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1
3B
GeografiaAula 
09
Setor de Serviços I
No contexto atual do mundo globalizado, observa-se a tendência de 
cada vez mais aumentar a oferta de serviços. Mas o que leva de fato a essa 
observação?
Nos anos que sucedem o contexto das revoluções industriais, há processos 
de modernização em curso, tanto na atividade industrial (associada à expansão 
da atividade, maior necessidade de matérias-primas e energia, mas uma mu-
dança significativa dentro das indústrias, no “chão das fábricas”, com adoção 
de novos modelos de produção a exemplo do Fordismo, do Toyotismo e mais 
recentemente do Volvismo), quanto no campo, o que acarreta uma redução 
considerável do número de postos de trabalho nesses setores.
DIVISÃO DA ECONOMIA
SETOR ATIVIDADE
Primário Extrativismo, agricultura, pecuária
Secundário Indústria
Terciário Comércio e serviços
Com a modernização dos setores secundário e terciário, muitos trabalha-
dores buscam ocupação no setor terciário, gerando a terceirização da eco-
nomia, aumentando a participação na composição do PIB global, reduzindo 
os custos das empresas principalmente com manutenção de patrimônio. Tal 
processo foi expressamente observado em países emergentes a exemplo do 
Brasil, que apresentou um crescimento maior desse setor a partir dos anos 
1960, com o processo de expansão da fronteira agrícola e grande inserção de 
tecnologia no meio rural e população predominantemente urbana apresen-
tando grande crescimento. 
 A modernização agrícola é um dos fatores que impulsiona a ter-
ceirização da economia.
Atividades de 
destaque no 
setor terciário 
da economia
Turismo
A atividade turística é uma das 
que mais cresce no mundo atual, 
juntamente com o comércio de pe-
tróleo. Isso se deve principalmente 
às melhorias das leis trabalhistas que 
ocorrem no pós-Segunda Guerra 
Mundial, juntamente com a moder-
nização e evolução dos sistemas de 
transportes, que permitem cada vez 
mais deslocamentos e agilidade. 
Segundo a OMT (Organização 
Mundial do Turismo), o turismo é, 
por definição: “a atividade do viajante 
que visita uma localidade fora de seu 
entorno habitual, por período inferior 
a um ano, e com propósito diferente 
do exercício de atividade remunerada 
por entidades do local visitado”.
O turismo tem um papel impor-
tante na transformação do espaço 
geográfico e nas articulações entre 
os lugares, já que estimula a relação 
de uma série de empresas através 
do comércio, do estímulo de vários 
serviços (transporte, hotelaria, etc.). 
Vale destacar os investimentos em 
infraestrutura que são realizados, 
para efetivar uma área com potencial 
turístico em uma área atrativa turis-
ticamente. Ocorre então a transfor-
mação de um lugar (de seus aspectos 
culturais e naturais) em um “produto”, 
que, obviamente, é comercializável.
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2 Extensivo Terceirão
A exemplo disso, podemos citar nos últimos anos 
a realização de megaeventos como Copa do Mundo 
e Olimpíadas, que atraem muitos investimentos, 
contribuem com melhorias do equipamento urbano, 
deixando um “legado” dos jogos.
 São Paulo foi uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 
2014.
Alguns tipos de turismo
• Turismo de negócios: normalmente associado a ci-
dades globais, já que é por essas cidades que passa 
boa parte dos capitais que circulam no mundo e 
apresenta inúmeras oportunidades de investimen-
to. São Paulo é a cidade de maior destaque dentro 
do cenário nacional.
• Turismo histórico/cultural: procurado por aque-
les que têm interesse em enriquecimento cultural 
associado ao desenvolvimento intelectual e social. 
• Turismo religioso: exemplos: Meca, Vaticano, Apa-
recida e Nova Trento; 
• Turismo de sol e praia: normalmente sazonal, no 
período de temporada (férias);
• Turismo radical: procurado por praticantes de es-
portes radicais como surfistas, mergulhadores, raf-
ting e windsurfing;
 Praticante de surf na Barra da Tijuca (RJ).
• Ecoturismo: é o segmento de atividade turística que 
utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e 
cultural, buscando incentivar a conservação. 
 A chapada diamantina (BA) é um dos destinos procurados no 
Brasil para a prática do ecoturismo.
Segundo o Ministério do Turismo, São Paulo, Rio 
de Janeiro e Rio Grande do Sul são os três estados mais 
procurados por turistas estrangeiros (destacam-se 
argentinos, paraguaios e uruguaios). Santa Catarina 
também recebe muitos turistas.
 Florianópolis (SC) é uma das cidades que mais recebe turistas.
Vale destacar também a ideia do citymarketing, em 
que se divulga uma ideia, um conceito da cidade, para 
atrair não apenas turistas, mas também investidores. Nes-
se sentido, Curitiba e Barcelona são duas das cidades que 
trabalham muito bem esse conceito nos últimos anos.
 Curitiba é conhecida internacionalmente pelas políticas de pla-
nejamento urbano e pelo slogan de “capital ecológica”.
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Aula 09
3Geografia 3B
DIVISÃO DA SOCIEDADE EM SETORES
PRIMEIRO 
SETOR
SETOR PÚBLICO
(GOVERNO)
CARACTERÍSTICAS: 
Investimentos dos impostos 
(diretos e indiretos) arreca-
dados para prestar serviços 
públicos de qualidade à sua 
população.
SEGUNDO 
SETOR
SETOR PRIVADO
(MERCADO)
CARACTERÍSTICAS: 
É o conjunto de atividades 
que não são controladas 
pelo Estado, em que se ob-
jetiva benefício econômico 
através dos bens e serviços 
ofertados.
TERCEIRO 
SETOR
ENTIDADES
(ORGANIZAÇÕES 
DA SOCIEDADE 
CIVIL)
CARACTERÍSTICAS: 
Organizações, fundações ou 
associações não governa-
mentais, que não objetivam 
fins lucrativos, mas que 
pressionam os Estados a 
cumprir sua constituição 
ou ainda revertem em 
benefícios para a sociedade. 
Podemos destacar a atuação 
das ONGs.
Vale observar que ocorre a intersecção entre os se-
tores, que trabalham muitas vezes em conjunto. A partir 
disso, temos:
 • da intersecção do primeiro setor com o segundo 
setor, temos as empresas de economia mista 
(como, por exemplo, a Petrobras);
 • da intersecção do primeiro setor com o terceiro 
setor, observamos as autarquias (universidades, 
institutos, conselhos);
 As universidades públicas são autarquias, e estão fundamenta-
das no tripé “ensino, pesquisa e extensão”.
 • da intersecção do segundo setor com o terceiro 
setor, temos as fundações (como, por exemplo, 
Instituto Positivo).
 O Instituto Positivo in-
veste em projetos sociais 
voltados para o setor 
educacional
Economia do compartilhamento 
e colaborativa
Apoiadas em iniciativas que visam a consumo cons-
ciente e sustentável, e beneficiadas pelos avanços de 
comunicações via internet e dispositivos móveis (sites e 
aplicativos), a partir dos anos 2000 surgiram diversas ativi-
dades nas quais pessoas e empresas promovem a venda de 
artigos usados ou o empréstimo/aluguel de bens, ou ainda, 
oferecem serviços em oportunidades vantajosas. Tais ações 
configuram a economia compartilhada e colaborativa.
Segundo o site do SEBRAE (Serviço Brasileiro de 
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Santa Cata-
rina (https://blog.sebrae-sc.com.br – Acesso: 05 out 
2019), a economia compartilhada “é um ecossistema 
socioeconômico que se baseia no compartilhamento 
de recursos humanos, físicos ou intelectuais. Envolve 
1o. Setor
Governo
2o. Setoro
Privado
3o. Setoro
Entidades
Governo Federal
Governo Estadual
Governo Municipal
Empresas Ltda
SA
Capital Aberto
Capital Fechado
Cooperativa
Fundação
O Boticário
Instituto S&A
Instituto Itaú
Fundações
Públicas
Conselhos
Regionais
Empresas de Economia
Mista Sistema “S”
(SENAI, SENAC) 
Autarquias
Entidades Ambientais
Entidades Filantrópicas
Associação de Classe
Clubes de Serviços
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4 Extensivo Terceirão
etapas como criação, produção, distribuição, comércio 
econsumo compartilhado de bens e serviços por 
diferentes pessoas e organizações com o propósito de 
transformação social.
Diante da instabilidade econômica do Brasil nos últi-
mos anos, a economia compartilhada vem conquistando 
cada vez mais as pessoas. Isso é ótimo para os empre-
endedores, que têm em mãos um mercado com grande 
quantidade de serviços e produtos a serem oferecidos, 
com custo relativamente menor de investimento”.
Também pelas informações do SEBRAE/SC, a eco-
nomia compartilhada/colaborativa tem as seguintes 
características: 
 • Acesso de bens e serviços: modelo em que as pesso-
as pagam para acessar um bem ou serviço durante 
algum tempo.
 • Redistribuição: modelo baseado no remanejamento 
de mercadorias que não estão sendo mais usadas 
para lugares onde existe demanda.
 • Estilo de vida colaborativo: modelo que busca a contra-
tação de comunidades de pessoas, e tem como objetivo 
final compartilhar bens, serviços, espaço, tempo etc.
São exemplos significativos de iniciativas da econo-
mia compartilhada os serviços de alugueis de quartos 
“Airbnb”, o serviço de aluguel temporário de bicicletas/
patinetes “Yellow”, e o aplicativo de caronas de longa 
distância “BlaBlaCar”. 
Testes
Assimilação
09.01. (FGV – SP) – Analise o gráfico a seguir, a curva sorri-
so, que mostra as atividades que se desenvolvem em uma 
cadeia de valor.
CURVA SORRISO
Inovação Branding
P&D
Design
Marketing e 
distribuição
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Pro
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Desenvolvimento, produção, distribuição e suporte
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ad
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Suporte
pós-venda
Dentre as atividades apresentadas na curva sorriso, a econo-
mia brasileira destaca-se
a) nos setores de maior valor agregado.
b) na produção de commodities.
c) na produção de peças e componentes.
d) nas fases de desenvolvimento dos produtos.
e) nos segmentos pós-produção.
