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Meios Adequados de Solução de Conflitos

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Métodos Adequados De Soluções De Conflitos – Masc 
Conceitos Geais : 
Tratam-se de métodos não impostos pelo Poder Judiciário e intermediados por uma terceira pessoa, alheia ao conflito, que busca levar as partes a um consenso, evitando um processo forense. Esses meios de solução de conflitos não são finalizados por decisão judicial, mas por um documento redigido pela pessoa competente pela resolução, que pode ser o conciliador, o negociador, o mediador, o árbitro ou o advogado.
A litigiosidade fez o Judiciário brasileiro terminar 2017 com 80,1 milhões de processos aguardando decisão, evidenciando a sobrecarga do sistema.
A morosidade da justiça brasileira é uma das principais reclamações dos cidadãos que precisam utilizar o Poder Judiciário para resolver algum litígio. Processos judiciais podem demorar alguns anos para serem julgados, por isso os meios alternativos de solução de conflitos vêm ganhando espaço entre os operadores do Direito.
Para combater a morosidade da justiça existem os meios adequados de solução de conflitos, capazes de pôr fim aos embates de forma simples, econômica, célere e eficiente.
O uso de outros métodos para a resolução de disputas colabora para o alcance de soluções mais efetivas, justas e rápidas. A conciliação, a mediação, a arbitragem e a autocomposição são meios de resolução dos conflitos não impostos pelo Judiciário.
Devido às suas peculiaridades, é comum que os advogados — inclusive os mais experientes — se confundam sobre a aplicação de cada um desses institutos.
É possível utilizar esses meios para resolver disputas diversas, as quais envolvem desde problemas pessoais entre familiares e vizinhos até questões trabalhistas, societárias, consumeristas, entre outras hipóteses. A principal vantagem de utilizar um desses institutos é alcançar o resultado de forma rápida e confiável.
Por meio do diálogo, o intermediador garante a igualdade entre as partes e a autonomia da vontade delas. De modo geral, nos meios alternativos, os envolvidos detêm o poder de decisão e o profissional que acompanha o caso funciona como um mediador, sem decidir o processo. A arbitragem e a autocomposição são exceções.
O Novo Código de Processo Civil (CPC) incentiva os métodos alternativos para a resolução das disputas, principalmente devido aos crescentes conflitos econômicos globais que também afetam o país. Nesse sentido, o parágrafo 3.º do artigo 3.º do CPC traz previsão da utilização desses meios:
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
Além disso, o §2.º do mesmo artigo dispõe que o “o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos”.
TIPOS DE CONFLITO
Há várias classificações possíveis para os conflitos.
Stephen Robbins (2005), existem conflitos disfuncionais destrutivos, que são os que atrapalham o desempenho do grupo, e os funcionais, que melhoram o desempenho de um grupo ou de uma relação. Sob esta perspectiva, nem todos os conflitos são positivos.
É possível classificá-los, também, de acordo com o nível de abrangência das partesenvolvidas:
• Intrapessoal: conflito no âmbito de uma mesma pessoa.
• Interpessoal: entre pessoas.
• Intragrupal: dentro de um grupo.
• Intergrupal: entre grupos.
Loche (2002, p. 156) divide o conflito em endoconflito (um conflito consigo mesmo) e exoconflito [um conflito no exterior da consciência, da pessoa com outra(s) pessoa(s)].
Robbins (2005, p. 327) classifica o exoconflito em:
• Conflito de Tarefa: conteúdo material.
• Conflito de Relacionamento: como se comporta nas relações interpessoais.
• Conflito de Processo: a forma que é feito o trabalho.
Também é possível classificá-los quanto ao tipo de relação estabelecida entre os participantes do conflito: de vizinhança, familiares,comerciais, escolares, trabalhistas, que envolvem entes públicos.
Os conflitos comunitários podem ser oriundos de cada um destes tipos de relação, pois todas eles envolvem um desconforto presente em um processo de socialização em uma determinada comunidade.
	Classificação de Conflitos
	Quanto aos resultados
	Disfuncionais ou funcionais
	Quanto ao nível de abrangência
	Intrapessoal, interpessoal, intragrupal, intergrupal
	Quanto ao âmbito de manifestação
	Endoconflito ou exoconflito
	Quanto ao teor
	Tarefa, relacionamento ou processo
	Quanto ao tipo de relações
	Vizinhança, familiares, comerciais,
escolares, trabalhistas, que envolvem
entes públicos
Ainda dentro dos Tipos de Conflitos podemos destacar:
· Latentes (não percebidos, escondidos)
· Aparentes (vísiveis)
· Objetivos
· Intersubjetivos
MASC - Caderno de Resumos – Direito 2021
2
Latentes
- Não percebidos
- Implicitos = Ocultos 
Aparente
- percebido ou sentido
- as vezes não tratados
- manifestado com emoções intensas
- percebido por terceiros 
- conflito manifesto
Objetivo
- de valor mensuravel
- questões patrimoniais
- relacionamento anterior existente
Subjetivo
- historia de inter-relações
- contatos futuros
- manifestações intensas 
O profissional que atua na resolução de conflitos precisa de alguma forma identificar o tipo de conflito para aplicar o método consensual mais adequado. 
Quando buscamos o judiciário ou um profissional para solucionar um conflito, como que essas pessoal geralmente estão ? 
- Com certeza de que estão certas
- Carregada de emoções 
Com isso as emoções acabam se modificando e mostrando em suas: expressões, comportamento, raciocínio e na sua forma de escuta.
Existem alguns processos de gestão de conflitos que são conhecidos e aplicados por alguns profissionais, porém o profissional que atua na solução dos conflitos precisa saber sobre conflitologia para que consiga aplicar o melhor método consensual no caso que ele estiver participando.
Alguns desses métodos de gestão que podemos ver são:
- Evitação
- Acomodação
- Competição
- Colaboração
- Compromisso
Evitação 
No estilo de evitamento assume-se uma postura que não é assertiva nem cooperativa, como o nome já sugere, há uma fuga ou até mesmo negação do conflito. Neste estilo, as partes, ou uma das partes, adia o máximo possível o confronto e pode ser útil quando o assunto é corriqueiro, ou quando percebemos que aquela “batalha” não vale a pena, ou, até mesmo, quando irá causar um desentendimento que pode ser desagradável e dispendioso. Basicamente, neste estilo o indivíduo “fecha-se em copas”.
Acomodação
O estilo de acomodação retrata um alto grau de cooperação, neste caso pode funcionar melhor quando as pessoas reconhecem que estão erradas, quando o assunto é mais importante para um dos lados do que para o outro, quando se pretende construir relações sociais que podem vir a ser úteis em outras situações ou quando o importante é manter a harmonia. Como o nome já sugere, neste estilo “vai-se estando”, ou seja, uma das partes abre mão dos seus objetivos.
Competição
Ele reflete a assertividade para impor os seus próprios interesses. É um estilo que é mais usado quando as situações são prioritárias, de maneira rápida e decisiva, que se tornam necessárias e imprescindíveis para uma das partes. Neste estilo o foco é ganhar, pois não há solução que beneficie ambas as partes.
Colaboração
O estilo de colaboração, que pode ser o mais completo, pois reflete um alto grau de cooperação e assertividade. Quando o assunto é importante para ambas as partes este é o estilo mais indicado, utiliza-se a negociação para que cheguem a um consenso e a uma solução onde todos saem a ganhar. O objetivo deste estilo é que, em conjunto, encontrem uma solução que seja boa para as duas partes.
Compromisso 
O estilo de compromisso tem algumas partes do estilo da assertividade e do de cooperação, é parecido com o de cooperação, mas implica que ambos abdiquem de algo. Neste estilo ambas as partes são importantes, ambos têm igualdade de poderes, ambos querem diminuir as diferenças ou querem uma solução temporária, sem que a questão de tempo seja umavariável. No estilo de compromisso há uma procura pela realização parcial do objetivo em prol do fim do conflito, aqui tem de haver “jogo de cintura”.
Tipos de Conflito e Mediação Comunitária
Inicialmente, é importante esclarecer que, na mediação comunitária, trabalharemos apenas os conflitos que envolvam mais de uma pessoa, classificados como exoconflitos, quanto ao âmbito de manifestação. Isso porque, os endoconflitos, conflitos da pessoa consigo mesma, não serão objeto da nossa prática.
Para avaliação das melhores estratégias de compreensão e atuação em uma situação de conflito, partimos da análise quanto ao seu nível de abrangência e quanto aos tipos de relação estabelecidas entre os participantes do conflito.
Alguns autores estudaram contextos ou grupos específicos de conflitos, como é o caso de Robbins (2005), que analisou a ocorrência de conflitos nas organizações.
Outros autores classificam determinados conflitos intergrupais de acordo com o que determina a formação dos grupos - internacionais, entre classes, de gênero, por exemplo. 
Quem classifica os conflitos quanto aos resultados como funcionais ou disfuncionais indica a necessidade de avaliar o conflito como bom ou ruim. O conflito será bom se for funcional e ruim se for disfuncional.
Ao trabalharmos o conceito de conflito, vimos que ele pode ter consequências negativas, a depender de como os envolvidos lidam com ele. Contudo, também é possível que os participantes do conflito satisfaçam as suas necessidades.
Portanto, a nosso ver, é mais adequado classificar como funcional ou disfuncional a forma de lidar com o conflito e não o conflito em si.
