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Unidade 8 - Plano Nacional de Educação processos históricos do plano 2014 a 2024

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Plano Nacional de Educação
APRESENTAÇÃO
O Ministério da Educação (MEC) possui um plano estruturado, que estipula metas, estratégias e 
origem de recursos para todos os níveis e modalidades de ensino: o Plano Nacional de 
Educação, com vigência de 2014 a 2024 (PNE 2014-2024).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as 20 metas que compõem o Plano 
Nacional de Educação atual, estabelecendo uma análise a respeito daquelas já alcançadas até o 
momento. Ainda, você verá os riscos envolvidos caso o Plano Nacional de Educação não seja 
cumprido.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as 20 metas do Plano Nacional de Educação.•
Contrastar as metas previstas com as alcançadas.•
Reconhecer os riscos do descumprimento do Plano Nacional de Educação.•
DESAFIO
Jussara, pedagoga e especialista em Gestão e Planejamento Escolar, exerce a função de diretora 
em uma escola municipal de grande porte, com dois mil alunos, situada em um bairro de classe 
média. A escola atende a educação infantil, os anos iniciais e os finais do Ensino Fundamental. 
A comunidade escolar é muito participativa, compondo o conselho escolar e comparecendo às 
plenárias para análise e avaliação do projeto político pedagógico sempre que é convocada pelos 
gestores escolares. A escola, porém, acabou tendo uma nota ruim na última aplicação da 
Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) realizada com os alunos do terceiro ano do Ensino 
Fundamental. Jussara reuniu sua equipe gestora e seus docentes e percebeu, através de suas 
falas, que, para o grupo, estavam fazendo o que era "mais correto", investindo na gestão 
democrática da escola.
Coloque-se no lugar de Jussara e, com base nas metas do Plano Nacional de Educação, reflita 
sobre como essa situação poderia ser abordada pela diretora.
INFOGRÁFICO
O Plano Nacional de Educação (PNE) é um projeto educacional de nação, que abrange todos os 
níveis educacionais (educação básica e superior), propondo metas e estratégias que atinjam 
todas as modalidades de ensino em funcionamento no Sistema Educacional Brasileiro.
Acompanhe o Infográfico a seguir e veja quais são as pretensões do PNE para o decênio 2014-
2024. 
CONTEÚDO DO LIVRO
Para que possa alcançar seus resultados educacionais em ambos os níveis da educação, básica e 
superior, o Ministério da Educação possui um plano estruturado que estipula metas, estratégias e 
origem de recursos: o Plano Nacional de Educação, com vigência de 2014 a 2024.
No capítulo Plano Nacional de Educação, do livro Organização e legislação da educação, 
você vai conhecer as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação atual, 
estabelecendo uma análise a respeito daquelas já alcançadas até o momento. Também, irá 
conhecer os riscos envolvidos caso o Plano Nacional de Educação não venha a ser cumprido.
Boa leitura.
ORGANIZAÇÃO E 
LEGISLAÇÃO DA 
EDUCAÇÃO
Pablo Rodrigo Bes
Plano Nacional de Educação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar as 20 metas do Plano Nacional de Educação.
  Contrastar as metas previstas com as alcançadas.
  Reconhecer os riscos do descumprimento do Plano Nacional de 
Educação.
Introdução
Para alcançar os resultados educacionais em ambos os níveis da educa-
ção — básica e superior —, o Ministério da Educação (MEC) possui um 
plano estruturado que estipula metas, estratégias e origem de recursos, 
que é o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 2014 a 2024.
Neste capítulo, você vai ler sobre as 20 metas que compõem o PNE 
atual, analisando as metas já alcançadas até o momento. Também vai 
conhecer os riscos envolvidos caso o PNE não seja cumprido.
Plano Nacional de Educação 2014–2024 
e as suas metas
Para que sejam alcançadas melhorias nos diferentes aspectos que envolvem a 
educação nacional, é necessário o uso de uma ferramenta capaz de prever, or-
ganizar, propor e monitorar ações nas esferas da educação básica, que envolve:
  a educação infantil; 
  o ensino fundamental;
  o ensino médio e todas as modalidades educacionais envolvidas;
  a educação superior em nível de graduação e pós-graduação. 
O instrumento criado para atingir essa finalidade é o PNE 2014–2024.
É importante ressaltar que o PNE, desde a Emenda Constitucional nº. 
59, de 11 de novembro de 2009, deixa de ser uma disposição transitória da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), para ser uma 
exigência constitucional, de caráter decenal e que articula o Sistema Nacional 
de Educação, apresentando inclusive o percentual do Produto Interno Bruto 
(PIB) para o financiamento de suas ações em busca do atendimento das metas 
(BRASIL, 2014a).
As 20 metas do PNE 2014–2024 podem ser divididas em quatro grandes 
blocos, conforme (BRASIL, 2014b):
  garantia do direito à educação básica de qualidade;
  redução das desigualdades e da valorização da diversidade;
  valorização dos profissionais da educação;
  educação superior.
