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CASO CONCRETO 02 - RESPONSABILIDADE CIVIL

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1 Ágatha Fidelis - 201912008191- CC 02 
Estudo de Caso 2 
Menina morre ao receber vaselina na veia em hospital. Estela, 12 anos, foi internada 
com quadro de virose, diarreia, febre e dores abdominais. O médico lhe receitou 
medicamentos e soro na veia. Após receber duas bolsas de soro, Estela começou a 
passar mal na terceira. Só então foi constatado que em lugar de soro estava sendo 
injetada vaselina na sua veia. Maria, a enfermeira responsável pelo atendimento de 
Estela, teria se enganado porque os frascos usados para guardar soro e vaselina são 
semelhantes. (Globo, 7/12/2010) Considerando apenas a conduta da enfermeira 
Maria, indaga-se: o caso é de responsabilidade contratual ou extracontratual? 
Responsabilidade objetiva ou subjetiva? Resposta fundamentada. 
Resposta: O ato praticado é de responsabilidade extracontratual, pois houve 
inobservância de normas gerais de conduta por parte da enfermeira ao aplicar 
inadvertidamente a vaselina na paciente. A responsabilidade pelo dano foi subjetiva, 
pois houve a violação de um dever que o agente deveria conhecer e acatar. 
Não houve intenção de violar o dever jurídico, mas este foi violado por motivo de 
negligência da enfermeira. Como Estela estava internada em um hospital, já havia 
uma relação jurídica preexistente entre eles, logo, é caso de responsabilidade 
contratual. 
 A responsabilidade pessoal dos médicos e profissionais de saúde é subjetiva. 
Houve no caso indiscutível violação do dever de cuidado da enfermeira Maria, o 
que caracteriza a culpa, e culpa grave. Mera semelhança dos frascos de vaselina e 
soro não justifica o erro de Maria pelo contrário, agrava a sua negligência pois, em 
razão da semelhança dos frascos deveria ter maior cuidado. 
 
TJ-MG - Apelação Cível AC 10525140016466001 MG (TJ-MG) 
EMENTA: APELAÇÃO - NULIDADE DA PERÍCIA - INDENIZAÇÃO - ERRO MÉDICO 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA - HOSPITAL - RESPONSABILIDADE PRESUMIDA - 
SÚMULA 341 DO STF - CULPA - DEVER DE INDENIZAR. 
 Inexistindo justificativa legal para que o laudo pericial seja desconsiderado, por não 
haver qualquer indício de inidoneidade profissional do perito, estando suas conclusões 
https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/823395102/apelacao-civel-ac-10525140016466001-mg
 
2 Ágatha Fidelis - 201912008191- CC 02 
fundamentadas em dados concretos e seguras, não há nulidade do laudo. 
A responsabilidade pessoal do médico é apurada mediante verificação de culpa, por 
ser profissional liberal, conforme disposto no art. 14 , § 4º , do Código de Defesa do 
Consumidor . Nos termos da Súmula 341, do Supremo Tribunal Federal, "é presumida 
a culpa do patrão ou do comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto", 
sendo, pois, presumida a responsabilidade do hospital caso se verifique a culpa do 
médico que atua em suas dependências. A obrigação do médico é de meio, de envidar 
todos os esforços para buscar a cura, não podendo assegurar o resultado positivo, que 
depende de fatores inerentes à situação pessoal do paciente. Ausente a prova da 
configuração de erro médico, não se reconhece a obrigação de indenizar. 
 
 
(OAB/Exame Unificado – 2010.3) Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma 
manobra e atinge o muro de uma casa, causando um grave prejuízo. Em relação a situação 
acima é correto afirmar: 
A) Não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade. ) 
B) Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
C) Praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
D) Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa.

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