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PSICOPEDAGOGIA NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
SECRETTI, DJENIFER
RU:1118017
2.1 RESUMO
Ao analisar a origem da psicopedagogia, foi verificado por meio de estudos que a psicopedagogia teve origem na Europa, no século XIX, por conta da dificuldade de aprendizagem de muitas crianças. No que se menciona a inclusão da psicopedagogia na área pedagógica, deduz-se que a prática histórico-social confirmou a necessidade de um profissional que contravisse os graves problemas confrontados pela Pedagogia perante a expansão demográfica do pós-guerra. A frente dessa situação a sociedade notou uma grande necessidade de um responsável para orientar o processo didático construindo um pensamento mais profundo no processo de melhoramento de maturidade de aprendizado humano. Esse trabalho propósito analisar os privilégios das pratica do psicopedagogo dentro da escola, juntamente com as famílias e as crianças que possuem necessidades especiais. No que ela contribui no contexto escolar? O psicopedagogo institucional contribui constantemente com as pessoas que possuem dificuldade na aprendizagem o psicopedagogo trabalha em ação preventiva juntamente com as famílias e professores. É importante destacar que a psicopedagogia é uma nova ciência que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades dos nossos alunos. Foi rebuscado na literatura formalidade para uma análise em uma instituição de ensino.
Palavras-chave: dificuldade, aprendizagem e institucional
2.2 INTRODUÇÃO
A psicopedagogia é um campo de aprendizagem que apresenta o conhecimento e os princípios de outra ciência humana tais como a psicanalise, psicologia, pedagogia, neurologia, filosofia entre outros e tem como objetivo ter uma vasta compreensão sobre vários processos incluídos no aprender humano. Nesse campo de conhecimento nos preocupamos com conteúdo pertinentes no desenvolvimento intelectivo, afetivo e psicomotor, que estão assimilados a aprendizagem. 
2.3PSICOPEDAGOGIA NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
É uma área preocupada em estudar a aprendizagem, mas o senso comum diz que ela é uma área responsável por atuar nas dificuldades de aprendizagem, não é bem assim talvez esse conceito difundido pela sociedade ou pelo meio educacional tem a ver com a sua origem, porque ela surge na Argentina exatamente para dar conta de várias situações de não aprendizagem que aconteciam. Então Jorge Visca autor Argentino já falecido ele começa a estudar de que maneira nós poderíamos entender de forma diferenciada a psicopedagogia afim de que o professor pudesse ter instrumentos na sua sala de aula e psicopedagogos no consultório para resolver essas questões. No entanto a psicopedagogia vai atender a aprendizagem no seu estado normal ou patológico a quem pense também que existe uma faixa etária determinada para atuação da psicopedagogia, normalmente pensamos em crianças e adolescentes que é o público alvo dos professores e sua maioria, mas também não é bem assim. A psicopedagogia está presente aonde a aprendizagem. E onde está presente a aprendizagem?
Em todos os momentos de nossa vida, é muito difícil sair de casa e voltar sem ter aprendido alguma coisa. Seja na aprendizagem normal ou patológica a psicopedagogia vai estar atuando. 
Cabe ao psicopedagogo entender como se compõe o sujeito, como ele se coloca em cada um dos seus estágios de vida, de quais recursos de conhecimento que ele possui e forma pela qual gera entendimento e aprende. É necessário também que o psicopedagogo conheça o que está aprendendo e o que vai ensinar, como intercedem os processos e métodos educativos, as questões fundamentais no aparecimento do bloqueio da aprendizagem e no processo escolar. No processo clinico compreender o sujeito que desenvolve aprendizagem tal como um sujeito epistêmico-epistemofílico implica processos diagnósticos e terapêuticos que conceitue tal concepção. Por isso, é indispensável uma análise clinica por meio da escuta psicopedagógica, seja capaz de entender os processos que dão sentido ao analisado e norteiam a intervenção.
A Psicopedagogia institucional tem uma importante função podendo conseguir detectar o problema da criança logo no início e muitas vezes prevenindo, pois, os alunos que não são compreendidos em suas dificuldades logo no começo poderão ter dificuldade na aprendizagem e provavelmente irá precisar de atendimento clínico. Segundo Fernández (1990) a criança ou adolescente que chega para atendimento clínico com queixa de fracasso na aprendizagem, provavelmente não recebeu a atenção devida quanto a problemática apresentada e, dificilmente que foi dada a oportunidade de expressar seus sentimentos. Essa criança ou jovem perde o interesse pela escola, pois não veem sentido em aprender. 