09.02. (FATEC – SP) – O estado de São Paulo contribui com 
aproximadamente 30% para o Produto Interno Bruto (PIB) 
do Brasil. O setor terciário da economia é responsável por 
cerca de 70% do PIB paulista. No estado de São Paulo, esse 
setor se caracteriza por
a) englobar a maior rede bancária do Brasil.
b) apresentar o maior rebanho ovino do Brasil.
c) concentrar a maioria das indústrias de base do Brasil.
d) cultivar mais da metade dos alimentos consumidos no 
Brasil.
e) produzir mais da metade dos minerais exportados pelo 
Brasil.
09.03. (FCMSJF – MG) –
Disponível em: <http://www.hypeness.com.br/2015/05/economia-
colaborativa-como-o-senso-de-comunidade/>. Acesso em: 30 abr. 2017.
“Consumo colaborativo, também conhecido por 
economia colaborativa ou economia compartilhada, é 
um ecossistema socioeconômico construído em torno 
do compartilhamento de recursos humanos, físicos e in-
telectuais. (...) A economia colaborativa inclui a criação, 
produção, distribuição, comércio e consumo comparti-
lhado de produtos e serviços por diferentes indivíduos 
e organizações. Compartilhar, emprestar, alugar e trocar 
substituem o verbo comprar no consumo colaborativo”. 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Consumo_colaborativo>. Acesso em: 22 abr. 2017.
O objetivo do consumo colaborativo é: 
a) valorizar os hábitos mais sustentáveis.
b) incentivar o comércio nas pequenas cidades. 
c) tornar mais rígida a estrutura da oferta e demanda. 
d) separar os consumidores daqueles que são fornecedores.
09.04. (UFRGS) – Leia o segmento abaixo.
Após oscilar entre leves subidas e descidas, o dólar 
fechou em alta, o que renova o valor máximo desde 
2002 nesta sexta-feira (11 de setembro), aproximan-
do-se mais cedo dos R$ 3,90.
Fonte: <http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/09/apos-leves-variacoes-
dolarfecha-em-alta-e-renova-maxima-dede-2002.html>. Acesso em: 14 set. 2015.
Aula 09
5Geografia 3B
Considere as afirmações sobre as consequências da alta do valor do dólar na 
economia brasileira.
I. O turismo nacional pode ser impulsionado pela vinda de turistas estrangeiros, 
atraídos pelo real mais baixo, bem como pelos turistas brasileiros que trocam 
os roteiros internacionais pelos nacionais.
II. A indústria que importa matéria-prima em dólar tem custo de produção eleva-
do, o que aumenta os preços dos produtos para não haver perdas, contribuindo 
para pressionar a inflação.
III. A indústria que gasta em reais para produzir e vende em dólares beneficia-se com o 
aumento da moeda, pois os preços dos produtos ficam mais competitivos no exterior.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.
d) Apenas I e II. e) I, II e III.
Aperfeiçoamento
09.05. (FUVEST – SP) – No mundo virtual, milhões de pessoas falam, compram, 
compartilham dados e se reúnem para tratar dos mais variados assuntos. Nas 
figuras, os números mostram a movimentação média, em 1 minuto, de algumas 
das principais empresas e ferramentas de internet nos anos de 2015 e 2017.
 
Disponível em: <http://www.excelacom.com/>. Adaptado.
Sobre a internet e os números mostrados nas figuras, é correto afirmar:
a) Após um crescimento até a primeira década do século XXI, as ferramentas na 
internet apresentaram estagnação de utilização nos últimos anos.
b) Para todos os governos do mundo, independentemente do regime, a demo-
cratização da internet é uma ação estratégica. 
c) O controle de dados e informações é descentralizado, o que confere equani-
midade aos países membros da ONU.
d) A internet está em constante e rápida mudança, com novas ferramentas apa-
recendo com contribuições relevantes, enquanto outras vão perdendo espaço.
e) Empresas do ramo de serviços têm apresentado crescimento acentuado, o 
que não é observado em relação a empresas do ramo de entretenimento.
09.06. (ETEC – SP) – A geografia do turismo é fundamental para o estudo das 
transformações do turismo. No caso de Jericoacoara, houve uma ocupação do 
espaço muito intensificada na última década, devido a uma intensa campanha 
de marketing e mesmo pela presença na mídia que buscava apresentar as bele-
zas de um lugar, inicialmente simples, de poucas acomodações e difícil acesso. 
Tendo em vista o exposto até o momento, indique a alternativa que trata de 
modo correto a questão da transformação do espaço geográfico e sua relação 
com o turismo. 
a) Construções ligadas ao turismo, 
introduzidas em uma localidade, 
não compõe as transformações 
geográficas por serem obras hu-
manas. 
b) O espaço geográfico é mutável, 
mas sofre transformações de cau-
sas naturais, e não se consideram 
as mudanças introduzidas por 
humanos. 
c) O problema com as dunas de Jeri-
coacoara é uma questão relativa ao 
meio ambiente e, portanto, foge 
do campo de estudo da geografia. 
d) A transformação no espaço geo-
gráfico em Jeri só poderá ser 
avaliada a partir do momento em 
que o turismo se consolidar defi-
nitivamente.
e) As paisagens turísticas são as por-
ções visíveis do espaço geográfico 
e acabam por compor a constitui-
ção dos lugares turísticos.
09.07. (UFPR) – Assinale a alternativa 
correta.
a) O setor primário recebe essa deno-
minação por operar com padrão 
tecnológico mais simples do que 
os demais setores.
b) O setor secundário compreende as 
indústrias responsáveis pelo pro-
cessamento de recursos naturais e 
é o setor econômico que responde 
pela maior parte do PIB nos países 
desenvolvidos.
c) O setor terciário abrange as ativi-
dades de prestação de serviços e 
sua expansão é determinada pela 
urbanização e pela modernização 
das atividades produtivas.
d) O comércio constitui o setor qua-
ternário e sua importância eco-
nômica é maior em países de 
grande extensão territorial e muito 
populosos, devido ao alto custo de 
circulação de mercadorias nesses 
países.
e) O setor terciário é predominante 
na composição da População 
Economicamente Ativa (PEA) em 
países subdesenvolvidos, como o 
Brasil, devido à debilidade do setor 
industrial, situação inversa à que 
existe nos países desenvolvidos.
6 Extensivo Terceirão
09.08. (UEM – PR) – Considerando as afirmações a seguir,assinale a alternativa correta sobre as atividades econômi-
cas do setor terciário.
I. O setor terciário, especialmente nos países desenvolvidos, 
é o que mais cresce e o que mais absorve mão de obra. 
Ele é considerado o grande empregador do século XXI.
II. Muito amplo, o setor terciário engloba serviços mo-
derníssimos, como institutos de pesquisas científicas e 
tecnológicas, universidades e hospitais, setor financeiro, 
publicidade, comunicações, entre outros.
III. À semelhança dos outros setores, inúmeras atividades 
desenvolvidas no setor terciário, tais como os serviços de 
bancários, de trabalhadores de escritório, de datilógrafos, 
de arquivistas etc., também estão sendo eliminadas ou 
automatizadas.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Todas as afirmações estão corretas.
e) Nenhuma das afirmações está correta.
09.09. (UNCISAL – AL) 
Brasil: nível de ocupação por setor de atividade 
jan/jun 2013 em grupos de mil pessoas
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3.672
1.751
4.392
3.716 3.858
1.417
4.141
Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 30 nov. 2013.
O gráfico mostra a População Economicamente Ativa (PEA) 
distribuída por setores de atividade no Brasil, demonstrando 
que o processo de modernização das atividades produtivas e 
o desenvolvimento tecnológico modificaram radicalmente a 
forma como a população se insere no mercado de trabalho. 
Hoje as atividades
a) industriais ganham novo fôlego e passam a ofertar mais 
empregos, sem exigência de grande qualificação.
b) comerciais são as que mais geram empregos, ofertando 
quase o dobro das atividades industriais.
c) domésticas, com a nova lei que regulamentou a profissão, 
tendem a aumentar o número de trabalhadores.
d) de serviços, público e privado, são as maiores responsáveis 
pela geração de empregos.
e) do setor de construção civil concorrem com a indústria 
na geração de novos empregos.
09.10. (IFBA) –
Participação dos setores da 
economia no PIB do Brasil
AGROPECUÁRIA
5,6%
INDÚSTRIA
23,4%
SERVIÇOS
71%
Fonte: <http://avaranda.blogspot.com.br/14>
É possível afirmar, a partir do gráfico, que a divisão entre 
as atividades econômicas que compõem o PIB de um país 
realiza-se em três setores. Marque a alternativa correta com 
relação ao PIB Brasileiro:
a) O Brasil é um país urbano e, portanto, as atividades rurais 
não contribuem com o PIB nacional.
b) O setor de serviços corresponde ao mercado informal e aos 
trabalhadores autônomos.
c) O setor de serviços inclui o comércio, a saúde e a educação.
d) A participação da indústria no PIB nacional é pequena, e 
tende a ser substituída pelos serviços.
e) Os setores da economia são totalmente independentes.
Aprofundamento
09.11. (UFPR) – Sobre o desempenho do setor turístico nos 
últimos anos, é INCORRETO afirmar:
a) Nesta era pós-industrial, a expansão do turismo tem 
permitido aos países subdesenvolvidos atingir altas taxas 
de crescimento, compensando assim a falta de industria-
lização e de modernização agrícola.
b) A expansão recente do turismo faz parte de um processo 
mais amplo de reestruturação econômica, em que os servi-
ços suplantam a indústria na geração de emprego e renda.
c) Não basta que uma região possua atributos naturais, 
históricos e/ou culturais singulares para atrair um fluxo 
expressivo de turistas, pois são necessários também 
investimentos em infraestrutura.
d) O turismo vem se diversificando para atender a deman-
das de consumo cada vez mais variadas, o que explica 
o desenvolvimento do ecoturismo e do turismo rural, 
entre outros.
e) A internacionalização da economia reflete-se na intensi-
ficação do turismo de negócios, modalidade de turismo 
que explica por que a cidade de São Paulo é a que mais 
recebe turistas no Brasil.
Aula 09
7Geografia 3B
09.12. (UNESP – SP) – 
Papel dirigente dos municípios,
segundo o número de assalariados externos
aos seus limites territoriais, 2011
Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Adaptado.
