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Clínica de animais de companhia A clínica é soberana! Clinica médica – definição da doença (etiopatogenia, agente causador, sinais clínicos), apresentação, etipatogenia, sinais clínicos, exames, diagnostico, tratamento, prognostico (expectativa de vida, se o paciente vai ter melhora, se vai ficar moribundo). Primeira avaliação – 10/05 – 40% Segunda avaliação – 05/07 – 40% Apresentação de seminário – 28/06 – 20% Sistema digestório · cavidade oral e glândulas salivares · Formado por: cavidade oral, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e ílio), intestino grosso. Melena- sangue digerido nas fezes (lesão, ulcera gástrica), grande quantidade de ácido. Escuro amarronzado. Hematoquezia – sangue vivo nas fezes, geralmente associado a porção final do , sem tempo dde ser digerido, giárdia. Hematêse – vomito com sangue, sangramento gástrico, problema esofágico. Tenesmo – esforço doloroso na micção ou defecação, animais com verminose Anorexia – falta de apetite Hiporexia – diminuição do apetite Vomito x regurgitação x expectoração Regurgitação – expulsão de material do sistema digestório, mais superior, o animal não digere esse alimento, por conta de alguma lesão em boca, faringe ou esôfago. Alimento, agua, saliva. Cicatriz no esôfago, ingeriu osso de esôfago, alimento não passa e parte vai e outra fica. Vômito – expulsão de material, precisa de um gatilho neurológico, náusea, posição de vomito, alimento geralmente digerido, sangue geralmente digerido. Estomago e intestino. Animal com problema renal Expectoração – expulsão de material, trato respiratório, segundaria a vomito, aspiração após o vomito. Fenda palatina aberta, aspiram o material, e se afogam com o alimento Diarreia – presença de água em excesso · diarreia aguda – explosiva, muito agudo, geralmente causada por dieta, parasitas ou doenças infecciosas. · diarreia crônica – infecção por algum parasita sistêmico, giárdia ou tritrichomonas,animal não tem tanta cólica. ID ou IG – IMAGEM , cada porção capta alguma coisa. ID – não absorveu nada ainda. IG – absorveu uma boa parte dos nutrientes, normal perda de peso. Afecções da cavidade oral Dica de ouro se o animal não está comendo nada, o bicho está babando, salivando muito, com disfagia, halitose (cheiro forte), geralmente está relacionado com a cavidade oral. Infecções pequenas na raiz, boca podre, reabsorção óssea MUITA DOR. Disfagia – dor ao se alimentar pode ser massa, corpos estranhos, trauma, disfunção neuromuscular por disfagia, botulismo. Halitose – bactéria principalmente, necrose, cálculo dentário (tártaro) pode estar relacionado ou não, periodontite (gengivite), retenção de alimento, pus. Sialorreia – náusea, dor pra engolir, alerta felino (normal, medicamentos como dipirona, colírios). Baba muito. Exame clinico da cavidade oral. - Ideal que seja feita sem contenção química (dor). Gatos e pinscher cuidados. Procurar por fraturas (mexer na mandíbula), lacerações, crepitação, massas, linfonodos aumentados (drenando infecções), áreas inflamadas ou ulceradas, fístulas, dentes soltos, atrofia excessiva do músculo temporal, incapacidade de abrir a boca enquanto o animal está sob anestesia. Distúrbios congênitos · Fenda palatina · Lábio leporino · Alterações oclusais · Palato mole alongado Lábio leporino e fenda palatina É comum em gatos, e raças braquicefálicas, schnauzer, Cocker e beagle. Fenda palatina é mais comum em filhotes com refluxo de leite pelo nariz, o óbito é quase certo, o animal vai apresentar espirros, secreção nasal mucopurulenta, morte do filhote por pneumonia aspirativa (falsa via). A fenda pode ser adquirida por choque, trauma rombo, quedas ou mordeduras. Alerta felino – muito comum em gato. Tratamento · Filhote muito jovens, faz gavagem (sonda direto no estômago). Alimentação dos filhotes com sonda ou mamadeira até 3-4 meses. · Radiografias de controle para pneumonia, a cada dois dias caso não tem melhora, pois filhotes descompensam muito rápido. Tratamento de possível pneumonia aspirativa. · Antibioticoterapia (ampicilina, amoxicilina, sulfa + trimetroprim) · Nebulização · Tapotagem, tapinhas de leve de baixo pra cima do tórax, para soltar o muco · Suporte de O2 · Flape mucoperiosteal sobreposto Distúrbios de oclusão Normoclusao - dentes de maneira correta (imagem), incisivos inferiores a frente dos