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LUDICIDADE: A IMPORTANCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Carina Franquella Canuto Gonçalves
Prof. Orientadora Ana Paula Lisboa Ataide
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLX 1791) – Trabalho de Graduação 
04/05/2020
RESUMO
As atividades lúdicas como jogos, brinquedos e brincadeiras fazem-se presente no dia a dia da criança, visto que é uma das fases essenciais e o mais importante para o seu desenvolvimento, na qual a mesma expressa sua relação com o mundo, seus valores, modo de pensar, questionar, agir, sentir e etc. A escola tem o papel fundamental de instigar e promover a socialização entre os educandos e educadores, por esse motivo não se deve deixar o aluno preso em sua cadeira “ robotizado”, onde só o professor é o único mediador que sabe e ensina, mas incentivar esse aluno a trabalhar em equipe, trocando experiências e aprendizados através da ludicidade que acontece por meio dos jogos e brincadeiras. As atividades lúdicas têm como finalidade proporcionar entusiasmo e diversão na aprendizagem, que ao mesmo tempo integra vários fatores para o desenvolvimento infantil e humano como o cognitivo, afetivo e psicomotora. Nesses momentos de interações, percebe-se que ela vem acompanhada de inúmeras brincadeiras que enriquecem o seu conhecimento de forma prazerosa na educação infantil, o educando passa a operar sobre os objetos, socializando com os amigos de classe e com os seus educadores, despertando e desenvolvendo estruturas mentais, sócio afetivas e motoras.
Palavras-chave: Brincadeira.; Brincar; Ludicidade
1 INTRODUÇÃO
O referido trabalho tem como objetivo mostrar a relevância da ludicidade na educação infantil por meio das brincadeiras, dos jogos e dos espaços lúdicos que exercem no desenvolvimento infantil, pois são nos momentos de interações que o indivíduo amplia suas habilidades e capacidades motoras no processo de aprendizagem. 
Ao inserir a criança na educação infantil, corresponde uma das oportunidades dela acrescentar os seus princípios neste novo período de vida, pois o educando vivência novas aprendizagens que passam a compreender seu universo, que abrange uma diversidade de relações e atitudes. 
Na fase pré-escolar, o lúdico exerce um forte fator na socialização dos alunos, pois eles começam a familiarizar-se com seus educadores e colegas de sala. Nesta circunstância fará com que o aluno aprenda a agir de maneira adequada em diversas situações, entenderá que para se ter um bom convívio é preciso cumprir as regras, aceitar as opiniões e ideias de outras pessoas, mesmo que não concorde com as mesmas.
É interessante levar a criança para conhecer as regras e as brincadeiras antigas, para analisar o que modificou em relação às regras atuais, conhecer como eram feitos os brinquedos e como eram as brincadeiras.
O jogo promove o desenvolvimento cognitivo em muitos aspectos: a descoberta da capacidade verbal, produção divergente, habilidades manipulativas, resolução de problemas, processos mentais, capacidade de processar informação. (Rubin, Fein & Vanderberg, 1983 pag. 134).
Vygotsky (1998), um dos especialistas mais requisitado da psicologia, partiu do início que o indivíduo estabelece vínculo com os outros, por meio de tarefas exclusivamente humanas, que são mediadas por instrumentos técnicos e semióticas. Neste ponto de vista, a brincadeira infantil revela uma posição fundamental para o processo de desenvolvimento do sujeito, partindo com a visão convencional de que ela é uma ação natural de satisfação aos instintos infantis. O autor ressalta que o ato de brincar é uma maneira de expressar e apropriar do mundo das relações, das ações e das práticas dos adultos. A capacidade de fantasiar, efetuar planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge, nos pequenos através da brincadeira. A criança por meio das propostas lúdicas, atuam mesmo que simbolicamente nas diferentes situações vivenciadas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes. Santos (2002, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:
“(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento. ”
2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
É durante a infância que ocorrem as interações entre o mundo e o meio onde o indivíduo está inserido, desta forma, obtém uma aprendizagem significativa. A infância é conhecida como uma das etapas mais prazerosas no processo de desenvolvimento na vida de uma criança, onde os jogos e as brincadeiras já se fazem presente em seu cotidiano, é nessa etapa que o educando aprende brincando.
