem como 
as atribuições do Conselho Nacional de Educação.
•
DESAFIO
A gestão democrática é baseada na coordenação de atitudes e ações que propõem a participação 
social, ou seja, a comunidade escolar é considerada sujeito ativo em todo o processo da gestão. 
 
Quais ações você pode propor para a busca de uma gestão mais democrática no interior dessa 
escola?
INFOGRÁFICO
A implementação e o acompanhamento de políticas educacionais depende da coordenação de 
diferentes estruturas dos entes federados. É necessário que haja uma organização capaz de 
promover o funcionamento integrado e colaborativo entre União, estados, Distrito Federal e 
municípios.
Veja, no infográfico a seguir, como se organiza o sistema educacional brasileiro e algumas de 
suas principais estruturas.
CONTEÚDO DO LIVRO
Para que o sistema educacional brasileiro consiga atingir seus objetivos propostos no Plano 
Nacional de Educação, é necessário que exista legislação, organização e interdependência entre 
os entes federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios), que operam a partir do 
regime de colaboração.
No capítulo A organização da educação nacional e os sistemas de ensino, da obra Organização e 
legislação da educação, você verá como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
atual, lei n.º 9.394/1996, organiza a educação brasileira. Ainda, você vai conhecer o Sistema 
Nacional de Educação e sua relação com o Plano Nacional da Educação para que possa atingir 
suas finalidades.
Boa leitura.
ORGANIZAÇÃO E 
LEGISLAÇÃO DA 
EDUCAÇÃO
Pablo Rodrigo Bes
Organização da educação 
nacional e sistemas de ensino
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Especificar a organização da educação nacional como está disposta 
na Lei nº. 9.394/1996.
  Definir o que determina e prevê o Plano Nacional de Educação.
  Indicar os elementos para a implementação do Sistema Nacional de 
Educação e as atribuições do Conselho Nacional de Educação.
Introdução
O Brasil é um País de proporções continentais, o que exige um enorme 
esforço para que a organização e a estruturação da educação escolar 
se estendam a todo o sistema de ensino. Todas as instituições nos 
diversos níveis escolares — sejam elas públicas ou privadas, federais, 
estaduais ou municipais — devem organizar-se de acordo com a le-
gislação brasileira. 
Neste capítulo, você vai ler sobre a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da 
Educação Nacional atual (Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que 
propõe que a educação seja organizada para o País. Também vai aprender 
sobre as determinações do Plano Nacional de Educação (PNE), as suas 
características e metas, bem como as atribuições do Conselho Nacional 
de Educação (CNE) e os principais elementos que devem ser considerados 
quando da implementação do Sistema Nacional de Educação.
Organização da educação nacional de acordo 
com a Lei nº. 9.394/1996 (atual)
A Lei nº. 9. 394/1996 estabelece as bases, propõe as estruturas e normatiza os 
procedimentos utilizados para que a educação venha a funcionar no território 
nacional. Dessa forma, no art. 8º, a LDB de 1996 (atual) trata da organização 
da educação nacional, apontando que a União, os estados, o Distrito Federal e 
os municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas 
de ensino (BRASIL, 1996). Porém, cabe à União coordenar a política nacional 
de educação, ou seja, articular os níveis e sistemas de ensino, cumprindo com 
as funções normativa, redistributiva e supletiva. 
A função normativa estabelece que os sistemas de ensino deverão cumprir 
e acatar as normas estabelecidas pela União. A função redistributiva diz 
respeito ao repasse de recursos financeiros para os entes federativos e suas 
instituições de ensino. A função supletiva é aquela que estabelece que a União 
irá suprir com seus recursos quando sua distribuição não for suficiente para 
atender às demandas educacionais de algum dos entes que operam dentro da 
lógica do regime de colaboração. Vamos conhecer agora as incumbências da 
União, conforme art. 9º da LDB:
Art. 9º [...]
I — Elaborar o Plano Nacional de Educação.
II — Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do 
sistema federal de ensino e dos territórios.
III — Prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal 
e municípios.
IV — Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes que nortearão os currículos.
V — Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.
VI — Assegurar o processo nacional de avaliação do rendimento escolar da 
educação básica.
VII — Baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação.
VIII — Assegurar processo nacional de avaliação das instituições de edu-
cação superior.
IX — Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos 
e instituições de educação superior (BRASIL, 1996, documento on-line).
