Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Plano Nacional de Educação APRESENTAÇÃO O Ministério da Educação (MEC) possui um plano estruturado, que estipula metas, estratégias e origem de recursos para todos os níveis e modalidades de ensino: o Plano Nacional de Educação, com vigência de 2014 a 2024 (PNE 2014-2024). Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação atual, estabelecendo uma análise a respeito daquelas já alcançadas até o momento. Ainda, você verá os riscos envolvidos caso o Plano Nacional de Educação não seja cumprido. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as 20 metas do Plano Nacional de Educação.• Contrastar as metas previstas com as alcançadas.• Reconhecer os riscos do descumprimento do Plano Nacional de Educação.• DESAFIO Jussara, pedagoga e especialista em Gestão e Planejamento Escolar, exerce a função de diretora em uma escola municipal de grande porte, com dois mil alunos, situada em um bairro de classe média. A escola atende a educação infantil, os anos iniciais e os finais do Ensino Fundamental. A comunidade escolar é muito participativa, compondo o conselho escolar e comparecendo às plenárias para análise e avaliação do projeto político pedagógico sempre que é convocada pelos gestores escolares. A escola, porém, acabou tendo uma nota ruim na última aplicação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) realizada com os alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental. Jussara reuniu sua equipe gestora e seus docentes e percebeu, através de suas falas, que, para o grupo, estavam fazendo o que era "mais correto", investindo na gestão democrática da escola. Coloque-se no lugar de Jussara e, com base nas metas do Plano Nacional de Educação, reflita sobre como essa situação poderia ser abordada pela diretora. INFOGRÁFICO O Plano Nacional de Educação (PNE) é um projeto educacional de nação, que abrange todos os níveis educacionais (educação básica e superior), propondo metas e estratégias que atinjam todas as modalidades de ensino em funcionamento no Sistema Educacional Brasileiro. Acompanhe o Infográfico a seguir e veja quais são as pretensões do PNE para o decênio 2014- 2024. CONTEÚDO DO LIVRO Para que possa alcançar seus resultados educacionais em ambos os níveis da educação, básica e superior, o Ministério da Educação possui um plano estruturado que estipula metas, estratégias e origem de recursos: o Plano Nacional de Educação, com vigência de 2014 a 2024. No capítulo Plano Nacional de Educação, do livro Organização e legislação da educação, você vai conhecer as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação atual, estabelecendo uma análise a respeito daquelas já alcançadas até o momento. Também, irá conhecer os riscos envolvidos caso o Plano Nacional de Educação não venha a ser cumprido. Boa leitura. ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO Pablo Rodrigo Bes Plano Nacional de Educação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Contrastar as metas previstas com as alcançadas. Reconhecer os riscos do descumprimento do Plano Nacional de Educação. Introdução Para alcançar os resultados educacionais em ambos os níveis da educa- ção — básica e superior —, o Ministério da Educação (MEC) possui um plano estruturado que estipula metas, estratégias e origem de recursos, que é o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 2014 a 2024. Neste capítulo, você vai ler sobre as 20 metas que compõem o PNE atual, analisando as metas já alcançadas até o momento. Também vai conhecer os riscos envolvidos caso o PNE não seja cumprido. Plano Nacional de Educação 2014–2024 e as suas metas Para que sejam alcançadas melhorias nos diferentes aspectos que envolvem a educação nacional, é necessário o uso de uma ferramenta capaz de prever, or- ganizar, propor e monitorar ações nas esferas da educação básica, que envolve: a educação infantil; o ensino fundamental; o ensino médio e todas as modalidades educacionais envolvidas; a educação superior em nível de graduação e pós-graduação. O instrumento criado para atingir essa finalidade é o PNE 2014–2024. É importante ressaltar que o PNE, desde a Emenda Constitucional nº. 59, de 11 de novembro de 2009, deixa de ser uma disposição transitória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), para ser uma exigência constitucional, de caráter decenal e que articula o Sistema Nacional de Educação, apresentando inclusive o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para o financiamento de suas ações em busca do atendimento das metas (BRASIL, 2014a). As 20 metas do PNE 2014–2024 podem ser divididas em quatro grandes blocos, conforme (BRASIL, 2014b): garantia do direito à educação básica de qualidade; redução das desigualdades e da valorização da diversidade; valorização dos profissionais da educação; educação superior. O Quadro 1 apresenta as metas