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Objetivos 1. Conhecer o programa médico sem fronteiras 2. Discorrer o histórico e princípios do SUS 3. Entender as diretrizes (Leis, gerenciamento e financiamento do SUS) 4. Citar outros modelos e comparar o dos EUA com o SUS. Conhecer o programa médico sem fronteiras http://www.msf.org.br/ Médicos Sem Fronteiras (MSF) é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é missão de MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes atendidos em seus projetos. A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto socorriam vítimas em meio a uma guerra civil brutal, os profissionais perceberam as limitações da ajuda humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos, que faziam com que muitos se calassem, ainda que diante de situações gritantes. MSF surge, então, como uma organização humanitária que associa ajuda médica e sensibilização do público sobre o sofrimento de seus pacientes, dando visibilidade a realidades que não podem permanecer negligenciadas. Em 1999, MSF recebeu o prêmio Nobel da Paz. Em situações em que a atuação médica não é suficiente para garantir a sobrevivência de determinada população – como ocorre em casos de extrema urgência –, a organização pode fornecer água, alimentos, saneamento e abrigos. Esse tipo de ação se dá prioritariamente em períodos de crise, quando o equilíbrio anterior de uma situação é rompido e a vida das pessoas é ameaçada. Principios: Independência Médicos Sem Fronteiras é independente: não está atrelada a poderes políticos, militares, econômicos ou religiosos e tem liberdade de ação, decidindo onde, como e quando atuar com base em sua própria avaliação do contexto e das necessidades. Essa independência de ação é garantida por sua independência financeira, já que, de todo o financiamento de MSF, cerca de 90% é proveniente de doações de indivíduos e da iniciativa privada. Imparcialidade Médicos Sem Fronteiras oferece ajuda humanitária e cuidados de saúde àqueles que mais precisam, sem discriminação de raça, religião, nacionalidade ou convicção política. A organização define o público que será priorizado com base, exclusivamente, na avaliação das necessidades de saúde identificadas. A possibilidade de aliviar o sofrimento de indivíduos por meio da ação médica é o que determina a norteia as atividades de Médicos Sem Fronteiras. Neutralidade Em situações de conflito, MSF não toma partido. A neutralidade é crucial para as equipes conseguirem chegar a qualquer pessoa afetada, independentemente do lado do conflito em que esteja. A neutralidade de MSF é possibilitada pela sua total independência financeira de governos ou partes envolvidas em conflitos. Transparência MSF avalia constantemente os projetos que implementa e presta contas à sociedade e aos doadores sobre a gestão dos recursos captados e resultados de suas ações. A origem e utilização dos recursos são apresentadas de forma clara e acessível. Para reforçar esse compromisso, os relatórios nanceiros são auditados por empresas independentes e redigidos em conformidade com os padrões da International Financial Reporting Standards (IFRS). São também publicados relatórios anuais, que http://www.msf.org.br/ http://www.msf.org.br/ http://www.msf.org.br/ trazem o resumo das atividades desenvolvidas em campo e análise crítica dos progressos, obstáculos e aprendizados. MSF também preza pela transparência na relação com seus pacientes e, coerente com essa transparência, informa-os sobre as escolhas que faz e sobre as decisões que toma no que se refere à sua atuação médica. Ética médica As ações de MSF são, acima de tudo, médicas. O trabalho da organização é norteado pelas regras da ética médica universal. Em primeiro lugar, vem o dever de prestar assistência a quem precisa, sem prejudicar indivíduos ou grupos. A ética médica fala de respeito à autonomia e à condencialidade dos pacientes, e também de seu direito a acessar todas as informações necessárias para que possam consentir procedimentos e tomar decisões com respaldo. Cada indivíduo é tratado com dignidade e respeito e recebe cuidados médicos de qualidade. Financeiro tem o compromisso de destinar 80% de todos os recursos arrecadados às atividades de ajuda humanitária que realiza em campo. Os demais 20% são utilizados para despesas administrativas e reinvestidos em ações para captação de recursos. No brasil MSF chegou ao Brasil em 1991, para combater uma epidemia de cólera na Amazônia. Após o controle do surto, a organização permaneceu na região até 2002, promovendo um trabalho de medicina preventiva com tribos indígenas. O projeto na Amazônia foi encerrado após organizações não-governamentais e Distritos Especiais Sanitários Indígenas assumirem o trabalho. Entretanto, foi em 2006 que MSF deu início a atividades que envolviam o recrutamento de profissionais e a captação de recursos financeiros brasileiros para apoiar os projetos da organização pelo mundo. Além disso, as ações de comunicação