superiores. Prognatismo – mandíbula a frente, buldog Branquignatismo – dentes bem a frente da mandíbula, linguicinha Mordida em pinça – felinos Ortodontia – animais usando aparelho. Retenção de dentes decíduos ou dentes supranumerácios · oligodontia – ausência de dentes · poliodontia – boca de tubarão, mais dentes do que o normal · pseudopoliodontia – retenção de dente tecido, dente não cai. Podem provocar má oclusão dentária, predisposição a acumulo de alimentos, formação e periodontite Halitose – principalmente, bafinho característico Raças micro mais predispostas a retenção Diferenças na estrutura da coroa, raízes e brilho (sem muito brilho) Tratamento cirúrgico – extração dentária. Extração dentaria – dentes deformados podendo causar ulceras (dor), abscessos periapicais acumulo de pus quando fistula para o rosto, periodontite severa (dente solto, causa dor, faz canal), impactação dentária (acumulo de dentes), alterações graves de oclusão. Doença em gato, complexo de estomatite é quando precisamos tirar a raiz do dente. Hipoplasia de esmalte · Resultado da lesão de ameloblasto · Causado por algum processo grave de febre, observamos isto em cinomose, influências podem ser crônicas ou agudas, no útero ou após nascimento. Cinomose, febre e trauma. Doença periodontal · Muito comum em cães e gatos. Causa mais importante – inflamação e infecção oral, perda dentária em cães e gatos. Gengivite e periodontite · Formação de placa sobre o esmalte dentário e boca, modificação da flora predominante, aumento da anaerobiose (bactérias se proliferam, com o aumento do ambiente adequado), destruição tecidual e perda do suporte periodontal. · Biofilme (película que se forma no dente, de proteínas, contamina após 24horas) · Mudanças do ph e muda a microbiota, as bactérias comuns da boca que estavam de boas, pois não tinham o ambiente adequado para aumentar, com a mudança do ph, elas começam a criar a placa. · Calcificação do biofilme – começa a placa dentaria · Retração gengival · Destruição do osso O que é a placa? · Substrato da placa, película proteínas e glicoproteínas, ceulas, epiteliais descamadas, leucócitos, bactérias · Biofilme forma em 24 horas, supragengival, subgengival, capacidade de promover gengivite clinica após 1 semana. · Calculo – placa + sais de cálcio, fosfato e carbonato Tratamento Antibioticoterapia sistêmica · associações de espiramicina e metronidazol · amoxilina + clavulanato · clindamicina · Antes da limpeza, entrar com os antibióticos para diminuir a carga bacteriana. · Limpeza com clorexidine 0,2% diariamente · Escovação com pastas enzimáticas · Tartarectomia cirúrgica, extração se necessário. · Tartarectomia ou destarização ( ver se os dentes estão fixos ou não, ver se o tecido ta intrigo, remover se há dor ou não). Tratamentos alternativos – brinquedos para limpeza, vetnil com bifinhos que auxilia na limpeza. Escovação uma vez por dia. Estomatites · Lesões que acontecem na cavidade oral ou gengiva, diversos fatores etiológicos, gatos são comummente afetados. Mais comum associada a doença periodontal. · Animais com doenças renais, cães tendem a criar ulceras renais por aumento da ureia e creatinina. · Periodontite severa, abscessos radiculares, trauma (corpo estranhos, choque elétrico, agentes cáusticos, queimaduras), doenças imunomediadas (pênfigo, lupes sistêmico), calcivirus, rinotraqueite, Felv, Fiv, leptospirose. Nocardiose, candidíase (sapinho), osteomielite. · Necrose de língua pensar em leptospirose, causada por vasculite. Mais comum que vimos: · Halitose intensa · Hipersalivação · Saliva tingida de sangue ou amarronzada · Relutância em comeralimentos secos · Disfagia ou odinofagia · Anorexia e perda de peso Diagnóstico · História do animal e sinais clínicos · Avaliação geral do paciente – exames complementares como hematologia e bioquímico, pesquisa de FIV/FELV em gatos, cultura bacteriana/fúngica, radiografias, citologia e biópsia. Tratamento · Voltado para causa iniciadora – remoção de corpos estranhos, terapia imunossupressora (corticoide), prednisona, azatioprina, clorambucil, sulfadiazina contra nocardiose, cetoconazol contra candidíase. Tratamento de suporte limpeza periodontal, clorexidine 0,1-0,2%. · Antibioticoterapia sistêmica, ulceras as bactérias podem chegar ao sistema sanguíneo, exemplo no útero formando um piometra, endocardite bacteriana. · Alimentação por