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REVISAO G2 HERMENEUTICA-2

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Avaliação 1:
1. Para o juspositivismo, aplicação do Direito significa:
Enquadramento de um caso concreto em uma norma jurídica adequada (Maximiliano).
2. A função principal do ordenamento jurídico para o juspositivismo é:
Indicar para o intérprete qual deve ser a decisão para o caso concreto.
3. Para o jusdecisionismo, interpretação do Direito significa:
Reconstrução do sentido e do alcance das expressões do Direito, buscando a decisão.
4. Integração do Direito, para o juspositivismo, pode ser definida como:
Supressão das lacunas presentes no ordenamento jurídico.
5. O que é hermenêutica jurídica?
É a ciência ou teoria da interpretação jurídica e da aplicação do Direito.
6. Direito objetivo para o jusnaturalismo designa:
Ação justa.
7. A função principal do ordenamento jurídico para o jusdecisionismo:
Fornecer argumentos para fundamentar a decisão criada pelo intérprete no caso concreto.
8. Para o jusdecisionismo, aplicação do Direito significa:
Desenvolvimento de raciocínio (argumentativo) que promova uma decisão (para o conflito).
9. Para o juspositivismo, interpretação do Direito significa:
Determinação do sentido e do alcance das expressões do Direito, buscando a decisão.
10. Direito objetivo para o juspositivismo designa:
Preceito.
Avaliação 2:
1. Humberto Ávila caracteriza princípio jurídico como a espécie de norma jurídica que exige que o intérprete-aplicador justifique:
A correlação entre efeitos da conduta a ser adotada e a realização do estado ideal.
2. Relacione dispositivo, norma jurídica e interpretação jurídica.
Dispositivo é o objeto da interpretação, o texto, aquilo que é interpretado; 
Norma jurídica é o resultado da interpretação. Não é o texto, mas sim o sentido dele;
E, interpretação jurídica pode dar origem a várias espécies de normas.
3. Humberto Ávila, ao classificar os tipos normativos albergando alternativas inclusivas, propõe que os dispositivos jurídicos:
Podem gerar, a partir da interpretação, mesmo simultaneamente, mais de um tipo normativo.
4. Humberto Ávila caracteriza regra jurídica como a espécie de norma jurídica que exige que o intérprete-aplicador justifique:
A correspondência entre o conceito da norma e o conceito do fato.
Avaliação 3:
1. Sistemático.
CC Nº 70.019.035.153 DV/M 163 - S 31.05.2007 - P 01 (T) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. “LEI MARIA DA PENHA” (LEI Nº. 11/340/2006). MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA. FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DAS VARAS CRIMINAIS DO JUÍZO COMUM PARA CONHECER, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS RELATIVAS À “LEI MARIA DA PENHA”, INDEPENDENTEMENTE DA CONDUTA PRATICADA TIPIFICAR CRIME OU CONTRAVENÇÃO PENAL. AFASTAMENTO DA COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 1. Enquanto os “Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher” não forem criados e instalados, a competência para conhecer, processar e julgar a prática de infrações penais afetas à “Lei Maria da Penha” (Lei nº. 11.340/2006) recai sempre sobre Vara Criminal do Juízo Comum, independentemente da conduta imputada tipificar crime ou contravenção penal, conforme expressa previsão do art. 33 da Lei em comento, também sufragada na Resolução nº 562/2006, do Conselho da Magistratura desta Corte, bem assim no superveniente Ofício-Circular nº 327/2006, da Corregedoria-Geral da Justiça. 2. De outra banda, cumpre registrar que art. 41 da Lei nº. 11.340/2006 não constitui regra definidora de competência, tendo por único objetivo vedar, modo expresso, a aplicação de institutos jusmaterialísticos (v.g.: transação penal; suspensão condicional do processo) e processuais (v.g.: procedimento sumaríssimo) previstos na Lei nº. 9.099/95 às causas envolvendo crimes afetos à Lei nº. 11.340/2006, independentemente da pena prevista no respectivo preceito secundário. Contudo, o referido art. 41 não cria óbice algum a que esses mesmos institutos sejam aplicados às causas criminais relacionadas a contravenções penais que envolvem violência doméstica e familiar contra a mulher. 3. Portanto, a interpretação (...) da Lei nº. 11.340/2006 conduz à conclusão de que toda e qualquer causa envolvendo a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, seja tipificada como crime ou contravenção penal, é da competência das Varas Criminais do Juízo Comum. (Conflito de Competência Nº 70019035153).