no Brasil ganharam força, com o objetivo de sensibilizar a população brasileira sobre as crises humanitárias internacionais. No ano seguinte, foi criada a Unidade Médica do Brasil (Bramu, Brazilian Medical Unit), cujo objetivo é prestar suporte técnico em saúde e antropologia aos projetos de MSF no mundo, principalmente àqueles voltados para doenças tropicais negligenciadas e para as consequências da violência urbana para as populações. O escritório de Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Brasil integra a rede de 28 sedes da organização por todo o mundo, que prestam suporte aos projetos de campo por meio da captação de recursos, comunicação, suporte médico e recrutamento de profissionais. Além disso, há uma equipe de Administração e Finanças. As pessoas que trabalham no escritório de Médicos Sem Fronteiras no Brasil não são voluntárias, mas, sim, contratadas da organização. Para trabalhar conosco, eles passam por um processo de seleção, têm carteira profissional assinada e todos os direitos trabalhistas garantidos. A quem ajuda No local, profissionais de MSF analisam, de acordo com o contexto, o número de pessoas afetadas, as necessidades de saúde, as condições de vida, água e saneamento, o ambiente político e a capacidade local de responder ao problema. Assim, a organização toma a decisão de atuar ou não naquele país, determinando as prioridades e compondo a equipe que entrará em ação e os recursos necessários para iniciar o projeto. Quando a atuação se dá em resposta a uma emergência repentina, como uma catástrofe natural, ela pode ser viabilizada entre 48 e 72 horas. Em 1980, a organização passou a utilizar kits personalizados e adaptados para cada contexto, que são pré-embalados e prontos para viagem e são constantemente aprimorados. Os kits contêm medicamentos, suprimentos e equipamentos básicos e atendem desde campanhas de vacinação até a montagem de um hospital inflável. Desastres naturais, epidemias, refugiados e deslocados, exclusão do acesso a cuidados de saúde, conflitos armados. Discorrer o histórico e princípios do SUS http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/ pag 25, 28 O sus surgiu num contexto de redemocratização do pais e com participação inerente da população Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social(INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento, consolidando a lógica de cuidar da doença e não da saúde.O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de 70 como forma de oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros setores da sociedade e pelo partido de oposição da época — o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atual Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em meados da década de 70, com o fim do milagre econômico, ocorreu uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS. Em 1979 o generalJoão Baptista Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e de fato a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a11 de outubro de 1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da década de 80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.A 8ª http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/ Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários motivos. Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689. Enquanto a legislação era feita, foram criados [programas para facilitar a integração e unificação dos serviços de saúde como as AIS Ações integradas de Saúde e o SUDS, reconhecidos como estratégias-ponte para o SUS. A assitencia a saude é livre a iniciativa privada http://www.saude.ba.gov.br/pdf/OS_PRINCIPIOS_DO_SUS.pdf PRINCIPIOS https://sejarealista.files.wordpress.com/2009/12/4-principios-do-sus-06.pdf aqui tem Nesse sentido, o SUS é um projeto que assume e consagra os princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira, o que implica conceber como “imagem-objetivo” de um processo de reforma do sistema de saúde “herdado” do período anterior, um “sistema de saúde”, capaz de garantir o acesso universal da população a bens e serviços que garantam sua saúde e bem-estar, de forma equitativa e integral. Ademais, se acrescenta aos chamados “princípios finalísticos”, que dizem respeito à natureza do sistema que se pretende conformar, os chamados “princípios estratégicos”, que dizem respeito à diretrizes políticas, organizativas e operacionais, que apontam “como” deve vir a ser construído o “sistema” que se quer conformar, institucionalizar.Tais princípios, são,como vocês sabem, a Descentralização, a Regionalização, a Hierarquização e a Participação social. e. Este “conceito ampliado de saúde”, resultado de um processo de embates teóricos e políticos, como foi visto anteriormente, traz com ele um diagnóstico das dificuldades que o setor saúde enfrentou historicamente, e a certeza de que a reversão deste quadro extrapolava os limites restritivos da noção vigente. Encarar saúde apenas como ausência de doenças, nos legou um quadro