A adoção dessa perspectiva, que considera possível alcançar resultados positivos a depender de como as pessoas lidam com os conflitos, levou alguns autores a desenvolverem trabalhos sobre as consequências positivas que podem ser resultantes dos conflitos.
Podemos citar, como exemplo desse grupo de autores, Stephen Robbins, que desenvolveu uma análise do conflito nas organizações ao longo do século XX.
Pode-se dizer que o conflito é um desacordo que ocorre em toda e qualquer relação – eles são componentes dos relacionamentos humanos e não podem, portanto, ser evitados. Sendo assim, o ideal é tratá-los de forma que ele se extraia algo positivo e a relação se fortaleça.
Desde os primórdios da história humana existem conflitos, na forma de guerras
e disputas pelo poder. Porém, a forma de ver os conflitos varia ao longo do tempo.
Vejamos como Stephen Robbins (2005, p. 326) trabalha o desenvolvimento
de algumas visões de conflito no século XX:
• Visão tradicional: prevaleceu nas décadas de 1930 a 1940 e descreve
o conflito como algo ruim que deve ser evitado.
• Visão de Relações Humanas: argumenta que o conflito é uma consequência
natural e inevitável em qualquer grupo, não sendo necessariamente algo ruim, podendo vir a ser positivo no desempenho de um grupo. Existiu de 1940 a 1970.
• Visão de abordagem interacionista: Da década de 1970 até a atualidade.
Propõe não só que o conflito seja uma força positiva, como defende a tese de que o mínimo de conflito é absolutamente necessário
para o desempenho eficaz de um grupo.
De acordo com essa última visão, o conflito pode trazer transformações ao ser humano e à sociedade. No plano individual, há o desenvolvimento de senso crítico,
melhoria da capacidade de gestão da vida, procura de alternativas mais oportunas, criação de um sentimento de respeito para com o outro, amadurecimento pessoal e melhoria da convivência no seio da sociedade. É por meio do conflito, portanto, que as mudanças acontecem. Ele previne que as coisas se mantenham como estão, pois, em geral, as pessoas envolvidas em um conflito
motivam-se para a ação. Sob esta perspectiva, a violência não é o conflito, mas uma das possíveis consequências do mesmo.
Assim, não há que se classificar os conflitos em positivos ou negativos devido à sua associação com a violência, pois isto depende da forma como os indivíduos, por meio de ações e reações, irão lidar com as suas emoções, sejam elas boas ou ruins.
Portanto, não é o conflito, mas as suas consequências que podem ser positivas ou
negativas. Os efeitos negativos de um conflito, tais como stress e ansiedade, provocam
a sua estagnação, enquanto que o efeito positivo do conflito é a superação de um incômodo, criando oportunidades de aprendizado na sua administração.
Concluindo, tradicionalmente, os conflitos são vistos de uma forma negativa, eis que usualmente associado a condutas de confronto e de incômodo, tais como briga, disputa, discórdia, violência, litígio, sofrimento. Nós o convidamos, porém, a associá-lo a possibilidades de crescimento, diálogo, empatia, tolerância e paz.
Manifestação do Conflito – Metafora do Iceberg
É importante observar que nem sempre o surgimento do conflito está associado a questões objetivas e claras, como por exemplo, dois homens com fome disputando um único pão disponível. Muitas vezes, o conflito surge a partir de percepções diferentes dentro de um relacionamento. As compreensões da realidade são parciais e, em geral, ocorrem em um contexto de falha na comunicação. Assim, embora a manifestação objetiva do conflito seja importante, há que se considerar também os fatores subjetivos que acompanham o desenvolvimento de um conflito.
Juan Vezzulla (apud TESE, p. 09):
[...]Duas individualidades confundidas pelas próprias limitações intrapsíquicas, se enfrentam por posições incompatíveis, determinadas pelo desejo de poder mais que o outro, estruturadas numa posição defensiva, cheia de preconceitos, que confunde mais do que esclarece os próprios interesses.
Para uma adequada ilustração do que se afirmou acima, Deutsch Morton (1973) associou as manifestações do conflito – explícito e oculto – à imagem de um iceberg no mar. A parte submersa seria o conflito latente, enquanto que a parte
visível do iceberg, o conflito aparente. Para o autor, nenhum conflito é como se apresenta na superfície, sendo a parte oculta muito maior do que a parte visível.
Conforme indicado na metáfora do iceberg de Morton Deutsh, apenas uma pequena
parte do conflito aparece em sua manifestação. Ao tomar o conflito apenas pela sua parcela aparente, as alternativas se tornam muito limitadas pela falta de conhecimento do que é oculto/latente.
As posições expressas, normalmente, encobrem questões objetivas e subjetivas
importantes. Conforme destacamos anteriormente, para que haja satisfação das
pessoas envolvidas em determinado conflito é preciso compreender as suas necessidades,
as quais raramente aparecem na manifestação do conflito.
Por exemplo, quando em um conflito de casal um dos parceiros fala “não quero
mais que você saia à noite com seus amigos”, limitaremos a nossa compreensão
se nos restringirmos ao pedido “não saia” ou à sua negação “vou sair”.
O conflito pode se referir à necessidade de companhia e carinho de quem pede
ao outro para não sair, ou pode não ter nada a ver com isso, referindo-se à necessidade
de ajuda para cuidar do filho pequeno do casal, ou, ainda, pode estar relacionado a um receio de ser traído ou tantas outras possibilidades. Nesse sentido, as melhores soluções só podem ser criadas caso as pessoas, antes de discuti-las, compreenderem o que exatamente está acontecendo.
Neste mesmo exemplo, quem diz que vai sair pode ter a necessidade de maior
convívio com os amigos, ou de querer descansar, pois em casa não consegue
repousar e sente a cobrança de dar atenção para o parceiro e filho o tempo todo.
Ou, simplesmente, pode querer assistir a um programa na televisão que ocorre
no mesmo horário do programa favorito do parceiro.
Fica claro que, se no caso citado, o interesse de um é ter maior carinho e companhia, e do outro é assistir ao programa de TV, uma solução possível é a gravação de um dos programas para que o casal assista juntos aos dois programas. Essa solução, porém, não se aplica caso o interesse de quem sai seja encontrar os
amigos de infância.
Há que se romper com a dualidade das posições “não sai” x “saio” paraa compreensão
das necessidades de cada participante do conflito, pois o atendimento destas que possibilita a satisfação de todos os envolvidos. Para tanto, o conflito não pode ser conhecido apenas na sua pequena parte aparente.
	Não devemos, contudo, confundir conflito manifesto ou aparente com questões objetivas e o conflito oculto ou latente com questões subjetivas. Conforme pode ser observado nos exemplos, é possível que existam questões objetivas ocultas, como o interesse de assistir a um programa de TV; assim como é possível que qualquer questão subjetiva esteja manifesta, caso seja expressa na situação de conflito – por exemplo, na
posição: “Não quero que você saia, pois sou inseguro e tenho medo de te perder”, o fator subjetivo insegurança é manifesto.
 
Qual é o papel do advogado?
A participação do advogado nos meios adequados de solução de conflitos é imprescindível e está estabelecida no artigo 2.º do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) e no artigo 3.º do Código de Processo Civil. Ambos os dispositivos estão embasados na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), que reconhece o advogado como figura indispensável à administração da Justiça.
Nas sessões de conciliação, mediação e arbitragem, esse profissional utiliza sua capacidade técnica para esclarecer seus clientes sobre o funcionamento do método escolhido. Ele é o mais preparado para informar sobre as vantagens e desvantagens do acordo, bem como os efeitos decorrentes da negociação.
Além disso, diante de algum conflito, muitas pessoas não conhecem a possibilidade de usar meios mais céleres para resolver a disputa. Um profissional capacitado dispõe do conhecimento necessário sobre os métodos e está apto para oferecê-los aos seus clientes.
O excesso de ações na justiça faz com que alguns processos demorem vários anos até serem julgados. Desse modo, os advogados que buscam uma atuação inovadora vêm apostando cada vez mais nos meios alternativos de solução de conflitos para resolverem as lides de seus clientes de forma mais rápida e eficaz. Por isso, opções como autocomposição, mediação, conciliação e arbitragem nunca tiveram tanto destaque.
Os principais métodos adequados de solução de conflitos são:
1) Negociação
2) Autocomposição
3) Conciliação
4) Mediação
5) Arbitragem
6) Autotutela (adversariais/não adversariais / heterocompositivos)
Os métodos adequados de resolução de conflitos não são concluídos por decisão do magistrado, mas sim por um documento redigido ao final pela pessoa competente:
• conciliador,
• negociador,
• mediador,
• árbitro 
• advogado.
Seu teor é fruto do comum acordo entre os envolvidos, gera efeitos, determina obrigações e é passível de homologação pelo juiz.
COMO ELES FUNCIONAM?
É possível utilizar esses meios para resolver disputas diversas, as quais envolvem desde problemas pessoais entre familiares e vizinhos até questões trabalhistas, societárias, consumeristas, entre outras hipóteses. A principal vantagem de utilizar um desses institutos é alcançar o resultado de forma rápida e confiável.
Por meio do diálogo, o intermediador garante a igualdade entre as partes e a autonomia da vontade delas. De modo geral, nos meios alternativos, os envolvidos detêm o poder de decisão e o profissional que acompanha o caso funciona como um mediador, sem decidir o processo. A arbitragem e a autocomposição são exceções.