A criança ao ser inserido no núcleo escolar, cria um universo social totalmente diferente da sua família, favorecendo novas interações e ampliando seus conhecimentos a respeito de si mesmo e ao outro. A educação infantil tem como intuito o desenvolvimento global dos seus alunos de zero a cinco anos de idade e é nessa fase que as crianças adquirem novos saberes, valores, gostos, sentimentos e o despertando para o desenvolvimento da sua autonomia e identidade.
O desenvolvimento infantil é um processo individual que varia de criança para criança, respeitando as suas etapas de desenvolvimento, citadas logo a baixo. Todas as atividades propostas devem ser aplicadas e supervisionadas sob a orientação de adulto e nos espaços adequados. 
· Até os 2 anos: Neste estágio, a brincadeira tem que aguçar os sentidos dos pequenos. Tais quais: correr, puxar e empurrar carrinhos ou brinquedos com rodinhas, escalar objetos, jogar bolinhas de plásticos ou de pelúcia, brincar com massas de modelar e entre outras atividades que são recomendadas para essa faixa etária.
· 3 a 4 anos: Desperta o interesse pelas brincadeiras de faz de conta por meio das histórias contadas por um adulto, que estimula a imaginação das crianças. Elas reproduzem essas histórias através das brincadeiras de casinha, de escolinha, papai e mamãe e de outras diversas atividades do dia a dia.
· 5 a 6 anos: Os jogos motores com movimento e os de representação do faz de conta, persistem e se aperfeiçoam, acrescentando os jogos coletivos de mesa ou de campo: jogos de tabuleiro, futsal e brincadeiras de roda como os escravos de Jó
· 7 anos acima: A criança está pronta para participar e se divertir com todos os tipos de jogos e brincadeiras adquiridas ao decorrer do tempo. Instigando-os as brincadeiras com maiores graus de dificuldade, tanto individual como coletivo.
A brincadeira permite que a criança seja capaz de desenvolver as suas habilidades necessárias para o futuro, pois fornecem as experiências de vida crítica e social, a qual se manifestam ao participarem do mundo ativo em que vivem. As crianças precisam brincar, visto que brincando a criança desenvolve seu senso de companheirismo, sua confiança, sua autoestima, sua auto- expressão e autonomia. 
Jogar e brincar é motivo de alegria e entusiasmo que se constituem na prática da autonomia e, por isso, refletem nas conquistas de quem pode imaginar, sonhar, aventurar, sentir e decidir, com eficiência para superar os desafios da brincadeira, reconstruindo o espaço, o tempo e os objetos.
Brincar é colocar a criatividade em prática, o jogo de qualidade não é aquele que o educando consegue executar corretamente, o interessante é que o indivíduo seja capaz de jogar com maneira prazerosa, lógica e desafiadora, e que a diversão favoreça um contexto de estimulação para suas atividades cognitivas e ampliando sua capacidade de cooperação.
A socialização se fortalece ao brincar, ela adquire novos amigos, aprende a partilhar e a respeitar o direito dos outros e as regras estabelecidas pela equipe, brincando a criança estará obtendo sentido para sua vida, tanto na saúde física, emocional e intelectual. 
Vygotsky (1998) destaca o papel
ao ato de brincar na constituição do conceito infantil, pois é se divertindo e jogando que o educando evidencia seu estado mental, motor, auditivo, visual e tátil, seu modo de compreender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas e símbolos. Ainda podemos afirmar que a ação de brincar ocorre em determinadas momentos da rotina infantil, neste contexto, aponta a atitude de brincar como um dos fatores para o desenvolvimento humano no qual a criança aprende a adaptar-se a brincadeira de forma concreta, criando laços mais duradouros. Deste modo, as crianças expressam sua capacidade de refletir, de julgar, de argumentar, e de como chegar a um relacionamento, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.