que compõem o bloco que busca a garantia do direito à educação básica de qualidade. Meta 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência desse PNE. Meta 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência desse PNE. Meta 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%. Meta 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental. Meta 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica. Quadro 1. Metas do PNE 2014–2024 para a Educação Básica (Continua) Plano Nacional de Educação2 As metas da educação básica envolvem as incumbências de todos os entes federativos. Por exemplo, na área da educação infantil, os municípios são os principais responsáveis por universalizar o atendimento, buscando atender às metas e qualificar esse nível da educação. Da mesma forma, é um grande desafio nacional “[...] assegurar o acesso pleno de crianças e jovens de 6 a 17 anos ao ensino fundamental e médio, inclusive com ampliação da oferta de educação profissional. Esse trabalho exige colaboração constante entre redes estaduais e municipais e acompanhamento da trajetória educacional de cada estudante” (BRASIL, 2018, documento on-line). Ou seja, o PNE somente será capaz de produzir resultados a partir da existência real e efetiva do regime de colaboração entre os entes da Federação — União, Estados, Distrito Federal e municípios — se houver sua integração e articulação. A partir das determinações do PNE, os Estados e municípios também estabelecerão seus respectivos planos para contemplar as demandas de suas incumbências específicas e, assim, somando os esforços, atingir os resultados exigidos. As metas que compõem o bloco da redução das desigualdades e valorização da diversidade constam no Quadro 2. Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). Meta 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. Meta 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Meta10 Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Meta 11 Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Quadro 1. Metas do PNE 2014–2024 para a Educação Básica (Continuação) 3Plano Nacional de Educação Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). Meta 4 Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Meta 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quadro 2. Metas do PNE 2014–2024 relativas à redução das desigualdades e da valoriza- ção da diversidade A meta 4 e a meta 8 pretendem estender a todas as instituições de ensino os cuidados referentes às questões da inclusão escolar. Isso envolve desde a educa- ção inclusiva, que compreende os alunos com deficiências de toda ordem, bem como aqueles que pertencem a categorias menos privilegiadas citadas na meta 8, ou seja, as pessoas do campo, os pobres e os negros. O bloco de valorização dos profissionais da educação é composto pelas metas presentes no Quadro 3. Meta 15 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Quadro 3. Metas do PNE 2014–2024 relativas à valorização dos profissionais da educação (Continua) Plano Nacional de Educação4 Estabelecer as metas que buscam a valorização dos profissionais do ma- gistério pode contribuir diretamente para o alcance de todos os principais objetivos do PNE atual. Essas metas envolvem o estabelecimento de planos de carreira, políticas salariais mais atrativas, condições de trabalho adequadas e, também, programas de formação inicial e continuada eficientes. Para atingir essas metas, é necessário que todas as redes de ensino se envolvam para que o sistema educacional brasileiro se fortaleça. As metas referentes ao nível da educação superior constam no Quadro 4. Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). Meta 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. Meta 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores. Meta 14 Elevar gradualmente o número de matrículas na pós- graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 mestres e 25.000 doutores. Quadro 4. Metas do PNE 2014–2024 relativas à educação superior Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). Meta 17 Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. Meta 18 Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Quadro 3. Metas do PNE 2014–2024 relativas à valorização dos profissionais da educação (Continuação) 5Plano Nacional de Educação De acordo com as metas referentes à ampliação das matrículas no ensino superior, é nessa instância que os docentes das áreas da educação básica e superior têm sua formação inicial realizada, além disso, quanto maior o acesso ao ensino superior de qualidade, melhor para o desenvolvimento nacional. Da mesma forma, ao incrementar o número de mestres e doutores que se titulam anualmente, busca-se ampliar a participação na produção de pesquisas e da ciência nacional e internacional. Além desse grupo de metas, existe a necessidade de que se estipule a origem dos recursos necessários ao estabelecimento das estratégias do PNE 2014–2024, bem como que se propiciem espaços democráticos nas escolas para a participação da comunidade, conforme metas 19 e 20 (Quadro 5). Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). Meta 19 Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Meta 20 Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. Quadro 5. Metas do PNE 2014–2024 relativas à gestão democrática e de recursos fi- nanceiros Como podemos perceber, a gestão democrática estabelecida na Constituição Federal de 1988 é reforçada a partir da meta 19 do PNE, proporcionando a participação da sociedade nas questões educacionais. A meta 20 reveste-se de grande importância por indicar um aumento significativo do PIB na área da educação, o que irá fornecer os recursos necessários para o alcance de todas as metas. Plano Nacional de Educação6 Para que as metas do PNE 2014–2024 possam ser monitoradas, é necessária a coleta de dados para os indicadores estatísticos utilizados. Esses dados em grande parte provêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), que é uma pesquisa feita pelo IBGE. A PNAD é “[...] por amostra probabilística de domicílios, de abrangência nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2015, documento on-line). Análise das metas alcançadas do Plano Nacional de Educação 2014–2024 Existe dentro do PNE a especifi cação de que ele deverá ser monitorado e ava- liado a cada biênio, diagnosticando como são alcançadas as metas propostas para o decênio, no caso atual, 2014 a 2024. Dessa forma, já foram produzidos dois documentos que trazem essa análise: o Relatório 1º Ciclo — 2016; o Relatório 2º Ciclo — 2018. Vamos analisar agora como as metas traçadas no PNE 2014–2024 têm sido atingidas a partir do Relatório 2º Ciclo — 2018. É importante salientar que, embora o relatório seja de 2018, a base de seus dados estatísticos foi gerada a partir da Pesquisa Nacional de Amostrade Domicílio (Pnad)/IBGE do período de 2004–2015, bem como da Pnad contínua do IBGE de 2016. A meta 1 do PNE — que trata da educação infantil, apresenta na primeira parte, relativa à universalização do acesso para todas as crianças de 4 e 5 anos até o ano de 2016 — encontra-se com 91,5% do resultado atingido, faltando bem pouco para cumprir plenamente essa meta. No entanto, quando tratamos da parte da meta que visa atingir o atendimento de 50% da população de 0 a 3 anos nas creches, foram atingidos somente 31,9% desse público específico. A meta 2 trata da ampliação da escolarização para 9 anos e pretende garantir a todos os alunos de 6 a 14 anos a conclusão do ensino fundamental, já tendo atingido 97,8% dessa meta. Quando se fala no percentual de pessoas que devem concluir o ensino fundamental até os 16 anos de idade, a meta estipulava 95% e atualmente foram atingidos 75,9% dessa população. 7Plano Nacional de Educação A meta 3 — que tem como foco a universalização do ensino médio a 100% da população de 15 a 17 anos de idade, sendo que atualmente a taxa bruta de matrículas, que envolve todos os estudantes matriculados, independentemente da faixa etária — já atingiu 91,3% dos alunos nessa etapa. Quando se estipula, porém, o aumento na taxa de matrículas do ensino médio das pessoas de 15 a 17 anos (taxa de matrícula líquida) para 85%, temos ainda um resultado inferior, de 70,1%. Ou seja, ainda temos uma defasagem de série/idade bem significativa para o ensino médio. A meta 4, que trata da inclusão de pessoas com deficiência no interior da escola, pretende universalizar esse acesso na escola regular para os alunos entre 4 a 17 anos e já apresenta um índice de 91% de cumprimento da meta. A meta 5, que fala sobre a alfabetização de todas as crianças até o final do terceiro ano do ensino fundamental, apresenta problemas em seu cumprimento. Assim, os dados gerados a partir das avaliações de larga escala aplicadas com os alunos concluintes do terceiro ano — realizados pelo Sistema de Avalia- ção da Educação Básica (Saeb), com a aplicação da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) — apresenta índices de proficiência plena em leitura, escrita e matemática ainda muito baixos. A ANA estrutura sua avaliação em níveis de proficiência. De acordo com as capacidades apresentadas pelos alunos ao responder a avaliação, eles são classificados dentro desses níveis. Existem quatro níveis de proficiência utilizadas pela ANA para a leitura: nível 1 (elementar); nível 2 (básico); nível 3 (adequado); nível 4 (desejado). São considerados insuficientes os níveis 1 e 2 e suficientes os níveis 3 e 4. Em relação à escrita, existem 5 níveis avaliados, sendo os níveis 1, 2 e 3 considerados elementares, nesse caso, insuficientes; o nível 4 é adequado e o nível 5 é desejável, sendo estes dois últimos considerados suficientes. Na matemática, existem quatro níveis de