1) Negociação
A negociação é utilizada para divergências que não necessitam de uma intervenção e nem participação de um terceiro, alheio à situação conflitante. É adequada para aqueles casos que não envolvam afetividade entre as partes, e estas, por meio de um acordo (negócio) resolvem o conflito, que geralmente é de ordem material.
Ainda assim, é salutar mencionar que para utilização desse método pode haver participação dos advogados, que nomeados, exercerão o papel de representantes das partes que estão em conflito, mas, como método autocompositivo não há imposição de soluções por parte de terceiros.
A negociação, um dos métodos alternativos de resolução de conflitos, permite um acordo judicial ou extrajudicial. Esse segundo é preferível, já que não há qualquer envolvimento do Poder Judiciário – a não ser que as partes peçam a homologação do acordo realizado. Nesse caso, a única participação do juiz é fazer com que a Justiça reconheça o entendimento alcançado pelas partes. 
A Negociaão nada mais é do que obter um acordo. A negociação objetiva que as próprias partes cheguem a um consenso. O entendimento deve ser positivo para todos os envolvidos na controvérsia. Trata-se de uma relação ganha-ganha.
O acordo pode ser extrajudicial ou judicial. No primeiro, o acordo é obtido fora do Poder Judiciário. Caso haja descumprimento, o que raramente ocorre, já que as partes chegaram juntas a uma solução por meio da negociação, o processo judicial será resolvido de forma mais rápida. Esse acordo é um título executivo extrajudicial. De acordo com o Código de Processo Civil, a fase de conhecimento não será necessária. Essa é a etapa inicial de um processo – aquela voltada para que o juiz conheça o conflito e os argumentos das partes.
Sendo assim, o processo já avança para a última etapa, a de execução. Ela se caracteriza pela obrigação imediata imposta à parte que desrespeitou o acordo de cumprir os deveres estabelecidos no documento.
Negociação bem-sucedida
Esses dois primeiros passos, de acordo com Randall Ryder, advogado e professor de direito da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, em artigo publicado na Lawyerist, são imprescindíveis para que uma negociação seja bem-sucedida para empresas que atuam em qualquer setor da economia.
O terceiro passo será definido pelas metas traçadas inicialmente. A inteligência obtida com o acesso a números e informações da Justiça é importante aqui. O profissional deve ser capaz de analisar as chances de vitória e derrota em um eventual processo judicial.
Para isso, deve analisar a jurisprudência. Também deve olhar para as decisões proferidas pelos tribunais nos processos que tiveram a empresa como ré. Somente assim, saberá se vale a pena fechar um acordo a qualquer custo. 
Nesse caso, a empresa deve oferecer mais dinheiro e melhores condições de pagamento na negociação. Para agilizar a negociação, o advogado deve elaborar faixas possíveis de acordo. Ao menos três com valores crescentes e condições de pagamento que vão melhorando de uma proposta para a outra.
2) Autocomposição
Esse modo não necessita da participação de nenhuma pessoa de fora do conflito, ou seja, a autocomposição não exige o auxílio de um terceiro imparcial, embora possa contar com a participação dele. Nessa modalidade, as partes buscam a comunicação para resolverem a desavença entre si. A autocomposição pode ser realizada dentro de um processo já em curso ou de forma extrajudicial.
Como exemplo de aplicação desse método, citamos o divórcio em cartório, que pode ocorrer extrajudicialmente quando os envolvidos estão de comum acordo com o término e os termos da dissolução do matrimônio. Se o acordo ocorrer no curso de uma ação judicial, será necessária a homologação pelo magistrado para pôr fim ao litígio.
Uma forma de solução que já existia e continua existindo, e com base na qual o próprio Estado é criado, é a autocomposição. Um equivalente jurisdicional é uma ferramenta processual que não é jurisdição.
A autocomposição é um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interesse por inteiro ou de parte dele. Portanto pode se afirmar que é um ajuste de vontades entre as partes (pressupondo pacificada e liberdade), onde pelo menos uma delas abre mão de seus interesses ou de parte deles. Podendo haver a participação de terceiros (árbitro ou mediador). 
A autocomposição pode ocorrer de três formas (as quais, de certa maneira, sobrevivem até hoje com referência aos interesses disponíveis):
DESISTÊNCIA - consiste em dar início á proteção do Direito lesado ou ameaçado de lesão, e desiste de protegê-lo (renúncia à pretensão).SUBMISSÃO - consiste na aceitação de resolução de conflito oferecido pela parte contraria. (renúncia à resistência oferecida à pretensão)
TRANSAÇÃO - consiste na troca equilibrada e recíprocas entre as partes. (concessões recíprocas)
Todas essas soluções têm em comum a circunstância de serem parciais – no sentido de que dependem da vontade e da atividade de uma ou de ambas as partes envolvidas.
Não se pode, entretanto, concordar totalmente com essa sistematização das formas de autocomposição.
Em primeiro lugar, quanto ao termo "desistência", tomado tecnicamente, tem significado tão-somente processual, de tal sorte que, mesmo se a pretensão for extinta definitivamente, o conflito poderá subsistir. Vide, por exemplo, a perempção (art. 267, V, Código de Processo Civil) e a prescrição (art. 269, IV, Código de Processo Civil), que apenas determinam o posicionamento estatal diante de um conflito ao qual é chamado a intervir. Assim, a desistência pode ser apenas indício de que o conflito cessou, e não representar a própria autocomposição.
Vale lembrar que a desistência não se confunde com a renúncia. O legislador do Código de Processo Civil deixa isso bem claro ao prever está no art. 269, V e no art. 794, III, e aquela no art. 267, VIII.
O mesmo se diga em relação à "submissão", pois, se tomada no sentido de "reconhecimento da procedência do pedido", é apenas fenômeno processual que autoriza o juiz decidir a favor de quem formulou o pedido (art. 269, II, Código de Processo Civil).
Entretanto, se a submissão consistir na própria satisfação pelo réu da prestação que lhe é exigida, aí sim estará terminado o conflito. Se execução estiver em curso, será extinta nos termos do art. 794, I, Código de Processo Civil. Já o pedido em sede de processo de conhecimento não poderá ser apreciado, em razão de carência da ação (art. 267, VI, Código de Processo Civil).
A renúncia é o ato de despojar-se do direito. É uma "declaração unilateral de vontade com que o titular de um direito se retira da respectiva relação jurídica" (CUNHA, 2003, p. 222).
Com a criação do Direito, este entendido no sentido de um tipo de ordenamento normativo, que constitui um sistema completo, coerente e uno de normas com eficácia garantida por meio da força (BOBBIO, 1997), a autodefesa, como se viu, deixa de ser a regra e se torna a exceção como forma de solução de conflitos.
Essa afirmação se faz tendo em vista que, sendo o resultado da livre e espontânea vontade destes, será uma forma efetiva de solução com a seguinte vantagem: não haverá sentimento de injustiça em relação ao acordo firmado, pois "volenti non fit injuria", conforme lembra IMMANUEL KANT (2002, p.252).
A autocomposição é dividida por CANDIDO RANGEL DINAMARCO (2002, p.119-121) em unilateral e bilateral. Dentro daquela estaria a renúncia ou submissão. Nesta, a transação.
3) Conciliação
Nesse método, as partes buscam um acordo que seja vantajoso para os dois lados. Para isso, utilizam a figura de uma terceira pessoa que seja neutra e imparcial ao conflito, chamada de conciliador.
Este é responsável por conduzir o procedimento e, para isso, pode interferir ativamente no processo de conciliação, apresentando proposições e sugerindo soluções. Essa modalidade é usada em situações mais simples, em que os conflitos são eventuais, sem maiores vínculos entre os envolvidos.
4) Mediação
Semelhante à conciliação, a mediação também conta com o apoio de um terceiro imparcial. Entretanto, nesse caso, o mediador não sugere nenhum acordo, apenas auxiliando as partes a restabelecerem a comunicação entre elas para, então, encontrarem sozinhas uma solução amigável.
Essa técnica é aplicada em casos mais complexos e multidimensionais, como nas disputas familiares — como o divórcio —, nas divergências entre vizinhos e demais demandas envolvendo relações interpessoais mais estreitas.
A mediação utiliza algumas estratégias específicas de negociação, como a escuta ativa, o rapport, o parafraseamento e o brainstorming. Essas técnicas são utilizadas para que os envolvidos se sintam mais acolhidos, além de criarem vínculo entre eles e o mediador.