Analisando as atribuições da União propostas pela LDB de 1996 (atual), 
podemos destacar alguns aspectos essenciais para que a organização da 
educação nacional se efetive com êxito, como o estabelecimento do regime 
de colaboração e da integração dos sistemas, “[...] o que é indiscutivelmente 
Organização da educação nacional e sistemas de ensino2
importante para dar dinamismo e sinergia à organização da educação na-
cional” (CARNEIRO, 2006, p. 61). Ou seja, os sistemas federais, estaduais 
e municipais precisam estar em harmonia, por meio dos seus conselhos de 
educação, para poderem assegurar que se cumpram as normativas estabe-
lecidas para a educação. 
Outro aspecto que merece destaque diz respeito ao processo de avaliação dos 
níveis da educação, uma vez que, tanto na educação básica quanto na educação 
superior, é necessária a criação de avaliações de larga escala, com o objetivo de 
medir o desempenho das instituições de ensino junto aos estudantes, visando 
promover ações de melhoria da qualidade quando necessárias. Para atingir 
esse objetivo, temos experienciado, no interior das instituições de ensino:
  Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) — realizada ao final do 
ciclo de alfabetização, no 3º ano do ensino fundamental.
  Prova Brasil — realizada ao final do ensino fundamental, no 9º ano 
do ensino fundamental.
  Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — realizado ao final do 
ensino médio e também como processo seletivo para algumas univer-
sidades públicas.
  Exame Nacional de Avaliação do Estudante (ENADE) — realizado 
por estudantes de cursos de graduação ciclicamente.
Os referenciais curriculares nacionais que orientam redes de ensino e 
escolas, na atualidade, são:
  Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) — construídos nos anos 
1990 e de caráter não obrigatório. Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) — construídas nos anos 
2000 e de caráter não obrigatório.
  Base Nacional Comum Curricular — sancionada em 2017 e de caráter 
obrigatório.
Vamos conhecer agora as incumbências dos estados e do Distrito Federal, 
de acordo com a Lei nº. 9.394/1996 (art. 10):
Art. 10 Os Estados incumbir-se-ão de:
 I — organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino;
 II — definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensi-
no fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das 
3Organização da educação nacional e sistemas de ensino
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos 
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;
 III — elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância 
com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando 
as suas ações e as dos seus Municípios;
 IV — autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectiva-
mente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino;
 V — baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
 VI — assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino 
médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei;
VI — assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino 
médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei;
 VII — assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
 Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes 
aos Estados e aos Município (BRASIL, 1996, documento on-line).
Como podemos perceber, aos estados, cabem as ações de planejamento e 
condução das atividades educacionais dos seus municípios, devendo assegurar 
que as escolas ofertem o ensino fundamental, tendo como a sua principal 
responsabilidade a oferta do ensino médio, o que podemos perceber ao ma-
pearmos a oferta da educação nas escolas estaduais e municipais.
Destacamos que os estados e municípios se articularão para a oferta do 
ensino fundamental a partir dos recursos disponíveis nas esferas municipais 
e estaduais e da população a ser atendida, ou seja, aqueles que se encontram 
em idade escolar obrigatória. Ressaltamos que o ensino fundamental é uma 
responsabilidade secundária para os estados, uma vez que sua prioridade, 
como vimos, é a oferta do ensino médio. Os municípios também possuem 
atribuições específicas, que se encontram na LDB:
Art. 11 Os Municípios incumbir-se-ão de:
 I — organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos 
seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da 
União e dos Estados;
 II — exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
 III — baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
 IV — autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sis-
tema de ensino;
 V — oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com priorida-
de, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino 
somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área 
de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados 
pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
 VI — assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal (BRASIL, 
1996, documento on-line).
Organização da educação nacional e sistemas de ensino4
Os municípios têm a responsabilidade de exercer a ação redistributiva de 
recursos em suas escolas, procurando equilibrá-los com equidade entre todas 
as instituições. Para que possam baixar normas complementares, em sintonia 
com as normas estaduais e federais, os municípios devem criar seus Conselhos 
Municipais de Educação. Estes, quando existentes, vão se encarregar das ações 
de autorização, credenciamento e recredenciamento das escolas municipais, 
sobretudo, de educação infantil e ensino fundamental, o que é feito por meio de 
visitas in loco, do acompanhamento e da análise de documentações específicas.