proficiência avaliados: os níveis 1 e 2 são considerados elementares e, portanto, insuficientes; o nível 3 é adequado e o nível 4 é desejado. Os níveis 3 e 4 são considerados suficientes para a matemática. Dessa forma, um percentual baixo de alunos atingiu o nível Plano Nacional de Educação8 máximo de proficiência em leitura, escrita e matemática, considerando-se a média geral brasileira (Figura 1). Figura 1. Percentuais de proficiência em leitura e escrita ao final do terceiro ano. Fonte: Adaptada de Brasil (2016). Outro fator crítico em relação à meta 5 diz respeito aos baixos índices de alfabetização matemática apresentados a partir da aplicação dessa mesma avaliação nacional da alfabetização, conforme Figura 2. Figura 2. Proficiência em matemática. Fonte: Adaptada de Brasil (2016). A meta 6 propõe a oferta da educação em tempo integral em 50% das escolas públicas, sendo que, até o momento, foi atingido o percentual de 28,6% de escolas públicas que apresentam ao menos um aluno atendido por mais de 7 horas. Em relação a estender essa possibilidade de frequentar a escola 9Plano Nacional de Educação em turno integral a 25% dos alunos da educação básica, a meta atingida até o momento foi de 17,8%. A meta 7 versa sobre a melhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos aos anos iniciais do ensino fundamental, aos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio. O Quadro 6 apresenta as metas e o resultado já alcançado até o momento. Fonte: Adaptado de Brasil (2016). Ideb proposto Ideb atingido Anos iniciais do ensino fundamental 6,0 5,5 Anos finais do ensino fundamental 5,5 4,5 Ensino médio 5,2 3,7 Quadro 6. Ideb correspondente à meta 7 do PNE Como podemos observar em relação à meta 7, os dados mais alarmantes do Ideb dizem respeito ao ensino médio, que deve ser o foco de ações pontuais por parte dos Estados e do Distrito Federal, principalmente para que se alcance a meta proposta. A meta 8 se refere à ampliação da escolaridade da população de 18 a 29 anos de idade para 12 anos de escolarização, sendo que essa meta já se encontra no patamar de 10,2 anos. Em relação à população de 18 a 29 anos residente na área rural, por sua vez, a média atual se encontra em 8,5 anos. A população pertencente aos 25% mais pobres, conforme estipulado na meta, encontra-se com 8,4 anos de escolaridade. Já a disparidade que se deseja suprimir entre a escolaridade de pessoas ne- gras e não negras para essa mesma faixa etária encontra-se em 87,4%. Ou seja, segundo os dados do IBGE, os alunos negros ainda apresentam um índice de escolaridade menor do que os demais, o que pretende ser corrigido com a meta. A meta 9 tem como objetivo elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% e já se encontra com 93% de alcance. A taxa de analfabetismo funcional — cuja proposta era uma redução de 50% para as pessoas de 15 anos ou mais, estipulando uma taxa de 15,3% para o período — já foi atingida e superada, encontrando-se em 16,6%. A meta 10 pode ser considerada crítica em relação às demais por se tratar da oferta de 25% das matrículas voltadas para a educação de jovens e adultos Plano Nacional de Educação10 integradas à educação profissional. Esse atendimento até o apurado no relatório analisado havia atingido somente 1,5%. A meta 11 trata sobre a expansão da oferta de educação profissional e tecnológica de nível médio, propondo como meta para o Brasil, durante a vigência do PNE 2014–2024, 4.808.838 matrículas. Até o momento, 1.789.806 matrículas foram realizadas, o que indica que devam ser realizadas ações para que se amplie esse atendimento no ensino médio, sobretudo, nas escolas públicas, conforme prevê a meta. As taxas de matrículas propostas para a educação superior com a meta 12, que preveem sua elevação em 50%, já alcançaram o patamar de 34,6%. A taxa líquida de matrículas no ensino superior para pessoas de 18 a 24 anos proposta para 33% já atingiu 23,2%. O problema nessa meta está na participação do segmento público nessa expansão, que fica somente com o universo de 9,2%, ou seja, grande parte da oferta de educação superior que fez esses índices se elevarem são provenientes das instituições de ensino superior privadas. A meta 13, que enfatiza a qualificação dos docentes para o ensino superior, já foi plenamente atingida e ultrapassada, sendo que o número de mestres propostos na meta era de 75% e já existem 77,5%. O número de doutores proposto pela meta era de 35% e já existem 39,8% em atuação com essa titulação nesse nível da educação. A meta 14 — também relacionada à educação superior, propondo que se titulem 60.000 mestres e 25.000 doutores anualmente — já apresenta, segundo os dados do Sistema de Informações Georreferenciadas (GeoCapes 2010–2016), o número de 59.614 mestres e 20.603 doutores titulados no período, chegando muito próximo de atingir a meta. A meta 15 — que propõe que todos