O Quadro 1 apresenta as metas que compõem o bloco que busca a garantia 
do direito à educação básica de qualidade.
Meta 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação 
infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% das 
crianças de até 3 anos até o final da vigência desse PNE.
Meta 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para 
toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo 
menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade 
recomendada, até o último ano de vigência desse PNE.
Meta 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para 
toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final 
do período de vigência deste PNE, a taxa líquida 
de matrículas no ensino médio para 85%.
Meta 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 
final do 3º ano do ensino fundamental.
Meta 6 Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 
50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo 
menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica.
 Quadro 1. Metas do PNE 2014–2024 para a Educação Básica 
(Continua)
Plano Nacional de Educação2
As metas da educação básica envolvem as incumbências de todos os entes 
federativos. Por exemplo, na área da educação infantil, os municípios são os 
principais responsáveis por universalizar o atendimento, buscando atender às 
metas e qualificar esse nível da educação.
Da mesma forma, é um grande desafio nacional “[...] assegurar o acesso pleno 
de crianças e jovens de 6 a 17 anos ao ensino fundamental e médio, inclusive com 
ampliação da oferta de educação profissional. Esse trabalho exige colaboração 
constante entre redes estaduais e municipais e acompanhamento da trajetória 
educacional de cada estudante” (BRASIL, 2018, documento on-line). Ou seja, 
o PNE somente será capaz de produzir resultados a partir da existência real e 
efetiva do regime de colaboração entre os entes da Federação — União, Estados, 
Distrito Federal e municípios — se houver sua integração e articulação. 
A partir das determinações do PNE, os Estados e municípios também 
estabelecerão seus respectivos planos para contemplar as demandas de suas 
incumbências específicas e, assim, somando os esforços, atingir os resultados 
exigidos. As metas que compõem o bloco da redução das desigualdades e 
valorização da diversidade constam no Quadro 2.
 Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). 
Meta 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas 
as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo 
escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as 
seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos 
iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais 
do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.
Meta 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 
15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da 
vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto 
e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta10 Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação 
de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, 
na forma integrada à educação profissional.
Meta 11 Triplicar as matrículas da educação profissional técnica 
de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e 
pelo menos 50% da expansão no segmento público.
 Quadro 1. Metas do PNE 2014–2024 para a Educação Básica 
(Continuação)
3Plano Nacional de Educação
 Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). 
Meta 4 Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado, preferencialmente na rede 
regular de ensino, com a garantia de sistema educacional 
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas 
ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
Meta 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de 
modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano 
de vigência deste plano, para as populações do campo, da região 
de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar 
a escolaridade média entre negros e não negros declarados à 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 Quadro 2. Metas do PNE 2014–2024 relativas à redução das desigualdades e da valoriza-
ção da diversidade 
A meta 4 e a meta 8 pretendem estender a todas as instituições de ensino os 
cuidados referentes às questões da inclusão escolar. Isso envolve desde a educa-
ção inclusiva, que compreende os alunos com deficiências de toda ordem, bem 
como aqueles que pertencem a categorias menos privilegiadas citadas na meta 
8, ou seja, as pessoas do campo, os pobres e os negros. O bloco de valorização 
dos profissionais da educação é composto pelas metas presentes no Quadro 3.
Meta 15 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os municípios, no prazo de 1 ano de vigência 
deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da 
educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 
61 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado 
que todos os professores e as professoras da educação básica 
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso 
de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da 
educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir 
a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação 
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, 
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
 Quadro 3. Metas do PNE 2014–2024 relativas à valorização dos profissionais da educação 
(Continua)
Plano Nacional de Educação4
Estabelecer as metas que buscam a valorização dos profissionais do ma-
gistério pode contribuir diretamente para o alcance de todos os principais 
objetivos do PNE atual. Essas metas envolvem o estabelecimento de planos 
de carreira, políticas salariais mais atrativas, condições de trabalho adequadas 
e, também, programas de formação inicial e continuada eficientes. 
Para atingir essas metas, é necessário que todas as redes de ensino se 
envolvam para que o sistema educacional brasileiro se fortaleça. As metas 
referentes ao nível da educação superior constam no Quadro 4.
 Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). 
Meta 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 
50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, 
assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo 
menos, 40% das novas matrículas, no segmento público.
Meta 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a 
proporção de mestres e doutores do corpo docente em 
efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior 
para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores.
Meta 14 Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação 
anual de 60.000 mestres e 25.000 doutores.
 Quadro 4. Metas do PNE 2014–2024 relativas à educação superior 
 Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). 
Meta 17 Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas 
de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento 
médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade 
equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.
Meta 18 Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira 
para os(as) profissionais da educação básica e superior pública 
de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) 
profissionais da educação básica pública, tomar como referência 
o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos 
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.
 Quadro 3. Metas do PNE 2014–2024 relativas à valorização dos profissionais da educação 
(Continuação)
5Plano Nacional de Educação
De acordo com as metas referentes à ampliação das matrículas no ensino 
superior, é nessa instância que os docentes das áreas da educação básica e 
superior têm sua formação inicial realizada, além disso, quanto maior o acesso 
ao ensino superior de qualidade, melhor para o desenvolvimento nacional. 