O número de funcionários lotados em filiais situadas fora 
dos limites territoriais dos municípios onde estão instaladas 
as empresas matrizes possibilita uma compreensão geral da 
lógica de organização produtiva do território. Considerando 
o mapa e conhecimentos geográficos sobre o tema, é correto 
afirmar que a moderna lógica de organização produtiva do 
território brasileiro é caracterizada pela
a) centralização da gestão, atrelada à desconcentração 
geográfica da produção.
b) descentralização da gestão, associada à desconcentração 
geográfica da produção.
c) centralização da gestão, associada à concentração geo-
gráfica da produção.
d) descentralização da gestão, associada à rarefação geo-
gráfica da produção.
e) descentralização da gestão, atrelada à concentração 
geográfica da produção.
09.13. (UNIFACS – BA) – Com base nos conhecimentos sobre 
o espaço de produção e de circulação brasileiros, marque V 
nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.
( ) A dinâmica espacial das atividades agroindustriais 
obedecem a uma combinação entre alguns fatores, 
dentre os quais o mercado consumidor.
( ) As relações comerciais com países africanos exporta-
dores de petróleo são superavitárias para o país.
( ) A soja brasileira no comércio internacional vem per-
dendo destaque, em razão da logística do transporte 
de carga.
( ) A política energética adotada atualmente se concentra 
na melhoria da eficácia energética no setor de trans-
porte rodoviário, por ser esse o de maior participação 
no PIB Nacional.
( ) O setor agropecuário desempenha importantes fun-
ções para a economia urbano-industrial, como gerar 
superavits comerciais que financiam as importações 
de bens de capital para as indústrias.
A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima 
para baixo, é a
01) V F F F V
02) F V F V F
03) F V V V F
04) V V F F V
05) F F V F V
09.14. (UFRGS) – 
Tá vendo aquele edifício, moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...
Fonte: Zé Ramalho. Cidadão.
A letra da música trata de um setor da economia fortalecido 
nos últimos anos, em decorrência do crescimento econômico 
brasileiro. Considere as afirmações relativas a esse setor.
I. É chamado de setor primário e abrange, além das ativi-
dades ligadas à construção civil, os serviços de marketing 
e a venda de imóveis.
II. É caracterizado pela desigualdade econômica e social, 
vivida pelos trabalhadores.
III. Ampliou a procura por operários, com contratação, 
inclusive, de mulheres.
Quais estão corretas?
a) Apenas I. 
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
8 Extensivo Terceirão
09.15. (PUC – MG) – O Brasil é o sétimo mercado consumidor 
do mundo, mas tem apenas 33% da sua população incluída 
nessa “sociedade de consumo”, segundo relatório elaborado 
pelo World Watch Institute, com sede em Washington. O 
“público consumidor” é definido pelo relatório com base num 
poder de compra (renda ajustada segundo preços locais) de 
mais de US$ 7 mil, ou cerca de R$ 20 mil, por ano. O Brasil tem, 
segundo esse critério, 57,8 milhões de consumidores.
Em primeiro lugar no ranking estão os Estados Unidos com 
242,5 milhões de integrantes da “sociedade de consumo”, ou 
84% da população do país. A China vem logo em seguida, 
com 239,8 milhões de consumidores (19% da população), 
enquanto a Índia ocupa o 3°. lugar, com 121,9 milhões de 
consumidores, ou 12% da população.
Entre os dez maiores mercados, o Japão tem a parcela mais 
significativa da sua população na sociedadede consumo, 95% 
(ou 120,7 milhões de pessoas), o que lhe garante o 4o. lugar no 
ranking. A Alemanha está no 5o. lugar (76,3 milhões de pessoas 
e 92% do total) e a Rússia (6o. lugar, 61,3 milhões, 43%).
A partir dos dados do relatório, podem ser extraídas as seguin-
tes conclusões, EXCETO:
a) A melhoria na distribuição de renda e consequentemente 
da inclusão econômica e social tendem a fortalecer a po-
sição econômica de nações emergentes, especialmente 
China, Índia, Brasil e Rússia.
b) Dentre as economias classificadas como desenvolvidas 
incluídas no grupo, os Estados Unidos da América apre-
sentam a pior participação percentual de consumidores 
no total de sua população.
c) Estados Unidos e China possuem valores bastante próximos 
no número total de consumidores, o que comprova a tese 
segundo a qual os dois países possuem, na atualidade, si-
tuações bastante próximas em termos econômicos e sociais.
d) Com um terço de sua população incluída na “sociedade 
de consumo”, o Brasil possui ainda um grande potencial 
de crescimento de seu mercado consumidor. Esse fator 
tem sido fortemente considerado pelas grandes empresas, 
ao definirem seus investimentos estratégicos no mundo.
09.16. (UNESP – SP) – Analise a tabela.
VARIAÇÃO DO PERCENTUAL DE POSIÇÕES DE 
ATENDIMENTO DAS EMPRESAS DE TELEATENDIMENTO, 
POR REGIÃO BRASILEIRA, 2000-2011
Região
Percentual de posições de atendimento
2000 2011
Sudeste 71% 78,1%
Nordeste 5,3% 16%
Sul 16,4% 3,4%
Centro-Oeste 4,6% 2%
Norte 2,7% 0,5%
Brasil 100% 100%
(Marina Castro de Almeida. “Em outros pontos da rede”. 
Estudos Geográficos, janeiro/julho de 2014.)
A partir dos dados apresentados na tabela e considerando as 
especificidades dos serviços de teleatendimento, é correto 
afirmar que, no período analisado, houve
a) redução na representatividade da região Sudeste, explicada 
pela baixa dinâmica econômica e pela parca disponibilida-
de de mão de obra qualificada.
b) redução na representatividade da região Sul, entendida 
pelo colapso de suas redes informacionais e pelos altos 
impostos cobrados pela administração pública.
c) aumento na representatividade da região Nordeste, asso-
ciado à disponibilidade de redes técnico-informacionais e 
aos menores custos de operação.
d) aumento na representatividade da região Centro-Oeste, 
devido ao incremento do agronegócio e à ampliação dos 
serviços terceirizados.
e) redução na representatividade da região Norte, explicada 
pela raridade de centros urbanos e pelo interesse privado 
em oferecer serviços ligados ao campo.
09.17. (EBMSP – BA) –
EM 1993, celular começava a chegar ao Brasil e já era motivo de gafes. 
Folha de S. Paulo. São Paulo, 29 jul. 2009, p. F4. Informática.
“O telefone celular já excita o imaginário do pau-
listano. Previsto para entrar em funcionamento em 
junho, o novo aparelho mexe com a imaginação dos 
mais inquietos, antecipa discussões sobre as formas 
de usá-lo e provoca um corre-corre atrás de inscri-
ções. No embalo do noticiário internacional, a novi-
dade converte-se em polêmica científica. Há até quem 
acuse suas micro-ondas de serem maléficas à saúde”. 
Era assim que começava a reportagem “Paulista faz 
pose à espera do celular”, escrita em março de 1993 
por Luiz Carlos Duarte, nesta mesma Folha. À época 
considerado o maior mercado virgem de tecnologia 
móvel, São Paulo contava com 65 mil inscritos nesse 
tipo de serviço — tinha a pretensão de chegar a 500 
mil em 1995. Em 1993, celular começava a chegar ao 
Brasil e já era motivo de gafes. 
Folha de S. Paulo. São Paulo, 29 jul. 2009. Informática.
Aula 09
9Geografia 3B
Em pouco menos de 20 anos, pode-se 
perceber a amplitude que o uso desse 
instrumento de comunicação assumiu 
num mundo globalizado.
Sobre o uso do telefone celular, mar-
que V nas afirmativas verdadeiras e F, 
nas falsas.
( ) Devido à sua indiscutível utilida-
de, não sofre restrições quanto 
ao seu uso.
( ) Continua sendo um instrumento 
elitista, em suas diferentes moda-
lidades.
( ) Pode ser utilizado como ferra-
menta para desvendar e compro-
var práticas criminosas.
( ) Deixou de suscitar polêmica, 
com o avanço da tecnologia, em 
relação a possíveis danos físicos 
aos usuários.
( ) Concorre para subverter o expe-
diente no mundo do trabalho, do 
ponto de vista espaço-temporal.
A alternativa que indica a sequência 
correta, de cima para baixo, é a
01) V V F V F
02) F V V V F
03) F V F V V
04) F F V F V
05) V F F V F
09.18. (UFSC) – A beleza cênica de 
Florianópolis, a fragilidade de seus 
ecossistemas montanhosos, lagu-
nares, eólicos e fluviomarinhos, a 
elevada quantidade de depósitos 
sedimentares e de sambaquis, 
patrimônio da História natural e 
cultural, fornecem à cidade uma 
vantagem comparativa que deve ser 
explorada de forma consciente pelo 
Poder Público e por sua população: 
a vantagem de possuir atratividade 
social elevada.
(GUERRA, Antonio J. Teixeira, CUNHA, Sandra 
B. da. Impactos ambientais urbanos no Brasil. 
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001, p. 165).
Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) 
quanto ao assunto abordado no texto 
acima.
01) Desenvolver o turismo em uma 
cidade litorânea como Florianó-
polis, devastando o meio físico-
-natural, reduz o valor contido no 
lugar.
02) A atratividade citada no texto deve-se ao dinamismo e à expansão da indús-
tria do turismo e do veraneio.
04) No circuito turístico litorâneo catarinense destacam-se: no centro, a Ilha de 
São Francisco do Sul; em direção ao norte, o Balneário de Camboriú e, em 
direção ao sul, Garopaba.
08) As planícies de marés da faixa costeira catarinense guardam suas feições e 
dimensões originais.
16) Valendo-se, principalmente, de modificações oportunistas nos planos direto-
res dos municípios, diversas construções de porte variado são autorizadas no 
litoral catarinense, sem levar em consideração as limitações infraestruturais 
da área.
Desafio
09.19. (FUVEST – SP) –
Genotícias. n°. 21, Shopping Centers. Disponível em: <http:www.ibope.com.br/pt-br>. Acesso em: 20/10/2014.
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, identifique
a) dois fatores responsáveis pelo crescimento do número de shopping centers 
no Brasil entre 2008 e 2014.
 
b) duas tendências da distribuição geográfica dos shopping centers pelas dife-
rentes regiões brasileiras, considerando o crescimento no período 2011‐2014. 
Justifique sua resposta.
 
10 Extensivo Terceirão
09.20. (UNIFOR – CE) –
Ela é fã da Emilinha/ Não sai do Cesar de Alencar/ Grita o nome do Cauby/ E logo depois de desmaiar/ Pega 
a revista do rádio/ e começa a se abanar/
É uma faixa aqui, outra faixa ali/ O dia inteirinho ela não faz nada/ Enquanto isso na minha casa/ Ninguém 
arranja uma empregada/
Pega a revista do rádio/ E começa a soletrar/ É uma letra aqui, outra letra ali/ O dia inteirinho ela não faz nada/ 
Enquanto isso na minha casa/ Ninguém arranja uma empregada.