Como podemos perceber, na organização da educação nacional, a partir da 
LDB de 1996 (atual), estão muito bem articuladas as atribuições e competências 
de cada um dos entes federativos, que passam a funcionar de forma sistêmica e 
interdependente para que se alcancem os objetivos maiores da educação nacional.
A legislação educacional acaba impactando a vida social. Podemos citar o que ocorreu 
a partir da Lei nº. 12.796, de 4 de abril de 2013, que alterou o texto da LDB atual e 
oficializou a mudança feita na Constituição com a Emenda Constitucional nº. 59, de 11 
de novembro de 2009, que tornou obrigatória a matrícula das crianças na educação 
básica a partir dos 4 anos de idade. Nesse caso, os pais não podem mais optar por 
colocar ou não os seus filhos na escola com essa idade, pois é direito da criança — caso 
os pais não cumpram a Lei, podem, inclusive, ser multados.
Plano Nacional de Educação
Como vimos, a LDB de 1996 (atual) traz como incumbência da União a 
elaboração do PNE. Este foi criado para cumprir com a determinação cons-
titucional acrescida pela Emenda Constitucional nº. 59/2009, que estabeleceu 
a sua obrigatoriedade, reforçando o que trazia o texto da LDB (BRASIL, 
2006). O PNE é decenal e está em vigência desde 2014, tendo validade para 
o período de 2014–2024. Segundo o Portal do Ministério da Educação (MEC) 
(BRASIL, [2018a], documento on-line):
A Emenda Constitucional nº 59/2009 mudou a condição do Plano Nacional 
de Educação (PNE), que passou de uma disposição transitória da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) para uma exi-
gência constitucional com periodicidade decenal, o que significa que planos 
plurianuais devem tomá-lo como referência. O plano também passou a ser 
5Organização da educação nacional e sistemas de ensino
considerado o articulador do Sistema Nacional de Educação, com previsão 
do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para o seu financiamento. Os 
planos estaduais, distrital e municipais devem ser construídos e aprovados 
em consonância com o PNE. 
Ressaltamos que o PNE serve de referência para que os entes da federação (estados, 
Distrito Federal e municípios) também construam os seus próprios planos, entendendo 
que as ações de planejamento são imprescindíveis para o alcance dos objetivos 
educacionais.
O PNE 2014–2024 apresenta um rol de diretrizes divididas em metas, que 
visam operacionalizar as ações em busca de seus resultados. As diretrizes 
presentes no PNE 2014–2024 são:
Art. 2º [...]
I — erradicação do analfabetismo; 
II — universalização do atendimento escolar;
 III — superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da 
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
 IV — melhoria da qualidade da educação;
 V — formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores 
morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
 VI — promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
 VII — promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
 VIII — estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do Produto Interno Bruto — PIB, que assegure atendimento 
às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
 IX — valorização dos (as) profissionais da educação;
 X — promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade 
e à sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 2014, documento on-line).
Para que se execute o PNE e sejam cumpridas as suas metas, são necessários 
o monitoramento contínuo e as avaliações periódicas, propostas no art. 5º, 
realizadas pelas seguintes instâncias (BRASIL, 2014):
  Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal;
  Comissão de Educação da Câmara dos Deputados;
  MEC;
Organização da educação nacional e sistemas de ensino6
 CNE;
  Fórum Nacional de Educação.
Como podemos perceber, são vários os órgãos responsáveis por monitorar, 
avaliar e dispor as informações para o conhecimento público a partir dos seus 
relatórios institucionais. Também cabem a eles a análise e a proposição de 
políticas públicas que venham a garantir as estratégias para que se atinjam as 
metas propostas pelo PNE, bem como os valores percentuais do investimento 
público a ser alocado na educação.
Um aspecto importante do PNE é o estabelecimento dos recursos ne-
cessários para que a educação persiga as metas propostas pelo PNE, o que 
está em consonância com o inciso VI do art. 14 da Constituição Federal, que 
determina o “[...] estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos 
em educação como proporção do produto interno bruto” (BRASIL, 2014, 
documento on-line). 
Da mesma forma, a meta 20 do PNE propõe: 
[...] ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, 
no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto 
— PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o 
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio (BRASIL, 
2014, documento on-line). 
Além disso, a Constituição Federal de 1988 prevê que União, estados e 
municípios invistam um mínimo de seus recursos em educação (BRASIL, 
1988):
  União — 18%;
  municípios — 25%;
  estados e Distrito Federal — 25%.