Da mesma forma, ao incrementar o número de mestres e doutores que se 
titulam anualmente, busca-se ampliar a participação na produção de pesquisas 
e da ciência nacional e internacional.
Além desse grupo de metas, existe a necessidade de que se estipule a 
origem dos recursos necessários ao estabelecimento das estratégias do PNE 
2014–2024, bem como que se propiciem espaços democráticos nas escolas 
para a participação da comunidade, conforme metas 19 e 20 (Quadro 5).
 Fonte: Adaptado de Brasil (2014a). 
Meta 19 Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação 
da gestão democrática da educação, associada a critérios 
técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública 
à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, 
prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
Meta 20 Ampliar o investimento público em educação pública 
de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB 
do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, 
o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio.
 Quadro 5. Metas do PNE 2014–2024 relativas à gestão democrática e de recursos fi-
nanceiros 
Como podemos perceber, a gestão democrática estabelecida na Constituição 
Federal de 1988 é reforçada a partir da meta 19 do PNE, proporcionando a 
participação da sociedade nas questões educacionais. A meta 20 reveste-se 
de grande importância por indicar um aumento significativo do PIB na área 
da educação, o que irá fornecer os recursos necessários para o alcance de 
todas as metas.
Plano Nacional de Educação6
Para que as metas do PNE 2014–2024 possam ser monitoradas, é necessária a coleta 
de dados para os indicadores estatísticos utilizados. Esses dados em grande parte 
provêm da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), que é 
uma pesquisa feita pelo IBGE. A PNAD é “[...] por amostra probabilística de domicílios, 
de abrangência nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir 
informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País” 
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2015, documento on-line). 
Análise das metas alcançadas do Plano Nacional 
de Educação 2014–2024
Existe dentro do PNE a especifi cação de que ele deverá ser monitorado e ava-
liado a cada biênio, diagnosticando como são alcançadas as metas propostas 
para o decênio, no caso atual, 2014 a 2024. Dessa forma, já foram produzidos 
dois documentos que trazem essa análise: 
  o Relatório 1º Ciclo — 2016;
  o Relatório 2º Ciclo — 2018. 
Vamos analisar agora como as metas traçadas no PNE 2014–2024 têm sido 
atingidas a partir do Relatório 2º Ciclo — 2018. É importante salientar que, 
embora o relatório seja de 2018, a base de seus dados estatísticos foi gerada a 
partir da Pesquisa Nacional de Amostrade Domicílio (Pnad)/IBGE do período 
de 2004–2015, bem como da Pnad contínua do IBGE de 2016.
A meta 1 do PNE — que trata da educação infantil, apresenta na primeira 
parte, relativa à universalização do acesso para todas as crianças de 4 e 5 anos 
até o ano de 2016 — encontra-se com 91,5% do resultado atingido, faltando 
bem pouco para cumprir plenamente essa meta. No entanto, quando tratamos 
da parte da meta que visa atingir o atendimento de 50% da população de 0 a 
3 anos nas creches, foram atingidos somente 31,9% desse público específico.
A meta 2 trata da ampliação da escolarização para 9 anos e pretende 
garantir a todos os alunos de 6 a 14 anos a conclusão do ensino fundamental, 
já tendo atingido 97,8% dessa meta. Quando se fala no percentual de pessoas 
que devem concluir o ensino fundamental até os 16 anos de idade, a meta 
estipulava 95% e atualmente foram atingidos 75,9% dessa população.
7Plano Nacional de Educação
A meta 3 — que tem como foco a universalização do ensino médio a 100% 
da população de 15 a 17 anos de idade, sendo que atualmente a taxa bruta de 
matrículas, que envolve todos os estudantes matriculados, independentemente 
da faixa etária — já atingiu 91,3% dos alunos nessa etapa. Quando se estipula, 
porém, o aumento na taxa de matrículas do ensino médio das pessoas de 15 
a 17 anos (taxa de matrícula líquida) para 85%, temos ainda um resultado 
inferior, de 70,1%. Ou seja, ainda temos uma defasagem de série/idade bem 
significativa para o ensino médio.
A meta 4, que trata da inclusão de pessoas com deficiência no interior da 
escola, pretende universalizar esse acesso na escola regular para os alunos 
entre 4 a 17 anos e já apresenta um índice de 91% de cumprimento da meta.
A meta 5, que fala sobre a alfabetização de todas as crianças até o final do 
terceiro ano do ensino fundamental, apresenta problemas em seu cumprimento. 
Assim, os dados gerados a partir das avaliações de larga escala aplicadas com 
os alunos concluintes do terceiro ano — realizados pelo Sistema de Avalia-
ção da Educação Básica (Saeb), com a aplicação da Avaliação Nacional da 
Alfabetização (ANA) — apresenta índices de proficiência plena em leitura, 
escrita e matemática ainda muito baixos. 
