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Victoria Karoline Libório Cardoso Abordagem à criança doente Febre ● 25% das consultas de emergência. ● Maioria: doença infecciosa aguda autolimitada ou em fase prodrômica de uma doença infecciosa benigna. ● Geralmente é uma resposta fisiológica aguda. ● Febre X Hipertermia: ○ Febre: ativação do hipotálamo, em resposta à citocinas liberadas em uma infecção. Tratamento: antitérmicos, pode ter ajuda externa como banho frio, mas só o externo não ajuda. ○ Hipertermia: aumento da temperatura corpórea por causas ambientais. Tratamento: coisas externas, como banho frio. Aferição: precisa perguntar como a febre foi aferida e qual foi o valor da febre. Valor: febre > 37.8°. Comprometimento geral da criança ● Deve-se avaliar o comprometimento geral - toxemia. ● Criança afebril: avaliar se ela está com o comportamento alterado, mesmo estando afebril. Obs: para avaliar bem uma criança que chega com febre, deve-se primeiro deixá-la afebril e depois avaliar o estado geral. Obs: a cabeça da criança de até aproximadamente 2 anos geralmente é mais alta que o restante do corpo. ● Deve-se avaliar a necessidade de exames ou não e se tem indicação de alta ou de observação no próprio hospital/em casa. ● Deve-se avaliar a história vacinal. Tosse ● Mecanismo de defesa para eliminar secreções e corpos estranhos das vias aéreas. ● É sintoma de uma grande variedade de patologias pulmonares e extrapulmonares. ● É um mecanismo de disseminação de doenças. ● Quando excessiva na duração e na intensidade, deve ser investigada. ● A tosse envolve um arco-reflexo complexo que se inicia com a estimulação dos receptores da tosse. ● Nariz, seios nasais, faringe, laringe, traqueia, carina, divisão de brônquios de médio calibre, conduto auditivo externo, membrana timpânica, pleura, pericárdio, diafragma, estômago e esôfago, respondem a diferentes estímulos (térmicos - mudanças de temperatura; irritativos - fumaça; e mecânicos - secreção e corpos estranhos. ● Não existem receptores de tosse no parênquima pulmonar e nos alvéolos, o que explica a possibilidade de pneumonias alveolares e/ou extensas cursarem sem a presença de tosse. Sinais de alarme: ● Tosse súbita acompanhada de asfixia (suspeitar de corpo estranho). ● Tosse progressiva. ● Existência de indicadores específicos para um diagnóstico (sinais e sintomas da anamnese e do exame físico que sugerem a presença de doenças pulmonares ou doença sistêmica de base. ● Tosse com antecedente de pneumonia de repetição. ● Dispneia. ● Tosse produtiva maior que 3 a 4 semanas. Investigação: ● Característica da tosse: seca, produtiva, irritativa, rouca, com estridor ou paroxística. ● Ritmo diário: diurno, noturna, matina, piora com decúbito, piora aos exercícios... ● Época e condições de início: após frequentar creche, após quadro infeccioso, após exercício, após exposição a antígenos e irritantes, durante deglutição… ● Verificar enfermidades, sinais e sintomas associados. Semiologia do aparelho respiratório: ● Somatoscopia: eupneico/dispneico/taq uipneico; expansibilidade pulmonar; sinais de desconforto respiratório (tiragens intercostais e subcostais, retração de fúrcula esternal e batimento de asa nasais). ● Ausculta respiratória: murmúrio vesicular fisiológico, diminuído ou abolido (especificando a localização); presença ou não de ruídos adventícios (estertores bolhosos, estertores crepitantes ou sibilos). Raio-X de tórax ● Posição: em PA (raio póstero anterior - paciente em decúbito dorsal) e em perfil. Olhar: ● Parênquima pulmonar. ● Seio costofrênico e seio cardiofrênico. ● Formato das costelas. ● “coloração dos pulmões” (se estiver branco suspeitar de derrame pleural). Raio-x anormal: ● Dúvida se é ar ou líquido: (em derrame pleural) pede-se raio X em laurell - deitado de lado. Se for líquido, a parte branca no raio-X ficará em posição diferente, pois o líquido está na pleura e possui maior liberdade de movimento. ● Se for líquido: a parte branca do raio-X será mais na base pulmonar. ● Se for ar: (pneumotórax) o raio X ficará mais preto. ● Se for pneumonia: pode dar aspecto de ser líquido no pulmão, mas como o acúmulo de secreções estará nos alvéolos e não na pleura (como no derrame pleural), ao fazer o raio-X em laurell, a posição “da mancha branca” continuará no mesmo lugar. ○ Geralmente terá uma mancha branca que ainda possibilitará a visualização das costelas. ● Se for bronquiolite/ asma: pulmões mais pretos, costelas retificadas (com menor curvamento), sinais de hiperinsuflação e caixa torácica mais expandida.
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