2. Histórico e sistemático.
"Tendo a lei ordinária estabelecido, expressamente, o limite indenizatório em 40 salários mínimos, e não havendo distinção entre espécies de invalidez permanente, descabida a regulamentação da matéria por Resolução (norma de hierarquia inferior) expedida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. Aliás, desde a origem do seguro DPVAT, nunca teve o legislador intenção de conferir, ao referido órgão, tamanha atribuição, ao contrário, pois buscou retirar do âmbito do Conselho Nacional de Seguros Privados a disposição sobre alterações nos valores da indenização. Com efeito, da análise dos anais do Congresso Nacional, observa-se que o Projeto de Lei nº 2.367/74 (que originou a Lei nº 6.194/74) foi encaminhado pelo Poder Executivo, tendo os valores das indenizações sido fixados em espécie, o que se depreende da leitura do seu artigo 3º. As discussões dos parlamentares quando da aprovação da Emenda nº 1 ao Projeto de Lei nº 2.367, refletiam tal preocupação, ou seja, a omissão dos órgãos responsáveis: as seguradoras não cumprem a lei e o Conselho Nacional de Seguros Privados nada faz. Tão-somente a via judicial resta aos beneficiários” (Desembargadora Liege Puricelli Pires – AC 70025875162).
3. A melhor interpretação a ser conferida ao § 4º do art. 267 do CPC é a TELEOLÓGICO uma vez que o fim buscado pela norma é impedir a homologação de um pedido de desistência quando haja fundada razão para que não seja aceito.
4. Há três situações que tornam o caso difícil: no caso de LACUNA JURÍDICA, quando há omissão no ordenamento jurídico ou, ao menos, não existe norma expressa, no caso de ANTINOMIA JURÍDICA, onde há normas constitucionais aparentemente conflitantes e no caso de ANTINOMIA REAL, em que se verifica desacordos morais razoáveis, isto é, nos quais pessoas esclarecidas e bem-intencionadas interpretam de maneira oposta o sentido da norma em questão.
5. Verdadeiro.
Ainda que a necessidade de argumentação seja mais evidente nos casos difíceis, ainda assim ela sempre está presente nos casos fáceis, mesmo que seja apenas para enquadrar a situação como um caso fácil.
6. Caso difícil é aquele em que:
Não há solução pré-pronta, devendo o intérprete argumentar, considerando também variáveis metajurídicas.
7. Caso fácil é aquele em que:
Há uma solução pré-pronta, cabendo ao intérprete apenas a fazer incidir no caso concreto.
8. Humberto Ávila define postulado normativo aplicativo como sendo uma espécie de norma jurídica que:
Estrutura a aplicação concreta do ordenamento jurídico.
9. Humberto Ávila define postulado normativo hermenêutico como sendo uma espécie de norma jurídica que:
Possibilita a compreensão interna e abstrata do ordenamento jurídico.
10. Foram estudados quatro elementos tradicionais da interpretação jurídica. São eles: a interpretação SEMÂNTICA, que considera o sentido literal do texto; a interpretação SISTEMÁTICA, que considera o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras, relativas ao mesmo objeto; a interpretação TEOLÓGICA, que objetiva adaptar a finalidade do texto às novas exigências sociais; e a interpretação HISTÓRICA, que observa os antecedentes do texto, ou seja, o processo legislativo e circunstâncias fáticas que o precedera, as causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborá-lo (condições culturais ou psicológicas sob as quais surgiu, tendo sempre em vista os resultados que visa atingir).
