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Exames complementares do Sistema Digestório CONF 3 – HABILIDADES 2 EXAME DA MICROBIÓTA ORAL • Abra a boca do animal • Passe o swab em movimentos circulares, suaves e rápidos na mucosa palatal, sulco gengival ou dorso da língua PROCEDIMENTO - COLORAÇÃO DE GRAM 1. Espalhe o conteúdo do swab no centro de uma lâmina limpa 2. Espere secar e fixe o esfregaço passando a lâmina 3 a 4 vezes pela chama rapidamente 3. Cubra o esfregaço com cristal violeta (corante primário) e deixe-o agir por 1 minuto 4. Escorra solução 5. Cubra o esfregaço com solução de lugol (fixador) por 1 minuto 6. Escorra a solução e lave com água 7. Cubra com solução álcool-acetona (descolorante) por 15 segundos 8. Escorra bem o álcool e cubra com fucscina (corante secundário) por 30 segundos 9. Lave com água e deixe secar 10. Tira as luvas e avalia no microscópio (4x,10x, 40x >>> 100x com óleo de imersão) RESULTADO: • Bactérias gram+ : violeta >> formato de cocos (redondo) • Bactérias gram- : rosa >> formato de bastonetes (bastão) COLETA E EXAMES PARASITOLÓGICOS DE FEZES (COPROLÓGICOS) EXAME MACROSCÓPIO DO ANIMAL E DAS FEZES • Fazer a identificação do animal e a anamnese • Tentar observar a frequência de defecação ou perguntar ao tutor • Consistência, odor, cor, presença de sangue (hemorragias TGI), muco (ulceração), parasitos adultos (cestodas e nelmatodas – helmintos) ou outras condições anormais • Tentar relacionar alterações nas fezes com possíveis patologias RECAPITULANDO... Os helmintos (vermes parasitas) podem se classificar em 3 grandes grupos: • Neomatodas (vermes cilíndricos) • Cestodas (vermes chatos) • Trematodas (corpo em forma de folha) Protozoários: • Trofozoíto: é a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz por diversos processos • Cisto de oocisto: são formas de resistência COLETA DAS FEZES • Proceder a coleta de fezes diretamente do reto do animal (ou quando impossível, do solo – porção central do bolo fecal) • 20g de fezes por animal. No caso de rebanhos, colher de 10 a 15 amostras de cada faixa etária. Utilizar 1 frasco por animal. • Resfriar o recipiente para transporte entre +2°C a +8°C (num isopor) EXAME MICROSCÓPICO DAS FEZES • Permite a visualização dos cistos, oocistos e trofozoítos de protozoários, ovos e larvas dos helmintos • Como rotina, realizar: - Exame direto das estruturas morfológicas dos parasitas - Técnicas de concentração de parasitas PROTOZOÁRIOS HELMINTOS TÉCNICAS • Flutuação: aplicadas para visualização de ovos de helmintos e oocistos e cistos de protozoários considerados leves, necessário a adição de solução saturada (açúcar ou sal) Ex: Willis-Mollay, McMaster (OPG), Faust • Sedimentação: aplicadas para visualização de ovos de helmintos e oocistos e cistos de protozoários considerados pesados, onde a solução utilizada é apenas água Ex: Hoffman e Lutz • Empregadas para a análise de movimentação e aspectos morfológicos de larvas de helmintos Ex: Roberts e O’Sullivan (coprocultura) e Baerman – Moraes TÉCNICAS DA PRÁTICA • Exame quantitativo: contagem de ovos para se avaliar a carga parasitária. A mais utilizada na veterinária é a OPG (ovos por grama de fezes) e coprocultura (grandes animais) • Exame qualitativo: demonstração das formas parasitárias. A mais utilizada é a técnica de Willis- Mollay (pequenos animais), OPG e coprocultura (grandes animais) • OPG e coprocultura: quantitativos e qualitativos TÉCNICA DE OPG • Se baseia no princípio da flutuação dos ovos de helmintos, oocistos e cistos de protozoários • É uma técnica qualitativa (ovos de cestodas e trematodas e protozoários) e quantitativa (ovos de nematodas) • Protocolo laboratorial a