2.1	 O CICLO DA INFÂNCIA E SUAS CARACTERÍSTICAS
Através da ludicidade a criança se relaciona e se aperfeiçoa do mundo onde está inserida, ao brincar que ela tem o contato físico e emocional com as pessoas e utensílios ao seu redor, compreendendo o tempo todo por meios das experiências que podem lhe oferecer, possibilitando a apropriação da realidade, da vida e toda sua totalidade.
Do nascimento até os 5 anos de idade ocorrem mudanças significativas no desenvolvimento de uma criança. As diferentes vivências permitem a ela desenvolver habilidades para realizar, com mais autonomia, tarefas como andar, falar, comer, controlar os esfíncteres, etc. Assim que começa a andar, a criança é capaz de se comunicar cada vez melhor, e tem maior percepção de si mesma. Além disso, apresenta habilidades sociais iniciais que lhe permitem interagir com outras crianças e adultos de forma integral e positiva.
 O universo da criança da educação básica é mágico, e o jogo do faz de conta domina muitas atividades. Por meio do lúdico a criança aprende, por exemplo, a distinguir as diferenças corporais entre meninas e meninos, a empregar as palavras e reconhecer e descrever seus sentimentos. O jogo do faz de conta também permitirá a expressão de seus desejos, temores, esperanças, etc.
É no primeiro estágio da educação básica que as conversas com as bonecas nas tarefas que ela desempenha na atividade como dona de casa, médico (a), professor (a) e entre outros que proporcionarão vivencias úteis na construção de atitudes, no respeito a normas e na aquisição da concepção de justiça.
São frequentes as perguntas “O que é isso? ”, “Porquê? ”, “como? ”, “para que? ” como uma necessidade expressa de conceituar o cotidiano. Se os adultos que a rodeiam responderem adequadamente a curiosidade intelectual da criança, facilitarão a ela o desenvolvimento de sua percepção do mundo, a transformações de suas atitudes e a concepção de novos conhecimentos.
Piaget divide o desenvolvimento humano em estágios, que são:
2.1.1 Estágio Sensório-Motor
Neste período ocorre 0 a 2 anos, a criança começa a administrar seus reflexos básicos, gerando ações de prazer e desenvolvimento a percepção de si mesma e dos objetos que estão em sua volta. Seu vocabulário vai da repetição de algumas sílabas até a utilização da palavra-frase, respeitando seu desejo ou sentimento em relação ao objeto. Almeida (2000, p. 42) afirma que:
Nesta fase a criança desenvolve seus sentidos, seus movimentos, seus músculos, sua percepção e seu cérebro. Olhando, pegando, ouvindo, apalpando, mexendo em tudo que encontra a seu redor, ela se diverte e conquista novas realidades. Em sua origem sensória-motora, o jogo para ela é pura assimilação do real ao ‘eu’ e caracteriza as manifestações de seu desenvolvimento. O bebê brinca com o corpo, executa movimentos como estender e recolher braços, as pernas, os dedos, os músculos.
2.1.2	Período Pré-operatório
Neste é o período acontece dos 2 aos 7 anos, com a manifestação da linguagem, da imitação, da dramatização, do desenho entre outras. A partir dos 2 anos a criança cria imagens de objeto e ação. Conhecido como faz de conta, por isso, neste período costuma dar vida a objetos, a linguagem é um monologo coletivo, todos falam ao mesmo tempo, sem responder ao que o outro está falando. Aos 4 anos, existe um desejo de compreender o que passa ao seu redor. É a idade dos porquês? Consegue dramatizar a fantasia, mesmo que não se acredite nela, distinguindo a fantasia do real. Organiza coleções e conjuntos sem incluir conjuntos menores em maiores. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista e, em relação à linguagem, já consegue adequar as suas respostas às colegas. 