os docentes da educação básica possuam formação superior em curso de licenciatura para as áreas em que atuam — apre-senta, no Quadro 7, os índices até o momento da geração dos dados analisados. Educação infantil 46,6% Ensino fundamental — anos iniciais 59% Ensino fundamental — anos finais 50,9% Ensino médio 60,4% Quadro 7. Resultados da meta 15 11Plano Nacional de Educação Em relação a essa meta em particular, percebemos que ainda existem muitos docentes que não possuem a formação superior específica para lecionar nas áreas em que atuam. Na meta 16, existe a preocupação com a formação continuada e em nível de pós-graduação dos professores que atuam na educação básica, sendo proposto como meta que 50% tenham pós-graduação, o que se encontra em 36,2%. Em relação à participação em processos de formação continuada, que devem existir para a totalidade dos professores, somente 35,1% alcançaram a meta durante o período observado. A meta 17 busca a valorização do magistério por meio da equiparação salarial dos docentes da rede pública não federal, em relação aos demais profissionais com escolaridade equivalente, sendo que 74,8% dos docentes em nível nacional já atingiram a meta. O parâmetro utilizado para essa equiparação proposta na meta 17 é o piso nacional do magistério, que em 2018 encontra-se em R$ 2.455,35 para a jornada semanal de 40 horas. A meta 18 previa a existência de planos de carreira e remuneração para todo o sistema de ensino nos dois anos seguintes à implantação do PNE e que esses planos estejam cumprindo com o piso salarial nacional, ou seja, até o ano de 2016. Constatamos que o MEC ainda tem dificuldades em mensurar o andamento da busca dessa meta em nível nacional, possuindo algumas fontes de dados, que apresentam dados referentes ao ano de 2014 unicamente: a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic); a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic). Segundo consta no Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014–2016 e na Nota Técnica nº. 18 do Relatório do 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2016–2018: Por ocasião do fechamento da análise da Meta 18, não obtivemos acesso à base de dados do diagnóstico do PAR (Programa de Ações Articuladas). A análise apresentada lança mão dos dados da Munic e Estadic 2014 como linha de base da Meta 18 quanto à existência de planos de carreira, buscando analisar a sua adequação às diretrizes de carreira de forma indireta, tomando o ano de criação do PCR como indicativo da necessidade de adequação deste à nova legislação. Os dados coletados pela Sase/MEC se encontram ainda incompletos por ocasião do término deste estudo, não permitindo conclusões definitivas sobre o grau de alcance da Meta 18 até o prazo de dois anos de sua aprovação no PNE (BRASIL, 2016, documento on-line). Plano Nacional de Educação12 A meta 19, que avalia a gestão democrática no interior das escolas, também não possui dados a serem analisados no Relatório 2º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2016–2018. Porém, existem dados interessantes a serem comentados no relatório de monitoramento anterior. Os diretores escolhidos por indicação somente constituem 59% nas redes municipais, 32% nas redes federais e 22,9% nas redes estaduais. Já o processo de escolha por eleição apresenta o índice de 48,6% na rede federal, 26,3% na rede estadual e 17,8% na rede municipal. Existem ainda outros processos mistos envolvendo processo seletivo e indicação ou eleição, mas são minoritários. Cabe ressaltar o grande número de diretores de escolas indicados nos mu- nicípios, o que fere determinações constitucionais e mesmo da própria LDBEN 1996-atual. Em relação à participação da comunidade escolar na escrita do Projeto Político Pedagógico da escola, percebemos que 42% dos documentos foram elaborados a partir da criação de modelo próprio e com o envolvimento da equipe escolar, enquanto 39,5% valeram-se de modelo pronto e fizeram adaptações e discussões com a equipe escolar, o que evidencia, nesse quesito, a busca pelo envolvimento nessa esfera democrática no interior das escolas das redes de ensino. Em relação à existência do Conselho Escolar nas escolas, em 38,4% das escolas federais, em 13,3% das escolas municipais e em 5,8% das escolas estaduais, ele não existia nos dados apurados pela Prova Brasil/ Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) de 2013. Finalizando, temos a meta 20, que prevê a ampliação do investimento público em educação para 7% do PIB do País até o quinto ano de vigência do plano, em 2019. Para acompanhamento desse indicador, segundo informações do portal Observatório do PNE (BRASIL, 2018), ainda não há um indicador que permita acompanhar plenamente o cumprimento dessa meta por não existirem dados disponíveis desses investimentos públicos em educação. Os dados que temos em relação a essa meta são parciais, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), que traz a porcentagem de investimento público direto em educação em re- lação ao PIB, com dados apurados para o ano de 2014. Houve uma queda de investimento para 5% do PIB investido na área educacional, dividido em 85% para a educação básica e 15% para a educação superior. 