A ANA estrutura sua avaliação em níveis de proficiência. De acordo com as capacidades 
apresentadas pelos alunos ao responder a avaliação, eles são classificados dentro 
desses níveis. Existem quatro níveis de proficiência utilizadas pela ANA para a leitura:
  nível 1 (elementar);
  nível 2 (básico);
  nível 3 (adequado);
  nível 4 (desejado).
São considerados insuficientes os níveis 1 e 2 e suficientes os níveis 3 e 4. Em relação 
à escrita, existem 5 níveis avaliados, sendo os níveis 1, 2 e 3 considerados elementares, 
nesse caso, insuficientes; o nível 4 é adequado e o nível 5 é desejável, sendo estes dois 
últimos considerados suficientes. 
Na matemática, existem quatro níveis de proficiência avaliados: os níveis 
1 e 2 são considerados elementares e, portanto, insuficientes; o nível 3 é 
adequado e o nível 4 é desejado. Os níveis 3 e 4 são considerados suficientes 
para a matemática. Dessa forma, um percentual baixo de alunos atingiu o nível 
Plano Nacional de Educação8
máximo de proficiência em leitura, escrita e matemática, considerando-se a 
média geral brasileira (Figura 1).
Figura 1. Percentuais de proficiência em leitura e escrita ao final do terceiro ano.
Fonte: Adaptada de Brasil (2016).
Outro fator crítico em relação à meta 5 diz respeito aos baixos índices de 
alfabetização matemática apresentados a partir da aplicação dessa mesma 
avaliação nacional da alfabetização, conforme Figura 2.
Figura 2. Proficiência em matemática.
Fonte: Adaptada de Brasil (2016).
A meta 6 propõe a oferta da educação em tempo integral em 50% das 
escolas públicas, sendo que, até o momento, foi atingido o percentual de 28,6% 
de escolas públicas que apresentam ao menos um aluno atendido por mais 
de 7 horas. Em relação a estender essa possibilidade de frequentar a escola 
9Plano Nacional de Educação
em turno integral a 25% dos alunos da educação básica, a meta atingida até 
o momento foi de 17,8%.
A meta 7 versa sobre a melhoria no Índice de Desenvolvimento da Educação 
Básica (Ideb) relativos aos anos iniciais do ensino fundamental, aos anos finais 
do ensino fundamental e ao ensino médio. O Quadro 6 apresenta as metas e 
o resultado já alcançado até o momento.
 Fonte: Adaptado de Brasil (2016). 
Ideb proposto Ideb atingido
Anos iniciais do ensino fundamental 6,0 5,5
Anos finais do ensino fundamental 5,5 4,5
Ensino médio 5,2 3,7
 Quadro 6. Ideb correspondente à meta 7 do PNE 
Como podemos observar em relação à meta 7, os dados mais alarmantes 
do Ideb dizem respeito ao ensino médio, que deve ser o foco de ações pontuais 
por parte dos Estados e do Distrito Federal, principalmente para que se alcance 
a meta proposta.
A meta 8 se refere à ampliação da escolaridade da população de 18 a 29 
anos de idade para 12 anos de escolarização, sendo que essa meta já se encontra 
no patamar de 10,2 anos. Em relação à população de 18 a 29 anos residente na 
área rural, por sua vez, a média atual se encontra em 8,5 anos. A população 
pertencente aos 25% mais pobres, conforme estipulado na meta, encontra-se 
com 8,4 anos de escolaridade. 
Já a disparidade que se deseja suprimir entre a escolaridade de pessoas ne-
gras e não negras para essa mesma faixa etária encontra-se em 87,4%. Ou seja, 
segundo os dados do IBGE, os alunos negros ainda apresentam um índice de 
escolaridade menor do que os demais, o que pretende ser corrigido com a meta.
A meta 9 tem como objetivo elevar a taxa de alfabetização da população 
com 15 anos ou mais para 93,5% e já se encontra com 93% de alcance. A taxa 
de analfabetismo funcional — cuja proposta era uma redução de 50% para as 
pessoas de 15 anos ou mais, estipulando uma taxa de 15,3% para o período 
— já foi atingida e superada, encontrando-se em 16,6%.
A meta 10 pode ser considerada crítica em relação às demais por se tratar 
da oferta de 25% das matrículas voltadas para a educação de jovens e adultos 
Plano Nacional de Educação10
integradas à educação profissional. Esse atendimento até o apurado no relatório 
analisado havia atingido somente 1,5%.
A meta 11 trata sobre a expansão da oferta de educação profissional e 
tecnológica de nível médio, propondo como meta para o Brasil, durante a 
vigência do PNE 2014–2024, 4.808.838 matrículas. Até o momento, 1.789.806 
matrículas foram realizadas, o que indica que devam ser realizadas ações 
para que se amplie esse atendimento no ensino médio, sobretudo, nas escolas 
públicas, conforme prevê a meta.
As taxas de matrículas propostas para a educação superior com a meta 12, 
que preveem sua elevação em 50%, já alcançaram o patamar de 34,6%. A taxa 
líquida de matrículas no ensino superior para pessoas de 18 a 24 anos proposta 
para 33% já atingiu 23,2%. O problema nessa meta está na participação do 
segmento público nessa expansão, que fica somente com o universo de 9,2%, 
ou seja, grande parte da oferta de educação superior que fez esses índices se 
elevarem são provenientes das instituições de ensino superior privadas.
