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Liana Ribeiro Principais manejos aplicados ao lote de postura Qualidade da produção ● Sistema APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle; ● BPPs/BPFs - Boas práticas de produção/fabricação: controlar qualquer área ou ponto da cadeia produtiva que possa contribuir com uma situação de perigo, seja um contaminante, microorganismo patogênico, objeto físico ou substância química; Avaliação: ● Estrutura física, manejo, instalações, armazenamento, transporte, manipulação, embalagem, controles diários, semanais,, mensais ou periódicos, qualidade físico - química e microbiológica de ingredientes, aferição das instalações, saúde das aves e colaboradores e controle de pragas e vetores - controle higiênico - sanitário; Tipos de manejos 1. Escolha dos animais: linhagens (aves que receberam controle sanitário, fontes idóneas), maturidade sexual, alta produtividade - de acordo com a finalidade e o que tem a disposição, nós temos que nos adaptar as aves; ● F = G + E (alimentação, nutrição, instalações, manejo, aspectos sanitários) ● Características de acordo com índices produtivos: baixa mortalidade, resistência a doenças, boa conversão alimentar; ● Objetivo: alojar aves que tenham alto potencial de postura e qualidade do ovo; Características das poedeiras modernas ● Baixo consumo de ração; ● Necessidade monitorar o PV; ● Alojamento de frangas; ● ● Liana Ribeiro ● Aves de postura: período de criação é contínuo, mas dividido em 3 fases; ○ Fase inicial ou cria: 1 a 10 semanas; ○ Fase de crescimento ou recria: 11 a 17 semanas - melhor manejo para atingir a maturidade sexual / uniformidade; ○ Fase de produção: 18 semanas em diante; ● Aquisição em incubatórios idôneos - MAPA; ● Pintainhas livres de doenças, vacinadas; ○ Doença de marek + calendário regional; 2. Alojamento ● Local bem iluminado; ● Bateria (iluminação, aquecimento), cama (conforto e bem-estar) ou gaiola (convencional, escada) - depende do acesso, recursos, local; ● ● Liana Ribeiro ● ● Preparo do galpão: retirar sólidos, remoção de equipamentos móveis, limpeza com água sob pressão, desinfecção de todos os equipamentos, reparo (cortinas, telas, gaiolas), preparo da cama; ● Instalação dos equipamentos: comedouro, bebedouro, círculos de proteção, verificar equipamentos de aquecimento, elétrico e hidráulico; ● Antes da recepção das aves: certificar instalações, ração, abrir portas de baterias ou gaiola, forrar gaiolas e camas com papel, 3 horas antes ligar o aquecimento para círculo de proteção e de dois a três dias antes para galpões; ● Recepção das aves: contar e pesar lote, fornecimento de águas, eliminar caixas que transportam as aves e queimá-las ou descartar; ● Bebedouros: ○ Do tipo taça: enchidos manualmente nos dias 1 a 3 para treinar - nivelar o bebedouro com as costas da pintainha; ○ Do tipo nipple: nivelar o nippe à altura da cabeça das pintainhas - ajustar para que uma gota fique pendurada para as pintainhas encontrem água nos 1º e 3º dias; ○ 3. Debicagem: aparar a ponta dos bicos com lâmina pra evitar canibalismo; ● Bicagem é indicativo de estresse/desconforto; ● Aves possuem atração por vermelho/sangue; ● Única debicagem com lâmina quente em V - permite que vídeo cicatrize de forma arredondada, dispensando uma segunda debicagem; ● Avaliar a qualidade da debicagem a cada 3 horas de trabalho; ● 1ª debicagem: 7 a 10 dias de idade; ● 2ª debicagem: 6 a 10 semanas de idade (não sendo feita necessariamente); 4. Uniformidade: cada linhagem apresenta um padrão de desenvolvimento corporal indicando como deve crescer; ● Objetivo: lote atingir maturidade sexual com peso adequado; Liana Ribeiro Importância do controle de peso do lote: ● Avaliar desenvolvimento corporal; ● Indicação da quantidade de ração a ser ministrada; ● Ter referência do momento correto para estimular a luz; ● Decisão sobre práticas de manejo; ● Medir uniformidade do lote; ● A partir da 4ª semana de idade; ● Alimentação aumenta gradualmente; Boa