(Fanzoca de Rádio. Miguel Gustavo e Nelson de Campos – Carequinha – 1958).
Analisando a letra da música “Fanzoca de Rádio” e as char-
ges ao lado, assinale a assertiva correta, acerca do trabalho 
doméstico após a Emenda Constitucional nº 72/13, de 02 
de abril:
a) Com a aprovação da “PEC do trabalhador doméstico” a 
02 de abril de 2013 (Emenda à Constituição nº 72/13), 
estabeleceu-se, de imediato, total e rigorosa equiparação 
entre o trabalhador comum e o trabalhador doméstico. 
b) Como fica evidente, a discriminação com o trabalho 
doméstico é patente na sociedade brasileira, sendo a 
aprovação da Emenda Constitucional nº 72/13 a primeira 
legislação social em favor do trabalhador doméstico. 
c) A música denota a escassez de mão de obra doméstica 
já em 1958, o que contribui para assinalar o impacto 
reduzido da Emenda 72/13 nesse mercado de trabalho. 
d) A síntese dos elementos apresentados no enunciado 
traz a visão preconceituosa do trabalho doméstico pelos 
ambientes de classe média e alta, bem como a tendência 
de substituição do trabalho doméstico por outras formas 
de menorcusto, como terceirizados e diaristas, pela 
impossibilidade de manutenção das relações anteriores. 
e) A formação do trabalho doméstico no Brasil é contem-
porânea ao período da industrialização da Era Vargas, 
iniciando-se com o advento da Consolidação das Leis 
do Trabalho – CLT.
Gabarito
09.01. b
09.02. a
09.03. a
09.04. e
09.05. d
09.06. e
09.07. c
09.08. d
09.09. d
09.10. c
09.11. e
09.12. b
09.13. 01
09.14. d
09.15. c
09.16. c
09.17. 04
09.18. 18 (02 + 16)
09.19. a) Aquecimento do mercado interno 
e aumento dos níveis de emprego e 
renda.
b) Nas regiões Norte, Nordeste e Centro- 
-Oeste – aumento do número de 
consumidores. Nas regiões Sudeste e 
Sul, aumento da capacidade de con-
sumo.
09.20. d
11
1B
Geografia 3B
Geografia
3BAula 10
Setor de serviços II – (transportes)
Introdução
Todos os meios de transportes na atualidade são fundamentais para a eco-
nomia das nações e cada sistema apresenta suas vantagens e desvantagens, o 
que determina muitas vezes aprofundados estudos sobre a sua implantação.
Os modais de transporte podem ser agrupados em terrestres, aquaviários 
e aeroviários.
Transportes terrestres
São os mais utilizados em todo o mundo e ao longo do tempo têm sido 
aperfeiçoados, tornando-se mais rápidos e mais eficientes. Abrangem o 
rodoviário e o ferroviário. 
Transporte ferroviário
Originou-se na Primeira Revolução Industrial, com a locomotiva a vapor. 
A primeira ferrovia do mundo foi construída na Inglaterra, em 1825. Apesar 
do custo elevado de construção, tem como vantagens segurança, rapidez, 
capacidade de carga e custo operacional. É muito utilizado em países desen-
volvidos de grandes superfícies, 
como EUA, Canadá, Austrália, 
China, Federação Russa, Índia, 
assim como em outros de dimen-
sões reduzidas, como o Japão e 
membros da União Europeia, com 
utilização tanto de transporte de 
carga quanto de passageiros.
O sistema de metrôs subterrâ-
neos e de superfície e os bondes 
são muito utilizados, principal-
mente nos países europeus, 
como solução para o transporte 
urbano e suburbano, ligando 
centros próximos.
Transporte ferroviário no Brasil
Devido ao sucateamento de todo o sistema ferroviário e à falta de recursos, 
o governo federal privatizou a malha da rede ferroviária federal (RFFSA), no 
sistema de concessão temporária, com o objetivo de reformular totalmente 
o transporte ferroviário, com a recuperação das ferrovias e equipamentos, 
modernização e conclusão de alguns ramais importantes como:
 • Ferrovia do Aço, com ramais 
integrando Juiz de Fora (MG), 
Volta Redonda (RJ) e São Paulo 
(SP) para o escoamento de 
produtos siderúrgicos;
 • Ferrovia Oeste-Leste, para ligar 
Cuiabá (MT) a Santa Fé do Sul 
(SP) e a Uberlândia/Uberaba 
(MG), com o objetivo básico de 
escoar a produção de grãos da 
região Centro-Oeste;
 • Ferrovia Norte-Sul, liga Açailân-
dia (MA) a Anápolis (GO), inte-
grando-as à E.F. Carajás, para o 
transporte de commodities e 
produtos semimanufaturados.
Características atuais
O transporte ferroviário brasi-
leiro é essencialmente de carga. 
Leva minérios e grãos das áreas ex-
tratoras ou produtoras aos portos, 
como, por exemplo, a E.F. Carajás, 
que liga as áreas de extração de 
Carajás (PA) aos portos de Itaqui 
e Ponta da Madeira, em São Luís 
(MA), ou a E.F. Vale do Rio Doce, 
que transporta minérios do Qua-
drilátero Ferrífero (MG) aos portos 
capixabas de Vitória e Tubarão. 
Também em alguns ramais se 
verifica o transporte de combustí-
veis das refinarias a centros mais 
distantes.
O transporte de passageiros é 
utilizado nas áreas metropolita-
nas – trens de subúrbio e metrô – e 
subutilizado nos transportes 
interurbano e inter-regional de 
passageiros, com exceção da E.F. 
Carajás, que também transporta 
passageiros entre vários municí-
pios maranhenses e paraenses.
P. 
Im
ag
en
s/
HB
J
 Metrô de superfície ligando Warmmundem 
a Rostok no norte da Alemanha.
12 Extensivo Terceirão
Transporte rodoviário
É o transporte mais utilizado no mundo inteiro, 
tanto para cargas como para passageiros, devido às suas 
vantagens, como eficiência, rapidez e possibilidade de 
deslocamento de carga sem necessidade de baldeações. 
Além do mais, a grande maioria das cidades em todo o 
mundo é planejada e construída levando em considera-
ção o deslocamento de automóveis, ônibus e caminhões.
Apresenta desvantagens, como o custo de manutenção 
da rodovia, o consumo de combustível, a pequena capaci-
dade de carga, quando comparado aos modais ferroviário 
e aquático, e corresponde ao sistema de transporte com o 
maior número de acidentes em todo o mundo. 
Nos últimos quinze anos, a frota automobilística 
brasileira cresceu muito, juntamente com o número de 
motocicletas de baixa cilindrada, devido ao menor custo 
e à praticidade no trânsito caótico das grandes cidades 
brasileiras. Porém, a infraestrutura de circulação de veí-
culos nas áreas urbanas e nas rodovias não acompanhou 
tal crescimento e, com isso, o número de acidentes nas 
rodovias e nas cidades aumentou, apesar de a atual 
legislação de trânsito ser mais rígida.
Os problemas ambientais causados pelo transporte 
rodoviário e os engarrafamentos quilométricos em 
vários países têm levado não só os ambientalistas, 
mas também os governos a procurarem conscientizar 
as pessoas a deixar o automóvel em casa e utilizar o 
transporte coletivo. Porém, o sentimento de liberdade 
e individualidade é um dos motivos que tornam o 
transporte rodoviário individual tão utilizado no mundo 
todo. Mesmo nos países onde o transporte de massa é 
de boa qualidade, como nos Estados Unidos, no Japão e 
na França, o número de veículos rodoviários particulares 
não sofreu redução. 
Rodovias Federais do Brasil – Nomenclatura
Rodovias federais
O Plano Viário Nacional estabeleceu normas de no-
menclatura para as rodovias federais, como a utilização 
da sigla BR e de números de três dígitos para indicar o 
sentido. 
As Rodovias Radiais iniciam em Brasília (DF) e têm o 
prefixo 000. Exemplos:
 • BR–010 – Brasília (DF)-Belém (PA).
 • BR–020 – Brasília (DF)-Fortaleza (CE) – Transnordes-
tina.
As Rodovias Longitudinais atravessam o Brasil no 
sentido geral Norte-Sul e têm o prefixo 100. Exemplos:
 • BR–101 – Natal (RN)-Osório (RS). 
 • BR–116 – a mais extensa rodovia brasileira – Fortale-
za (CE)-Jaguarão (RS).
As Rodovias Transversais atravessam o Brasil no 
sentido Leste-Oeste e têm o prefixo 200. Exemplos:
 • BR–277 – Paranaguá (PR)-Foz do Iguaçu (PR).
 • BR–280 – São Francisco do Sul (SC)-Porto União (SC).
 • BR–282 – Florianópolis (SC)-São Miguel do Oeste (SC).
As Rodovias Diagonais atravessam o país no sentido 
dos pontos colaterais e têm o prefixo 300. Exemplos:
 • BR–376 – Dourados (MS)-Garuva (SC). No Paraná é 
chamada Rodovia do Café.
As Rodovias de Ligação ligam duas outras e têm o 
prefixo 400. Exemplos:
 • BR–476 – Adrianópolis (PR)-União da Vitória (PR). 
Transporte aquático
É um sistema de transporte utilizado pelo ser huma-
no, desde o início da civilização, em rios, lagos, mares e 
oceanos, com as vantagens de ser barato, seguro e com 
grande capacidade de carga, mas, mesmo com a moder-
nização das embarcações, apresenta as desvantagens 
de ser lento e exigir uma infraestrutura complexa para 
a construção de eclusas para ultrapassar barragens e 
corredeiras, portos, canais, além de dragagem e sistema 
de sinalização. 
Muitos países, como os Estados Unidos, a Alemanha, 
a Federação Russa e a China, implantaram suas regiões 
industriais em áreas servidas por rios navegáveis, com 
saída para os oceanos, com a finalidade de facilitar o 
escoamento de seus produtos. Dentre os países que 
utilizam a integração dos sistemas de transporte, os 
Estados Unidos se destacam por integrar o sistema dos 
Grandes Lagos, com os rios Mississipi, São Lourenço, o 
Potomac e o Hudson, com os portos do Atlântico. 