A meta 13, que enfatiza a qualificação dos docentes para o ensino superior, 
já foi plenamente atingida e ultrapassada, sendo que o número de mestres 
propostos na meta era de 75% e já existem 77,5%. O número de doutores 
proposto pela meta era de 35% e já existem 39,8% em atuação com essa 
titulação nesse nível da educação.
A meta 14 — também relacionada à educação superior, propondo que se 
titulem 60.000 mestres e 25.000 doutores anualmente — já apresenta, segundo 
os dados do Sistema de Informações Georreferenciadas (GeoCapes 2010–2016), 
o número de 59.614 mestres e 20.603 doutores titulados no período, chegando 
muito próximo de atingir a meta.
A meta 15 — que propõe que todos os docentes da educação básica possuam 
formação superior em curso de licenciatura para as áreas em que atuam — apre-senta, no Quadro 7, os índices até o momento da geração dos dados analisados.
Educação infantil 46,6%
Ensino fundamental — anos iniciais 59%
Ensino fundamental — anos finais 50,9%
Ensino médio 60,4%
 Quadro 7. Resultados da meta 15 
11Plano Nacional de Educação
Em relação a essa meta em particular, percebemos que ainda existem muitos 
docentes que não possuem a formação superior específica para lecionar nas 
áreas em que atuam.
Na meta 16, existe a preocupação com a formação continuada e em nível de 
pós-graduação dos professores que atuam na educação básica, sendo proposto 
como meta que 50% tenham pós-graduação, o que se encontra em 36,2%. 
Em relação à participação em processos de formação continuada, que devem 
existir para a totalidade dos professores, somente 35,1% alcançaram a meta 
durante o período observado.
A meta 17 busca a valorização do magistério por meio da equiparação 
salarial dos docentes da rede pública não federal, em relação aos demais 
profissionais com escolaridade equivalente, sendo que 74,8% dos docentes em 
nível nacional já atingiram a meta. O parâmetro utilizado para essa equiparação 
proposta na meta 17 é o piso nacional do magistério, que em 2018 encontra-se 
em R$ 2.455,35 para a jornada semanal de 40 horas.
A meta 18 previa a existência de planos de carreira e remuneração para 
todo o sistema de ensino nos dois anos seguintes à implantação do PNE e que 
esses planos estejam cumprindo com o piso salarial nacional, ou seja, até o 
ano de 2016. Constatamos que o MEC ainda tem dificuldades em mensurar o 
andamento da busca dessa meta em nível nacional, possuindo algumas fontes 
de dados, que apresentam dados referentes ao ano de 2014 unicamente:
  a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic);
  a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic). 
Segundo consta no Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do 
PNE: Biênio 2014–2016 e na Nota Técnica nº. 18 do Relatório do 2º Ciclo de 
Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2016–2018:
Por ocasião do fechamento da análise da Meta 18, não obtivemos acesso à 
base de dados do diagnóstico do PAR (Programa de Ações Articuladas). A 
análise apresentada lança mão dos dados da Munic e Estadic 2014 como 
linha de base da Meta 18 quanto à existência de planos de carreira, buscando 
analisar a sua adequação às diretrizes de carreira de forma indireta, tomando 
o ano de criação do PCR como indicativo da necessidade de adequação deste 
à nova legislação. Os dados coletados pela Sase/MEC se encontram ainda 
incompletos por ocasião do término deste estudo, não permitindo conclusões 
definitivas sobre o grau de alcance da Meta 18 até o prazo de dois anos de sua 
aprovação no PNE (BRASIL, 2016, documento on-line).
Plano Nacional de Educação12
A meta 19, que avalia a gestão democrática no interior das escolas, também 
não possui dados a serem analisados no Relatório 2º Ciclo de Monitoramento 
das Metas do PNE: Biênio 2016–2018. Porém, existem dados interessantes 
a serem comentados no relatório de monitoramento anterior. Os diretores 
escolhidos por indicação somente constituem 59% nas redes municipais, 32% 
nas redes federais e 22,9% nas redes estaduais. Já o processo de escolha por 
eleição apresenta o índice de 48,6% na rede federal, 26,3% na rede estadual e 
17,8% na rede municipal. Existem ainda outros processos mistos envolvendo 
processo seletivo e indicação ou eleição, mas são minoritários. 
Cabe ressaltar o grande número de diretores de escolas indicados nos mu-
nicípios, o que fere determinações constitucionais e mesmo da própria LDBEN 
1996-atual. Em relação à participação da comunidade escolar na escrita do 
Projeto Político Pedagógico da escola, percebemos que 42% dos documentos 
foram elaborados a partir da criação de modelo próprio e com o envolvimento 
da equipe escolar, enquanto 39,5% valeram-se de modelo pronto e fizeram 
adaptações e discussões com a equipe escolar, o que evidencia, nesse quesito, 
a busca pelo envolvimento nessa esfera democrática no interior das escolas 
das redes de ensino. Em relação à existência do Conselho Escolar nas escolas, 
em 38,4% das escolas federais, em 13,3% das escolas municipais e em 5,8% 
das escolas estaduais, ele não existia nos dados apurados pela Prova Brasil/
Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) de 2013.