ser usado: peso de 2g de fezes para um volume de 28mL de solução saturada (pequenos animais) ou 4g de fezes para um volume de 56mL de solução saturada (grandes animais) • Materiais e equipamentos: - Fezes recém colhidas ou refrigeradas (no máx 1 semana) - Seringa com o bico cortado ou balança analítica - Becker (1) e um bastão de vidro - Proveta com capacidade de 50 ou 100mL - Solução saturada (sal ou açúcar) (1 litro de água para 1 kg de sal/açúcar) - Gaze e peneira (filtração) - Pipeta Pasteur - Becker (2) para deposição da mistura após a filtração - Câmara de McMaster - Microscópio com objetivas de 10x e 40x • Metodologia: - Macerar bem as fezes dentro do saco - Colher as fezes com a seringa na marca dos 2,5 ml (-2mg) - Colocar 28mL de solução saturada com a fezes no becker - Misturar bem para ter uma solução homogênea - Filtrar essa solução na peneira forrada com gaze no Becker – aguardar 2 min - Pipetar 3mL da área mais próxima da superfície e preencher os dois campos da câmara de McMaster e evitar a formação de bolhas de ar na área a ser analisada - Limpar a câmara e retirar as luvas antes de levar ao microscópio • Fórmula: ÍNDICE DE CONTAGEM DE OVOS (NEMATODAS) - Até 500 ovos >>> baixo - De 501 a 1500 >>> moderado - Acima de 1500 ovos >>> alto Lembrando que categoria do animal (filhote, gestante e etc) e a gravidade dos sinais clínicos é relevante TÉCNICA DE WILLIS-MOLLAY • Materiais: - Fezes recém colhidas ou refrigeradas (no máx 1 semana) - Seringa com o bico cortado ou balança analítica - Becker (1) e um bastão de vidro - Proveta com capacidade de 50 ou 100mL - Solução saturada (sal ou açúcar) (1 litro de água para 1 kg de sal/açúcar) - Gaze e peneira (filtração) - Pipeta Pasteur - Tubo de ensaio de 5mL para deposição da mistura após filtração - Lâmina e lamínula - Microscópio com objetivas de 10x e 40x • Metodologia: - Macerar bem as fezes dentro do saco - Colher as fezes com a seringa na marca dos 2,5 ml (-2mg) - Colocar 10mL de solução saturada com a fezes no becker - Misturar bem para ter uma solução homogênea - Filtrar essa solução na peneira forrada com gaze no becker - Encher o tubo de ensaio (pipeta de Pasteur) até formar um menisco positivo - Colocar a lamínula sobre o menisco e aguardar no mínimo 10 minutos - Após o tempo colocar a lamínula sobre a lâmina - Retirar as luvas e levar ao microscópio TÉCNICA DE COPROCULTURA • Mimetiza o ciclo do parasita no ambiente • Técnica qualitativa e quantitativa complementar ao OPG • Medição da cauda, região posterior e aspectos morfológicos da parte anterior das larvas de 3° estágio (forma infectante), sendo capaz de determinar quais gêneros de nematodas (helmintos) e estimar a frequência (%) de parasitas que o animal apresenta • Material utilizado: - Fezes recém colhidas ou refrigeradas (no máx 1 semana) - Copo para deposição da mistura - Bastão de vidro - Placa de Petri, identificada com os dados da amostra - Barbante, algodão ou gaze - Água - Pipeta Pasteur - Tubo de ensaio - Lâmina e lamínula - Microscópio (objetivas de 4x, 10x e 40x) • Metodologia: 1° etapa: - Colocar as fezes no copo (20 a 30g) já misturadas e não compactar - Tampar o copo e deixar um espaço entre a placa e o copo com barbante - Esperar por 7 dias 2° etapa - Adicionar água no copo até cobrir a amostra - Virar o copo com a placa de Petri - Colocar água no espaço entre o copo e a placa de Petri - Esperar 15 min para as larvas migrarem - Retirar com a pipeta Pasteur e colocar num tubo de ensaio - Esperar 30 min ou centrifugar - Coletar no fundo do tubo com pipeta Pasteur - Colocar na lâmina e na lamínula - Analisar no microscópio
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