13Plano Nacional de Educação A Prova Brasil e o Saeb são importantes instrumentos de coletas de dados para que possam ser monitoradas algumas das metas do PNE. São instrumentos utilizados na construção de diagnósticos, aplicados no quinto e no nono ano do ensino fundamental. Por meio de testes de língua portuguesa e matemática, verificam a qualidade do ensino ofertado nas escolas. Além disso, também envolvem um questionário com dados socioeconômicos sobre os alunos, professores e gestores das escolas. Riscos do descumprimento do Plano Nacional de Educação A análise das metas do PNE 2014–2024 permite identifi car que somente a meta número 13, que trata da formação docente para o ensino superior, foi plenamente atingida. As demais metas ainda precisam ser perseguidas e correm o risco de não serem plenamente atingidas caso não haja esforços pontuais por parte dos entes da federação na sua realização. O PNE foi criado com a intenção de buscar um aumento do alcance e da qua- lidade necessária ao sistema educacional brasileiro, fazendo a educação nacional ascender a um patamar melhor em comparação com outras nações avaliadas pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A OCDE é um fórum permanente que reúne 35 países vistos como aqueles que apresen- tam melhores Índices de Desenvolvimento Humano, no qual o Brasil tem interesse em ingressar. A OCDE, além de auxílio aos países membros quanto às questões econômicas, apresenta também preocupações com a melhoria da qualidade de vida, do acesso à educação e da redução das desigualdades sociais, entre outros. Segundo Carnaúba (2017, p. 3), “[...] é fundamental considerar que o cumprimento do conjunto das metas do PNE faz parte de uma estratégia política destinada a concretizar o objetivo constitucional de redução das desigualdades sociais, através da garantia de melhoria da qualidade da educação e ampliação de seu alcance social”. Logo, um dos riscos envolvidos no seu não cumprimento é a manutenção ou até mesmo ampliação das desi- Plano Nacional de Educação14 gualdades históricas que acompanham a educação brasileira, principalmente quando são observados os fatores voltados às regiões mais vulneráveis ou aos grupos culturais menos favorecidos. Outro ponto importante sobre o qual o Brasil tem procurado centrar esforços é na melhoria do Ideb, que envolve as metas 5 e 7, sobretudo, no que diz respeito à leitura, escrita e matemática. O Ideb analisa o fluxo escolar e as médias obtidas nas avaliações realizadas pelos alunos e se persegue a média 6 na atualidade, porém, no resultado geral, segundo dados do relatório estudado, ainda nos encontramos na nota geral 5,5, porém, com muita disparidade, pois, por exemplo, na região Nordeste, todos os Estados estão com o indicador abaixode 5. Essa análise realizada por regiões geográficas contribui para o entendimento de que existem outros fatores intervenientes para que a educação possa ocorrer com qualidade, além dos propostos pela área educacional. Ao realizar uma análise sobre o PNE 2014–2024, Azevedo (2015, p. 273) comenta que: A realidade educacional brasileira hoje contém avanços importantes, particu- larmente no que se refere às inflexões positivas experienciadas pelos padrões da escolaridade básica nas últimas décadas. Excetuando-se os limites ainda a serem superados para o acesso à educação infantil, crianças, adolescentes e jovens têm transposto os portões da escola com a oportunidade de vivenciar práticas educativas na perspectiva de usufruto do direito à educação. Não obstante, os processos de ensino e aprendizagem ainda se mostram insuficientes para garantir uma efetiva escolarização de qualidade. Outro aspecto alarmante e que merece atenção quanto ao seu não cumpri- mento diz respeito à pouca participação das comunidades escolares na gestão da escola, uma vez que os espaços de gestão democrática ainda inexistem em muitos estabelecimentos de ensino, além disso, percebemos que muitas escolas municipais ainda não possuem ao menos o processo de escolha de diretores de forma eletiva. Uma questão muito importante e que abala diretamente o alcance das metas propostas no PNE atual diz respeito ao congelamento de gastos públicos trazidos com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/55, em vigor desde 2016 e que afeta o período de vigência deste e do próximo PNE. Ao realizar um estudo sobre os recursos públicos alocados para a área da educação no decorrer dos últimos anos e fazendo uma projeção para o futuro, Amaral (2016, p. 671) conclui que: Não restam