Finalizando, temos a meta 20, que prevê a ampliação do investimento 
público em educação para 7% do PIB do País até o quinto ano de vigência do 
plano, em 2019. Para acompanhamento desse indicador, segundo informações 
do portal Observatório do PNE (BRASIL, 2018), ainda não há um indicador 
que permita acompanhar plenamente o cumprimento dessa meta por não 
existirem dados disponíveis desses investimentos públicos em educação. Os 
dados que temos em relação a essa meta são parciais, fornecidos pelo Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), 
que traz a porcentagem de investimento público direto em educação em re-
lação ao PIB, com dados apurados para o ano de 2014. Houve uma queda de 
investimento para 5% do PIB investido na área educacional, dividido em 85% 
para a educação básica e 15% para a educação superior.
13Plano Nacional de Educação
A Prova Brasil e o Saeb são importantes instrumentos de coletas de dados para que 
possam ser monitoradas algumas das metas do PNE. São instrumentos utilizados na 
construção de diagnósticos, aplicados no quinto e no nono ano do ensino fundamental. 
Por meio de testes de língua portuguesa e matemática, verificam a qualidade do ensino 
ofertado nas escolas. Além disso, também envolvem um questionário com dados 
socioeconômicos sobre os alunos, professores e gestores das escolas.
Riscos do descumprimento do Plano Nacional 
de Educação
A análise das metas do PNE 2014–2024 permite identifi car que somente a 
meta número 13, que trata da formação docente para o ensino superior, foi 
plenamente atingida. As demais metas ainda precisam ser perseguidas e correm 
o risco de não serem plenamente atingidas caso não haja esforços pontuais 
por parte dos entes da federação na sua realização. 
O PNE foi criado com a intenção de buscar um aumento do alcance e da qua-
lidade necessária ao sistema educacional brasileiro, fazendo a educação nacional 
ascender a um patamar melhor em comparação com outras nações avaliadas 
pela Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). 
A OCDE é um fórum permanente que reúne 35 países vistos como aqueles que apresen-
tam melhores Índices de Desenvolvimento Humano, no qual o Brasil tem interesse em 
ingressar. A OCDE, além de auxílio aos países membros quanto às questões econômicas, 
apresenta também preocupações com a melhoria da qualidade de vida, do acesso à 
educação e da redução das desigualdades sociais, entre outros. 
Segundo Carnaúba (2017, p. 3), “[...] é fundamental considerar que o 
cumprimento do conjunto das metas do PNE faz parte de uma estratégia 
política destinada a concretizar o objetivo constitucional de redução das 
desigualdades sociais, através da garantia de melhoria da qualidade da 
educação e ampliação de seu alcance social”. Logo, um dos riscos envolvidos 
no seu não cumprimento é a manutenção ou até mesmo ampliação das desi-
Plano Nacional de Educação14
gualdades históricas que acompanham a educação brasileira, principalmente 
quando são observados os fatores voltados às regiões mais vulneráveis ou 
aos grupos culturais menos favorecidos. 
Outro ponto importante sobre o qual o Brasil tem procurado centrar esforços é 
na melhoria do Ideb, que envolve as metas 5 e 7, sobretudo, no que diz respeito à 
leitura, escrita e matemática. O Ideb analisa o fluxo escolar e as médias obtidas nas 
avaliações realizadas pelos alunos e se persegue a média 6 na atualidade, porém, 
no resultado geral, segundo dados do relatório estudado, ainda nos encontramos 
na nota geral 5,5, porém, com muita disparidade, pois, por exemplo, na região 
Nordeste, todos os Estados estão com o indicador abaixode 5. 
Essa análise realizada por regiões geográficas contribui para o entendimento 
de que existem outros fatores intervenientes para que a educação possa ocorrer 
com qualidade, além dos propostos pela área educacional. Ao realizar uma análise 
sobre o PNE 2014–2024, Azevedo (2015, p. 273) comenta que:
A realidade educacional brasileira hoje contém avanços importantes, particu-
larmente no que se refere às inflexões positivas experienciadas pelos padrões 
da escolaridade básica nas últimas décadas. Excetuando-se os limites ainda a 
serem superados para o acesso à educação infantil, crianças, adolescentes e jovens 
têm transposto os portões da escola com a oportunidade de vivenciar práticas 
educativas na perspectiva de usufruto do direito à educação. Não obstante, os 
processos de ensino e aprendizagem ainda se mostram insuficientes para garantir 
uma efetiva escolarização de qualidade.
Outro aspecto alarmante e que merece atenção quanto ao seu não cumpri-
mento diz respeito à pouca participação das comunidades escolares na gestão 
da escola, uma vez que os espaços de gestão democrática ainda inexistem 
em muitos estabelecimentos de ensino, além disso, percebemos que muitas 
escolas municipais ainda não possuem ao menos o processo de escolha de 
diretores de forma eletiva.