Na década de 70, o papel do psicopedagogo institucional se define em amparar as crianças e adolescentes e solucionar as lutas que são ocasionadas na trajetória escolar e não deixar que aconteça. Segundo Weiss (1994) o termo Psicopedagogia institucional aparece sob três versões diferentes tanto em relatos orais quanto em artigos de revistas especializadas.
A primeira delas assume que o profissional com especialização em Psicopedagogia trabalha como assessor psicopedagógico, ouvindo e conversando sobre a escola com os diferentes profissionais que nela atuam. Nesse sentido, a autora afirma que seu trabalho seria o “levantamento, a compreensão, a análise das práticas escolares em suas relações com a aprendizagem. Junto com os demais profissionais da escola promoveria a construção de novas práticas produtoras de melhor aprendizagem. (pg 97)
A segunda versão considera que a Psicopedagogia institucional deve englobar todos os trabalhos que dão suporte pedagógico ou clínicos realizados no espaço escolar e por iniciativa da equipe de profissionais que trabalha na escola.
A terceira versão ressalta que a Psicopedagogia institucional deve ser um trabalho de prevenção dos problemas de aprendizagem. O termo prevenção dos problemas refere-se à melhoria das condições externas proporcionadas pela escola que conduzam à construção da aprendizagem.
Essa última versão nos leva a refletir que o psicopedagogo deve fazer com que a escola seja a solução e não o problema. É na escola que as crianças e jovens irão adquirir conhecimentos para que possam viver em sociedade. Além disso, o psicopedagogo deverá ajudar a equipe escolar a transformar o ambiente da escola em um espaço de construção do conhecimento. Para isso, ele poderá colaborar na elaboração do projeto pedagógico respondendo três questões fundamentais: o que ensinar, como ensinar, e para que ensinar.
Alguns professores pedem presença de um psicopedagogo na escola, porém quando atividades diferentes são propostas para facilitar a aprendizagem dessas crianças, são muitas vezes ignorados como se quisesse mudar uma cultura estabelecida e que pensam que sempre deu certo.
Ao começar um trabalho psicopedagógico dentro de uma escola precisa haver por parte dos professores envolvidos observação individual e também de todo o grupo sobre as próprias aprendizagens a respeito das atividades que a instituição irá fornecer. Além de tudo, precisa existir ocasiões para aprimoramento teórico a respeito das diferentes áreas de conhecimento que explicam como se dá a concepção do conhecimento humano.
Nos dias de hoje, o psicopedagogo vem tomando cada vez mais seu espaço na instituição escolar. A função do psicopedagogo institucional tem caráter preventivo, onde o principal objetivo é o cuidado com as dificuldades no aprendizado através da melhoria das práticas educativas, deixando mais fácil o processo de ensino aprendizagem.
Nada impede que o psicopedagogo institucional haja de forma terapêutica. De acordo com a realidade identificada na escola será capaz de exercer essa função. Diante disso Serra ressalta que: 
 A Psicopedagogia Institucional atua, ela pretende, primeiramente, prevenir situações de dificuldades de aprendizagem e/ou de adaptação ao ambiente escolar ou profissional; mas uma vez que o problema de aprendizagem
já exista e suas raízes estejam situadas no sujeito, mas no ambiente escolar ou profissional, na prática pedagógica dos professores, nas práticas administrativas ou, ainda nos vínculos afetivos, a intervenção curativa grupal deve ocorrer no ambiente institucional. ( SERRA, 2004, p. 7)
Bossa (1994, apud Porto, 2009 p.135) define três níveis de prevenção ao trabalho psicopedagógico institucional:
 No primeiro nível o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológica, bem como na formação e orientação dos professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível, o objetivo é diminuir e tratar problemas de aprendizagem já instalados. Para tanto, cria-se um plano diagnostico da unidade institucional e elaboram-se planos de intervenção baseados nesse diagnostico, a partir do qual procurasse avaliar os currículos com os professores para que não se repita tais transtornos. No terceiro nível, o objetivo é eliminar os transtornos já instalados, em um procedimento clínico com todas as suas implantações. 