repleto não só das próprias doenças, como de desigualdades, insatisfação dos usuários, exclusão, baixa qualidade e falta de comprometimento profissional. Para enfrentar esta situação era necessário transformar concepção de saúde, de serviços de saúde e, até mesmo, de sociedade. Uma coisa era se deparar com a necessidade de abrir unidades, contratar profissionais, comprar medicamentos. Outra tarefa é conceber a atenção à saúde com um projeto que iguala saúde com condições de vida. O direito à saúde, nesta visão, se confunde com o direito à vida. Este conceito ampliado, ao definir os elementos condicionantes da saúde, incorpora: • meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc); • meio sócio-econômico e cultural (emprego, renda, educação, hábitos, etc); • a garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e recuperação da saude Ou seja, para se ter saúde é preciso possuir um conjunto de fatores, como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação etc. A saúde se expressa como um retrato das condições de vida. Por http://www.saude.ba.gov.br/pdf/OS_PRINCIPIOS_DO_SUS.pdf https://sejarealista.files.wordpress.com/2009/12/4-principios-do-sus-06.pdf outro lado, a ausência de saúde não se relaciona apenas com a inexistência ou a baixa qualidade dos serviços de saúde, mas com todo este conjunto de determinantes. Entender as diretrizes (Leis, gerenciamento e financiamento do SUS) ● https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653794/artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 artigo 198 diretrizes ‘’As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:’’ aí vem as diretrizes ……….. ● O sistema unico de saúde será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da uniao, dos estados, do distrito federal, e dos municipios, alem de outras fontes. Financiamento solidário União - n pode ser inferior a 15% Estados e distrito federal- ● Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO PAG 29 EBOOK ● Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. LEI 8142 ESQUEMATIZADA https://pt.slideshare.net/FurtadoRogerio/material-esquematizado-n-1-lei-8080-e-814 2-esquematizadas-200-questes FINANCIAMENTO Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realizaição de suas finaldades, previstos em proposta elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos provenientes de: I - (Vetado) https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653794/artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988https://pt.slideshare.net/FurtadoRogerio/material-esquematizado-n-1-lei-8080-e-8142-esquematizadas-200-questes https://pt.slideshare.net/FurtadoRogerio/material-esquematizado-n-1-lei-8080-e-8142-esquematizadas-200-questes II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde; III - ajuda, contribuições, doações e donativos; IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital; V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais. § 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual será destinada à recuperação de viciados. § 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas. § 3º As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). § 4º (Vetado). § 5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem externa e receita própria das instituições executoras. § 6º (Vetado). GESTÃO FINANCEIRA Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. § 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União, além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde. § 2º (Vetado). § 3º (Vetado). § 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu sistema de auditoria, a conformidade à programação aprovada da aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da receita efetivamente arrecadada transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único deste artigo, os recursos financeiros correspondentes às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social. Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos: I - perfil demográfico da região; II - perfil epidemiológico da população a ser coberta; III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede; VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. § 1º Metade dos recursos destinados a Estados e Municípios será distribuída segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, independentemente de qualquer procedimento prévio. (Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012) (Vide Lei nº 8.142, de 1990) § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório processo de migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei serão ponderados por outros indicadores de crescimento populacional, em especial o número de eleitores registrados. § 3º (Vetado). § 4º (Vetado). § 5º (Vetado). § 6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão dos recursos transferidos. LEI 8142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm Citar outros modelos e comparar o dos EUA com o