Segundo Almeida (2000, p. 47):
É a fase em que, sob a forma de exercícios psicomotores e simbolismo, a criança transforma o real em função das múltiplas necessidades do seu ‘eu’. [...] os jogos de que as crianças mais gostam são aqueles em que seu corpo está em movimento: elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável. [...]. É a fase em que a criança imita tudo e tudo quer saber (fase do porquê).
2.1.3	Período Operatório Concreto
Neste período que vai de 7 anos a 11 anos, em que a criança desenvolve a noção de tempo e espaço, casualidade, ordem, velocidade, etc. Já conserva a noção de número, peso, volume e substância, conseguindo ordenar por tamanho, compreendendo o mundo de forma lógica ou operatória. Organiza-se em grupo, consegue compreender e estabelecer regras, já consegue conversar socialmente.
2.1.4	Período Operatório Abstrato
Esta é a etapa que inicia o período da fase adulta dos 11 anos em diante, aonde o adolescente domina o pensamento lógico/dedutivo, relacionando conceitos, abstratos e criando possibilidades. A partir deste período, consegue discutir conceitos antes de chegar à conclusão sobre algum assunto. Organiza-se em grupo e consegue estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.
De acordo com Lima (1999, p. 29):
[...] a utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser vista, primeiramente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade essencialmente lúdica: se deixar de sê-lo, descaracterizar-se-á como jogo ou brincadeira. Como atividade infantil, na qual há construção de conceitos, eles podem e devem ser utilizados na escola[...].
2.2 O LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
É através das brincadeiras que os educandos interagem com mais vigor no ambiente escolar em que estão inseridos, aluno ao chegar na escola traz consigo uma bagagem cheia de conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida, eles trazem muitas novidades na pratica lúdica. Quando o aluno realiza uma atividade lúdica, não importa apenas a execução dela, mas sim do momento em que o educando está vivenciando, o ato pedagógico é ação causada pela aplicação do lúdico, sendo possível passar por momentos de fantasias e descobertas estando dentro da sua realidade, promovendo momentos prazerosos, conduzindo a educação e permitindo com que o aluno tenha maior entusiasmo em aprender.
“Educar é conduzir de um estado a outro, é modificar numa certa direção o que é suscetível de educação. O ato pedagógico pode, então, ser definido como uma atividade sistemática de interação entre seres sociais, tanto no nível do intrapessoal como no nível da influência do meio, interação essa que se configura numa ação exercida sobre sujeitos ou grupos de sujeitos visando provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida”. Libâneo (apud ARANHA, 2006, p. 31 – 32)
É importante acentuar que existe o prazer, a brincadeira, a descontração e a alegria e existe também o dever, os compromissos e as responsabilidades, mas quando se exige demais de uma dessas áreas inevitavelmente ocorrerá um problema, pois só o brincar não vai desenvolver o conhecimento cognitivo e autonomia desses alunos. Por outro lado, o regime no ensino também acarretará problemas, por isso, se faz necessário estabelecer um equilíbrio no processo de ensino aprendizagem, e para contribuir nesse equilíbrio o lúdico proporciona a prática da aprendizagem mais dinâmica e prazerosa.
Compreender o interesse dos alunos pelos jogos e brincadeiras parece ser algo tão
simples, justamente por ser tão agradável. Mas, se é algo tão bom como podemos relaciona-lo ao ensino e obter a aprendizagem tão desejada pelos profissionais das séries iniciais? Segundo Rodrigues, o aluno se aperfeiçoa através de suas experiências sociais adquiridas e ao recriar o mundo dos adultos através de suas brincadeiras, como o próprio autor afirma:
A criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana, na qual as crianças são introduzidas constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sociocultural dos adultos. (RODRIGUES, 2009.)
É possível empregar os jogos como meio educativo, principalmente aqueles que utilizam as regras como atividades didáticas, porém é preciso que o educador tenha um olhar diferenciado e com sabedoria de que os alunos não estarão brincando livremente nessa situação, pois há um objetivo didático em questão. Nesse caso, o educador torna-se um mediador entre os educandos e os utensílios a conhecer, promovendo espaços e situações de aprendizagem em que articulem os conhecimentos prévios, trazidos pela criança, àqueles que a escola deseja transmitir. (CÓRIA e LUCENA, p. 46, 2012).