Avaliação 4:
1. Aquilo que deve tornar uma norma capaz de fundamentar uma decisão jurídica varia segundo a corrente jurídica. Para o juspositivismo, o critério fundamental de avaliação das normas deve ser a VALIDADE JURÍDICA. O juspositivismo entende que de uma norma que possui esta qualidade está se afirmando que EXISTE parao Direito, PERTENCE a um ordenamento jurídico, está em CONFORMIDADE com os critérios estabelecidos por outra norma jurídica e tem caráter VINCULANTE para todos os cidadãos. Para o JUSDECISIONISMO o critério fundamental deve ser outro, pois ainda que o critério do juspositivismo não seja excluído, na prática deve estar condicionado à EFICÁCIA SOCIAL, que consiste em procurar construir normas jurídicas considerando a sua capacidade de gerar consenso ou convencimento no contexto dialético ou comunicativo do Direito e que, por isso, também não se confunde necessariamente com a EFICÁCIA ARGUMENTATIVA a qual considera a norma jurídica a partir de sua capacidade de gerar efeitos na sociedade.
2. Segundo Neil MacCormick, um processo argumentativo totalmente aberto no Direito geraria ARBÍTRIO e, assim, para evita-lo propõe que a argumentação seja submetida ao ESTADO DE DIREITO, cuja essência pode ser identificada com os oito “desiderata” propostos por Lon Fuller.
Avaliação 5:
1. POSTULADO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO Estabelece dever de limitação na promoção das finalidades constitucionalmente postas em razão da restrição excessiva que possam ocasionar a direito fundamental.
2. POSTULADO DA IGUALDADE Estabelece dever de comparar característica ou qualidade a partir de critério diferenciador razoável, para atingir finalidade específica.
3. POSTULADO DA RAZOABILIDADE Estabelece dever de harmonização entre: a previsão geral e o caso individual, a norma jurídica e a realidade, a medida proposta e o seu dimensionamento.
4. POSTULADO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA Estabelece dever de síntese dialética, ou seja, que ser realize o máximo possível os valores que se imbricam.
5. POSTULADO DA PROPORCIONALIDADE Estabelece dever de relação entre meio e fim, considerando: o aspecto empírico, a menor restrição a direitos fundamentais, a comparação entre a importância da realização do fim proposto e a intensidade de restrição a direitos fundamentais.
6. POSTULADO DA PONDERAÇÃO Estabelece dever de sopesar elementos, sem indicar quais são eles e quais são os critérios orientadores de como devem ser sopesados.
7. Postulados normativos HERMENÊUTICOS são aqueles cuja finalidade é a compreensão interna e abstrata do ordenamento jurídico e postulados normativos APLICATIVOS são aqueles cuja finalidade é a compreensão concreta do Direito.
8. Os postulados normativos aplicativos podem ser CONDICIONAIS, assim denominados por estabelecerem critérios orientadores da relação entre elementos normativos, ou INCONDICIONAIS, quando não especificam quais são os elementos e os critérios que devem orientar o relacionamento entre elementos normativos.
Exercício tópico 1 da matéria:
1. O que o juspositivismo entende por direito objetivo?
Para o juspositivismo, direito objetivo designa o preceito - norma(s) jurídica(s).
2. O que é interpretação jurídica para o juspositivismo?
Determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito, buscando a decisão.
3. O que é aplicação do direito para o jusdecisionismo?
Desenvolver argumentos que promovam uma decisão (para o conflito).
4. Defina princípio jurídico.
“Os princípios [jurídicos] são normas imediatamente finalísticas, primariamente prospectivas e com pretensão de complementaridade e de parcialidade, para cuja aplicação se demanda uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção” (AVILA, Humberto. Teoria dos princípios. São Paulo: Malheiros, 2014. Página 102).
5. O que é interpretação jurídica para o jusdecisionismo?
Reconstruir o sentido e o alcance das expressões do Direito, buscando a decisão.