Destacamos que os recursos citados se referem aos impostos cobrados 
pelos diferentes entes federativos e que não são consideradas para compor o 
cálculo as transferências de recursos da arrecadação de impostos de outros 
entes. Ou seja, os recursos transferidos pela União aos estados e municí-
pios, por exemplo, não são considerados no percentual mínimo obrigatório 
que estados e municípios devem investir em educação. Para que possa ser 
operacionalizada essa arrecadação de impostos e o repasse para as escolas, 
7Organização da educação nacional e sistemas de ensino
foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O Fundeb ordena as origens e os percentuais dos impostos, como:
  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
  Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA);
  Imposto de Renda;
  Imposto sobre Propriedade Rural.
Esses e outros impostos são distribuídos “[...] proporcionalmente ao número 
de alunos das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial, 
matriculados nas respectivas redes” (art. 2º) (BRASIL, 2006, documento on-
-line). Em relação ao repasse de recursos, não devemos esquecer que a ação 
redistributiva e a supletiva continuam prevalecendo de “[...] modo a corrigir, 
progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de 
qualidade de ensino” (art. 75) (BRASIL, 2014, documento on-line).
O que existe de inovador no PNE 2014–2024 diz respeito à estrutura do 
seu planejamento, uma vez que propõe as metas, traça as estratégias a serem 
colocadas em prática para que se persigam os resultados e, ainda, propõe 
claramente os recursos que deverão ser utilizados para tal empreendimento 
(BRASIL, 2014). Além da Meta 20, que trata da distribuição dos recursos, 
agora vamos conhecer as outras 19 metas que o PNE 2014–2014 estabelece 
(Quadro 1).
Meta 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação 
infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, a 50% das 
crianças de até 3 anos até o final da vigência desse PNE.
Meta 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a popu-
lação de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos 
concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de 
vigência desse PNE.
Meta 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a popu-
lação de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência 
deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.
Quadro 1. Metas do PNE (2014–2024)
(Continua)
Organização da educação nacional e sistemas de ensino8
Meta 4 Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de 
ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas 
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especiali-
zados, públicos ou conveniados.
Meta 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3ºano do 
ensino fundamental.
Meta 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das 
escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) 
alunos(as) da educação básica.
Meta 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e 
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem 
de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:
Ideb 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino 
fundamental
5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino 
fundamental
5,0 5,2 5,5
Ensino médio 4,7 5,0 5,2
Meta 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de 
modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano 
de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região 
de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a 
escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fun-
dação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE.
Meta 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais 
para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o 
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo 
funcional.
Meta 10 Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e 
adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à 
educação profissional.
Quadro 1. Metas do PNE (2014–2024)
(Continuação)
(Continua)
9Organização da educação nacional e sistemas de ensino
Meta 11 Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível 
médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da 
expansão no segmento público.
Meta 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 
50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, 
assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 
40% das novas matrículas, no segmento público.
Meta 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção 
de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício 
no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, 
do total, no mínimo, 35% doutores.
Meta 14 Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação 
stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mes-
tres e 25 mil doutores.
Meta 15 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os esta-
dos, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de 1 ano 
de vigência deste PNE, política nacional de formação dos 
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do 
caput do art. 61 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
assegurado que todos os professores e as professoras da edu-
cação básica possuam formação específica de nível superior, 
obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em 
que atuam.
Meta 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da 
educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e 
garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica 
formação continuada em sua área de atuação, considerando 
as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas 
de ensino.
Meta 17 Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de 
educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao 
dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o 
final do sexto ano de vigência deste PNE.
Quadro 1. Metas do PNE (2014–2024)
(Continuação)
(Continua)
Organização da educação nacional e sistemas de ensino10
Como podemosperceber, o PNE é abrangente e estabelece metas para 
a educação básica e para o ensino superior, preocupando-se com todas as 
modalidades de ensino existentes e propondo ações para sua melhoria. Essas 
ações são elencadas a partir das estratégias a serem perseguidas para atingir 
cada uma das metas propostas, que podem ser conhecidas a partir da leitura 
desse documento, que norteia em médio e longo prazos a educação brasileira. 