uniformidade: ● Aves com maior produção; ● Ovos com maior tamanho e massa; ● Persistência de produção - produz com frequência e no momento adequado; Falta de uniformidade: ● Nutrição, equipamentos, manejo incorreto; ● Debicagem incorreta; ● Nesses casos, precisa identificar qual ponto está errado; ● Aumento ou redução na quantidade de ração; ● Adiantar ou atrasar a troca de fase de alimentação; ○ Em função do peso (não pela idade); ● No manejo de pesagens, verificar presença de machos por conta de erros na sexagens dos animais; Objetivo: ● Garantia de quantidade de carnes e reservas de gordura suficientes para mantê-las durante o resto da vida; ● Dar ênfase ao aumento regular da ração; ● Garantir que a estimulação luminosa seja realizada conforme tanto a idade quanto as condições adequadas; ● Manutenção do volume estrutural das aves; ● Evitar interrupções ou quedas no ganho de peso; 5. Biosseguridade: ● Restrição de visitas; ● Controle de roedores; ● Barreiras; ● Vacinações Liana Ribeiro Doenças de notificações mensais: ● Adenovirose; ● Anemia infeciosa das galinhas; ● Bronquite infecciosa aviária; ● Coccidiose aviária; ● Colibacilose; ● Coriza aviária; ● Doença de Marek; ● Doença da bursa/gumboro; ● EDS - 76; ● Encefalomielite aviária; ● Epitelioma aviária/bouba/varíola aviária; ● Espiroquetose aviária; ● Leucose aviária; ● Pasteurelose aviária; ● Reovirose/artrite viral; ● Reticuloendoteliose; ● Salmoneloses; ● Tuberculose aviária; Notificação imediata: doença de newcastle e influenza aviária; Doenças - Profilaxia: ● Doença de Marek - peste aviária: causa descoordenação motora - primeiro dia via sc no dorso do pescoço; ● Bouba aviária: 3 doses com reforço anual - via punção; ● Newcastle: 7/25/50 ou 15/35/140 dias via ocular ou im oleosa; ● Bronquite infecciosa: 7/30/100 dias spray/140 dias im; ● Coriza: 40/110 ou 25/40/80 dias im no dorso do pescoço; ● Encefalomielite: 90 dias via água; 6. Transferência das aves: ● Até a 16ª semana de vida para o galpão de postura; ● Durante a transferência: seleção e padronização das aves, agrupando-se frangas pela conformação corporal e maturidade sexual (crista); ● Cuidar com estresse: colocar ração à vontade nos comedouros. orientar frangas a beber água, especialmente em sistemas de bebedouros diferentes da recria; ● Evitar qualquer outra prática de manejo que represente estresse à ave na semana que se segue a transferência; 7. Programa de luz: ● Receptores de luz nos ossos cranianos, estimulando o eixo hipotalâmico hipofisário gonadal; ● Objetivo: antecipar a postura - 18 a 22 semanas (início da sensibilidade 10 a 12 semanas); ● Entre a 18 e 20 semanas: estímulos crescentes de luz até 14h de fotofase; Hemerais: 24 horas de fase clara (fotofase) e fase escura (escotofase) - causa menos estresse; ● Contínuo: luz natural ou artificial é aplicada de forma contínua, tanto em galpões abertos quanto fechados; ● Intermitente: combinação de luz e escuro durante 24 horas; Liana Ribeiro ● Haemerais: diferente de 24 horas (altera ritmo circadiano); ● Instalação em ambiente controlado; ● Período de luz e escuro maiores ou menores que 24 horas; ● Antes de iniciar qualquer programa de luz, as pitainhas devem receber no início da criação, 23 a 24 horas de luz diariamente, durante 3 dias; 8. Muda forçada: parada na produção de ovos devido à modificações fisiológicas provocadas por certas práticas que visam a regressão do sistema reprodutivo; ● Descanso forçadonas aves após o ciclo de produção; ● Objetivo: outro ciclo de produção; Muda de penas: ● Natural: queda de penas antes do início do inverno; ○ Prejuízo ao desempenho produtivo; ○ Em consequência do período de descanso - cessa ciclo de produção; ● Forçada: aumento da vida produtiva/longevidade da ave - a partir da forma natural; Razões para uso da muda forçada: ● Custo da muda é 60% inferior ao custo de formação de um novo lote de frangas; ● Curto tempo - novo ciclo de produção em 2 semanas; ● Melhora qualidade dos ovos; ● Idade dos lotes: não menos