6. O que Humberto Ávila propõe ao classificar os tipos normativos albergando alternativas inclusivas? Exemplifique.
Humberto Ávila, ao propor uma classificação dos tipos normativos albergando alternativas inclusivas, defende que os dispositivos podem gerar simultaneamente mais de uma espécie normativa. Exemplo: o caput do artigo 5º da Constituição de 1988 (Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:...) pode gerar, simultaneamente, uma regra jurídica (proíbe a criação ou aumento de tributos que não sejam iguais para todos os contribuintes), um princípio jurídico (estabelece como devida a realização do valor da igualdade) e um postulado normativo (estabelece um dever jurídico de comparação a ser seguido na interpretação e aplicação).
7. Qual é a função do ordenamento jurídico para o jusdecisionismo?
O ordenamento jurídico, para o jusdecisionismo, tem a função de fornecer argumentos que sirvam para fundamentar uma decisão para o caso concreto.
8. O que o jusnaturalismo entende por direito objetivo?
Para o jusnaturalismo, direito objetivo designa o justo (a coisa justa ou a ação justa).
9. O que é aplicação do direito para o juspositivismo?
Enquadrar um caso concreto em uma norma jurídica adequada.
10. Defina regra jurídica.
"As regras [jurídicas] são normas imediatamente descritivas, primariamente retrospectivas e com pretensão de decidibilidade e abrangência, para cuja aplicação se exige a avaliação da correspondência, sempre centrada na finalidade que lhes dá suporte ou nos princípios que lhes são axiologicamente sobrejacentes, entre a construção conceitual da descrição normativa e a construção conceitual dos fatos" (AVILA, Humberto. Teoria dos princípios. São Paulo: Malheiros, 2014. Página 102).
11. O que é hermenêutica jurídica?
Não há consenso entre os doutrinadores sobre o conceito de hermenêutica jurídica. Alguns consideram hermenêutica jurídica sinônimo de interpretação jurídica e outros identificam-na inclusive com a aplicação do Direito. Entre aqueles que admitem um significado próprio para a expressão, é possível identificar um conceito genérico que atribui à hermenêutica jurídica o estatuto de ciência ou teoria. Seria assim um campo da ciência do Direito ou teoria do Direito. Nesta linha, a hermenêutica jurídica pode ser definida como a ciência ou teoria da interpretação jurídica e da aplicação do Direito.
12. Qual é a função do ordenamento jurídico para o juspositivismo?
O ordenamento jurídico, para o juspositivismo, tem a função de apontar qual deve ser a decisão adotada no caso concreto.
13. Relacione dispositivo, norma jurídica e interpretação jurídica.
Exercício tópico 2 da matéria:
1. Defina postulado normativo hermenêutico
Postulados normativos hermenêuticos são metanormas imediatamente metódicas cuja utilização é necessária à compreensão interna e abstrata do ordenamento jurídico, podendo também funcionar para suportar alternativa de aplicação normativa (ver ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios. 15ª edição. São Paulo: Malheiros, 2014. Páginas 163 a 166).
2. Quando um caso é difícil?
Há três situações fundamentais (citando o voto do Min. Roberto Barroso - MS32326):
a) Lacuna jurídica: quando houver "omissão no ordenamento jurídico ou, ao menos, não exista norma expressa (uniões homoafetivas, nepotismo)";
b) Antinomia aparente: "quando existam normas constitucionais aparentemente conflitantes (caso Ellwanger, que contrapunha a liberdade de expressão e a proteção contra o preconceito)";
c) Antinomia real: "em casos em relação aos quais existam desacordos morais razoáveis, isto é, nos quais pessoas esclarecidas e bem-intencionadas interpretam de maneira oposta o sentido da norma em questão (anencefalia, pesquisas com células-tronco embrionárias)".
3. Defina postulado normativo aplicativo:
"Os postulados normativos aplicativos são normas imediatamente metódicas que instituem os critérios de aplicação de outras normas situadas no plano do objeto da aplicação", em outras palavras, são metanormas imediatamente metódicas "cuja função é estrutura a aplicação concreta do Direito" (ÁVILA, Humberto. Teoria dos princípios. 15ª edição. São Paulo: Malheiros, 2014. Página 164).
