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Meios Adequados de Resolução de Conflitos

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Meios Adequados de Resolução de Conflitos
 
Atividade avaliativa:
 
Nesse sentido, serão apresentadas quatro situações hipotéticas e você deverá identificar de qual estrutura clássica de resolução de conflito se trata e justificar sua resposta.
 
1. Um homem, deseja que o gerente de um banco lhe dê informações sobre sua conta, o que lhe é negado. Inconformado, começa a agredir o bancário até que o homem consegue a informação.
 
2. Duas pessoas, em sessão de conciliação, acordam sobre o valor e a forma de pagamento de indenização em virtude de abalroamento de veículo.
 
3. Duas pessoas celebraram contrato para compra e venda de veículo, onde incluíram cláusula compromissória de arbitragem. Sobreveio um problema no carro adquirido pelo comprador, e esse acionou a cláusula compromissória e foi chamado um árbitro para resolver o conflito entre os contratantes.
 
4. Em sessão de mediação, onde participava uma família composta por dois pais divorciados e duas filhas, chega-se a um consenso sobre a maneira como se dará a guarda e os alimentos, além de decidirem sobre as visitas.
 
 
Primeiro caso
O Conflito no Banco
 
Este caso é caracterizado como AUTOTUTELA, uma vez que um indivíduo subjuga outro para obter vantagem, e ter êxito em sua empreitada. 
 
Onde na grande maioria das vezes a autotutela também se caracteriza como crime. 
 
A AUTOTUTELA é uma das formas mais primitiva de solução dos conflitos, na qual há o emprego da força por uma das partes, e a submissão da parte contrária. A força pode ser entendida em diversas modalidades: física, moral, econômica, social, política, cultural, filosófica, etc. 
Atualmente, em regra, a autotutela é vedada pelo ordenamento jurídico, sendo considerada crime, conforme previsto no artigo 345 do Código Penal – Decreto Lei 2848/40 
Segundo caso
Abalroamento de veículo 
 
Este caso é caracterizado como AUTOCOMPOSIÇÃO, uma vez que as partes envolvidas no conflito chegaram ao consenso, onde todas as partes saem satisfeitas e em comum acordo. 
 
A AUTOCOMPOSIÇÃO é a forma mais privilegiada na solução dos conflitos. Esta é a forma em que as próprias partes solucionam o conflito por meio de acordo, sem o empenho de força.
 
Quanto à manifestação de vontade, a autocomposição pode ser classificada em unilateral: manifestação de vontade por uma das partes (ex.: renúncia); ou bilateral: manifestação de vontade por ambas as partes (ex.: transação). 
Quanto ao local, a autocomposição pode ser classificada em intraprocessual: dentro do processo (ex.: tentativas de conciliação); ou extraprocessual: fora do processo (ex.: Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo de Trabalho, Comissão de Conciliação Prévia e Mediação). 
A autocomposição é gênero, e tem como espécies a transação, a renúncia e a submissão. 
A renúncia ocorre quando o titular do direito abdica, encerrandoo conflito. A submissão ocorre quando o sujeito se submete à pretensão contrária, ainda que entenda ter o direito. Estas duas formas de solução do conflito não se aplicam ao Direito do Trabalho em função do Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas. O Direito do Trabalho possui normas de ordem pública (ou caráter cogente) que não possibilitam a renúncia do direito referido pelo seu titular. 
A transação envolve o sacrifício recíproco de interesses, tendo três subespécies: a negociação que é a transação entre as ambos , sem a intervenção de terceiros; a mediação, em que há a presença de um terceiro que não oferece soluções (não faz propostas), tendo apenas a objetivo de construir um diálogo entre as partes para que elas mesmas encontrem em comum acordo e a conciliação na qual há a presença de um terceiro que se encontra equidistante das partes, tendo o papel de oferecer soluções
Terceiro caso
Clausula Compromissória
Este caso é caracterizado como HETEROCOMPOSIÇÃO, onde as partes apresentam suas posições perante a um terceiros onde este irá avaliar, e dar luz ao caso identificando qual das partes está correta na sua lide.
 A HETEROCOMPOSIÇÃO é caracterizada por duas ideias: a presença de um terceiro; e que este tenha poder de decisão sobre as partes. Esta é a forma mais conhecida e utilizada atualmente na solução de conflitos, sobretudo por meio da jurisdição, na qual o Estado-juiz dá solução impositiva aos casos concretos. Outro método heterocompositivo, alternativo à jurisdição, é a Arbitragem, que será tratada especificamente neste artigo.
A ARBITRAGEM
 
A arbitragem é prevista pela Lei 9.307/96, sendo uma forma de heterocomposição, portanto tem duas características essenciais: (1) a eleição de um terceiro, que vai solucionar o conflito (o árbitro); e (2) que este tenha poder de decisão sobre as partes (a solução dada pelo árbitro é impositiva).
A arbitragem tem como vantagens: a maior celeridade na solução do conflito; a inexistência de recursos; a existência de maior possibilidade do árbitro ter uma real dimensão do conflito em comparação a um juiz; e a possibilidade de se conseguir uma decisão por equidade*.
Prevalece o entendimento de que a arbitragem é constitucional, uma vez que esta é facultativa, e não obrigatória; o árbitro é escolhido livremente pelas partes; e a sentença arbitral poderá ser discutida perante o Poder Judiciário, em eventuais aspectos de nulidade.
Quarto caso
Litígio familiar
Este caso como elencado acima também se trata de AUTOCOMPOSIÇÃO, onde claramente ambas a partes do conflito chegaram ao consenso no que seria melhor para todas as partes, evitando assim que uma ou as duas partes saiam do caso insatisfeitas como a resolução do conflito
FONTES: 
Código Penal Brasileiro, 1940. 
Código Civil, 2002
Constituição Federal, 1988.
Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

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