 Como integrante da equipe pedagógica, especialista da aprendizagem, podemos dizer que o papel do psicopedagogo é:
Defender os assuntos da escola;
Sugerir mudanças;
Preparar propostas educativas;
Ser o intercessor entre professores, alunos, funcionários da escola e família;
Aprimorar e elaborar metodologias e procedimentos que garantam maior aprendizagem;
Colaborar na formação de docentes
Assessorar o professor quanto as adequações curriculares de alunos com necessidades educacionais especiais;
 Auxiliar os docentes entender quando sua prática pedagógica não está adequada à aprendizagem do aluno;
Fazer encaminhamentos com apoio em avaliações psicopedagogias;
Conduzir os pais;
Auxiliar o aluno que encontrasse sofrendo por qualquer motivo;
Refletir a respeito das ações pedagógicas e a intervenção delas no andamento da aprendizagem do aluno;
Instruir os professores a atuação da formação continuada.
As ações referidas a cima ajudam para que os números do insucesso escolar diminuam. 
2.4Dificuldades De Aprendizagem na Psicopedagogia
A aprendizagem escolar inclui um entrosamento constante entre alunos e professores, técnicos e professores, alunos e conteúdo, alunos e administração, alunos e alunos. Ela precisa acontecer de modo prazeroso. Se este prazer não ocorrer, há alguma coisa errada nesse procedimento.
O criador da Epistemologia Convergente, Jorge Visca tem uma conceptualização a respeito de aprendizagem que a partir da colaboração da psicanálise de Freud, da Teoria Piagetiana e da psicologia social de Pichon Rivière, ajudou entender os aspectos afetivos, intelectivos e ambientais que intercedem na aprendizagem do aluno. 
Com o intuito que a aprendizagem aconteça e forma natural, esses aspectos necessitam progredir estruturalmente e têm de estar em equilíbrio absoluto. O problema de aprendizagem pode acorrer no momento em que a uma dificuldade em um desses pontos.
José e Coelho (2002) diz que, há vários fatores que criam problemas e distúrbios na aprendizagem tal como:
 Fatores orgânicos- saúde física, falta de integridade neurológica (sistema nervoso doentio), alimentação inadequada, etc.
 Fatores psicológicos- inibição, fantasia, ansiedade, angústia, inadequação à realidade, sentimento generalizado de rejeição, etc.
 Fatores ambientais- o tipo de educação familiar, o grau de estimulação da criança recebeu desde os primeiros dias de vida, a influência dos meios de comunicação, etc (apud Sampaio, 2009, p.28).
Para Visca (1991) conseguimos comparar também empecilhos da aprendizagem que podem ser segmentados em três tipos:
 Obstáculo epistêmico- ninguém pode aprender acima do nível da estrutura cognitiva que possui. Refere-se a uma estrutura cognitiva defasada em relação à idade cronológica.
 Obstáculo epistemofílico- falta de amor pelo conhecimento.
 Obstáculo funcional- conjunto de obstáculos que, em alguns momentos, correspondem a causas emocionais e, em outros, a causas estruturais. ( apud Sampaio, 2009, p. 28)
O indicio é um alerta para docentes de que alguma providência deve ser tomada quanto as questões de aprendizado no ambiente escolar. É interessante que o professor procure um psicopedagogo, que ir fazer um diagnóstico que irá analisar quais medidas precisam ser tomadas a fim de ser combatido o mal que provocou o sintoma.
Weiss (2003, apoud Sampaio, 2009, p. 31) diz que os “aspectos orgânicos, cognitivos, emocionais, sociais, e pedagógicos como aqueles que ajudam a construir uma visão global do sujeito”. Os orgânicos ficariam ligados a criação biofisiológica do sujeito, tendo como exemplo, a disfasia e a afasia que consigam ou não trazer dificuldade na leitura. Os cognitivos possuiriam correlação com o desenvolvimento das condições que envolvem atenção, memória, antecipação, etc. Os emocionais ficariam ligados ao afetivo e a sua vinculação com a criação do conhecimento. Os sociais permaneceriam unidos as perspectivas em que estão anexadas a escola e a família. Por último, mas não menos importante os pedagógicos que seriam causas que podem prejudicar a aprendizagem, como: metodologia de ensino, tipo de avaliação, estrutura de turmas, organização geral, etc.