Países situados em ilhas, como o Japão ou a Indonésia, 
ou aqueles que apresentam litoral recortado, utilizam 
intensamente o transportemarítimo de cabotagem, que 
corresponde ao transporte marítimo realizado pela costa. 
Para facilitar a navegação mundial, foram cons- 
truídos alguns canais para a ligação de oceanos, mares 
e rios, como:
 • Canal do Panamá, recentemente ampliado (Pana-
má), que liga o mar das Antilhas ao oceano Pacífico. 
Os EUA detiveram o poder sobre essa área até o 
final de 1999. Porém, em caso de guerra, os Estados 
Unidos podem assumir o controle do canal; 
 • Canal de Suez, situado no Egito, que liga o mar 
Vermelho ao mar Mediterrâneo;
 • Canal dos Cinco Mares, na Federação Russa, que liga 
os mares Negro, Azov, Cáspio, Báltico e Branco, por 
meio dos rios Volga e Don a vários lagos e canais que 
foram construídos. 
Aula 10
13Geografia 3B
Atualmente está em construção um canal na 
Nicarágua com financiamento da Rússia e da China. A 
importância geopolítica desse projeto é enorme, porque 
o canal do Panamá é controlado de maneira indireta 
pelos Estados Unidos. 
No Brasil, o transporte aquático é subutilizado ao 
considerar-se que tem litoral de mais de 7 mil km e 
cerca de 50 mil km de rios navegáveis, que poderiam ser 
utilizados tanto para transporte regional, como inter-
-regional e internacional.
Transporte marítimo
É o mais utilizado para a movimentação interconti-
nental de cargas e se constitui num sistema de trans-
porte fundamental para exportação e importação.
A partir da Segunda Guerra Mundial, modernizou-se, 
utilizando navios especializados, como os gigantescos 
petroleiros-graneleiros (Ore-Oil) e os porta-contêiners. 
São embarcações informatizadas com um número re-
duzido de pessoal embarcado, e equipamentos próprios 
para embarque e desembarque de mercadorias. 
Com o crescimento econômico de países asiáticos, 
como o Japão, a China e a Coreia do Sul, além dos Esta-
dos Unidos e Canadá, o oceano Pacífico se torna o mais 
navegado, ao se considerar o volume de commodities 
agrícolas e minerais transportados. 
Transporte marítimo no Brasil
É essencialmente utilizado para o transporte de 
carga intercontinental, com a maioria dos portos su-
bordinados à administração pública, com interferência 
política e de sindicatos de trabalhadores portuários, o 
que encarece os custos e dificulta a modernização desse 
modal. Porém, nos últimos anos, foram instalados novos 
portos pela iniciativa privada, que apresentam maior efi-
ciência, em vários estados brasileiros, como são os casos 
dos portos de Itapoá e Navegantes, em Santa Catarina.
Os maiores portos brasileiros podem ser classificados 
como portos de carga geral, mas alguns são terminais 
especializados no embarque de produtos específicos, 
como:
 • Itaqui, em São Luís (MA), especializado em minérios 
da Serra dos Carajás (PA);
 • Areia Branca (RN), especializado no embarque de sal 
marinho;
 • Tubarão (ES), especializado no embarque de miné-
rios do Quadrilátero Ferrífero (MG);
 • Sepetiba (RJ), especializado no embarque de miné-
rios do Quadrilátero Ferrífero (MG);
 • São Sebastião (SP), especializado no embarque e 
desembarque de petróleo.
Transporte fluvial
 Barcaça transportando carga no rio Yang Tse (China). O transpor-
te fluvial na China é muito utilizado em vários rios.
P. 
Im
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en
s/
HB
J
É o mais barato de todos os sistemas de transporte. 
Porém exige rios caudalosos com grande volume de 
água, de preferência de planície e exorreicos com saída 
para um oceano, para permitir a ligação com os oceanos. 
É um sistema muito utilizado na Federação Russa, na 
Europa Ocidental, na China e nos Estados Unidos. 
Entre os rios mais navegados no mundo se destacam: 
rio Mississipi (EUA), rio São Lourenço (EUA/Canadá), rio 
Amazonas (Peru/Colômbia e Brasil), rio da Prata (Argen-
tina/Paraguai), rio Reno (Suíça/Alemanha/França/Países 
Baixos) e Volga (Rússia).
No Brasil, esse sistema de transporte é utilizado 
principalmente no rio Amazonas e em alguns de seus 
afluentes para o transporte tanto de cargas como de 
passageiros; no rio Paraguai, para o transporte de gado 
e minérios do Maciço de Urucum (MS) para países do 
MERCOSUL, como Paraguai, Argentina e Uruguai, além 
do transporte de passageiros das regiões ribeirinhas. 
Destacam-se ainda os rios São Francisco, Tocantins, 
Araguaia, Paraná, Uruguai e Jacuí.
Transporte aéreo
É um sistema rápido, seguro e caro, sendo mais utilizado 
como transporte de passageiros intercontinental. Também 
cada vez mais é utilizado para o transporte de cargas.
No Brasil, é utilizado principalmente como transpor-
te internacional de passageiros, e internamente como 
transporte de executivos. Pelo seu elevado custo, não é 
usado pela maior parte da população. 
Por ocasião da Copa do Mundo em 2014, muitos pro-
jetos de ampliação, modernização e outras melhorias 
foram iniciados, porém grande parte desses projetos 
ainda não foram concluídos.
14 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
10.01. (UCS – RS) – No mundo globalizado, tudo circula: 
dos capitais ao conhecimento. Se, por um lado, muito 
daquilo que transita o faz de maneira virtual, por meio 
de fios, cabos ou fibras ópticas, por outro, pessoas e 
mercadorias devem ser deslocadas fisicamente de um 
local para outro.
(Folha de São Paulo, 25/10/2001 – FOVEST – Texto adaptado.)
No caso do Brasil, para que se obtenha redução dos fretes, 
aumento da competitividade e maior integração territorial, 
a melhor opção em termos de transporte é o chamado:
a) multimodal. b) aeroviário.
c) ferroviário. d) rodoviário.
e) semovente.
10.02. (UEMG) –
DE VOLTA AOS TRILHOS
“Os chineses repetem hoje os maciços investimen-
tos que os Estados Unidos e países europeus fizeram 
em ferrovias no século XIX e dos quais até hoje se bene-
ficiam. Mostram, com isso, que ter perdido o trem no 
passado não implica ficar acomodado no atraso – uma 
lição para a qual o Brasil deve prestar atenção, consi-
derando que as ferrovias, ainda, são a principal solução 
para o deslocamento em massa de cargas e de pessoas 
em países de grande dimensão.”
Revista Exame – 05/03/2009
A ilustração, a seguir, mostra a distribuição da malha ferro-
viária em alguns países.
Com base nas informações obtidas no texto e nos desenhos, 
acima, só é correto afirmar que:
a) as ferrovias representam uma das mais eficientes opções 
de transporte de carga, em países com dimensões con-
tinentais. 
b) a metade da malha ferroviária russa está concentrada na 
porção oriental do país, nas áreas de maior movimentação 
de cargas.
c) o uso das ferrovias nos diversos países ajuda a descon-
gestionar as principais rodovias, liberando espaço para 
o transporte de passageiros e de cargas mais pesadas.
d) a utilização das ferrovias promove distúrbios ambientais 
atmosféricos, pois os trens consomem menos combus-
tível que os caminhões.
10.03. (UEA – AM) – Observe os cartogramas que contêm 
padrões de distribuição de um elemento espacial importante 
para o desenvolvimento econômico do Brasil.
(Hervé Théry e Nely Aparecida Mello. Atlas do Brasil, 2005. Adaptado.)
Assinale a alternativa que indica corretamente o elemento 
espacial representado.
a) Principais rios que cruzam o país.
b) Direção das principais redes férreas.
c) Dinâmica dos fluxos migratórios.
d) Direção das principais rodovias federais.
e) Redes de oleodutos e gasodutos.
10.04. (UNICAMP – SP) – As estradas de ferro brasileiras 
nunca constituíram uma rede nacional. Mesmo durante 
seu tempo de (modesto) esplendor, resumiam-se a uma 
coleção de linhas de exportação de minerais e produtos 
agrícolas, que raramente tomavam a forma de uma 
rede regional, exceto, parcialmente, no Nordeste ou 
no Estado de São Paulo.
(Adaptado de Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello, Atlas do Brasil: disparidades e 
dinâmicas do território. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2005, p. 204 e 205.)
Aula 10
15Geografia 3B
Fonte: HERVÉ, T. e MELLO, N. A. (2005). Atlas do Brasil.
A malha ferroviária no Brasil nunca constituiu uma rede 
nacional porque:
a) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga espe-
cialmente áreas dointerior do país, visando à integração 
regional. 
b) apesar de apresentar grande integração das malhas, 
liga preferencialmente o interior aos portos, visando à 
exportação. 
c) possui uma malha com diferentes bitolas e interliga 
especialmente áreas do interior aos portos, visando à 
exportação. 
d) apesar de apresentar grande integração das malhas, liga 
preferencialmente as regiões interiores do país. 
Aperfeiçoamento
10.05. (ACAFE – SC) – Com relação aos setores rodoviário, 
hidroviário e ferroviário e à infraestrutura portuária e marítima 
brasileira, a alternativa correta é:
a) A infraestrutura portuária e marítima brasileira não só 
atende às necessidades atuais do país, como representa 
também um grande estímulo às exportações.
b) Apesar da ênfase dada ao setor rodoviário, o sistema fer-
roviário brasileiro ainda é responsável pelo deslocamento 
da maior parte da carga e de passageiros no Brasil.
c) O predomínio das rodovias e a posição secundária das 
ferrovias no país deve-se à total dependência brasileira 
de petróleo importado do Oriente Médio.
d) O apoio dado ao setor rodoviário no Brasil é explicado pelo 
fato desse sistema de transporte ser o de menor custo, se 
comparado ao hidroviário e ferroviário.
e) O desenvolvimento da malha rodoviária nacional, ocor-
rido com a implantação da indústria automobilística, 
promoveu a integração do território brasileiro.
10.06. (ASCES – PE) – A cartografia desempenha um papel 
fundamental para os estudos de Geografia Física e de Geogra-
fia Humana e Econômica dos diversos espaços geográficos. 