4.Quais são as oito "desiderata" que constituem o Estado de Direito, segundo Lon Fuller?
Lon Fuller defende que as normas jurídicas devem respeitar:
a. Generalidade (opõe-se a decisões ad hoc);
b. Publicidade (tornar de conhecimento de todos os cidadãos);
c. Prospectividade (não retroativas);
d. Clareza (compreensíveis);
e. Consistência (não solicitar ações contraditórias);
f. Perfectibilidade (não exigir condutas além das efetivas possibilidades dos cidadãos);
g. Durabilidade (relativamente constantes ao longo do tempo);
h. Congruência (harmonia entre as regras promulgadas e a sua efetiva aplicação).
5. Cite e explique três postulados normativos aplicativos condicionais.
a) Igualdade: manda que se considere a igualdade, a qual depende de um critério diferenciador e de um fim a ser alcançado, pois fins diversos levam a critérios de igualdade distintos;
b) Razoabilidade: manda que haja harmonia, envolvendo três aspectos, (1) geral e individual (equidade), (2) norma e realidade (congruência) e (3) medida e dimensionamento (equivalência);
c) Proporcionalidade: manda que se considere a relação entre meio e fim, em suas dimensões de adequação (relação empírica entre meio e fim), de necessidade (entre dois meios adequados, optar pelo que traz menor restrição a direitos fundamentais) e de proporcionalidade em sentido estrito (comparar a importância da realização do fim com a intensidade da restrição aos direitos fundamentais).
7. Qual é a diferença entre postulado normativo aplicativo condicional e incondicional?
A diferença está na presença ou ausência de determinação acerca (a) dos elementos normativos específicos que devem ser relacionados (pelo intérprete/aplicador do Direito) e (b) dos critérios que devem orientar a relação entre eles. Postulados normativos aplicativos condicionais especificam os elementos e os critérios, ao passo que postulados normativos aplicativos incondicionais não os especificam. 
8. Defina caso fácil e caso difícil.
Caso fácil é aquele onde existe um resultado explícito no ordenamento jurídico, uma solução pré-pronta, cabendo ao intérprete, tão somente, o papel de fazê-la incidir no caso concreto.
Caso difícil é aquele onde não existe uma solução pré-pronta no ordenamento jurídico. Para resolver o problema, o juiz terá de elaborar argumentativamente a resposta correta, considerando inúmeras variáveis, algumas delas metajurídicas.
9. Histórico e sistemático.
"Tendo a lei ordinária estabelecido, expressamente, o limite indenizatório em 40 salários mínimos, e não havendo distinção entre espécies de invalidez permanente, descabida a regulamentação da matéria por Resolução (norma de hierarquia inferior) expedida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. Aliás, desde a origem do seguro DPVAT, nunca teve o legislador intenção de conferir, ao referido órgão, tamanha atribuição, ao contrário, pois buscou retirar do âmbito do Conselho Nacional de Seguros Privados a disposição sobre alterações nos valores da indenização. Com efeito, da análise dos anais do Congresso Nacional, observa-se que o Projeto de Lei nº 2.367/74 (que originou a Lei nº 6.194/74) foi encaminhado pelo Poder Executivo, tendo os valores das indenizações sido fixados em espécie, o que se depreende da leitura do seu artigo 3º. As discussões dos parlamentares quando da aprovação da Emenda nº 1 ao Projeto de Lei nº 2.367, refletiam tal preocupação, ou seja, a omissão dos órgãos responsáveis: as seguradoras não cumprem a lei e o Conselho Nacional de Seguros Privados nada faz. Tão-somente a via judicial resta aos beneficiários” (Desembargadora Liege Puricelli Pires – AC 70025875162).
10. É preciso argumentar em um caso fácil? Justifique.
Sim, pois nem sempre é claro se o caso é fácil ou difícil. Por isso, a argumentação sempre está presente, ainda que seja para enquadrar a situação como um caso fácil.