De acordo como que foi citado a cima conseguimos destacar a influência de um psicopedagogo institucional afim de prevenir que os obstáculos ocorram nessa questão. 
As dificuldades, distúrbio e transtorno de aprendizagem são relativos a problemas muito polêmicos e suas limitações não se encontram bem específica. 
Trazendo como base pesquisas executadas conseguimos identificar que os transtornos e dificuldades principalmente no aprendizado estão associados a problemas de maturidade e desenvolvimento neurológico do sujeito, assim como exemplo, a dislexia, dislalia, disfasia, discalculia, disgrafia e o transtorno não verbal da aprendizagem. Os problemas relacionados a aprendizagem conseguem se apresentar devido as próximas questões: desigualdade metodológica, técnicas de alfabetização fraca, falta cultural e econômica, professores com má formação, ausência de preparação das atividades, desconhecimento da prática cognitiva dos estudantes. As dificuldades de aprendizagem também pode ser um esgotamento desse sujeito, chamado de depressão, Transtorno do Deficit de Atenção (TDAH), da insuficiência mental, dos problemas de conduta, do déficit cultural, distúrbios neurológicos, da insuficiência sensorial, entre outros.
Além dos fatos que foram relacionados no texto, Bossa (2000 p.56) diz que “existem, ainda muitas outras coisas que podem atrapalhar uma criança escola”. 
 Uma criança pode não aprender porque:
A escola não é importante, porque seus pais não conseguem lhe mostrar essa importância;
Pensa que, assim como seus pais não precisaram estudar para se dar bem na vida, ela também não precisará;
Seus pais, na tentativa de acertar, erraram por não estabelecer regras e limites. Desta forma, não possibilitaram que a criança aprendesse a ser disciplinada, condição essencial ao trabalho intelectual;
Possui raiva da escola por acreditar que ela só vai para deixar sua mãe sozinha com seu irmãozinho (a);
Esquece de fazer tarefas, se atrasa na hora de ir para a escola e sua vida vira uma bagunça;
O seu professor não gosta da profissão, por isso não pode ser um bom profissional.
Além desses fatores várias outras coisas fazem os alunos ter dificuldade na escola.
As dificuldades na aprendizagem geram bastante adversidade para o aluno, que pode esconder o que sente através da falta de interesse, desatenção e indisciplina de uma forma geral. Dessa forma ele acredita e faz acreditar de que não aprende por causa do seu comportamento, ao invés de acreditar que esse comportamento é fruto da dificuldade.
É comum a escola colocar
a culpa da reprovação no próprio aluno. Os docentes dizem que o aluno não tem vontade, que estão inseridos nessa situação familiar e social desconfortante a aprendizagem, são carentes de cultura, que o governo não investe na educação, entre outras coisas. Entre tanto, é necessário ter muito cuidado em fazer esse tipo de comentário, já que na maioria das vezes, o problema não está no aluno. O professor precisa ter competência a respeito das suas práticas pedagógicas e buscar meios para vencer esses obstáculos existentes e que não devem prejudicar o aprendizado do aluno. Segundo Serra (2004 p.11), “ Não se trata de buscar culpados para o fracasso escolar, nem de responsabilizar os professores, mas buscar alternativas que estão ao nosso alcance para solucionar o problema”.
Por isso cabe a instituição estimular esse desejo as crianças oferecendo aprendizagem, conceito e atribuindo a ela seu valor. Desse modo o professor deve optar pelas melhores formas para que o aprendizado seja significativo.
É preciso oferecer aos alunos várias atividades com o mesmo objetivo afim de que, cada um seja capaz de alcança-lo da melhor maneira. Propor um trabalho diferenciado é uma boa opção para vencer alguns obstáculos, além disso da oportunidade para uma participação mais explicita do professor com as necessidades específicas de cada aluno.
O professor ou qualquer outro profissional que possa enxergar a dificuldade de aprendizagem deve realizar de forma consciente, já que no senso comum costumam dizer que criança com dificuldade na escrita e na leitura tem dislexia, quando na verdade sem tem uma ausência social e econômica entre o nível do professor e do aluno.
Os problemas começam a ser notados, com melhor compreensão, no momento em que o educando chega na fase alfabetização. Especialmente na alfabetização conseguimos ressaltar as causas pedagógicas, quando procedimentos, métodos, e práticas educacionais não estão adequados com o potencial da criança. Nessa circunstância, é fundamental que o professor substitua sua forma de ensinar para com os alunos com dificuldades de aprendizado. 