O mapa a seguir mostra um exemplo de representação 
cartográfica muito útil para uma investigação geográfica do 
país. O que este mapa está indicando? 
a) Os padrões de drenagem. 
b) Os fluxos migratórios internos no século XX. 
c) Os fluxos migratórios de animais durante o inverno austral. 
d) As redes de transportes rodoviários. 
e) As trajetórias de massas de ar continentais e oceânicas 
sobre o país.
10.07. (UFV – MG) – O transporte de mercadorias é um 
elemento fundamental na construção do espaço geográ-
fico dos países. Historicamente, na maior parte dos países 
industrializados, o processo de modernização privilegiou as 
ferrovias e o transporte hidroviário. No Brasil, ao contrário, 
privilegiou-se o transporte rodoviário, o que se reflete no 
preço de matérias-primas e mercadorias. Entre as afir-
mativas abaixo, assinale aquela que NÃO representa as 
transformações na rede de transportes no Brasil.
a) As ferrovias representaram o transporte típico da econo-
mia cafeeira agroexportadora, o que aparece no traçado 
do interior em direção ao litoral.
b) O processo de industrialização renovou a rede de trans-
porte ferroviário com a ampliação da malha ferroviária 
e a introdução de trens modernos.
c) O sistema hidroviário brasileiro, apesar de subutilizado, 
tem recebido investimentos governamentais para pos-
sibilitar o escoamento da produção agrícola.
d) O Estado, durante o processo de industrialização, en-
campou as ferrovias que tinham se tornado deficitárias, 
e, nos anos 90 do século XX, privatizou parte da malha 
ferroviária.
e) A opção pelo modelo rodoviário coincidiu com a criação 
da Petrobras e com o desenvolvimento da indústria 
automobilística.
16 Extensivo Terceirão
10.08. (UFRJ) – O sistema de transportes de um país é um 
dado do território que proporciona maior ou menos fluidez, 
dependendo de sua qualidade e quantidade.
“As ferrovias brasileiras testemunharam o período 
pré-industrial do Brasil. Paradoxo histórico: o trem foi 
o maior símbolo da Revolução Industrial na Europa e 
nos Estados Unidos, enquanto aqui esteve a serviço 
da economia agrícola.”
OLIVA, J.; GIANSANTI, R. “Temas da Geografia 
do Brasil”. São Paulo: Atual, 1999. p. 134.
Quando a industrialização brasileira se consolidou, a ferrovia: 
a) involuiu, sendo substituída, em grande parte, pela rodovia.
b) expandiu-se por novas áreas do território nacional.
c) consolidou-se a exemplo da ferrovia norte-americana.
d) expandiu-se apesar da concorrência rodoviária.
e) passou a ligar as principais cidades brasileiras.
10.09. (PUC – MG) – A logística desempenha um impor-
tante papel na economia de um país. Quanto às particu-
laridades das vias de transportes, é INCORRETO afirmar:
a) O transporte rodoviário, quando comparado ao ferroviá-
rio, é mais adequado para o deslocamento de pequenas 
cargas em curtas distâncias.
b) O transporte hidroviário marítimo e fluvial oferece maior 
flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares.
c) O transporte ferroviário reduz a flexibilidade de circula-
ção aos seus eixos, mas favorece os custos de frete em 
grande escala e a longas distâncias.
d) O transporte aquático, quando favorecido pelas condi-
ções naturais, é o mais econômico para deslocamento 
de longas distâncias.
10.10. (ESPCEX – SP) – Sobre a dinâmica dos fluxos inter-
nacionais de transportes são feitas as seguintes afirmações: 
I. A navegação oceânica constitui, em termos quanti-
tativos, o principal modo de transporte de cargas no 
comércio internacional. 
II. Os vultosos custos de deslocamento por via aérea res-
tringem os tipos de bens transportados nessa modali-
dade. Economicamente, é mais interessante transportar 
mercadorias com valores elevados e de baixo peso e 
também aquelas de entrega urgente. 
III. Os fluxos internacionais baseados na intermodalidade, 
por conjugarem unidade de carga e conexão de infra-
estruturas, apresentam melhor relação custo-benefício. 
Em relação às afirmações acima, está(ão) correta(s): 
a) Somente I 
b) Somente II 
c) Somente I e II 
d) Somente II e III 
e) I, II e III
Aprofundamento
10.11. (UFPel – RS) – O modelo de transportes que está 
materializado em nosso país implica um enorme consumo 
de derivados de petróleo, uma fonte de energia cara que o 
Brasil ainda necessita importar. As tabelas a seguir mostram 
como está distribuída a capacidade do deslocamento de 
carga em alguns países e os custos de transportes.
DESLOCAMENTO DE CARGA
SEGUNDO O TIPO DE TRANSPORTE
(EM PERCENTUAL DO TOTAL)
Países Rodovias Ferrovias Hidrovias
EUA 25% 50% 25%
Japão 20% 38% 42%
Rússia 5% 82% 13%
França 28% 55% 17%
Brasil 78% 13% 9%
COMPARAÇÃO ENTRE CUSTOS DE TRANSPORTES
Rodovia Ferrovia Hidrovia
Um caminhão, 
com um litro de 
óleo diesel por 
km, transporta 30 
toneladas.
Um trem, com um 
litro de óleo diesel 
por km, transporta 
125 toneladas.
Um navio, com um 
litro de óleo diesel 
por km, transporta 
575 toneladas.
( Vesentini, J. William – G. do Brasil – 1998 )
Considerando exclusivamente os dados acima, é correto 
afirmar que
a) o deslocamento de carga, no Japão, apresenta custos 
maiores em relação aos do transporte, na França.
b) o deslocamento de carga, no Brasil, apresenta custos 
maiores em relação aos do transporte, na Rússia.
c) o deslocamento de carga, no Brasil, apresenta custos 
menores em relação aos do transporte, na Rússia.
d) o deslocamento de carga, no Japão, apresenta custos 
maiores em relação aos do transporte, no Brasil.
e) o deslocamento de carga, na França, apresenta custos 
menores em relação aos do transporte, nos EUA.
10.12. (UEPG – PR) – Com relação ao transporte fluvial 
brasileiro, assinale o que for correto.
01) Nas regiões Sul e Sudeste, o transporte fluvial é impossível 
porque os rios são de planalto e apresentam muitas que-
das-d’água, que inviabilizam esse modelo de transporte.
02) Na região amazônica, os rios são o principal – e em alguns 
lugares o único – meio de transporte e comunicação. 
04) O rio Iguaçu (PR) foi muito utilizado como meio de 
transporte no início deste século, quando cidades 
como Porto Vitória, São Mateus do Sul e Porto Amazo-
nas eram importantes portos fluviais.
Aula 10
17Geografia 3B
08) O São Francisco é classificado como um rio de integra-
ção em virtude de apresentar trechos com considerável 
volume de transporte de passageiros e mercadorias.
16) No estado de Minas Gerais, que transporta parte de sua 
produção mineralatravés dos rios, existe uma interliga-
ção do transporte fluvial com o ferroviário.
10.13. (UFPR) – Com base na imagem abaixo e nos conhe-
cimentos sobre transportes, é correto afirmar:
a) A imagem exemplifica como o mundo no século XVI e 
XIX era mais amplo do que atualmente, pois o desenvol-
vimento tecnológico aplicado aos transportes restringiu 
as relações entre as pessoas.
b) A imagem indica que jatos de passageiros aproximaram 
as pessoas de todas as classes sociais, por diminuírem as 
distâncias entre elas. 
c) A transformação dos meios de transporte ao longo do 
tempo dificultou o processo de globalização, por restringir 
os mercados locais às grandes empresas.
d) Desde 1500 tem havido a diminuição de tempo e custo 
dos deslocamentos de matérias-primas, mercadorias, 
conhecimentos e pessoas, transformando as relações 
entre os sujeitos e os lugares.
e) Com o desenvolvimento de meios de transportes mais 
rápidos, a quantidade de pessoas, conhecimentos e 
mercadorias circulando pelo planeta diminuiu.
10.14. (UFPR) – O que se pode dizer é que, se por um 
lado há a arrecadação de impostos, por outro, a gera-
ção de empregos neste setor é cada vez menor, pois a 
maioria dos serviços é informatizada. Além disso, como 
grande parte das exportações está voltada aos granéis 
e ao crescimento da carga unitizada, as instalações de 
empresas vêm acompanhadas de equipamentos mo-
dernos de manipulação que são poupadores de mão 
de obra e exigem pessoal qualificado. Há geração de 
emprego, mas em proporção menor que o necessário.
(GODOY, A. M. G. Reestruturação produtiva e polarização do mercado 
de trabalho em Paranaguá/PR. In: Revista Paranaense de Desenvolvimento. 
Curitiba, n. 99, p. 5-25, jul./dez. 2000. p. 18-23. Disponível em: <http://www.
ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/99/amalia.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2012).
Sobre as atividades portuárias, é correto afirmar:
a) O desenvolvimento tecnológico ampliou a absorção da 
quase totalidade da mão de obra local, independente-
mente de sua qualificação.
b) Alterações nas políticas de exportação e as condições in-
fraestruturais ofertadas para as empresas colocam cidades 
portuárias em situação de permanente vulnerabilidade.
c) No mercado de trabalho ligado diretamente aos portos, 
ocorreu a ampliação de empregos de cargos de chefia 
voltados aos trabalhadores locais.
d) Durante a fase de instalação, mantêm inalterada a malha 
urbana local, pois se trata de uma atividade econômica de 
baixo impacto na ampliação do contingente populacional.
e) É uma atividade econômica que auxilia no processo de 
desaparecimento da segmentação existente entre traba-
lhadores especializados e não especializados.
10.15. (FGV – RJ) – Atualmente, as empresas, ao definir 
a localização de suas unidades, levam em conta os 
custos de deslocamentos dos bens. Neste sentido, os 
governos podem, por meio da implantação de sistemas 
de transportes eficientes, definir estratégias de moder-
nização destinadas a conferir vantagens comparativas 
aos territórios. 
Adaptado de TERRA, Lygia. ARAÚJO, Regina. GUIMARÃES, 
Raul B.. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. 
Em relação à logística dos transportes, analise as afirmações 
a seguir. 
I. O transporte em dutos se expande cada vez mais no 
mundo e a escolha do tipo mais adequado depende de 
fatores como distância, tempo de percurso e custo. 
II. A opção rodoviária provoca dificuldades logísticas, pois é 
um sistema caro e muitas vezes ineficiente, com impactos 
negativos para a economia e o meio ambiente. 
III. O uso de contêineres, ao agilizar a ruptura de tráfego, 
torna mais eficiente a logística dos transportes, possibi-
litando a entrega ponto a ponto. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III.