que 57 semanas e não mais que 67 semanas de idade; Período de pré-muda: ● Pesagem e seleção do lote - de forma aleatória (1 a 5% do lote); ● Descarte das aves com baixo peso e fora de produção ou com estado físico insatisfatório; Hormônios envolvidos: ● Prolactina: inibe secreção de GnRh - FSH/LH e leva a regressão do ovário e oviduto; ○ Algumas características sexuais secundárias sofrem atresia; ● Hormônios ovarianos cessam as atividades durante o processo de muda; ● Após a realimentação da ave, o hipotálamo volta a produzir GnRh; Alterações fisiológicas da muda forçada: ● Perda de 20 a 25% do peso corporal; ● Ovário regride 75% e oviduto 60% após 2 semanas de muda; ● Elevação da temperatura corporal; Liana Ribeiro ● Folículos ovarianos maduros: atresia com necrose; ● Folículos ovarianos imaturos: reabsorvidos; ● Ligeira queda no peso do esqueleto: redução de Ca+; Alta produtividade após muda forçada: ● Ocorre devido ao restabelecimento dos tecidos, havendo aumento no nível de colágeno; ● Reorganização dos processos metabólicos; ● Proliferação celular no oviduto, depositando células novas; ● Diminui lipídios no útero; Métodos: NUTRICIONAL: modifica [ ] de íons, cálcio, fósforo, sódio, potássio, iodo e zinco - não tendo nutrientes necessários para formação do ovo; FARMACOLÓGICO: uso de drogas em ração (progesterona, gnrh - a) - porém, é proibido; Métodos para realização da muda: Situações de estresse para aves: redução do fotoperíodo, ração (não ultrapassar 14 dias) e água (até 3 dias); Método convencional: Método de muda rápida: Liana Ribeiro Desempenho após muda: ● Taxa de mortalidade máxima até 1,25 até 8ª semana; ● Produção de ovos 5 a 10% menor que 1º ciclo; ● Aumento no tamanho do ovo; ● Melhora na qualidade da casca e qualidade da clara; ● Consumo de ração pouco superior; ● CA inferior - devido a menor ingestão de alimentos e maior produção; ● Peso corporal semelhante; Eficácia: ● Simples de ser aplicado; ● Baixo custo; 9. Seleção/descarte ● O mais cedo possível; ● Aves improdutivas ou demora na postura; ● Defeitos nas aves ou ovos; 10. Manejo dos ovos: ● Perdas por danos na casca até 3%; ● Quebra dos ovos podem atingir até 10% ou mais em lotes mais velhos; ● Manual: 4 coletas ao dia; ● Coleta automática; ● Momento da postura: ovos limpos; ● Ovos sujos: deficiência no manejo, manter gaiolas limpas e separar ovos rachados e de casca fina; ● Qualidade das gaiolas; ● Ovos sujos ou manchados: qualidade inferior; ● Coletar em bandejas plásticas; ● Não empilhar mais do que 5 ou 6 bandejas; ● Temperatura (10 a 13 C); ● Recebimento - sala de espera - abastecimento da máquina Liana Ribeiro 1º Seleção: retira ovos sujos e com casca danificada; 2º Limpeza: higiene automática dos ovos; ● Lavagem, classificação e embalagem dos ovos; ● Lavados com água (38 a 46ºC); ● Limpeza: detergentes específicos e desinfetantes; ● Limpeza periódica da lavadora; 3º Secagem: câmara de ar quente - evitar manchas e proliferação de microorganismos; 4º Ovoscopia: evitar que ovos trincados ou quebrados sejam processados ou embalados; ● Ambiente escuro com feixe de luz sob os ovos - luminosidade permite visualizar defeitos; ● Trincas leves passam pelo processo; 5º Classificação: pesagens simultâneas em vários jogos de balança para agrupar ovos em classes e pesos; 6º Embalagem: proteção, manutenção da qualidade, isopor ou papel polpa; 11. Fornecimento de água: ● Ver qualidade; ● Analisar anualmente; ● Consumo: 1,5 a 2L a cada kg de alimento ingerido; ● Faixa de consumo: 21 a 27 ºC; 12. Fornecimento de ração: com base nos dados fornecidos pelas empresas; ● ● Estimulação luminosa quando perceber que as aves ainda não estão em condições adequadas para isso; ● Boa produção de ovos = programas de alimentação = estimulação luminosa; ● Resposta a estimulação luminosa baseia-se na condição e peso corporal; ● ● Fornecimento de ração ou troca depende da uniformização, que deve ser no mínimo 70%; Liana Ribeiro
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