Mediação: Um dos métodos mais conhecidos e utilizados de RD, a mediação é o processo segundo o qual as partes em disputa escolhem uma terceira parte, neutra ao conflito, ou um painel de pessoas sem interesse na causa, para auxiliá-las a chegar a um acordo, pondo fim à controvérsia existente. Nesse espírito, são elas mesmas que encontrarão a solução para o problema, ajudadas, em menor ou maior escala, pelo mediador. Como regra, busca-se a mediação quando as partes não mais acreditam que são capazes de resolver o conflito sozinhas. Pode ser entendida, também, como uma negociação assistida ou negociação expandida. Contudo, o mediador, diferentemente do árbitro dentro do processo arbitral, não profere decisão alguma. 
a. Cláusula de mediação: Cláusula contratual em que as partes concordam em submeter à mediação futuras disputas concernentes às relações contratuais. Essa cláusula tem um teor mais indicativo do que cogente; a idéia é organizar as relações entre as partes de modo que a definição do processo de resolução de disputas ocorra antes que o conflito e o desacordo surjam. Por outro lado, se uma parte tentar utilizar da cláusula para forçar a outra a entrar em uma mediação, pouco ganhará, pois a parte coagida pouco contribuirá em um processo que se baseia essencialmente na cooperação.
b. Co-mediação: Mediação em que dois ou mais mediadores conduzem o processo. Entre os motivos para a adição de outro mediador estão: (1) permitir que as habilidades e experiência de dois ou mais mediadores sejam canalizadas para a resolução da disputa; (2) oferecer mediadores com perfis culturais ou gêneros distintos, de modo que as partes sintam menor probabilidade de parcialidade e interpretações tendenciosas por parte dos terceiros neutros; (3) treinamento supervisionado de mediadores aprendizes.
c. Empoderamento: Fala-se em empoderamento quando o terceiro neutro ampara a parte de modo a capacitá-la a melhor resolver a questão que lhe aflige. Este procedimento, que pode ocorrer através de treinamento em técnicas de negociação e outras formas de amparo, visa a criar uma estrutura que potencialize a resolução vantajosa da disputa para ambas as partes, bem como prepará-las para lidar com disputas posteriores de maneira mais eficiente.
d. Equilíbrio de poder: Distribuição entre as partes da influência sobre o decorrer e o resultado do processo. Na doutrina sobre mediação, há uma corrente que identifica a redistribuição do poder com fins eqüitativos como necessária a uma negociação justa entre as partes; outra corrente propugna a não-intervenção por parte do mediador, considerando a exigência de que este seja neutro ao conflito. 
e. Intensificar: Técnica em mediação na qual o neutro destaca um assunto que vem sendo negligenciado no caso, colocando-o em foco.
f. Mediação avaliadora: Também chamada de mediação diretiva. O mediador, além de ajudar na comunicação, como na mediação facilitadora (ver Mediação, g. Mediação facilitadora), opina sobre as questões de fato e de direito, sugerindo às partes a solução que consideraria mais justa, os termos em que um acordo deveria ser aceito.
Em teoria, pelo fato de ser a opinião de um terceiro desinteressado, a parte em disputa geralmente tende a aceitá-la com mais facilidade do que se fosse dada pelo adversário. O mediador avaliador informa sobre os possíveis resultados da disputa, se levada ao Judiciário.
A mediação avaliadora equipara-se ao que o Conselho Nacional de Instituições de Mediação e Arbitragem (CONIMA) define como "conciliação".
g. Mediação facilitadora: Também chamada de mediação não-avaliadora ou de mediação não-diretiva. O mediador exerce o papel de um facilitador da negociação entre as partes, ou seja, procura focalizar seus interesses, ajudando-as a melhor compreenderem as RD. Nessa modalidade de mediação, o mediador não dá sugestões, não expõe suas opiniões sobre os pedidos das partes, nem sobre as possibilidades deacordo. Ele somente atua de maneira a aproximar as partes, propiciando o entendimento por meio da convergência de interesses que estas demonstrem ao longo do processo. Com isso, passa a existir uma parceria entre elas, pois compõem uma mesma relação, cujo objetivo é a solução da controvérsia existente.
h. Mediador: É um terceiro que ajuda as partes em disputa a alcançar uma solução mutuamente satisfatória, não tendo porém autoridade para impor decisões que obriguem as partes. Espera-se que o mediador seja neutro e imparcial no trato com as partes e que não tenha interesse na causa. Um bom mediador geralmente é alguémtreinado em teoria da negociação.
Não há necessidade que o mediador seja um especialista na área em que age, mas se espera que tenha um conhecimento, mesmo que superficial, das questões em disputa. Observe-se que, quanto mais a função do mediador disser respeito à condução do processo de negociação, menos ele precisa ter conhecimento substancial do que é negociado. Entretanto, se o mediador intervém na questão substancial, necessita de robusto conhecimento técnico. 
i. Neutralidade focal: Em mediação, relaciona-se a uma conduta intervencionista do mediador no sentido de promover equilíbrio entre as partes. A premissa é de que a não intervenção a título de neutralidade pode implicar em favorecimento à parte mais poderosa na disputa.
j. Reunião conjunta: Elemento do processo de mediação no qual o mediador reúne-se com todas as partes, com os fins de ouvir informações, promover discussões abertas e tomar decisões. Ver Mediação, k. Reunião privada.
k. Reunião privada: Elemento do processo de mediação no qual o mediador reúne-se com apenas uma das partes. A reunião privada permite à parte revelar ao mediador informações relevantes à disputa que não gostaria que chegassem ao conhecimento da outra parte. Ao retirar a outra parte da sala, a parte também tende a se sentir menos tensa e mais relaxada, direcionando assim menos energia ao combate infrutífero com a outra parte e mais energia à resolução eficiente da disputa. 
l. Técnicas de balanceamento de poder: Métodos através dos quais o mediador pode alterar o equilíbrio de poder entre as partes com o escopo de distribuí-lo mais eqüitativamente.
As técnicas comumente aceitas de balanceamento consistem em estabelecer um número de regras básicas que vinculem ambas as partes de modo a evitar excessos que intimidem a parte mais fraca. Há também outras técnicas de balanceamento relacionadas ao nível de empoderamento de uma parte, as quais tem sido objeto de discussão quanto a qual é o grau de intervenção lícito ao mediador de modo a não comprometer sua imparcialidade e desinteresse na causa. 
Mediação Forense: Programa de mediação administrado e mantido pelo Poder Judiciário. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios possui um programa de mediação comunitária em que é incentivada a resolução de disputas por mediadores extraídos da própria comunidade e treinados pelo Tribunal.
Mediação indireta (shuttle mediation): Há situações em que qualquer contato direto entre as partes será certamente contraproducente para os resultados da mediação. É o caso de partes que nutrem tamanha animosidade que a mera visão da outra parte é suficiente para ensejar hostilidades mútuas.
Nessas situações, é recomendável o uso da mediação indireta. Consiste ela em uma série de reuniões particulares, nas quais somente o mediador e uma das partes estejam presentes. A reunião conjunta é evitada. Busca-se assim impedir que uma parte tome decisões irrefletidas e improdutivas devido a medo ou rancor que possua em relação à outra.
Mediação vítima-ofensor: Consiste na interação, facilitada por um mediador, entre a vítima e o perpetrador de um crime. O objetivo é fechar as feridas sociais e psicológicas decorrentes do delito.
Mediação narrativa: É uma abordagem ao processo de mediação que envolve a construção, pelas partes, de uma nova versão (história) da situação de conflito. O objetivo é interpretar-se os fatos a partir de um discurso livre de preconceitos ou dominação. Esperase que a nova percepção do conflito capacite as partes a identificar pontos de acordo e possibilidades de solução da disputa e de melhoria da convivência posterior.
A mediação narrativa estabelece três fases pelas quais passam as partes: (1) envolvimento no processo, (2) desconstrução da história saturada de conflito e (3) construção de uma história alternativa. Essas fases não são estágios fixos e ordenados – pode a parte transitar livremente entre eles. A idéia é que o processo permita que as partes libertem-se de formas arraigadas de pensar o conflito, escapando assim das usuais acusações mútuas de responsabilidade e má-fé. Ao se afastar a história saturada de conflito, torna-se mais provável que as partes identifiquem pontos em comum e interesses compartilhados que permitam dar à disputa uma solução que seja integrativa de seus interesses.
A mediação narrativa busca dar maior controle da situação de conflito às partes, empoderando-as de modo a possibilitar a reavaliação dos fatos decorridos e, conseqüentemente, a reinterpretação desses fatos em uma perspectiva voltada à reação produtiva face à situação. Busca-se, portanto, não só tratar da disputa em questão, mas também capacitar as partes a compreender a realidade de conflitos de modo mais construtivo e proveitoso.
Escolas Clássicas e Modelos de Mediação 
A Mediação regida pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada, a mediação apresenta quatro escolas clássicas.
Escolas Clássicas de Negociação aplicáveis à Conciliação e Mediação
1) Escola Linear de Havard - Tradicional-linear (Willian Ury)
2) Escola Circular de Mediação (Sarah Cobb)
3) Escola de Bush (negociação) e Folger (comunicação) - Modelo Transformador
4) Escola de Mediação Avaliativa
1) Escola Linear de Havard - Tradicional-linear (Willian Ury)
Uma dos mais tradicionais métodos de conciliação e mediação é o traçado pela Escola linear de Harvard, segundo a qual, baseando-se nas análises conceituais de posições e interesses, desenvolve-se em cinco etapas:
a) Contracting: fase na qual o conciliador/mediador tem o primeiro contato com as partes ou seus representantes. Nesta fase inicia-se a contratação, ou seja, são analisados pelos envolvidos os parâmetros, regras, custos, e enfim os limites da atuação da conciliação ou mediação. É a fase de contratação, portanto;
b) Developing Issues: nesta fase comumente é utilizada a técnica escutatória ou de questões reflexivas ou mesmo investigativa com a utilização concomitante ou não da técnica de caucus (conversas particulares com as partes ou seus representantes sem a presença da parte oposta); Assim agindo o conciliador/mediador identifica e clarifica ás partes quais são os pontos controvertidos, posições e interesses dos envolvidos.
c) Looping: Fase pela qual o conciliador/mediador propõe questionamentos reflexivos (não só investigatórios ou afirmativos) de modo que as partes possam identificar, por cada uma, mediante suas próprias reflexões qual a melhor solução para o impasse. Esta fase é mais aprofundada e busca a efetiva participação reflexiva das partes e/ou seus patronos/representantes. É comum que o mediador, ao escutar a resposta de uma das partes, repita-a para as partes de modo que elas mesmas possam ouvir e refletir o resultado de suas respostas de modo que a reflexão seja realizada de forma bastante profunda e eficaz na solução do conflito. Pode ocorrer de que a parte ao ouvir a sua resposta repetida pelo mediador, proceda a novas explicações gerando uma segura compreensão dos fatos, posições e reais interesses defendidos pelas partes (rephrasing e reframing).
d) Brainstorming: Sim. Nesta fase as partes remontam e analisam as informações colhidas nas fases anteriores, juntamente entre elas próprias ou mesmo auxiliado pelo mediador/conciliador. As partes devidamente cientificadas de seus reais interesses, obstáculos,dificuldades e parâmetros impostos pela parte adversa, poderá com maior segurança efetuar uma proposta, com maior viabilidade de aceitação. Registre-se que, nesta fase, ambas partes poderão proceder a propostas, bem como o conciliador/mediador, com a máxima cautela para que não sejam engessados os termos conciliatórios, eis que a manifestação do conciliador/mediador deve acontecer apenas após completa reflexão das partes já com a apresentação de propostas negociativas.