18 Extensivo Terceirão
10.16. (UFGD – MS) – Analise os dados das tabelas a seguir. 
DINÂMICA DO TRANSPORTE DE CARGAS NO BRASIL
Modais 1985 1999 2006
Rodoviário 57,6% 61,8% 60,0%
Ferroviário 23,6% 19,5% 20,1%
Hidroviário 14,3% 13,8% 14,3%
Outros 4,5% 4,9% 5,6%
Fonte: Geipot, 2007.
TRANSPORTES DE GRÃOS NO BRASIL EM 2006
Modais Total
Rodoviário 67%
Ferroviário 28%
Hidroviário 6%
Fonte: Ministério dos Transportes, 2007.
Tendo em vista essas informações e as características da infraestrutura de circulação 
do Brasil, pode-se afirmar que:
a) houve, no período 1985-2006, investimentos significativos na infraestrutura 
do transporte ferroviário, o que explica o crescimento do percentual de cargas 
transportado por esse modal. 
b) o transporte hidroviário é pouco utilizado no Brasil em virtude de seu custo ser 
superior ao do transporte rodoviário. 
c) o transporte rodoviário caracteriza-se pelo baixo custo e rapidez nos desloca-
mentos, o que explica o predomínio deste na dinâmica de transportes no Brasil. 
d) o predomínio do modal rodoviário na dinâmica de transportes no Brasil 
relaciona-se às políticas implantadas a partir da segunda metade do século 
XX, que concentraram recursos neste setor. 
e) o modal rodoviário é o mais adequado para o transporte de grãos (maior 
quantidade transportada com menor custo), daí seu predomínio em relação 
aos demais modais no Brasil. 
10.17. (FMABC – SP) – Observe o gráfico:
Transporte de soja na Chapada dos Parecis, no Mato Grosso
US$ por tonelada
Futuro
Atualmente
Até 1997
0 50 100 150 200
Preço do produtor
Frete rodoviário e portuário
Frete hidroviário e portuário
Po
rt
os
 d
e 
Sa
nt
os
 e
Pa
ra
na
gu
á
Fonte: Daniel M. Huertas. Da fachada Atlântica à imensidão Amazônica. SP: Annablume, 2009. p. 239
O gráfico representa:
a) num passado recente e no presente, o peso excessivo dos transportes na 
composição do preço da soja, o que indica, sem dúvida, a precariedade dessa 
infraestrutura.
b) o quanto as áreas produtoras de 
soja situam-se numa região ina-
dequada, em função de sua inte-
riorização e distância dos portos 
do Sudeste.
c) que a tendência futura será a 
elevação da margem de lucro dos 
produtores de soja, com aumentos 
de preço para compensar o gasto 
com os transportes.
d) que novas rotas e novos portos 
para o escoamento da soja não se 
mostram viáveis e que isso fará os 
produtores elevarem o preço no 
futuro.
e) que, no futuro, os produtores ga-
nharão mais que os intermediários, 
mas a custo da elevação do preço, 
e quem sofrerá serão os consumi-
dores.
10.18. (UFPR) – Sobre o transporte 
ferroviário, é correto afirmar:
a) A ferrovia não é economicamente 
vantajosa para países de pequenas 
dimensões por ser um transporte 
de alta capacidade, mas cumpre um 
papel de grande importância para 
países continentais, como o Brasil.
b) No Brasil, a construção de ferrovias 
só foi intensa durante as décadas de 
1930 a 1950, devido à oferta de car-
vão mineral no mercado interno ser 
maior do que a oferta de petróleo.
c) O Brasil foi um dos países pioneiros 
na construção de ferrovias, mas 
hoje a sua malha ferroviária é pe-
quena em relação às dimensões do 
território nacional e poucas de suas 
linhas são eletrificadas.
d) O pioneirismo do Brasil na expan-
são ferroviária se deveu ao fato de 
que os grandes rios do país atra-
vessam áreas de planaltos, sendo 
portanto pouco navegáveis.
e) O transporte ferroviário entrou em 
declínio na Europa porque os ole-
odutos, gasodutos e minerodutos 
mostraram-se mais econômicos 
para o transporte de cargas a longas 
distâncias.
Aula 10
19Geografia 3B
Desafio
10.19. (UNIOESTE – PR) – O trânsito das grandes cidades tem 
se constituído como um dos principais desafios ao planeja-
mento urbano contemporâneo. Para tentar enfrentar este 
desafio, o governo brasileiro publicou a Lei no 12587 de 3 de 
janeiro de 2012 que institui as diretrizes da Política Nacional de 
Mobilidade Urbana. No artigo 2 da referida Lei, é apresentado 
o seu objetivo principal:
“A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem 
por objetivo contribuir para o acesso universal à ci-
dade, o fomento e a concretização das condiçõesque 
contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos 
e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, 
por meio do planejamento e da gestão democrática do 
Sistema Nacional de Mobilidade Urbana”.
O prefeito de uma cidade do interior do Paraná, com cerca 
de 50 mil habitantes, apresentou algumas medidas com o 
intuito de diminuir o problema do trânsito:
I. Ampliar a construção de ciclovias.
II. Facilitar o acesso ao transporte individual, principalmente 
de carros e motos.
III. Criar instrumentos legais que permitam a população 
habitar áreas mais próximas do centro da cidade, dimi-
nuindo o seu deslocamento entre o local de trabalho e 
de moradia.
IV. Investir em transportes urbanos de massa, principalmente 
metrô.
Assinale a alternativa correta, que contém as medidas que 
podem ajudar a diminuir o problema do trânsito na cidade 
referida.
a) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmações III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
10.20. (UEPG – PR) – O sistema de transportes no Brasil é 
orientado para atender o mercado interno e principalmente 
o comércio exterior. Nesse sentido, existem no território 
brasileiro corredores de exportação/importação que desem-
penham papel importante na organização da infraestrutura 
(transporte, comércio, armazenagem, sistema alfandegário 
etc.) das regiões que eles servem. Sobre os corredores de 
comércio exterior do Brasil, assinale o que for correto.
01) Corredor de Minas Gerais e Espírito Santo – Centrali-
zado no sistema portuário de Vitória/Tubarão, por ele 
escoam principalmente ferro, manganês e produtos da 
indústria siderúrgica.
02) Corredor de São Paulo – Centralizado no porto de San-
tos, sua área de influência abrange São Paulo, Goiás, 
Mato Grosso do Sul e o sul de Minas Gerais.
04) Corredor do Rio Grande do Sul – Centralizado no porto 
de Rio Grande, por ele escoam produtos da agrope-
cuária (soja, fumo, carnes) e das indústrias de couro e 
calçados.
08) Corredor do Paraná – Centralizado no porto de Parana-
guá, por ele escoam café, algodão, soja e óleos vegetais.
16) Corredor da Amazônia – Centralizado no porto de Ma-
naus, sua área de influência abrange toda a região ama-
zônica atendida pelo transporte fluvial. Por ele escoam 
borracha, castanhas, madeira e petróleo. 
Gabarito
10.01. c
10.02. a
10.03. d
10.04. c
10.05. e
10.06. d
10.07. b
10.08. a
10.09. b
10.10. e
10.11. b
10.12. 14 (02 + 04 + 08)
10.13. d
10.14. a
10.15. e
10.16. d
10.17. c
10.18. c
10.19. e
10.20. 15 (01 + 02 + 04 + 08)
20 Extensivo Terceirão
1BAula 11
Indústria I
3B
Geografia
Introdução
A atividade industrial é a responsável pela transfor-
mação da matéria-prima em produtos. O desenvolvimen-
to histórico dessa atividade passou pelas seguintes fases:
 • Indústria manual: é a mais antiga forma de ativi-
dade industrial, na qual os elementos da família 
produziam seus próprios produtos manufaturados 
de maneira manual destinado ao uso próprio.
 • Indústria artesanal: é aquela em que um grupo de 
artesãos se une para produzirem produtos manufa-
turados para um número maior de consumidores. 
É uma atividade industrial, na qual o trabalhador 
tem que ter habilidade desenvolvida, e a produção 
geralmente é feita sob encomenda e de acordo 
com a capacidade individual dos artesãos. Na Idade 
Média eram as oficinas em que os trabalhadores se 
organizavam em corporações e, ainda hoje, esta in-
dústria é bastante difundida e até mesmo valorizada 
pela individualização do produto. Os joalheiros, os 
ourives, os costureiros e os marceneiros desenvol-
vem atividades industriais artesanais que produzem 
para um seleto mercado consumidor de alto poder 
aquisitivo.
 • Indústria fabril: é a partir dessa etapa que passamos 
a falar em processos de Revolução Industrial, que 
mais impactaram nas transformações do espaço, 
para viabilizar com que a atividade industrial de fato 
ocorresse. Nesse tipo de indústria as atividades são 
mais impessoais e o emprego de robôs (automação) 
é cada vez mais intenso.
Contexto histórico
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no 
século XVIII esteve associada a alguns fatores observa-
dos na sociedade inglesa da época: a burguesia, que 
detinha poder econômico (burguesia comercial) passa 
a deter também poder político, com a supremacia do 
parlamento em relação à monarquia, fruto da Revolução 
Gloriosa (1688 - 1689); a instituição da propriedade pri-
vada através dos chamados cercamentos ou enclosures; 
o êxodo rural que disponibilizava mão de obra; o arren-
damento de terras para a criação de ovelhas e obtenção 
de matéria-prima para a indústria têxtil.
Vale observar que ao utilizar o termo revolução, es-
tamos nos referindo a uma grande mudança não apenas 
dentro das fábricas, mas nos sistemas de transportes, 
na utilização de novas fontes de energia e também nas 
relações sociais, destacando-se as ligadas ao trabalho.
A Primeira Revolução Industrial (século XVIII) foi 
marcada pela inserção da máquina a vapor nos pro-
cessos produtivos, graças aos estudos do matemático 
e engenheiro britânico James Watt (1736 - 1819), o que 
possibilitou a utilização dos teares mecânicos e permitiu 
maior agilidade nos transportes, com a utilização das 
locomotivas a vapor, popularmente conhecidas como 
“marias-fumaça”, ou ainda navios a vapor. Para mover 
toda essa estrutura, era necessário energia, que não 
vinha mais da utilização da força de animais ou seres 
humanos, mas da queima do carvão mineral (rocha se-
dimentar orgânica, com grande capacidade calorífica). 