11. Cite e explique três postulados normativos aplicativos incondicionais.
a) Concordância prática: Exige que se realize o máximo possível os valores que se imbricam;
b) Proibição de excesso: Exige limite (restrição excessiva de qualquer direito fundamental) na promoção das finalidades constitucionalmente postas;
c) Ponderação: Exige sopesamento de quaisquer elementos – bens, interesses, valores, direitos, princípios, razões – e não indica como sopesar.
12. Segundo Neil MacCormick, de que modo pode ser evitado que o Direito sucumba ao arbítrio em virtude de um processo argumentativo totalmente aberto?
Para Neil MacCormick, o meio de evitar que o processo argumentativo conduza ao arbítrio jurídico é estabelecer limites por meio do Estado de Direito.
13. O que significa afirmar a validade jurídica de uma norma?
Significa, simultaneamente, afirmar que esta norma:
a) existe como (é uma) norma jurídica;
b) pertence a um ordenamento jurídico;
c) foi produzida em conformidade com critérios estabelecidos por norma(s) jurídica(s);
d) tem caráter vinculante.
14. Sistemático
CC Nº 70.019.035.153 DV/M 163 - S 31.05.2007 - P 01 (T) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. “LEI MARIA DA PENHA” (LEI Nº. 11/340/2006). MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA. FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DAS VARAS CRIMINAIS DO JUÍZO COMUM PARA CONHECER, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS RELATIVAS À “LEI MARIA DA PENHA”, INDEPENDENTEMENTE DA CONDUTA PRATICADA TIPIFICAR CRIME OU CONTRAVENÇÃO PENAL. AFASTAMENTO DA COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. 1. Enquanto os “Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher” não forem criados e instalados, a competência para conhecer, processar e julgar a prática de infrações penais afetas à “Lei Maria da Penha” (Lei nº. 11.340/2006) recai sempre sobre Vara Criminal do Juízo Comum, independentemente da conduta imputada tipificar crime ou contravenção penal, conforme expressa previsão do art. 33 da Lei em comento, também sufragada na Resolução nº 562/2006, do Conselho da Magistratura desta Corte, bem assim no superveniente Ofício-Circular nº 327/2006, da Corregedoria-Geral da Justiça. 2. De outra banda, cumpre registrar que art. 41 da Lei nº. 11.340/2006 não constitui regra definidora de competência, tendo por único objetivo vedar, modo expresso, a aplicação de institutos jusmaterialísticos (v.g.: transação penal; suspensão condicional do processo) e processuais (v.g.: procedimento sumaríssimo) previstos na Lei nº. 9.099/95 às causas envolvendo crimes afetos à Lei nº. 11.340/2006, independentemente da pena prevista no respectivo preceito secundário. Contudo, o referido art. 41 não cria óbice algum a que esses mesmos institutos sejam aplicados às causas criminais relacionadas a contravenções penais que envolvem violência doméstica e familiar contra a mulher. 3. Portanto, a interpretação (...) da Lei nº. 11.340/2006 conduz à conclusão de que toda e qualquer causa envolvendo a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, seja tipificada como crime ou contravenção penal, é da competência das Varas Criminais do Juízo Comum. (Conflito de Competência Nº 70019035153).
15. A melhor interpretação a ser conferida ao § 4º do art. 267 do CPC é a TEOLÓGICO uma vez que o fim buscado pela norma é impedir a homologação de um pedido de desistência quando haja fundada razão para que não seja aceito.
16. Eficácia social é sinônimo de eficácia argumentativa? Justifique.
Ainda que uma possa estar vinculada ou condicionada à outra, não há identidade entre eficácia social e eficácia argumentativa. Eficácia social indica uma dimensão de avaliação das normas jurídicas que considera a sua capacidade e efetiva geração de efeitos no meio social a que se refere. Já eficácia argumentativa as possibilidades argumentativas de uma norma jurídica no contexto de um processo decisório - em outras palavras, o modo como pode contribuir para dar maior coesão e consistência a uma estrutura argumentativa e, assim, gerar uma decisão.