Uma questão muito importante e que abala diretamente o alcance das metas 
propostas no PNE atual diz respeito ao congelamento de gastos públicos trazidos 
com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/55, em vigor desde 2016 e 
que afeta o período de vigência deste e do próximo PNE. Ao realizar um estudo 
sobre os recursos públicos alocados para a área da educação no decorrer dos últimos 
anos e fazendo uma projeção para o futuro, Amaral (2016, p. 671) conclui que:
Não restam dúvidas de que o poder de “destruição” da metodologia da PEC 
241/55 é devastador em todas as áreas sociais: educação, saúde, previdência 
social e assistência social, podendo provocar um imenso retrocesso na pirâ-
15Plano Nacional de Educação
mide social brasileira, cuja base se alargou consideravelmente nos últimos 
anos, justamente devido à adoção de políticas de distribuição de renda e 
inclusão social. 
Cabe reforçar que haja recursos para que as estratégias constantes no PNE 
possam ser colocadas em prática pelas instâncias responsáveis, que, quando 
inexistem ou são insuficientes, também acabam atingindo diretamente o alcance 
das metas, tornando o plano ineficaz e inoperante. Caso o PNE 2014–2024 
não se efetive, cabe ressaltar que a parcela da população mais atingida será 
aquela desprovida de recursos financeiros suficientes que a possibilitem 
exercer a escolha entre um estabelecimento de ensino público ou privado, 
reforçando a ideia de que continuará existindo maior qualidade de educação 
nos estabelecimentos privados, pagos.
Para conhecer melhor as estratégias propostas para o alcance das metas referentes ao 
PNE 2014–2024, acesse o documento on-line elaborado pelo MEC, intitulado Planejando a 
próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação, por meio do link: 
https://goo.gl/dwT8D6
AMARAL, N. C. PEC 241/55: a “morte” do PNE (2014–2024) e o poder de diminuição dos 
recursos educacionais. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 32, 
nº. 3: p. 653-673, 2016.
AZEVEDO, J. M. L. Plano Nacional de Educação e planejamento: a questão da qualidade 
da educação básica. Retratos da Escola, v. 8, n. 15, p. 265-280, 2015.
BRASIL. Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação 
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014a. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. 
Acesso em: 1 nov. 2018.
Plano Nacional de Educação16
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
Anísio Teixeira. Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014–2016. 
Brasília, DF, 2016. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/
asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/626732>. Acesso em: 1 nov. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino. 
Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano Nacional de Educação. 
Brasília, DF, 2014b. Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhe-
cendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Situação das metas dos planos. Brasília, DF, 2018. Dis-
ponível em: <http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php>. Acesso em: 1 nov. 2018.
CARNAÚBA, M. C. P. Riscos do descumprimento das metas do PNE. In: CONSELHO 
NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Revista do 7º Congresso Brasileiro de Gestão do 
CNMP. Brasília: CNMP, 2017. disponível em: <http://www.cnmp.mp.br/portal/images/
Comissoes/DireitosFundamentais/Arquivos/Artigo_Revista_7%C2%BA_CG_-_CDDF_-_
Riscos_do_Descumprimento_das_metas_do_PNE_-_Maria_Cec%C3%ADlia_Pon-
tes_Carna%C3%BAba.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSITCA. Indicadores IBGE: pesquisa na-
cional por amostra de domicílios contínua (mensal). Rio de Janeiro, 2015. Disponível 
em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes
&id=73086>. Acesso em: 1 nov. 2018.
17Plano Nacional de Educação
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O Plano Nacional de Educação 2014-2024 apresenta 20 metas e, para cada uma delas, inúmeras 
estratégias que representam os caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos 
propostos.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer alguns aspectos relacionados ao alcance de 
melhorias na qualidade da educação básica, presentes nas estratégias de alcance da meta número 
7 do PNE.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Analise as afirmativas a respeito do Plano Nacional de Educação (PNE) e assinale a 
alternativa correta.
A) O Plano Nacional de Educação é uma disposição transitória prevista na Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional.
B) O Plano Nacional de Educação é um projeto decenal legitimado pela Constituição Federal.
C) O Plano Nacional de Educação visa a regular a educação nacional pelo período de dois 
anos.
D) O Plano Nacional de Educação tem caráter norteador e consultivo, podendo os estados 
decidirem pela sua aplicação.
E) O Plano Nacional de Educação é um plano que envolve todo o sistema educacional 
brasileiro, ou seja, as instituições públicas.
2) 
As metas do Plano Nacional de Educação podem ser divididas em quatro grupos 
específicos. Assinale a alternativa que apresenta essas áreas.
A) Garantir o direito à educação básica de qualidade; reduzir desigualdades; valorizar os 
profissionais da educação; e educação superior.
B) Educação à distância; promoção da diversidade e das desigualdades; piso nacional; e 
educação indígena.