Ainda hoje é uma das fontes de energia mais utilizadas 
no mundo.
 Locomotivas a vapor revolucionam os transportes no século 
XVIII.
Outra grande mudança se deu nas relações de tra-
balho. Um dos primeiros estudiosos a tentar explicar as 
novas relações de trabalho foi o economista e filósofo 
alemão Karl Marx (1818 - 1883), que apresentou a tese 
de que a partir do desenvolvimento da indústria, a socie-
dade seria dividida em classes: a burguesia, detentora 
dos meios de produção, ou seja, aquilo que possibilita 
com que a atividade aconteça: tecnologia, capital; e o 
proletariado, que vende sua força de trabalho em troca 
de um salário. 
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Aula 11
21Geografia 3B
A Segunda Revolução Industrial (século XIX) foi 
marcada pelo processo de expansão da atividade indus-
trial, ou seja, países como EUA, França, Japão vão passar 
a se inserir dentro dessa estrutura produtiva. Dessa 
forma, esses países “se lançam” ao mundo buscando 
fontes de matéria-prima, energia e expansão do merca-
do consumidor, sendo observada uma disputa por essas 
áreas entre as grandes potências industriais – processo 
que ficou conhecido como Neocolonialismo, caracte-
rizado pela partilha da África e da Ásia, na Conferência 
de Berlim (1885). Essa disputa será um dos estopins da 
Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918). Do ponto de 
vista das transformações associadas ao processo produ-
tivo, observa-se a inserção do motor à combustão e a 
difusão do uso de duas novas fontes de energia em larga 
escala: a energia elétrica e o petróleo, que não apenas 
representa ainda hoje a fonte de energia mais usada no 
mundo, mas, também, fonte de matéria-prima.
 O petróleo é a fonte de energia mais usada no mundo desde a 
Segunda Revolução Industrial.
A Terceira Revolução Industrial (século XX) 
ocorre durante o período pós-Guerra, com o for-
talecimento do capitalismo, principalmente em 
decorrência da instituição dos Planos Marshall e 
Colombo, por parte dos EUA, fornecendo ajuda econô-
mica a países europeus se reconstruírem e aumentar 
a área e influência do capitalismo em regiões que 
poderiam ser influenciadas pelo socialismo soviético.
 A Terceira Revolução Industrial tem como característica a auto-
mação industrial.
Além do aumento daconcorrência no mercado 
global (com a entrada dos competidores japoneses, 
principalmente no setor automobilístico) e da melho-
ria do setor de telecomunicações, na década de 1970 
ocorreram os choques do petróleo, que impulsionaram 
a crise do modelo fordista e produção, e a adoção, aos 
poucos, do modelo toyotista ou pós-fordista.
Modelos de produção 
industrial
Taylorismo
Nome dado ao sistema de organização do trabalho 
criado por Frederick Taylor (1856 - 1915), que tinha 
como objetivo principal o aumento da produtividade, 
associado à redução do tempo e esforço. Para atingir tal 
objetivo, Taylor realizou estudos sobre a fadiga humana, 
os movimentos que os trabalhadores executavam nas 
fábricas, implementou a divisão das tarefas.
Fordismo
Modo de produção difundido por Henry Ford 
(1863 - 1947), que apresenta as seguintes característi-
cas: esteira automatizada (o que permitiu aumento da 
produtividade e controle da velocidade da produção nas 
fábricas), produção em massa, produção vertical, padro-
nização dos produtos e a presença de grandes estoques. 
O modelo Taylor-Ford está associado ao contexto da 
Segunda Revolução Industrial.
 Charles Chaplin apresenta crítica ao modelo Taylor – Ford no fil-
me Tempos Modernos (1936).
Toyotismo
Esse modelo de produção, desenvolvido pela 
Toyota, traz como principais características: produ-
ção automatizada (inserção da robótica e da infor-
mática dentro do processo produtivo), modelo Just 
in time – a “produção por encomenda” com estoque 
“zero”. O modo de produção toyotista está associa-
do ao advento da Terceira Revolução Industrial. 
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22 Extensivo Terceirão
necessita de grandes investimentos com prazo de re-
torno longo. Exemplo: siderúrgicas, metalúrgicas, etc.). 
As indústrias que produzem locomotivas, máquinas e 
equipamentos para hidrelétricas, navios e grandes má-
quinas e equipamentos para outras indústrias também 
são consideradas pesadas. 
A indústria leve é aquela que utiliza menor quanti-
dade de matéria-prima. Seus produtos são mais leves e 
os investimentos são menores, com retorno mais rápido. 
Exemplo: indústrias alimentares, confecções, bebidas, 
farmacêuticas, etc. Algumas indústrias utilizam vários 
tipos de matéria-prima que são simultaneamente pe-
sadas e leves. Exemplo: mecânica, química, material de 
transporte, etc.
Finalidade
É a principal forma de classificação dividida em 
indústria de base e indústria de bens de consumo. 
Indústria de Base produz matéria-prima ou equi-
pamento para outras indústrias. Pode ser subdividida 
em indústria de bens de equipamento e indústria de 
bens de produção. Muitas vezes aparece de maneira 
inadequada como sinônimo de indústria pesada. A 
indústria de bens de equipamento, que também pode 
ser denominada de bens de capital, produz máquinas 
e equipamentos para outras indústrias. Exemplo: uma 
fábrica de tornos mecânicos, que vai equipar indústrias 
mecânicas ou uma fábrica de alto forno que vai equipar 
uma siderúrgica.
A indústria de bens de produção produz matéria- 
-prima (insumos) para outras indústrias. Exemplo: uma 
usina siderúrgica produz aço que vai ser industrializado 
pelas metalúrgicas ou uma indústria têxtil que produz 
tecido para as indústrias de confecção. 
Indústria de Bens de Consumo 
Produz produtos para os consumidores e pode ser 
classificada em bens duráveis e bens não duráveis e 
muitas vezes, a indústria de bens de consumo aparece 
inadequadamente como indústria leve. 
O modelo Toyotista proporcionou uma fle-
xibilização do processo produtivo, permitindo 
com que houvesse disponibilidade de uma di-
versidade de produtos e modelos, como não 
era possível no modelo fordista. Sendo assim, o 
consumo ganha ainda mais destaque, surgindo 
a ideia da obsolescência que pode ser: 
Programada, ou seja, “feito para ser jogado 
fora”. Os produtos teriam uma espécie de pra-
zo de validade, ou seja, uma durabilidade curta 
para que, assim, haja a necessidade de comprar 
novos produtos. 
Percebida, fazendo com que os consumido-
res substituam produtos que estão em condi-
ções de uso, por outros mais modernos. Isso 
acontece com o lançamento de novos celulares, 
roupas, etc. 
 A obsolescência percebida estimula o consumo.
Volvismo
Modo de produção desenvolvido na Suécia nos anos 
90, marcado pelo alto grau de automatização, ou ainda, 
como dizem alguns especialistas, “automatização total”, 
necessitando de mão de obra altamente qualificada. 
A inovação tecnológica também é uma grande marca 
desse modelo.
Classificações da 
atividade industrial
Peso
Apesar de ser uma classificação ultrapassada, ainda 
tem sido questionada em vestibulares e muitas vezes 
confundida com outras classificações. O conceito de 
indústria pesada ou leve pode ser baseado em quanti-
dade de matéria, peso do produto ou ainda o volume de 
investimento realizado para a implantação e funciona-
mento da indústria. 
A indústria pesada utiliza grandes quantidades de 
matéria-prima, produz máquinas e equipamentos e 
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Aula 11
23Geografia 3B
A indústria de bens duráveis produz produtos de 
maior tempo de utilização, como as indústrias de eletro-
domésticos, automóveis, etc. 
A indústria de bens não duráveis produz produtos 
de utilização mais imediata e com menor tempo de apro-
veitamento. Exemplos: indústria alimentícia, indústria de 
cigarros, confecções, cosméticos, etc. Com a necessidade 
de expansão do mercado consumidor, as indústrias 
desenvolvem com maior intensidade o conceito de pro-
duto descartável, que é um bem não durável, forçando o 
consumidor a comprar mais vezes o mesmo produto, o 
que aumenta a produção de resíduos sólidos e aumenta a 
demanda por recursos naturais.
 A indústria de alimentos é considerada indústria de bens não 
duráveis.
Testes
Assimilação
11.01. (UERJ) – O capitalismo já conta com mais de dois 
séculos de história e, de acordo com alguns estudiosos, vive-
-se hoje um modelo pós-fordista ou toyotista desse sistema 
econômico. Observe o anúncio publicitário:
Adaptado de: Casa Cláudia, Dezembro, 2008.
Uma estratégia própria do capitalismo pós-fordista presente 
nesse anúncio é:
a) concentração de capital, viabilizando a automação fabril.
b) terceirização da produção, massificando o consumo de 
bens.
c) flexibilização da indústria, permitindo a produção por 
demanda.
d) formação de estoque, aumentando a lucratividade das 
empresas.
11.02. (FATEC – SP) – Leia o texto e assinale a alternativa que 
preenche, corretamente, as lacunas com a expressão que se 
refere ao tipo de indústria que engloba o setor de máquinas 
e equipamentos. 
Atualmente, em todos os ramos da indústria de 
___________ instalada no país, exceto máquinas-
-ferramenta, a liderança cabe a empresas multina-
cionais. Estas empresas predominam no segmento 
de ___________ feitos sob encomenda, que envolve 
um conjunto mais complexo de conhecimentos téc-
nicos e de produção. Elas se aproveitam de algumas 
vantagens locais, como a disponibilidade de matérias-
-primas e mão de obra a preços baixos.
Fonte: Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia da 
Secretaria de Desenvolvimento da Produção. Disponível em: <Desenvolvimento.gov.
br/sistemas_web/renai/public/arquivo/arq1273166103.pdf>. Acesso: 28/08/2013.
a) Bens de consumo duráveis.
b) Bens de consumo não duráveis.
c) Siderurgia.
d) Bens de capital.
e) Petroquímica.
11.03. (UNIFOR – CE) – Ao processo contemporâneo de 
produção de bens industriais, simultaneamente em vários 
países, através da padronização de modelos tecnológicos e 
de consumo, suplantando as fronteiras nacionais pela escala 
mundial, dá-se o nome de:
a) internacionalização do capital.
b) globalização.
c) terceirização.
d) monopólio transnacional.
e) neoliberalismo.
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24 Extensivo Terceirão
11.04.

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