4 MATERIAL E MÉTODOS
	O presente trabalho de graduação teve como base pesquisas bibliográficas em cima de produções disponíveis em livros de qualidade e autores que dominam assuntos referentes ao tema abordado. Foram usados, basicamente, escritas que facilitam a compreensão e argumentação da importância que a motivação traz para que ocorra uma aprendizagem significativa, e através do lúdico este trabalho se torna mais fácil e prazeroso, já que a brincadeira traz o entusiasmo e satisfação ao educando favorecendo a motivação. Foi utilizado como material de investigação, uma entrevista estruturada através de questionários com dez profissionais do Centro Educacional Paraiso Infantil Baby, na Cidade de Balneário Camboriú – SC.
Portanto, é considerável salientar que brincar é viver, é realmente desfrutar do que há de melhor que a vida possa lhe oferecer. E planejar uma aula prazerosa carece de uma intensa dedicação dos educadores, as propostas lúdicas se constituem por uma articulação muito frouxa entre o fim e os meios. Por essa razão, a prática da aprendizagem tende-se estabelecer em um processo que vivencia o ato de prazer, e a unidade escolar ao valorizar as atividades lúdicas, auxilia o educando a formar um bom conceito de mundo, em que a afetividade é acolhida, a sociabilidade vivenciada, a criatividade estimulada e os direitos da criança é respeitado. 
A iniciação ao ato de brincar sucede de maneira autêntica, e do mesmo modo incentivada pelos adultos que interagem com o bebê, por meio de brincadeiras, cantigas, diálogos, brinquedos diversificados e com várias cores, posteriormente essa criança pequena começa a brincar de esconde-esconde com o seu cheirinho ou até mesmo com suas mãos escondendo seu rosto, estimulando a fazer expressões faciais, e da mesma forma começa a interagir com outras crianças ao seu redor.
Decerto modo não é especulativo expressar que para o bebê, o brincar manifesta-se de forma sensitivo-motora, todavia, desde o princípio já haviam peculiaridades próprias de movimento, de sensibilidade e de reações reflexas que manifesta o desenvolvimento psicológico, paralelo ao fisiológico, melhor dizendo, as sensações sinestésicas. Isso representa que a partir dessas sensações, reconhece e entende o mundo praticando ações que concentra em seu próprio corpo, possibilitando o desenvolvimento de funções como andar e a linguagem.
Acredita-se que as práticas e atividades lúdicas, lhe proporciona a liberdade de ação, instiga o desejo interior, a naturalidade, e como consequência o prazer que eventualmente são encontrados em outras atividades escolares. O lúdico é primordial para uma escola que se comprometa não somente ao sucesso pedagógico, mas também à formação da aprendizagem de seus educandos em todas as dimensões: social, cognitiva, relacional e pessoal.
Dessa maneira entende-se que é destino da criança
Viver de acordo com sua natureza, tratada corretamente, e deixada livre, para que use todo o seu poder. A criança precisa aprender cedo como encontrar por si mesma o centro de todos os seus poderes membros, para agarrar e pegar com suas próprias mãos, andar com seus próprios pés, encontrar e observar com os próprios olhos. (Froebel, 1912, p.21).
No ato de brincar a criança recria e repensa os acontecimentos vivenciados em no seu dia a dia, por exemplo, observando a sua mãe limpando a casa ou o seu pai concertando o carro, a criança irá reproduzir o mesmo acontecimento ao brincar. Segundo Garcia (2000, p.52), “o ato de brincar evolui: altera-se de acordo com os interesses próprios da faixa etária, com as necessidades de cada criança e também com os valores da sociedade a qual pertence”.