Registre-se que a atuação do mediador é meramente passiva, podendo auxiliar as partes a refletirem quanto aos benefícios do acordo e nos limites das posições e interesses.
e) Drafting the Agreement: É a fase meramente escritural. É o momento em que as propostas aceitas são registradas em documento físico ou mesmo eletrônico. Entendemos que, embora tenham sido realizadas todas as fases acima descritas, as negociações podem ser reabertas a qualquer tempo, sempre em busca da Cultura da paz.
2) Escola Circular de Mediação (Sarah Cobb)
Este modelo defendido por Sarah Cobb, diferentemente do modelo linear de Havard, busca a reflexão continua através de todas as formas de comunicação, verbais e não verbais e suas narrativas e convicções percebidas. É circular narrativo na medida em que as partes são intentadas a exporem as questões controvertidas, notadamente no que se refere ao íntimo (interesse real), muito além da mera posição de conflito. Busca uma certa interação entre as narrativas das partes a fim de que estas possam, de forma aprofundada (empowerment) solucionar o impasse atingindo o mais íntimo interesse, e repita-se, não só as posições das partes, mas uma busca do entendimento e compreensão mútua das narrativas das partes. Há uma busca pela reorganização e simetria na aceitação das narrativas como ponto de zona de acordo.
O Manual de Mediação da Defensoria Pública, publicado pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação e Ministério da Justiça preconiza que:
"O modelo de mediação denominado Circular-Narrativo, preconizado por Sara Cobb, pauta seu trabalho na transformação das narrativas trazidas pelos mediandos.
As teorias sobre narrativas ensinam que as pessoas vivem suas vidas através de histórias. Ao construir sua história pessoal, cada indivíduo seleciona, de todos os eventos que viveu, aqueles que, para ele, formam uma sequência que assume determinado significado. Nesse processo, deixa de lado os aspectos que entende como menos relevantes. As histórias que cada um conta sobre si funcionam como fator de construção de sua realidade e identidade. A partir das histórias que conta, cada pessoa forma uma percepção sobre si própria e sobre os demais, e toma as decisões necessárias sobre sua vida.
Da mesma forma, cada um dos mediandos constrói sua história acerca do conflito com base nos seus valores, sua cultura, suas experiências familiares, sua subjetividade. O mediador respeita e legitima visões aparentemente opostas do conflito, já que o ponto de vista pessoal de cada um dos mediandos é uma perspectiva legítima.
Se, de um lado, as pessoas constroem suas realidades pautadas em suas histórias, de outro, o caminho inverso pode ser percorrido: por meio da reorganização dessas histórias, podem transformar sua realidade e suas relações. O trabalho do mediador, no modelo Circular-Narrativo, é justamente nesse sentido.
Como foi dito, ao contar uma história, o narrador seleciona alguns eventos que, ligados em uma sequência lógica, assumem um determinado significado – essa é a história dominante. No contexto da desavença, o mediando provavelmente trará para a mediação uma narrativa eminentemente negativa e adversarial sobre a história da relação. O mediador sabe que essa é somente uma dentre uma gama de histórias que podem ser contadas sobre a relação dos mediandos. Ao ouvir dos mediandos suas diferentes versões sobre a história da relação e do conflito, o mediador se engaja na identificação de histórias alternativas.
O mediador fica atento a possíveis elementos omitidos da narrativa e, por meio de perguntas, auxilia os mediandos a recuperar esses elementos, a fim de construir histórias alternativas de cunho positivo. Mediadores buscam momentos em que a relação funcionou; momentos em que os mediandos utilizaram seus recursos para resolver desavenças de maneira produtiva174; questionam acerca dos valores possivelmente defendidos com ações que foram interpretadas de maneira negativa; atentam para as partes da narrativa que se distanciam da história dominante e para as pequenas contradições e omissões – nenhuma história é imune a elas. Esses temas são desenvolvidos com a finalidade de desestabilizar as histórias dominantes. Perguntas desagregadoras e perguntas circulares auxiliam na desestabilização das histórias oficiais e na construção de uma história alternativa na qual os mediandos se percebam como coprotagonistas da construção e da resolução do conflito.
A história alternativa que se busca é aquela com a qual ambos os mediandos conviverão de maneira mais confortável, criando, por meio da percepção do coprotagonismo, novas possibilidades para perceber sua relação e, com isso, também, um caminho para sair da situação de conflito."
3) Escola de Bush (negociação) e Folger (comunicação) - Modelo Transformador
Esta Escola não busca essencialmente a realização de um acordo. Desenhada por Robert Barush Bush e Joseph F. Folger, ela dispõe, em verdade, de técnicas de negociação e comunicação para atingir a transformação psicológica das partes envolvidas, independentemente da lavratura de um acordo em si. Há uma indução reflexiva para que a ocorrência do empowerment pelas partes a fim de que elas próprias possam solucionar o empasse. Conciliam-se, de forma aprofundada em seus relacionamentos e, não necessariamente, quanto a questão controvertida posta em Juízo ou fora dele.
Também trabalha-se de forma circular, ou seja, não linear, na qual a causa e o efeito do conflito não são necessariamente os limites de atuação da conciliação/mediação. Nesta Escola valoriza-se as técnicas negociais e a comunicação verbal e não verbal. Assim, as partes, com o auxílio do mediador auferem cada qual um posicionamento relacional de pacificação com o qual poderá atingir ou não um acordo.
A mediação, nesta Escola, visa, notadamente, à pacificação das relações intrapessoais sem a limitação traçada pela Escola de Havard, podendo as partes transformar seu status psicológico (interesses - emocionais, econômicos, legais, etc) a fim de solucionar o conflito de interesses. Importante ressaltar que a atuação do mediador é o mínimo possível, apenas contribuindo para a reflexão e identificação dos interesses garantindo-lhes uma maior autonomia na composição. Aqui há dois pontos importantes para a análise: 
- empoderamento mútuo para tomas de decisões adequadas e satisfatórias, e;
- reconhecimento mútuo em prol da humnização das realações.
Em nosso sentir, este é o método de mediação que mais se adequa ao conceito de Justiça Coexistencial (3.a. Onda), pois não se volta necessariamente ao passado remontando fatos, mas analisa-se a conciliação para o futuro, trabalhando as relações interpessoais entre os envolvidos.
Segundo o Manual da Mediação da Defensoria Pública, publicado pela Escola Nacional de Mediação e Conciliado - Ministério da Justiça, p. 100 (nota de rodapé): 
" A Mediação Transformativa, modelo preconizado por Bush e Folger (BUSH, Robert; FOLGER, Joseph: La promesa de mediación: cómo afrontar el conflito a través del fortalecimento próprio e el reconocimiento de los otros. Buenos Aires: Paidós, 1996), vê o conflito como uma oportunidade de crescimento no âmbito pessoal e relacional. O modelo trabalha sob os parâmetros do empowerment (livremente traduzido como “empoderamento”) e recognition (“reconhecimento”, em uma tradução livre). O recognition se realiza em grande parte por meio da conexão empática com o outro. O foco do trabalho é o fortalecimento da capacidade de cada um dos mediandos de, por um lado, perceber suas necessidades, gerar recursos e tomar decisõesconscientes e responsáveis (empowerment) e, por outro, de reconhecer no outro um ser humano com necessidades próprias, merecedor de preocupação e consideração (recognition). "
4) Escola de Mediação Avaliativa
Os juristas norte-americanos, na busca por uma diferenciação mais efetiva entre conciliação e mediação e as diferentes modalidades de mediação propriamente dita, elaboraram, entre outros, o conceito de mediação avaliativa, utilizada em situação na qual um terceiro imparcial pode vir a ser convocado pelas partes para opinar sobre o conflito. Nesse caso, o mediador, por seus próprios méritos, deve avaliar o que é importante na discussão e se as partes necessitam de uma orientação, podendo vir a elaborar, sugerir ou dirigir uma solução.
A alternativa para esse modelo avaliativo de mediação seria a mediação facilitativa, na qual o mediador utiliza-se de técnicas e estratégias para favorecer diálogo entre as partes, procurando justamente facilitar a comunicação entre as mesmas.