sonda ou tubo Estomatites caudal felina (estomatite linfoplasmocitária felina) – sempre bilateral · Etiologia incerta, associada a lesões friáveis hiperêmica simétricas e proliferativas. · Faucite e faringite frequentemente associadas · Sinais de dor oral e linfadenopatia regional (sempre olhar a boca caso aumento) · Alguns gatos evidenciam pododermatite plasmocitária intercorrente · Calcivirose, FELV, FIV, periodontite são os fatores que agravam a doença · Geralmente refrataria, ela tende a voltar mesmo com o tratamento, volta quando a imunidade diminui. Tratamento- Abordagem multimodal · Controle de placa e extração dentaria principalmente dos pré molares e molares, com raiz para não voltar. · Analgesia fundamental · Terapia com corticoides (controle da inflamação, controle de dor e estimulação do apetite) · Acetato de metilprednisolona (predimedrol) muito bom para gatos, subcutâneo, dura muito tempo (4mg/kg SC) ou pomada de prednisolona. · Outros medicamentos imunossupressores podem ser usados. Complexo granuloma eosinofilico – · úlcera indolente ou granuloma linear · disfagia,, Hipersalivação e halitose · causa desconhecida – recruta muitos eosinófilos que causa isto · Hipersensibilidade Neoplasias Orais – bem comum na rotina da clínica · Normal em cães e gatos. A maioria dos nódulos, das massas orais, são neoplásicas, câncer mesmo, a maioria são malignos. O maior complicador, é que o paciente chega muito tarde, quando já está muito grande a massa, as vezes o tutor não enxerga ou um animal muito arisco. · Podem afetar lábios, gengivas, pilares da faringe . · Neoplasias benignos – ameloblastoma acontomatoso (epúlide) (massas que se formam do ligamento dental), epúlide fibromatoso, granuloma eosinofilico, papilomatose. · Neoplasias malignos – carcionama de células escamosas felinos de pelagem branca, melanoma, fibrossarcoma, bem frequentes. Diagnóstico Sob anestesia · CAAF – introduz a a seringa com agulha fina, e aspira para fazer vácuo na seringa e faz o movimento de leque, o conteúdo fica dentro da agulha e coloca na lamina, irá dizer o tipo de célula que há na lâmina e o caminho que talvez eu vá tomar. · Exame de imagem (podem chegar no fígado, pulmão) · Biópsia Tratamento · Cirúrgico principalmente no caso dos malignos, com margem ampla · Quimioterapia – efeito limitado, depende do resultado de histopatologia, pode ser utilizada como tratamento paliativo. · Quanto mais tardio o diagnostico pior o prognostico!! Doenças das glândulas salivares Principais – glândula mandibular, sublinguais, glândula zigomática, paliativas, glândula parótida Sialoce (mucocele salivar) lesão ou dano nos ductos glandulares, aumento excessivo das glândulas sublinguais e mandibulares. Rânula – sialoce sublingual. Mais comum. Sialoadenite – reação inflamatória, com secreção ou não, o local fica quente ou não, febre ou não, pode fistular para fora e começa a drenar (não muito comum). Neoplasias – adenocarcionoma (raro) Sialoce · Depende da localização: · Mandibular – massa indolor flutuante cervical · Ranula – sublingual, movimentos linguais anormais, relutância em comer, saliva sanguinolenta · Palatinas – dificuldade respiratória por conta de compressão, disfagia · Zigomática – pode aumentar tanto que pode comprimir o olho (exoftalmia), estrabismo divergente, aumento de volume indolor flutuante periorbitário. Sialoadenites – pode apresentar alterações de exame, pode ter pus · Depende da localização: · - Zigomática – exoftalmia, lacrimejamento, estrabismo divergente ,relutância em comer, dificuldade em abrir a boca, difícil comer, inflamação mucosa oral próxima ao ducto e corrimento mucopurulento. · Parotídea – aspecto firme, quente e dolorido, com corrimento a partir do ducto. Diagnóstico · Anamnese e sinais clínicos · Aspirado – fluido mucinoso – viscoso, citologia inflamatória (sialoadenite), neoplasias (diferencial) · Hemograma – leucocitose ou não · Radiografia torácica Tratamento Sialoce - cirúrgico · masrupialização das rânulas e mucoceles faríngeas · excisão das glândulas mandibulares e sublinguais · drenagem e exicisão das glândulas salivares zignomaticas · Antibioticoterapia de amplo espectro (pós op) · dieta úmida por até 10 dias Sialoadenite – além de tudo que citado acima · AINES · ATB · drenagem – o conteúdo vai ser bem viscoso, difícil sair tudo
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