Para conseguir alcançaras metas estabelecidas para os dez anos do PNE (2014–2024), 
são previstas atividades de monitoramento bianuais. Dessa forma, o período de 2014 a 
2016 já possui o seu Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio: 
2014–2016, disponível para o acesso público no Portal do MEC. Esse monitoramento 
se faz necessário para verificar se as metas são alcançadas e propor correções nas 
estratégias utilizadas.
Fonte: Adaptado de Brasil (2014).
Meta 18 Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de 
Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior 
pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de 
Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar 
como referência o piso salarial nacional profissional, definido em 
lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição 
Federal.
Meta 19 Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da 
gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de 
mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade esco-
lar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio 
técnico da União para tanto.
Quadro 1. Metas do PNE (2014–2024)
(Continuação)
11Organização da educação nacional e sistemas de ensino
Sistema Nacional de Educação e Conselho 
Nacional de Educação
Para entender como se organiza a educação nacional, devemos partir do conceito 
de sistema, que, segundo Bertalanff y (1968), refere-se a um conjunto de elemen-
tos que interagem e trocam entre si de forma interdependente para o alcance de 
seus resultados. Uma boa maneira de entender esse conceito é observar o corpo 
humano e como ele apresenta uma relação de interdependência entre os vários 
sistemas que o compõem. Dessa forma, quando um dos sistemas não está bem, 
acaba afetando o funcionamento de todo o corpo, causando prejuízos.
Para que a educação brasileira atinja os seus objetivos, propostos no Texto 
Constitucional, na LDB e nas metas do PNE, é necessário, obrigatoriamente, 
constituir um Sistema Nacional de Educação. Este, por sua vez, será composto 
pelos sistemas de ensino federal, estaduais (e do Distrito Federal) e munici-
pais. Em cada esfera, compreende-se a existência das instituições de ensino 
existentes e os órgãos responsáveis pelo seu gerenciamento em cada nível. 
Referindo-se ao conceito de sistema educacional, Saviani (1996, p. 80) 
argumenta que “[...] sistema é a unidade de vários elementos intencionalmente 
reunidos, de modo a formar um conjunto coerente e operante”. Dessa forma, 
para que torne operacional o sistema educacional brasileiro, é necessário 
que se constituam planos para sua implementação e existam órgãos que se 
responsabilizem pela sua execução.
O Sistema Federal de Ensino compreende “[...] as instituições de ensino 
mantidas pela União; as instituições de educação superior criadas e mantidas 
pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação” (art. 16) (BRASIL, 
1996, documento on-line). Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito 
Federal, por sua vez, compreendem: 
[...] as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público 
estadual e pelo Distrito Federal; as instituições de educação superior mantidas 
pelo Poder Público municipal; as instituições de ensino fundamental e médio 
criadas e mantidas pela iniciativa privada; os órgãos de educação estaduais 
e do Distrito Federal, respectivamente (BRASIL, 1996, documento on-line).
Os sistemas de ensino municipais, conforme propõe o art. 18 da LDB atual, 
compreendem “[...] as instituições do ensino fundamental, médio e de educação 
infantil mantidas pelo Poder Público municipal; as instituições de educação 
infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; os órgãos municipais de 
educação” (BRASIL, 1996, documento on-line).
Organização da educação nacional e sistemas de ensino12
Como podemos perceber, existem alguns elementos importantes para que 
o Sistema Educacional Brasileiro funcione e persiga os seus objetivos, como a 
abrangência das instituições escolares que dele fazem parte, destacando que, 
tanto as escolas públicas quanto as privadas, constituem esse sistema. Outro 
aspecto de significativa importância é a existência de órgãos de educação 
em cada ente da federação que se responsabilizem por conduzir as ações 
educacionais em sua esfera. 
Outros pontos a serem destacados na organização educacional nacional, 
propostos pela LDB atual ao constituir os sistemas de ensino, são a busca e o 
reforço da gestão democrática no interior das escolas. Dessa forma, abrem-
-se espaços para que a comunidade escolar participe da vida escolar, seja na 
elaboração dos projetos políticos pedagógicos ou ainda em conselhos escolares 
ou associações de pais e mestres, por exemplo. Cury (2007, p. 489) enfatiza a 
importância da gestão democrática ao afirmar que essa “[...] é a forma dialogal, 
participativa com que a comunidade educacional se capacita para levar a termo 
um projeto pedagógico de qualidade e da qual nasçam ‘cidadãos ativos’ parti-
cipantes da sociedade como profissionais compromissados”. Vamos conhecer 
alguns dos órgãos principais, que compõem o sistema educacional brasileiro:
  MEC — CNE;
  Secretarias Estaduais de Educação — Conselhos Estaduais de Educação;
  Secretarias Municipais de Educação — Conselhos Municipais de 
Educação.