A dificuldade faz atribuição do processo de aprendizagem e não pode ser vista separada do processo. Na realidade a aprendizagem só acontece quando se tem dificuldade.
Porto, diz que:
 As dificuldades de aprendizagem não são uma condição ou síndrome simples, nem decorrem apenas de uma única etiologia, trata-se de um conjunto de condições e de problemas heterogêneos e de uma diversidade de sintomas e de atributos que obviamente subentendem diversificadas e diferenciadas respostas clínico-educacionais. (2009, p. 101)
As dificuldades de aprendizagem muitas vezes são superficialmente analisadas e julgadas trazendo mais o problema para essas crianças. Os comportamentos das crianças descritas a seguir são frequentemente encontrados nas nossas escolas e podem ser um exemplo disso.
João é um menino “elétrico” que não para na cadeira, levanta-se frequentemente para pegar uma caneta emprestada ou apontar o lápis. Quando sentado fica inquieto na cadeira. Quando bate o sinal sai correndo ao invés de caminhar. Por mais que seus professores tenham tentado, nem punições nem recompensas mudaram seu comportamento. Os professores consideram João um menino inteligente, mas sua agitação atrapalha sua atenção e seu desempenho escolar.
Maria é uma menina tímida. Ela está com desempenho baixo comparando com o de seus colegas da mesma série. Embora ela mostre esforço, sua evolução é lenta, tanto em matemática como em leitura. Os pais de Maria consideram ela muito inteligente e ficam assustados com o desempenho escolar de sua filha. Eles observam que ela quase não tem amigos e passa a maior parte do tempo sozinha assistindo à televisão. Os professores de Maria acham que ela não é o suficientemente inteligente para acompanhar a turma. 
Paulo é um menino “rebelde” que está envolvido com vandalismo e brigas na escola. Tem um número elevado de faltas e não apresenta compromisso com as tarefas escolares solicitadas. Nas festas da escola compare em estado de embriaguez. Ele não pretende terminar os estudos por isso não demonstra comprometimento.
Luiz é um menino popular na escola, sendo ativo no diretório estudantil e praticante de esportes. Seu desempenho não é bom, e as tarefas entregues sujas, incompletas e com letras ilegíveis. Seus professores acreditam que, se não se envolvesse tanto com atividades extracurriculares e se esforçasse nas atividades escolares, apresentaria um melhor desempenho.
Em uma análise rápida poderíamos supor que João é um menino agitado que não consegue se controlar e imaturo; Maria é uma menina com QI baixo; Paulo tem problemas emocionais e falta de limites; Luiz é um menino sem interesse nas atividades escolares. Se observarmos mais a fundo essas crianças veremos situações muito diferente.
João tem uma mente dispersiva que não lhe permite a capacidade de planejar suas atividades sem se distrair mesmo que tente. Ele não consegue também conter seus impulsos de comentar e investigar tudo que vê. João só consegue parar quando dorme.
Maria é uma menina inteligente, mas precisa se esforçar mais que seus colegas para acompanhar a turma, pois tem dificuldade de entender símbolos escritos. Ela também não consegue lembrar dos mapas e gráficos sendo muito difícil copiar do quadro. Maria tornou-se deprimida devido ao seu baixo desempenho sentindo-se um “fracasso”.
Paulo evita as aulas, pois tem dificuldades de intender instruções verbais e o que lê, ele é um menino inteligente e tem facilidade com o aprendizado que não necessita do uso amplo de linguagem. Paulo quer evitar as críticas e o fracasso que enfrenta na escola.
Luiz é um menino que usa os esportes para disfarçar sua dificuldade com coordenação motora fina. Devido essas dificuldades de usar caneta e lápis. Luiz entende o que é lhe passado nas aulas, mas não consegue passar isso para o papel.
Embora as dificuldades de aprendizagem sejam atualmente foco de diversos estudos, muitos pais, professores e até mesmo profissionais da saúde não tem acesso a essas informações ocorrendo enganos que podem comprometer a evolução acadêmica desses alunos e consequentemente seu futuro profissional.