17. Para Humberto Ávila, quais são as duas dimensões de avaliação que servem de referência para a atividade interpretativa e que estão contemplados pelos postulados normativos hermenêuticos?
Para Humberto Ávila,há duas dimensões que servem de referência para o processo interpretativo e que estão contempladas pelos postulados normativos hermenêuticos:
a) a dimensão de validade: postulado normativo hermenêutico da hierarquia (abstrata e concreta);
b) a dimensão de eficácia: postulado normativo hermenêutico da coerência (formal e material).
Cabe enfatizar que estas duas dimensões são complementares, visto que a análise de hierarquia e a de coerência revelam aspectos do postulado normativo hermenêutico da unidade.
P1 2017/1
1. Relacione: interpretação jurídica, norma jurídica e dispositivo jurídico.
Dispositivo é o objeto da interpretação, o texto, aquilo que é interpretado; 
Norma jurídica é o resultado da interpretação. Não é o texto, mas sim o sentido dele;
E, interpretação jurídica pode dar origem a várias espécies de normas.
2. Defina interpretação jurídica e aplicação do direito a partir do juspositivismo e do jusdecisionismo.
Oi.
3. Qual é a função principal do ordenamento jurídico para o jusdecisionismo e para o juspositivismo?
Oi.
4. Complete as lacunas empregando as seguintes palavras: 
HISTÓRICA, SEMÂNTICA, SISTEMÁTICA, TELEOLÓGICA.
Os quatro elementos tradicionais da interpretação jurídica são: a interpretação ______________________________, que considera o sentido literal do texto; a interpretação ______________________________, que objetiva adaptar a finalidade do texto às novas exigências sociais; a interpretação ______________________________, que considera o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras; e a interpretação ______________________________, que observa os antecedentes do texto, ou seja, o processo legislativo e circunstâncias fáticas que o precedera, as causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborá-lo (condições culturais ou psicológicas sob as quais surgiu, tendo sempre em vista os resultados que visa atingir).
5. Complete as lacunas tendo como referência a doutrina de Humberto Ávila: 
REGRAS JURÍDICAS, PRINCÍPIOS JURÍDICOS, POSTULADOS NORMATIVOS APLICATIVOS, POSTULADOS NORMATIVOS HERMENÊUTICOS.
Estruturadores da aplicação concreta de outras normas situadas no plano do objeto da aplicação. __________________________________ são normas imediatamente descritivas, primariamente retrospectivas e com pretensão de decidibilidade e abrangência para cuja aplicação se exige a avaliação da correspondência, sempre centrada na finalidade que lhes dá suporte ou nos princípios que lhes são axiologicamente sobrejacentes, entre a construção conceitual da descrição normativa e a construção conceitual dos fatos. __________________________________ são normas imediatamente metódicas que instituem critérios para a compreensão interna e abstrata do ordenamento jurídico e, indiretamente, dão suporte a determinada aplicação normativa. __________________________________ são normas imediatamente finalísticas, primariamente prospectivas e com pretensão de complementaridade e de parcialidade, para cuja aplicação se demanda uma avaliação da correlação entre o estado de coisas a ser promovido e os efeitos decorrentes da conduta havida como necessária à sua promoção.
P1 2017/2
1. A partir da doutrina de Humberto Ávila, caracterize e diferencie razoabilidade e proporcionalidade.
Semelhança: o caráter normativo (ambas são postulados normativos aplicativos condicionais). 1,0
Postulados normativos aplicativos: são normas imediatamente metódicas que instituem os critérios de aplicação de
Outras normas situadas no plano do objeto da aplicação (estruturam a aplicação concreta do direito). Razoabilidade e proporcionalidade pertencem ao grupo dos postulados normativos aplicativos condicionais em razão de exigirem
O relacionamento entre elementos específicos, com critérios que devem orientar a relação entre eles.
Diferença: os deveres que estabelecem. 1,0
Proporcionalidade: estabelece o dever de relação (de causalidade) entre meio e fim. (0,5)
Adequação: relação empírica entre meio e fim.