dúvidas de que o poder de “destruição” da metodologia da PEC 241/55 é devastador em todas as áreas sociais: educação, saúde, previdência social e assistência social, podendo provocar um imenso retrocesso na pirâ- 15Plano Nacional de Educação mide social brasileira, cuja base se alargou consideravelmente nos últimos anos, justamente devido à adoção de políticas de distribuição de renda e inclusão social. Cabe reforçar que haja recursos para que as estratégias constantes no PNE possam ser colocadas em prática pelas instâncias responsáveis, que, quando inexistem ou são insuficientes, também acabam atingindo diretamente o alcance das metas, tornando o plano ineficaz e inoperante. Caso o PNE 2014–2024 não se efetive, cabe ressaltar que a parcela da população mais atingida será aquela desprovida de recursos financeiros suficientes que a possibilitem exercer a escolha entre um estabelecimento de ensino público ou privado, reforçando a ideia de que continuará existindo maior qualidade de educação nos estabelecimentos privados, pagos. Para conhecer melhor as estratégias propostas para o alcance das metas referentes ao PNE 2014–2024, acesse o documento on-line elaborado pelo MEC, intitulado Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação, por meio do link: https://goo.gl/dwT8D6 AMARAL, N. C. PEC 241/55: a “morte” do PNE (2014–2024) e o poder de diminuição dos recursos educacionais. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 32, nº. 3: p. 653-673, 2016. AZEVEDO, J. M. L. Plano Nacional de Educação e planejamento: a questão da qualidade da educação básica. Retratos da Escola, v. 8, n. 15, p. 265-280, 2015. BRASIL. Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 1 nov. 2018. Plano Nacional de Educação16 BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014–2016. Brasília, DF, 2016. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/ asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/626732>. Acesso em: 1 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. Brasília, DF, 2014b. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhe- cendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Situação das metas dos planos. Brasília, DF, 2018. Dis- ponível em: <http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php>. Acesso em: 1 nov. 2018. CARNAÚBA, M. C. P. Riscos do descumprimento das metas do PNE. In: CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Revista do 7º Congresso Brasileiro de Gestão do CNMP. Brasília: CNMP, 2017. disponível em: <http://www.cnmp.mp.br/portal/images/ Comissoes/DireitosFundamentais/Arquivos/Artigo_Revista_7%C2%BA_CG_-_CDDF_-_ Riscos_do_Descumprimento_das_metas_do_PNE_-_Maria_Cec%C3%ADlia_Pon- tes_Carna%C3%BAba.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2018. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSITCA. Indicadores IBGE: pesquisa na- cional por amostra de domicílios contínua (mensal). Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes &id=73086>. Acesso em: 1 nov. 2018. 17Plano Nacional de Educação Conteúdo: DICA DO PROFESSOR O Plano Nacional de Educação 2014-2024 apresenta 20 metas e, para cada uma delas, inúmeras estratégias que representam os caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos propostos. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer alguns aspectos relacionados ao alcance de melhorias na qualidade da educação básica, presentes nas estratégias de alcance da meta número 7 do PNE. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Analise as afirmativas a respeito do Plano Nacional de Educação (PNE) e assinale a alternativa correta. A) O Plano Nacional de Educação é uma disposição transitória prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. B) O Plano Nacional de Educação é um projeto decenal legitimado pela Constituição Federal. C) O Plano Nacional de Educação visa a regular a educação nacional pelo período de dois anos. D) O Plano Nacional de Educação tem caráter norteador e consultivo, podendo os estados decidirem pela sua aplicação. E) O Plano Nacional de Educação é um plano que envolve todo o sistema educacional brasileiro, ou seja, as instituições públicas. 2) As metas do Plano Nacional de Educação podem ser divididas em quatro grupos específicos. Assinale a alternativa que apresenta essas áreas. A) Garantir o direito à educação básica de qualidade; reduzir desigualdades; valorizar os profissionais da educação; e educação superior. B) Educação à distância; promoção da diversidade e das desigualdades; piso nacional; e educação indígena. C) Financiamento; estruturação física; plano de carreira e salários; e formação profissional e tecnológica. D) Educação e diversidade; alfabetização e letramento; tecnologias da informação; e pesquisas científicas. E) Conteúdos curriculares; atividades físicas; orientação vocacional; e graduação e pós- graduação. 