No Brasil, a modalidade facilitativa é a mais aplicada, já que evidencia mais o diálogo entre as partes e uma participação mais ativa do mediador em incentivá-las a alcançar um acordo. Tanto assim que nos Estados Unidos, ainda é polêmica a aplicação da modalidade avaliativa, já que a imparcialidade de um terceiro é de difícil reconhecimento e, caso não possa ser atestada, pode vir a causar danos à mediação e seus objetivos., já que foca mais em alcançar um acordo do que efetivamente promover um entendimento entre as partes em que ambas fiquem satisfeitas até certo ponto.
Portanto, a mediação avaliativa é uma boa opção apenas quando o único objetivo é fazer um acordo e “encerrar o assunto” rapidamente, emulando uma decisão de Tribunal.
5) Arbitragem
Desde a Antiguidade já se utilizava meios diversos de solução de conflitos entre tribos e comunidades indígenas. Antes do nascimento de Cristo e da criação da figura do juiz estatal,já era utilizado a arbitragem. Assim como nos mostra Thiago Rodovalho:
“A arbitragem é um método de solução extrajudicial de conflitos. Assim, podemos conceituar a arbitragem como sendo o processo através do qual a controvérsia existente entre as partes é decidida por terceiro ou terceiros (árbitros) imparciais, e não pelo Poder Judiciário (juízes).”
Em meados do século XX, os meios adequados para solução de conflitos foram vistos como a melhor solução para problemática com relação a demora e a falta de efetividade das decisões do Estado. Em 1934, pode se dizer que foi o ano do surgimento da conciliação, com a reforma da Consolidação das Leis do Trabalho, criando assim as Juntas de Conciliação e Julgamento, que subsequentemente foram extintas.
A Lei 9.307/1996 foi o marco inicial para a arbitragem no Brasil, todos os esclarecimentos e os pontos mais importantes foram regulamentados na referida Lei. Nela fica definido quem pode ser árbitro (qualquer pessoa capaz, maior de 18 anos com discernimento e que possa exprimir sua vontade e que tenha a confiança de ambas as partes envolvidas na discórdia), que prevalece a vontade das partes. Porém, bem antes da promulgação da lei 9307/1996, os conflitos internacionais já eram utilizados com a arbitragem na solução de conflitos entre Nações.
Esse meio tem alguma semelhança com o processo judicial, pois as partes estabelecem que a disputa será decidida de modo discricionário por uma terceira pessoa. A principal diferença é que a arbitragem não enfrenta a morosidade do Judiciário, ocorrendo em uma Câmara Arbitral.
Dessa forma, o árbitro — eleito pelos litigantes — atua nessa espécie de “tribunal particular”, conduzindo a demanda de maneira impositiva. A escolha da arbitragem como forma de resolução do conflito ocorre por meio de cláusula de compromisso contratual previamente acordada entre os contratantes.
O processo arbitral inicia-se em virtude de um consenso das partes, o qual pode ocorrer após o fato causador da disputa, por intermédio do compromisso arbitral. Esse consenso pode também ser explicitado em um contrato por meio de uma cláusula compromissória. Todavia, cumpre destacar que contratos de adesão com cláusulas prevendo a arbitragem como método de resolução de controvérsias poderão ser, nesse ponto, anuláveis, se houver a imperfeita manifestação de vontade das partes 
Ao término do processo de arbitragem, chega-se a uma decisão arbitral que, no Brasil, produz os mesmos efeitos de uma sentença proferida no Poder Judiciário e tem validade de título executivo judicial. 
a. Arbitrabilidade: De acordo com a Lei n.º 9.307/96, só poderão constituir objeto de arbitragem os litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. São disponíveis os direitos cujo exercício não seja imposto por norma cogente. Em termos gerais, pode-se dizer que serão arbitráveis as causas (1) concernentes a matérias não especificamente reservadas pelo Estado por conta do resguardo dos interesses fundamentais da coletividade e (2) nas quais as partes possam dispor acerca do bem objeto do litígio.
b. Arbitragem de incentivo: Planejada para garantir o adimplemento espontâneo da sentença arbitral, a arbitragem de incentivo consiste no processo arbitral que contenha cláusula prevendo uma dedução ou desconto caso a parte sucumbente cumpra a decisão arbitral espontaneamente. Em geral, o árbitro comunica sua decisão às partes indicando que se a parte sucumbente efetuar o pagamento decorrente de sua condenação em prazo estipulado, tal valor terá uma dedução em função de seu adimplemento espontâneo. Cumpre destacar que, para existir tal incentivo em uma arbitragem, as partes devem, de forma expressa, dispor sobre o prazo para cumprimento e o valor da dedução por adimplemento espontâneo no compromisso arbitral ou na cláusula compromissória.
c. Arbitragem de oferta final: Usada principalmente em disputas versando sobre direito comercial ou empresarial, o mecanismo de oferta final em arbitragem consiste na prática das partes, individualmente, submeterem ao árbitro propostas de decisão. Ao término do processo arbitral, o árbitro escolhe, sem fazer alterações, uma dessas propostas como sua própria decisão. Esse mecanismo surgiu para ser usado quando se pretende reduzir o campo de atuação (ou discricionariedade) do árbitro. Em virtude dessa modificação no processo arbitral, é comum as partes fazerem ofertas consideradas pelas mesmas como justas, pois pretendem persuadir o árbitro a escolhê-las. Assim, evitase que as partes demandem, na arbitragem, valores acima do que realmente pensam ser corretos ou justos.
Uma interessante variação da arbitragem de oferta final consiste na prática de não se divulgar as propostas de decisão das partes até que o árbitro tenha decidido questões de fato e de direito. Neste caso, juntamente com as primeiras juntadas de documentos, as partes entregam ao árbitro ou à instituição administradora envelopes lacrados com as propostas. Após a comunicação da decisão do árbitro, elas, em sua presença, abrem os envelopes e verificam qual proposta prevalecerá como sentença arbitral, ou seja, verifica-se qual proposta mais se aproximou da "pré-decisão" arbitral. Denomina-se essa variante de arbitragem de oferta-final às cegas.
d. Arbitragem delimitada (bracketed arbitration): Consiste no método alterado de arbitragem segundo o qual as partes convencionam, em compromisso arbitral, que o árbitro deverá decidir dentro de limites previamente negociados pelas partes. Esses limites costumam ter origem em outros métodos de RD nos quais não houve acordo.
e. Arbitragem institucional: Arbitragem conduzida sob as regras de um órgão permanente e imparcial, nacional ou internacional. Essas instituições provêem diversas facilidades à arbitragem, oferecendo lista de possíveis árbitros, espaço para a realização do processo, regras de procedimento, etc. A referência a uma instituição de arbitragem é uma escolha útil na medida em que permite às partes valerem-se da experiência de uma instituição especializada ao mesmo tempo em que economizam tempo na definição das regras a serem aplicadas.No Brasil, a Lei n.º 9.307/96, em seu artigo 5º, admite a possibilidade de reportaremse as partes, na cláusula compromissória, às regras de uma câmara de arbitragem.
f. Arbitragem não vinculante: Forma de arbitragem em que a decisão proferida pelo árbitro não é obrigatória para as partes, ou seja, as partes podem escolher se aceitam ou não a senteça arbitral. Diferencia-se da mediação avaliadora por envolver ritos e procedimentos organizados. Ver Mediação Avaliadora.
g. Arbitragem permanente: Forma de arbitragem que, ao invés de ser instituída ad hoc em face de um caso concreto, é estruturada de modo a resolver disputas continuamente no decorrer do relacionamento.
h. Arbitragem por eqüidade: A arbitragem por eqüidade consiste no processo segundo o qual as partes em disputa escolhem uma terceira parte, neutra ao conflito, ou um painel de pessoas sem interesse na causa para analisar e decidir questões tendo como fundamento para suas decisões não necessariamente o direito a elas aplicável, mas o conceito de justiça e eqüidade que o árbitro venha a ter.
i. Arbitragem requerida judicialmente: Empregada em disputas em que há controvérsias sobre questões procedimentais que impedem o início do processo arbitral (por exemplo, foro, árbitro ou câmara arbitral), a arbitragem requerida judicialmente trata-se do processo arbitral com intervenção do Judiciário, para resolver tais questões.