Da mesma forma que o PNE fornece as condições para que os planos 
estaduais e municipais de educação sejam elaborados, também a estrutura de 
governança das ações na educação parte das regulamentações e normatizações 
propostas pelo MEC, passando pelas Secretarias Estaduais de Educação e 
Secretarias Municipais de Educação, o que assegura o aspecto sistêmico e 
interdependente e o próprio regime de colaboração entre os entes da federação.
Ao lado do MEC, temos o CNE, que consiste em um órgão de Estado 
composto pelas Câmaras da Educação Superior (CESs) e pela Câmara da 
Educação Básica (CEB). Esse órgão foi criado pela Lei nº. 9.131, de 24 de 
novembro de 1995, com a finalidade inicial de colaborar na construção do 
PNE da época. Segundo o site do MEC, “[...] o CNE tem por missão a busca 
democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no 
âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade 
no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de 
qualidade” (BRASIL, [2018b], documento on-line).
13Organização da educação nacional e sistemas de ensino
São três as principais esferas de responsabilidade do CNE: 
  normativas;
  deliberativas;
  assessoramento ao Ministro da Educação. 
Dessa forma, as CESs e da Educação Básica são responsáveis por es-
tabelecer as normas e deliberar sobre possíveis demandas e interpretações 
necessárias no teor das leis e diretrizes educacionais para cada um desses 
níveis educacionais.
Para aprofundar os seus conhecimentos sobre a relação entre o sistema de educação 
nacional e o PNE, leia o artigo do professor Demerval Saviani intitulado “Sistemas de 
ensino e planos de educação: o âmbito dos municípios”, presente no link a seguir. 
https://goo.gl/yZbmeE
BERTALANFFY, L. V. General system theory. New York: George Brazilier, 1968.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
Brasília, DF, 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consti-
tuicao/constituicao.htm>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Emenda Constitucional nº. 53, de 19 de dezembro de 2006. Dá nova redação 
aos arts. 7º, 23,30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 
dez. 2006. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/emecon/2006/
emendaconstitucional-53-19-dezembro-2006-548446-publicacaooriginal-63582-pl.
html>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Lei n°. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (1996); LDB (1996). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível 
em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-
-362578-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 22 out. 2018.
Organização da educação nacional e sistemas de ensino14
BRASIL. Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação — CNE. Brasília, DF, 
[2018b]. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/
apresentacaohttp://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao>. 
Acesso em: 22 out. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Planos de Educação. Brasília, DF, [2018a]. Disponível 
em: <http://pne.mec.gov.br/planos-de-educacaohttp://pne.mec.gov.br/planos-de-
-educacao>. Acesso em: 22 out.2018.
CARNEIRO, M. A. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva artigo a artigo. 12. ed. Petró-
polis: Vozes, 2006.
CURY, C. R. J. A gestão democrática na escola e o direito à educação. Revista Brasileira 
de Política e Administração da Educação, v. 23, nº. 3, p. 483-495, set./dez. 2007. Disponível 
em: <https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/19144>. Acesso em: 22 out. 2018.
SAVIANI, D. Sistemas de ensino e planos de educação: o âmbito dos municípios. Edu-
cação & Sociedade, ano XX, nº. 69, p. 119-136, dez. 1999. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/es/v20n69/a06v2069>. Acesso em: 22 out. 2018.
15Organização da educação nacional e sistemas de ensino
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional atual propõe que a gestão democrática deva 
ser implementada no interior da escola, abrindo espaços para que tanto a equipe da escola 
(gestores, professores e funcionários) quanto os demais membros da comunidade escolar 
(alunos, responsáveis, comunidade do entorno, etc.) possam participar ativamente dos processos 
de condução da instituição.
Nesta Dica do Professor, você verá os aspectos relacionados à gestão democrática que devem se 
fazer presentes no sistema de ensino nacional no que diz respeito à educação básica nas escolas 
públicas.
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EXERCÍCIOS
1) Cabe à União coordenar a organização da educação nacional a partir de três funções. 
Assinale a alternativa que apresenta cada uma delas.
A) Normativa, redistributiva e supletiva.