C) Financiamento; estruturação física; plano de carreira e salários; e formação profissional e 
tecnológica.
D) Educação e diversidade; alfabetização e letramento; tecnologias da informação; e 
pesquisas científicas.
E) Conteúdos curriculares; atividades físicas; orientação vocacional; e graduação e pós-
graduação.
3) Analise as afirmativas a respeito da meta n.o 15 do Plano Nacional de Educação e 
assinale a alternativa correta.
A) A meta 15 propõe que os docentes da educação básica tenham cursado, ao menos, o curso 
normal no Ensino Médio.
B) A meta 15 propõe que todos os docentes da educação básica tenham formação superior, 
tendo sido atingida em 2017.
C) A meta 15 propõe a formação superior para todos os docentes da educação básica, que, 
atualmente, na educação infantil, atinge somente 46,6%.
A meta 15 propõe que os docentes, na educação superior, tenham titulação de doutores e D) 
pós-doutores realizados em âmbito nacional.
E) A meta 15 propõe que as escolas públicas tenham docentes formados em curso superior, 
prioritariamente, nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
4) Ameta 19 do Plano Nacional de Educação refere-se aos aspectos da gestão 
democrática a serem estabelecidos no interior das instituições de ensino. Sobre o seu 
cumprimento, assinale a alternativa correta.
A) A análise da meta 19 é de fácil conclusão, uma vez que todos os diretores, atualmente, são 
eleitos pelas comunidades escolares, onde as instituições de ensino se encontram inseridas, 
de forma democrática.
B) A análise da meta 19 recai sobre os processos de construção dos projetos políticos 
pedagógicos que, ao serem sancionados pelas respectivas secretarias de educação, 
fornecem os dados para a construção dos indicadores.
C) A análise da meta 19 passa, obrigatoriamente, pela verificação da existência, ou não, das 
associações de pais e mestres no interior das instituições de ensino das esferas estaduais e 
municipais.
D) A análise da meta 19 diz respeito à forma como os gestores escolares propõem suas 
práticas no interior das instituições que gerenciam, estabelecendo o perfil de cada um em 
relação aos estilos de liderança.
E) Para a análise da meta 19, são utilizados indicadores sobre a forma como os diretores 
assumem seus cargos (eleição ou indicação), sobre a construção do projeto político 
pedagógico e sobre a existência dos conselhos escolares nas escolas.
“[...] é fundamental considerar que o cumprimento do conjunto das metas do PNE 
faz parte de uma estratégia política destinada a concretizar o objetivo constitucional 
de redução das desigualdades sociais, através da garantia de melhoria da qualidade 
5) 
da educação e ampliação de seu alcance social” ( CARNAÚBA, 2018, p.3). A partir 
da citação da autora e dos materiais que compõem esta Unidade de Aprendizagem, é 
correto afirmar que:
A) o Plano Nacional de Educação é um projeto de nação, que busca tanto a melhoria da 
qualidade no ensino quanto a sua oferta, em condições equitativas.
B) o Plano Nacional de Educação acaba, de forma indireta, operando para o aumento das 
desigualdades e para o distanciamento entre as classes sociais brasileiras.
C) o Plano Nacional de Educação tem como enfoque único a qualidade da educação básica, 
propondo melhorias para os índices nesse nível educacional.
D) o Plano Nacional de Educação é de caráter provisório e optativo pelos estados e Dstrito 
Federal e regula as ações voltadas para a educação superior.
E) o Plano Nacional de Educação propõe metas que devem ser atingidas para que a qualidade 
das escolas privadas se iguale, em parte, à das escolas públicas brasileiras.
NA PRÁTICA
As vinte metas propostas pelo Plano Nacional de Educação 2014-2024 procuram abranger a 
educação básica e a educação superior, podendo ser visualizadas nas práticas docentes diárias 
que ocorrem nas instituições de ensino que compõem o sistema educacional brasileiro.
Dessa forma, tudo aquilo que se faz ou se deixa de fazer no interior das escolas irá repercutir no 
alcance dessas metas. Diante disso, veja, a seguir, o PNE na prática cotidiana escolar. 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Plano Nacional de Educação (PNE): história e conquistas da sociedade civil
Para compreender o fluxo de movimentos sociais e a legislação que antecede a existência do 
Plano Nacional de Educação 2014-2024, assista ao vídeo da Campanha Nacional Pelo Direito a 
Educação.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Plano Nacional de Educação 2014-2024: nova fase do privatismo e da certificação em larga 
escala
Leia o artigo da professora Kátia Lima, da Universidade Federal Fluminense, e perceba a análise 
da autora sobre as metas que recaem sobre o Ensino Superior.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Plano Nacional de Educação, autonomia controlada e adoecimento do professor
Para que possa ter um outro ponto de vista em relação ao Plano Nacional de Educação e seus 
impactos na vida docente, leia o artigo dos professores Evaldo Piolli, da Universidade Estadual 
de Campinas; Eduardo Pinto e Silva, da Universidade Federal de São Carlos ;e José Roberto M. 
Heloani, da Universidade Estadual de Campinas.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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