Para brincar é indispensável que a criança tenha certa liberdade para escolher seus amigos e os papéis que irão representar na brincadeira, através da observação e aos cuidados de um adulto, pois é um momento onde as crianças expressa os seus desejos, gostos, mostram o seu mundo interior, seus medos, angústias e alegrias.
É brincando que o educando compreende que existem regras e precisam respeita-las, desenvolvendo / despertando o seu convívio social e a respeitar a si mesmo e ao outro. Através da ludicidade que a criança começa a comunicar-se com maior clareza, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, executando sua liderança, e sabendo ser liderado e compartilhando sua alegria de brincar. Por outro lado, conviver em um ambiente sério e sem nenhum estímulo, os alunos terminam não expressando os seus sentimentos, pensamentos e desejos em realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005, p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, os educandos, que tem a chance de brincar, estarão mais aptos emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio das explorações bibliográficas e das experiências vivenciadas nos estágios de intervenção, podemos compreender que para obter um aprendizado de qualidade, primeiramente os educandos necessitam ser aguçados e instigados a apreciar a rotina escolar. 
Alguns educadores desvalorizam a ludicidade como um elemento fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Em razão disso, não procuram desenvolver práticas inovadoras e persistem em declarar que ações lúdicas acarretam a desorganização e não obtém uma aprendizagem significativa no processo de desenvolvimento do aluno. 
O educador deverá planejar e preparar as suas atividades com excelência, para que elas sejam significativas para o educando. Deverá propiciar momentos de trabalho em grupo ou individual, contribuindo para o seu desenvolvimento. Visto que é na ludicidade que o educando tem a oportunidade de conhecer as regras, normas, transformar, recriar e compreender de acordo com suas necessidades, desenvolvendo seu raciocínio e a sua linguagem. 
A ludicidade é portadora de uma relevância estimuladora e eficaz, que canaliza as ações no sentido de um esforço completo para a realização do seu objetivo, nos quais impulsionam os esquemas mentais, acentuando as funções psiconeurológicas e as operatórias - mentais estimulando o pensamento. 
Diante desses argumentos, foi realizada uma pesquisa Centro Educacional Paraiso Infantil Baby, com 10 profissionais da área da Educação, onde foram levantadas as seguintes questões: 
1º Pergunta: Na sua opinião qual a finalidade de se trabalhar com atividades lúdicas em sala de aula? R: Das dez entrevistadas 50% responderam que através da ludicidade o educando é instigado ao despertar o interesse pelo conteúdo, sendo assim, enriquecimento o conhecimento e a interação entre os educandos
e a educadora, 30% responderam que através da motivação e da brincadeira o educando desperta o interesse para realizar as atividades propostas através do prazer e 20% responderam que ela proporciona a expressar os seus sentimentos seja ela boa ou ruim. (GRÁFICO 1)
2º Pergunta: É possível observar que o lúdico serve como uma forma para apresentar os conteúdos através de propostas metodológicas? R: 100% responderam que sim, através da construção de um bom plano de aula, trazendo propostas que enriquecem a ludicidade, onde o aluno é estimulado a desenvolver a sua criatividade, o desejo do saber e o entusiasmo em participar das atividades direcionadas pelo educador com alegria em realiza-la. (GRÁFICO 2)
3º Pergunta: Na Educação Infantil, trabalha-se o lúdico com qual finalidade? R: 50% acredita que o lúdico possibilita a manifestação da criatividade, do desenvolvimento intelectual, das habilidades e social, ampliando também a coordenação motora fina e ampla, 20% responderam que ao serem estimulados através da ludicidade, eles aprendem o essencial brincando, 20% acreditam que estimulando novos aprendizados diferenciados proporcionam ao educando maneiras divertidas de aprender e 10% responderam que o lúdico não pode ser usado para ensinar a criança ler e escrever, mas respeitar as etapas do desenvolvimento infantil. (GRÁFICO 3)
GRÁFICO 1
GRÁFICO 2
GRÁFICO 3
Portanto os dados coletados acima, pode-se analisar que, além da interação com o meio, a brincadeira, o brinquedo e o jogo, proporcionam o método do desenvolvimento da memória, atenção, percepção, linguagem, criatividade e habilidade para melhorar o aperfeiçoamento a aprendizagem. Nesse ponto de vista, a ludicidade vem fortalecer consideravelmente a importância do desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do educando.