Necessidade: entre meios igualmente adequados, optar pelo que traz menos restrição a direitos fundamentais.
Proporcionalidade em sentido estrito: comparar a importância da realização do fim e a intensidade da restrição a
Direitos fundamentais.
Razoabilidade: estabelece o dever de harmonização. (0,5)
Equidade: harmonização entre o geral e o individual.
Congruência: harmonização entre a norma e a realidade.
Equivalência: harmonização entre a medida e o dimensionamento.
2. Explique qual é a função principal do Estado de Direito na hermenêutica jurídica para Neil MacCormick.
Estado de direito assegura que a atividade jurídica (interpretação e aplicação do direito) não resulte em arbítrio.
Na medida em que se concebe a atividade do profissional do direito como dotada de protagonismo criativo, se desvela a latente possibilidade de a discricionariedade que é inerente a esta atividade (assim caracterizada) extrapolar para um arbítrio. 
O arbítrio se configura quando a interpretação do direito (reconstrução do sentido e do alcance dos dispositivos jurídicos) e a aplicação do direito (argumentação para a promoção de decisão jurídica) não tiverem sua natureza criativa limitada por critérios racionais – que são fornecidos pelo estado de direito
3. Complete as lacunas empregando as seguintes palavras: 
JUSPOSITIVISMO – JUSDECISIONISMO – JUSNATURALISMO –HERMENÊUTICA JURÍDICA – INTERPRETAÇÃO JURÍDICA – APLICAÇÃO DO DIREITO – ABERTO – FECHADO – INTEGRAÇÃO DO DIREITO – CASO FÁCIL – CASO DIFÍCIL – LACUNA JURÍDICA – ANTINOMIA APARENTE – ANTINOMIA REAL– REGRAS JURÍDICAS – PRINCÍPIOS JURÍDICOS – POSTULADOS NORMATIVOS – DISPOSITIVOS – ORDENAMENTO JURÍDICO – UNIDADE – COERÊNCIA.
INTERPRETAÇÃO JURÍDICA, para o JUSPOSITIVISMO, designa a atividade de determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito; já para o JUSDECISIONISMO, designa a atividade de reconstrução do sentido e o alcance das expressões do Direito. A primeira corrente jurídica define APLICAÇÃO DO DIREITO como sendo a atividade de enquadrar um caso concreto em uma norma jurídica adequada, ao passo que a segunda corrente jurídica a define como o desenvolvimento de argumentos que promovam uma decisão para o conflito. De um modo geral, a ciência responsável por estudar este conjunto de atividades é denominada HERMENÊUTICA JURÍSICA.
1,5 O ORDENAMENTO JURÍDICO pode assumir diferentes funções, conforme a perspectiva jurídica adotada. Para algumas perspectivas, é responsável por apontar qual deve ser a decisão adotada no caso concreto e, por isso, assume a forma de um sistema FECHADO. Para outras perspectivas, tem a função de fornecer argumentos que sirvam para fundamentar uma decisão para o caso concreto e, por isso, assume a forma de um sistema ABERTO. 
2,0 Para resolver um CASO DIFÍCIL o julgador terá de elaborar argumentativamente a resposta correta, considerando inúmeras variáveis, algumas delas metajurídicas. É o que ocorre em situações nas quais exista LACUNA JURÍDICA, que é omissão ou inexistência de norma expressa no ordenamento jurídico (uniões homoafetivas, nepotismo); ou quando exista ANTINOMIA APARENTE, situação em que há normas constitucionais aparentemente conflitantes (caso Ellwanger, que contrapunha a liberdade de expressão e a proteção contra o preconceito); ou, ainda, em casos de ANTINOMIA REAL, em relação aos quais existam desacordos morais razoáveis, isto é, nos quais pessoas esclarecidas e bem-intencionadas interpretam de maneira oposta o sentido da norma em questão (anencefalia, pesquisas com células-tronco embrionárias).

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