SUS. http://mercadopopular.org/2015/07/entenda-o-sistema-de-saude-publica-dos-eua-sim-ele-exi ste/ Modelo dos EUA Os sistemas públicos são, em ordem decrescente de quantidade de pessoas atendidas, o Medicaid, o Medicare e o Veterans Affairs (VA). À exceção deste, que volta sua atuação para militares aposentados — os veterans –, os outros dois foram criados na década de 1960 a fim de amparar os idosos (Medicare) e a população de baixa renda (Medicaid), após o fracasso dos planos para a implementação de um “SUS norte-americano”. Juntos, os três atendem quase 100 milhões de habitantes, cerca de um a cada três americanos, e, se adicionarmos as clínicas populares e de caridade — que funcionam com repasses públicos, além de algumas doações — e os atendimentos emergenciais subsidiados, chegaremos a uma estimativa de cobertura próxima a 120 milhões de pessoas. Tanto o Medicare quanto o Medicaid apresentam todas as características do sistema de pagador único canadense: os serviços são fornecidos por empresas privadas, mas os custos são pagos pelo governo; uma imensa regulamentação dita o que pode ser ofertado e os preços dos planos de saúde e dos tratamentos médicos são controlados diretamente pelo CMS — Centers for Medicare and Medicaid Services. Financiados por impostos, seus beneficiários quase sempre usufruem de cuidados médicos sem precisar arcar financeiramente nem mesmo parte do tratamento. Em alguns casos, entretanto, há a necessidade de pagamento de apólices de seguro de saúde, algo mais comum no Medicare do que no Medicaid. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm#art47 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm#art3%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm http://mercadopopular.org/2015/07/entenda-o-sistema-de-saude-publica-dos-eua-sim-ele-existe/ http://mercadopopular.org/2015/07/entenda-o-sistema-de-saude-publica-dos-eua-sim-ele-existe/ https://en.wikipedia.org/wiki/Medicaid https://en.wikipedia.org/wiki/Medicare_(United_States) http://www.va.gov/health/ http://kff.org/tag/dual-eligible/ http://bphc.hrsa.gov/ftca/freeclinics/?IsPopUp=true http://www.forbes.com/sites/johngoodman/2013/11/12/president-obamas-health-reform-will-shred-the-safety-net/ http://mercadopopular.org/2015/02/como-ter-um-sus-sem-fila-de-espera-um-breve-manual-sobre-os-sistemas-de-saude/ http://www.cms.gov/ http://www.cms.gov/ Vale ressaltar que o atendimento em casos emergenciais é obrigatório por lei em todos os hospitais americanos que aceitam Medicare, independentemente do convênio médico do paciente — o que significa uma quase universalidade desse tipo de atendimento. Ou seja, se uma pessoa que não tem plano de saúde sofrer um acidente de carro, praticamente nenhum hospital pode recusar-se a atendê-la — contrariamente ao que muitos repórteres e blogueiros divulgam no Brasil. Se o paciente não tiver dinheiro para bancar o tratamento, ou pelo menos parte dele, o hospital arcará com os custos que são normalmente repassados na forma de custos maiselevados para as seguradoras de saúde e para os outros pacientes — havendo, portanto, uma socialização de perdas semelhante a que ocorre no Brasil. Além disso, convém salientar que nenhum sistema de saúde em nenhum lugar do mundo é gratuito. Todos os sistemas de saúde ao redor do mundo possuem custos — e muito altos — que são pagos, geralmente, por meio de, pelo menos, uma destas três formas: planos de saúde; impostos, ou pagamentos diretos. As três formas de financiamento não são mutuamente excludentes, podendo um plano de saúde exigir co-pagamentos de consultas e, concomitantemente, receber subsídios através de dinheiro derivado de impostos, como Obamacare norte-americano. Alternativamente, como ocorre no sistema de saúde francês, o pagamento direto pode ser subsidiado. O que acontece, normalmente, nos países que contam com um sistema de saúde estatal, é que as pessoas não percebem o dinheiro saindo dos seus próprios bolsos para pagar seus próprios tratamentos médicos e caem no conto do vigário de que eles são “gratuitos”. No Brasil, os R$ 106 bilhões de reais destinados à saúde em 2014 saíram do bolso de pagadores de impostos a partir de descontos salariais (Imposto de Renda), de “aluguéis” de suas propriedades pagos para o governo (IPTU e ITR), ou, ainda, de impostos embutidos no consumo (ISS, CSLL, ICMS, etc.), mas as pessoas não viram esse dinheiro ser confiscado abertamente. Como bem lembrou-nos Margaret Thatcher: “o Estado não tem outra fonte de dinheiro senão aquele ganho pelas pessoas. Não existe algo como dinheiro público, apenas dinheiro dos pagadores de impostos https://en.wikipedia.org/wiki/Emergency_Medical_Treatment_and_Active_Labor_Act https://en.wikipedia.org/wiki/Emergency_Medical_Treatment_and_Active_Labor_Act http://www.brasil.gov.br/saude/2014/01/saude-tera-orcamento-de-r-106-bilhoes-em-2014 http://www.brasil.gov.br/saude/2014/01/saude-tera-orcamento-de-r-106-bilhoes-em-2014 https://www.youtube.com/watch?v=xvz8tg4MVpA https://www.youtube.com/watch?v=xvz8tg4MVpA