O requerimento judicial para que se inicie uma arbitragem é muito comum em disputas nas quais houve, na cláusula compromissória, obscuridade quanto ao foro, número de árbitros, câmara arbitral e outros detalhes procedimentais.
j. Árbitro : É um terceiro indicado pelas partes para solucionar a controvérsia impondo uma decisão para o caso concreto. O árbitro geralmente é alguém com ampla experiência em resolução de disputas ou com profundos conhecimentos sobre o objeto do conflito.
k. Cláusula arbitral vazia: É aquela que não dispõe acerca de elemento essencial do processo de arbitragem. O sistema brasileiro admite que o árbitro decida todos os detalhes do processo que não foram determinados pelas partes. Assim, só será considerada vazia a cláusula que não dispuser acerca das indicações para a nomeação dos árbitros. 
l. Competência do árbitro: Tem o árbitro, em decorrência da autonomia da cláusula compromissória (ver Lei n.º 9.307/96, art. 8º, caput e parágrafo único), a possibilidade de decidir controvérsias referentes à convenção de arbitragem. Relacionase esta disposição com o princípio da Kompetenz-Kompetenz, segundo o qual o árbitro é competente para decidir sobre a eficácia e extensão dos poderes a ele conferidos pelas partes por via de cláusula compromissória ou compromisso arbitral. Observe-se que no Brasil a decisão do árbitro quanto à existência, validade, extensão e eficácia da convenção de arbitragem pode ser discutida judicialmente.
m. Convenção de arbitragem: Trata-se de um negócio jurídico destinado a estatuir que lides determinadas ou determináveis sejam subtraídas da jurisdição estatal e entregues a uma instância arbitral. Destarte, produz dois efeitos: o negativo, que retira a competência da via judicial estatal para julgar o mérito da causa, e o positivo, que confere a um tribunal arbitral ou a um árbitro a atribuição jurisdicional de solucionar a lide. A convenção de arbitragem pode se apresentar de duas formas: ou como compromisso arbitral, ou como cláusula compromissória. Uma das diferenças entre as duas formas reside no seu objeto. Enquanto o compromisso arbitral abrange disputas existentes e perfeitamente delineáveis, isto é, uma controvérsia já surgida entre as partes, a cláusula compromissória alcança um conflito futuro eventual, ou seja, ela é genérica e submete à arbitragem todas as disputas que possam surgir de uma determinada relação jurídica entre as partes.
n. Execução da sentença arbitral: No Brasil, assim como na maioria dos ordenamentos que admitem a arbitragem, o árbitro não tem poder para forçar a execução de sua decisão. A decisão, entretanto, tem validade de título executivo judicial (art. 584, VI do Código de Processo Civil), o que permite sua execução pelo Poder Judiciário.
o. Laudo arbitral: É o ato do árbitro que põe fim à arbitragem, decidindo as questões de fato e de direito a ele conduzidas pelas partes em conflito. 
p. Sentença Arbitral). No Brasil, contudo, tem-se utilizado o termo sentença arbitral para se referir à decisão do árbitro que encerra o processo, sendo essa a nomenclatura adotada na Lei nº 9.307/96. Na Colômbia, a legislação de processo utiliza as duas expressões indistintamente, assim como fazia a lei italiana antes da reforma de 1994. França, Bélgica e México preferem a utilização do termo sentença arbitral, enquanto Espanha, Peru, Uruguai e, a partir de 1994, a Itália, consagraram em seus ordenamentos a locução laudo arbitral. Ver Arbitragem, p. Sentença Arbitral.
p. Sentença arbitral: É o ato do árbitro que põe fim à arbitragem, decidindo as questões de fato e de direito a ele levadas pelas partes em disputa. A sentença arbitral deverá conter, como as sentenças proferidas por juízes togados: a) relatório, utilizado para se resumir o litígio, as principais ocorrências e fases do processo arbitral, além da qualificação das partes; b) motivação, em que o árbitro indicará os fundamentos de sua decisão; e c) dispositivo, cujo fim é o de expor os comandos que representam o ato decisório em si.
Como quarto requisito da sentença arbitral tem-se a data e lugar em que foi proferido. Esse último elemento é muito importante, pois conforme a legislação brasileira, é nacional a sentença proferida no território brasileiro, e estrangeira a proferida fora dele.
q. Terceiro árbitro: Podem as partes estabelecer que cada uma terá direito a escolher um dos árbitros que formarão o painel encarregado da decisão. Nesse caso, o terceiro árbitro é aquele membro neutro do painel, escolhido por acordo entre as partes, por acordo entre os árbitros apontados pelas partes ou por decisão de instituição de arbitragem contratada.
Arbitramento: Consiste em um aperfeiçoamento da vontade dos contratantes realizado por terceiro a quem é dado o poder de fixar, no lugar das partes, um elemento do contrato. A especificação deste elemento pelo arbitrador é necessária ao contrato em formação e obriga as partes contratantes. O termo não se refere a um processo de resolução de disputas, dado que ao arbitrador não é atribuída a tarefa de resolver uma controvérsia, mas sim de preencher um vazio percebido no contrato.
6) Autotutela (Adversariais/Não Adversariais / Heterocompositivos)
A autotutela (ou autodefesa) é a forma pela qual uma das partes, por meio da força, soluciona o conflito pela submissão da outra parte. Esse método, em regra, é vedado pelo ordenamento jurídico pátrio. (FARACO, 2014). Nesse sentido:
A autotutela (ou autodefesa) é a forma mais primitiva de solução dos conflitos, na qual há o emprego da força por uma das partes, e a submissão da parte contrária. A força pode ser entendida em diversas modalidades: física, moral, econômica, social, política, cultural, filosófica, etc. Atualmente, em regra, a autotutela é vedada pelo ordenamento jurídico, sendo considerada crime, conforme preleciona o artigo 345 do Código Penal Brasileiro (CP). 
(FARACO, 2014).
Quando o conflito é solucionado através da intervenção de um agente exterior à relação conflituosa original ocorre a heterocomposição. (SENA, 2007). Por outro lado, quando as partes resolvem o conflito através do consenso, sem o emprego da força, utiliza-se da autocomposição. (FARACO, 2014). Conforme o exposto:
Os mecanismos de solução de conflitos dividem-se em meios heterocompositivos e autocompositivos: aqueles são prestados através de terceiros, seja pela tutela jurisdicional (juiz ou tribunal) ou por um árbitro; nestes as próprias partes constroem a solução para os seus conflitos, através do consenso direto (negociação); com a ajuda de um terceiro interveniente e facilitador (conciliação), ou com o apoio de um terceiro assistente e facilitador(mediação). (NUNES, 2016, p. 39)
A junção dos sistemas hetero e autocompositivos forma o sistema multiportas, que se complementa e permite ao cidadão a escolha do que mais se adequa à solução do conflito. (NUNES, 2016, p.38).
A proposta da resolução não-adversarial, exigência da convivência globalizada, fez ressurgir a negociação e diversificar seu espectro de atuação. Assim como a negociação uniu-se às teorias da comunicação humana e, posteriormente, a outros pilares teóricos recriando a Mediação na forma como a conhecemos hoje, uniu-se também a outros recursos de administração e solução de desacordos dando origem a instrumentos híbridos de resolução de conflitos. A Arbitragem, a Mediação, a Resolução Judicial e a Negociação compõem os ingredientes básicos dos mais recentes instrumentos em Resolução de Conflitos.
O leque de recursos negociais que hoje conhecemos possibilitou que nos distanciássemos de escolhas dicotômicas para administrar nossas contendas – Negociação ou Resolução Judicial, Mediação ou Arbitragem – e nos aproximássemos de eleições feitas sob medida para o nosso conflito ou a nossa questão. Adequação do instrumento à contenda é hoje a expressão de ordem quando tratamos de resolução de disputas. O A das ADRs – Alternative Dispute Resolution, no original – já pôde representar o termo Amicable e, mais recentemente, a palavra Appropriate. Quando dispomos de um leque de opções para dirimir nossas contendas podemos pensar em adequabilidade. É como possuirmos dois pares de sapatos e dois ternos, ou alguns pares e alguns ternos.
O Sistema Multiportas de Resolução de Conflitos (Multi Doors System), adotado já por alguns estados americanos, integra o painel de opções da American Arbitration Association e da Câmara de Comércio Internacional – CCI, entidades renomadas no campo da resolução extrajudicial de controvérsias. Ele oferece recursos customizados, tendo sido alguns deles formatados para atuar preventivamente, resolvendo o conflito durante a sua construção, ou antes dela – resolução em tempo real (just in time resolution).
Refletindo a tendência mundial de personalizar os produtos e a necessidade global de atuar em tempo real ao invés de postergar, estocar (vide os parques industriais das montadoras de automóveis que abrigam seus fornecedores para que sejam alimentadas na exata medida das necessidades de um determinado momento da produção), os métodos de resolução de conflitos adequam-se a essa época e às suas tendências.
Reunindo componentes da Resolução Judicial, da Negociação, da Mediação e da Arbitragem, o Mini-Trial convoca o painel formado por um terceiro imparcial eleito pelas partes e por executivos seniores de empresas em desentendimento e distanciados da questão em tela a analisar a defesa apresentada pelos advogados das empresas em questão. Após a referida defesa, a solução pode advir da negociação direta efetivada pelos executivos integrantes do painel, da Mediação entre eles coordenada pelo terceiro imparcial ou de seu laudo arbitral. Esse processo de resolução admite que as sucessivas tentativas de negociação, segundo a ordem descrita, sejam realizadas ou que haja a eleição de uma ou parte delas, conforme determinem as partes.
Utilizando-se dos norteadores da Perícia Técnica, da Resolução Judicial e da Arbitragem, a Avaliação Neutra de Terceiro (Factfinding / Neutral Evaluation)oferece a possibilidade de auxiliar as partes que pretendem negociar ou resolver judicialmente uma contenda a conhecerem a tendência da resolução. O parecer técnico, não vinculante, oferecido por um terceiro imparcial eleito pelas partes pode ser utilizado como base para uma negociação direta entre elas, ou para a escolha de um outro método de resolução. Alguns contextos têm convidado Juízes de Direito aposentados para esse lugar de terceiro imparcial e denominado o instrumento de Rent a Judge.
Os contratos que envolvem múltiplas partes podem valer-se de métodos de resolução de disputas praticados em tempo real e norteados pela expertise de terceiros imparciais, por técnicas de Negociação e de Mediação. Os Review Boards, compostos por um painel de imparciais eleitos pelas partes integrantes de um contrato, acompanham o desenvolvimento de projetos e oferecem possibilidades de resolução para os impasses surgidos durante a sua execução. Na construção civil, esses painéis têm sido denominados de Partnering.