B) De base, de ordem, de estrutura.
C) Operacionais, táticas e estratégicas.
D) Docente, discente e de planejamento.
E) Legislativa, executiva e judiciária.
2) Em relação às incumbências dos entes federativos dentro do sistema de educação 
nacional, assinale a alternativa correta.
A) A União tem como competência prioritária a educação infantil na organização do sistema 
educacional.
B) Os estados e o distrito Federal têm como competência principal ofertar o Ensino Médio.
C) Aos municípios, cabe como prioridade a oferta da educação superior em seu território.
D) A União, os estados e o Distrito Federal têm como prioridade a educação básica, sobretudo 
o Ensino Fundamental.
E) Os municípios devem assegurar o Ensino Fundamental como prioridade.
3) Em relação às principais características do Plano Nacional de Educação, assinale a 
alternativa correta.
A) O Plano Nacional de Educação tem duração de dois anos e deve ser monitorado 
anualmente.
B) O Plano Nacional de Educação propõe as metas a serem perseguidas, deixando ao encargo 
dos estados e municípios a criação de estratégias.
C) O Plano Nacional de Educação aponta as estratégias a serem colocadas em prática, uma 
vez que as metas são regionais.
D) O Plano Nacional de Educação estabelece metas para a educação básica em território 
nacional, prioritariamente.
E) O Plano Nacional de Educação tem caráter decenal e atende a preceitos constitucionais.
“Sistema educacional é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, de 4) 
modo a formar um conjunto coerente e operante" (SAVIANI, 1996, p. 80). Analise a 
citação do autor e assinale a alternativa correta.
A) O sistema educacional brasileiro envolve todos os entes federativos e propõe que estes 
atuem a partir de seus órgãos correspondentes.
B) O sistema educacional brasileiro funciona de forma centralizada e linear, garantindo sua 
operacionalidade.
C) O sistema educacional brasileiro é o somatório de todas as unidades educacionais geridas, 
de forma restrita, pelo Ministério da Educação.
D) O caráter de operante do sistema educacional diz respeito à possibilidade de agir de forma 
autônoma em quaisquer situações educacionais necessárias.
E) O sistema educacional apresenta poucos elementos em sua constituição para que funcione 
de forma rápida e eficaz.
5) Em relação ao Conselho Nacional de Educação, assinale a alternativa correta.
A) O Conselho Nacional de Educação é um órgão de staff do Ministro da Educação que tem 
como principal atribuição prestar assessoria ao chefe de estado.
B) O Conselho Nacional de Educação organiza-se a partir de suas duas câmaras: a de 
Educação Superior e a do Ensino Fundamental.
C) O Conselho Nacional de Educação tem como uma de suas responsabilidades assegurar que 
a sociedade participe do desenvolvimento, do aprimoramento e da consolidação da 
educação nacional.
O Conselho Nacional de Educação apresenta duas esferas de responsabilidade: a D) 
normativa e a deliberativa, procurando tratar das questões que envolvem a educação 
brasileira.
E) O Conselho Nacional de Educação atual foi criado em 1995 justamente para a construção 
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor desde 1996.
NA PRÁTICA
Para cumprir com suas finalidades, o Sistema Nacional de Educação vale-se do caráter 
normativo e deliberativo, bem como das relações de interdependência e interação entre os 
órgãos que o compõe nas esferas federais, estaduais e municipais.
Dessa forma, o Conselho Municipal de Educação também poderá valer-se de 
incumbências normativas, de deliberação, fiscalização e promoção das atividades educacionais 
municipais, o que faz em consonância com as determinações estaduais e federais.
Acompanhe, Na Prática, um exemplo do sistema educacional em funcionamento.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Sistema Nacional de Educação
Entrevista com o Binho Marques, Secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do 
MEC, acerca do processo de construção do sistema educacional brasileiro.
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A gestão democrática no plano nacional de educação de 2014 e no plano estadual de 
educação do MS
Neste artigo, é feita uma análise de como o Estado do Mato Grosso do Sul realiza a elaboração 
de seu plano estadual de educação, partindo do PNE para estipular suas estratégias.
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Considerações sobre o atual sistema de Ensino Superior no Brasil
Neste artigo, são apresentadas considerações sobre os principais desafios para este nível da 
educação e seu modelo, que conjuga ensino e pesquisa a partir da análise de dados do Fies, do 
Prouni e do Enem.
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