6 CONCLUSÃO
Ao falar sobre a ludicidade, nota-se que vem evoluindo constantemente quanto a sua concepção no decorrer dos últimos anos, ela vem se destacando especialmente na Educação Infantil. A sociedade de um modo geral encontra-se mais responsável e respeitando o verdadeiro valor da ludicidade em nossa vida, sendo que ela não é somente brincar por brincar e sim aprender brincando de uma forma prazerosa.
O interesse pelo brincar ou manusear brinquedos na sua totalidade exemplar do contexto, não concebe apenas uma carência biológica designada descarregar energia. Quando os pequenos brincam, essa é uma pratica e realização verdadeira para elas, porque pensam sobre suas experiências emocionais e torna reconhecíveis suas potencialidades.
O assunto referente a ludicidade, vem se destacando e sendo aprimorado a cada instante, pois obtém uma vasta expansão. Hoje ela já não é mais vista como somente divertimento ou lazer, sendo assim, uma necessidade da criança para o seu desenvolvimento, despertando o interesse pessoal e social para a construção de novos conhecimentos que facilitam sua comunicação verbal, interação e ao expressar de suas ideias em sociedade.
Para o educando a prática lúdica está interligada a diversas peculiaridades, sendo uma delas é brincar voluntariamente, instigando o desenvolvimento físico, o equilíbrio, as habilidades motoras e amplas, a realização dos desejos, papéis diversificados despertando a sua imaginação, a interação com o meio onde está inserido e se adaptando em vários ambientes. 
O educador deverá saber proporcionar a hora e o momento certo para aplicar e explorar a ludicidade no ambiente escolar, sendo necessário que o mediador venha assumir seu papel de construir ideias e opiniões transformando a realidade de seus educandos para uma vida mais prazerosa e saudável.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 10., ed. São Paulo: Loyola, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3º Ed. Ver. Ampl. ? São Paulo: Moderna 2006.
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artimed, 2003. p.196 – 202
CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. LUCENA, Regina Ferreira de. Jogos e brincadeiras na Educação Infantil. 6 ed. Campinas, SP. Papirus, 2012.
LIMA, I. As atividades lúdicas na minha experiência de vida. Bahia: UFBA, 1999.
PIAGET, J. O. Nascimento da inteligência na criança. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
RUBIN, K.H.. Fein, G.G. & Vandenberg, B.. Play. In P.H. Mussen (Ed.), Handbook of Child Psychology: Vol. 4. Socialization, personalityand social behavior. New York: Wiley, 1983
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed.  Vozes, Petrópolis, 2002.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.
ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.
Na Educação Infantil, trabalha-se o lúdico com qual finalidade?	
Possibilitar a manifestação da criatividade e do seu desenvolvimento integral.	Instigar a aprendizagem através ludicidade no ato de brincar.	Proporcionar novos aprendizados de maneira divertida.	Respeitar as etapas do desenvolvimento infantil.	0.5	0.2	0.2	0.1	
Na sua opinião qual a finalidade de se trabalhar com atividades lúdicas em sala de aula? 
GRÁFICO 1	
Despertar o intesse pelo conteúdo, enriquecendo o seu conhecimento e interação social entre os colegas e professores.	Motivar o educando a aprender através da brincadeira e do prazer.	Estimular a expressar os seus sentimentos .	0.5	0.3	0.2	
É possível observar que o lúdico serve como uma forma para apresentar os conteúdos através de propostas metodológicas? 
É possível observar que o lúdico serve como uma forma para apresentar os conteúdos através de propostas metodológicas? 	
Sim, pode alcançar todas áreas desejadas, desde 	que sejam aplicadas com clareza.	1

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