Ainda com relação a múltiplas partes, como é o caso dos conflitos advindos de questões ambientais, a montagem de um processo de resolução que combine diferentes métodos de solução de conflitos pode ser de reconhecida utilidade. Cada vez menos podemos estar presos à idéia de que só existe uma possibilidade de solução para determinada questão, e as questões negociais que envolvem a preservação do meio ambiente são situações-exemplo.
A idéia de atuarmos preventivamente na formação de conflitos fez surgir uma outra possibilidade de resolução em tempo real conhecida como Sistema de Manejo de Conflitos (SMC), instrumento que vem sendo utilizado por algumas empresas. Esses sistemas implicam em mudança cultural na forma de lidar com as diferenças e as desavenças internas e aquelas ocorridas nas interfaces empresariais – relações com os stakeholders. Os SMCs propõem que as diferenças e as desavenças citadas sejam manejadas e administradas dentro dos muros empresariais antes de ganharem exterioridade. Eles atuam como espinha dorsal, atravessando toda a extensão da empresa e contemplando todos os seus segmentos. Convidam os integrantes da empresa, e também seus stakeholders, a tentarem a negociação direta e a mediação já praticadas na empresa – workplace mediation – antes de buscarem os mesmos instrumentos fora dela, deixando a resolução judicial como opção extrema. A idéia dos SMCs está pautada na Mediação, em norteadores de soluções cooperativas e não-adversariais – tal qual a gestão cooperativa – e na co-autoria de decisões.
A Arbitragem integra também o sistema multiportas de resolução de controvérsias e pode estar precedida pela Mediação ou a ela estar formalmente articulada em um processo denominado Med-Arb. A composição Med-Arb pode ser previamente eleita pelas partes, em comum acordo, e solicitar do mediador que arbitre sobre a questão em tela caso a Mediação não possibilite a construção de acordos, ou restem temas por decidir em função de acordos parciais. Esse processo tem sofrido críticas por parte de alguns e suscitado defesa por parte de outros. Os que criticam assinalam a possibilidade de distanciamento da imparcialidade do terceiro imparcial durante a fase de Mediação pelo fato de estar predestinado a atuar como árbitro. Os que defendem ressaltam o fato do processo ser eleito pelas partes e relembram que o terceiro imparcial por elas escolhido foi considerado qualificado a ser imparcial na ocupação da dupla função.
Vale ressaltar que o último texto do Anteprojeto de Lei de Mediação Paraprocessual inclui o sistema multiportas como recurso a ser utilizado pelo Juiz na audiência preliminar em que o acordo não for alcançado. No texto estão citadas a Mediação, A Arbitragem, a Conciliação e a Avaliação Neutra de Terceiro como possibilidades.
LIDE 
Lide, na concepção mais clássica (Carnelutti), corresponde a um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. Trata-se do núcleo essencial de um processo judicial civil, o qual visa, em última instância resolver a Lide (conflito) apresentada perante o juízo.
Entretanto, atualmente, já se percebe que a concepção de Carnelutti já não atende as teses jurídicas mais modernas, pois, se segundo ele, a jurisdição visa resolver uma lide, já se sabe, hoje, que é possível haver jurisdição sem a sua presença. Significa dizer que é perfeitamente possível um processo judicial que não tenha como objetivo resolver conflitos, a exemplo de um processo para simples alteração do nome da pessoa.
É um erro comum entre os estudantes de Direito iniciantes confundir Lide e Facultas agendi (direito subjetivo). O primeiro termo corresponde ao núcleo do processocivil, enquanto o Direito Subjetivo existe como um conjunto de prerrogativas reconhecidas pelo estado e que não necessariamente precisam ser exigidas perante um tribunal.
Compor a Lide significa resolvê-la conforme os mandamentos da ordem jurídica, quer dizer, resolver o conflito segundo a vontade da lei. Aquela operação, o processo, portanto, a série de atos coordenados, se destina a obter a atuação da lei, dessa forma compondo a Lide.
A Lide se estabelece entre dois sujeitos, titulares de interesses contrários, uma a pretender subordinar o interesse do outro ao próprio e outro a opor resistência a essa pretensão.
O art. 128 do Código de Processo Civil toma o conceito de lide em um sentido processual. Isso significa que importa ao processo apenas o que foi trazido pelas partes na causa de pedir e no pedido. Questões que, embora presentes na lide social (Carnelutti) não foram trazidas ao processo, não serão objeto de análise pelo juiz. O mérito da causa corresponde à lide processual.
Em uma petição inicial, a lide está descrita justamente na descrição dos fatos. Isso porque a lide não é um fenômeno jurídico, mas sim social, pois ela não é criada pelo Direito, mas acontece no mundo dos fatos.
De fato, a existência da lide, no sentido original de Carnelutti, justifica a necessidade de um mecanismo destinado a resolvê-la (o processo), mas isso não quer dizer que a lide vá necessariamente gerar um processo. Mais do que isso, ainda que essa lide seja o germe de um processo, isso não significa que, ao ser apresentada ao Judiciário, ela tenha a mesma conformação. Só para ilustrar, imagine que as partes estejam em conflito relativamente ao valor de 100. Isso pode fazer com que uma delas vá a juízo, gerando um processo, para discutir esses 100, ou, eventualmente, para discutir 80 ou 50. Independentemente dos motivos que levem a parte a exigir apenas 80, do ponto de vista do processo (ou, melhor dizendo, do juízo), o que realmente importa são os 80 que foram pleiteados. Aquilo que efetivamente foi pleiteado é que tem relevância do ponto de vista do processo.
O fato de a lide de Carnelutti ser, no final das contas, “pré-processual”, levou a doutrina a tentar elaborar um conceito de lide que servisse ao processo, propriamente dito. Nesse sentido, o antigo Código de Processo Civil (Lei 5.869/73), na sua exposição de motivos, ao se referir a “lide” expõe que tal vocábulo é utilizado como sinônimo de mérito (conceito que pode ser entendido como aquilo que efetivamente se pediu em juízo). Essa equiparação de lide a mérito (= pedido), numa tentativa de processualizar o conceito, teve inspiração em Enrico Tullio Liebman, outro jurista italiano cuja doutrina teve forte repercussão no Brasil. Como disse Liebman em um de seus estudos, “o conflito de interesses não entra no processo tal como se manifestou na vida real, mas só indiretamente, na feição e configuração que lhe deu o autor em seu pedido”.
	SIGLAS IMPORTANTES DENTRO DO MASC 
	ADR´S
	Alternative Dispute Resolution
	
	Métodos de Resolução Alternativa de Disputas
	Masc´s
	Meios Alternativos de Resolução de Conflitos
	Mesc´s
	Meios Extrajudiciais de Solução de Conflitos
	Rad´s
	Resolução Alternativa de Disputas
	Rad´s - CNJ
	Resolução Alternativa de Disputas
	FMP
	Fórum de Multiplas Portas (EUA)
Tribunal Multiportas 
Multidoor Ourthouse
	
	A FMP foi criada nos EUA pelo prof. Frank Sanders
	NUPEMEC
	Nucleos Permanentes de Métodos Consencuais de Solução de Conflitos
NUPEMEC
- planejamento e implemetação da politica pública judiciária de tratamento de conflitos
- implementação dos Centros Judiciários De Solução De Conflitos E Cidadania – CEJUSC
- interlocução com outros orgãos
- incentivar ou promover a capacitação de mediadores e conciliadores.
CEJUCS
- Centros Judiciários De Solução De Conflitos E Cidadania – CEJUSC
- sessões e audiências de conciliação e mediação
- a cargo de conciliadores e mediadores
- atendimento orientado ao cidadão comum.
- O interessado vai pessoalmente
- em casos de acordo, o juiz já faz a homologação do acordo
- em caso de não comparecimento de uma das partes, a reclamação é arquivada
- as duas partes são convidadas para tentarem firmar um acordo – seja ele através de uma conciliação
JEC
- ações mais simples( menor complexidade
- a pessoa saíno ato com a data marcada da conciliação (audiência)
- não há processo
- o nome usado no JEC é “Reclamação”
- No JEC que é feito o encaminhamento das pessoas para as audiências de conciliação
- Momento = judicial
- MEI ( micro empreendedor individual pode usar o JEC tambem)
JUIZADO CÍVEL
- as partes são encaminhadas para audiência de mediação / conciliação
- ação judicial ( há necessidade de um advogado)
- as partes podem contratar conciliadores ou mediadores para a resolução do problema
- é utilizado o CEJUSC para que se tenha um local (extrutura) para a mediação.
Juizados Especiais
	CEJUSC (Pré Processual)
	JEC (Processo)
	JUIZO CÍVEL (Judicial)
	- Pré Processual
	- Sessão de Conciliação
	- Audiência de Conciliação e mediação
	- Processual
	
	
	** casos encaminhados pelo juizo cível
	Audiência de instrução e julgamento
	- Encaminhamento ao CEJUSC ou auxiliares escolhidos
	- Para Ações Cíveis
	
	- Ações Cíveis
	- Direito de Familia
	- Causas Cíveis 
	- Direito da Familia.
	**OBS: Como é pré-processual é chamado de “reclamação”, não tem julgamento, não é necessário advogado e é feita uma mediação/conciliação
	**OBS: Causas cíveis de até 40sm (salários minimos vigentes) e até 60sm.
-Reparação de Danos, ação de despejo, consumidor e etc.
	
	
	
	
ameaça
medo
sensações
estratégia

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