3) Analise as afirmativas a respeito da meta n.o 15 do Plano Nacional de Educação e assinale a alternativa correta. A) A meta 15 propõe que os docentes da educação básica tenham cursado, ao menos, o curso normal no Ensino Médio. B) A meta 15 propõe que todos os docentes da educação básica tenham formação superior, tendo sido atingida em 2017. C) A meta 15 propõe a formação superior para todos os docentes da educação básica, que, atualmente, na educação infantil, atinge somente 46,6%. A meta 15 propõe que os docentes, na educação superior, tenham titulação de doutores e D) pós-doutores realizados em âmbito nacional. E) A meta 15 propõe que as escolas públicas tenham docentes formados em curso superior, prioritariamente, nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 4) Ameta 19 do Plano Nacional de Educação refere-se aos aspectos da gestão democrática a serem estabelecidos no interior das instituições de ensino. Sobre o seu cumprimento, assinale a alternativa correta. A) A análise da meta 19 é de fácil conclusão, uma vez que todos os diretores, atualmente, são eleitos pelas comunidades escolares, onde as instituições de ensino se encontram inseridas, de forma democrática. B) A análise da meta 19 recai sobre os processos de construção dos projetos políticos pedagógicos que, ao serem sancionados pelas respectivas secretarias de educação, fornecem os dados para a construção dos indicadores. C) A análise da meta 19 passa, obrigatoriamente, pela verificação da existência, ou não, das associações de pais e mestres no interior das instituições de ensino das esferas estaduais e municipais. D) A análise da meta 19 diz respeito à forma como os gestores escolares propõem suas práticas no interior das instituições que gerenciam, estabelecendo o perfil de cada um em relação aos estilos de liderança. E) Para a análise da meta 19, são utilizados indicadores sobre a forma como os diretores assumem seus cargos (eleição ou indicação), sobre a construção do projeto político pedagógico e sobre a existência dos conselhos escolares nas escolas. “[...] é fundamental considerar que o cumprimento do conjunto das metas do PNE faz parte de uma estratégia política destinada a concretizar o objetivo constitucional de redução das desigualdades sociais, através da garantia de melhoria da qualidade 5) da educação e ampliação de seu alcance social” ( CARNAÚBA, 2018, p.3). A partir da citação da autora e dos materiais que compõem esta Unidade de Aprendizagem, é correto afirmar que: A) o Plano Nacional de Educação é um projeto de nação, que busca tanto a melhoria da qualidade no ensino quanto a sua oferta, em condições equitativas. B) o Plano Nacional de Educação acaba, de forma indireta, operando para o aumento das desigualdades e para o distanciamento entre as classes sociais brasileiras. C) o Plano Nacional de Educação tem como enfoque único a qualidade da educação básica, propondo melhorias para os índices nesse nível educacional. D) o Plano Nacional de Educação é de caráter provisório e optativo pelos estados e Dstrito Federal e regula as ações voltadas para a educação superior. E) o Plano Nacional de Educação propõe metas que devem ser atingidas para que a qualidade das escolas privadas se iguale, em parte, à das escolas públicas brasileiras. NA PRÁTICA As vinte metas propostas pelo Plano Nacional de Educação 2014-2024 procuram abranger a educação básica e a educação superior, podendo ser visualizadas nas práticas docentes diárias que ocorrem nas instituições de ensino que compõem o sistema educacional brasileiro. Dessa forma, tudo aquilo que se faz ou se deixa de fazer no interior das escolas irá repercutir no alcance dessas metas. Diante disso, veja, a seguir, o PNE na prática cotidiana escolar. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Plano Nacional de Educação (PNE): história e conquistas da sociedade civil Para compreender o fluxo de movimentos sociais e a legislação que antecede a existência do Plano Nacional de Educação 2014-2024, assista ao vídeo da Campanha Nacional Pelo Direito a Educação. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Plano Nacional de Educação 2014-2024: nova fase do privatismo e da certificação em larga escala Leia o artigo da professora Kátia Lima, da Universidade Federal Fluminense, e perceba a análise da autora sobre as metas que recaem sobre o Ensino Superior. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Plano Nacional de Educação, autonomia controlada e adoecimento do professor Para que possa ter um outro ponto de vista em relação ao Plano Nacional de Educação e seus impactos na vida docente, leia o artigo dos professores Evaldo Piolli, da Universidade Estadual de Campinas; Eduardo Pinto e Silva, da Universidade Federal de São Carlos ;e José Roberto M. Heloani, da Universidade Estadual de Campinas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Compartilhar