2.5 LUDICIDADE NA PSICOPEDAGOGIA
É importante destacar a importância Da ludicidade para o aumento de aprendizagem humana. Porém, algumas técnicas como a música, jogos, brincadeiras, pintura e tudo que incentive a criatividade são práticas lúdicas fundamentais para promover o aprendizado do aluno. Por isso, através da ludicidade o aluno poderá aguçar todas as suas habilidades e capacidades, e propiciando seu lado social, objetivo e cognitivo.
Através das brincadeiras as crianças criam ensejo de interação com todos ao seu redor, ajudando para o progresso das habilidades psicomotoras, cognitivas do mesmo modo que relação de afetividade entre os alunos, que criam laços de amizade entre si e obtém conhecimento.
 “A educação lúdica, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. Sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. (ALMEIDA, 2003:57) 
A ludicidade colabora para a formação da criança, proporcionando um enriquecimento pedagógico e de princípios culturais, instruindo a considerar a opinião dos outros e aumentando o conhecimento.
Para Piaget, os jogos possuem importância para a criança, no momento em que ela começa a inventar, reestruturar objetos com sua própria imaginação, levando a um processo de absorção e acomodação. A criança compreende várias realidades gerando assim novos conceitos e oferecendo espaço a acomodação. 
Quando o jogo exposto cria oportunidade para que a criança
busque, compreenda resultados e argumente sobre o conteúdo, ele leva a criança para um momento lúdico, propiciando ela solucionar impasses em situações presentes no dia a dia.
As brincadeiras que estimulam o uso da imaginação são considerados de grande valor por enriquecer a experimentação sensorial, incentivar a criatividade e ampliar habilidades da criança.
Quando a criança brinca percebe o seu lugar e importância no grupo social, criando pensamentos, dissolvendo aos poucos o egocentrismo que ainda é capaz de continuar no comportamento da criança.
A educação lúdica colabora para o progresso da criança, na qual a atuação educacional proporciona a criatividade e interação, reconhecendo a linguagem oral. Por isso, os jogos intelectuais tal como jogo da memória, quebra-cabeça, amarelinha não pode ser deixados de lado no âmbito escolar, pois esses jogos ajudam no desenvolvimento e na alfabetização da criança. 
Segundo Vigotsky (2003), as crianças não raciocinam como adultos, sendo elas as próprias construtoras ativas do conhecimento, vivendo constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
Por isso, o lúdico é considerado como um fenômeno psicológico assim como psicopedagógico, como uma causa determinante no andamento da criança e sujeito humano (desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e mental), fundamental na construção do seu perfil, como motivo da comunicação e afinidade com outras crianças, adultos e com ele mesmo.
Criança brincando vai compondo sua individualidade e identidade, desta forma vão aprendendo as ferramentas para brincar, quer dizer, os brinquedos reconhecidos a partir de imagens exclusivas, da cultura da comunidade no qual está inserido.
A ludicidade oferece benefícios, a longo prazo, e muito tempo a existência do indivíduo. As variadas possibilidades incentivadas através das brincadeiras colaboram para deixar a criança autoconfiante, independente e consciente do seu potencial e dos seus limites.
A prática de tarefas lúdicas na psicopedagogia ajuda que as crianças tenham mais desempenho. Entretanto, apenas tais atividades não esclarecem o processo educativo, ela é capaz de auxiliar em favor de possibilitar mudanças significativas.
A ludicidade, os jogos é um maravilhoso recurso para o auxílio psicopedagógico, usando como ferramenta de vinculação cognitiva com o aprendizado. É indispensável que o psicopedagogo faça interseção de modo que o aprendiz vá se percebendo e manipulando sua própria forma de aprender. Assim, fica primordial ressaltar que as brincadeiras e os jogos são fatores excelentes que proporcionam a criança o desenvolvimento das suas habilidades mentais.
O psicopedagogo que usa os jogos como método para intervenção de avaliação, tende de resgatar questões cognitivas, afetivo-emocional dos conteúdos aplicados em sala de aula, incentivando em buscar uma aprendizagem agradável. 
Para o psicopedagogo, torna-se importante a utilização de jogos, tanto para fazer o levantamento de possibilidade diagnóstica a respeito das limitações e capacidade do aprendiz. Portanto a ludicidade é uma ferramenta essencial no decorrer das atividades psicopedagógicos.
3 CONSIDERÇÕES FINAIS 
Declaro que no presente artigo, que a psicopedagogia tem um campo bastante abrangente, pois afeta uma forma indireta ou direta em todos âmbitos escolares relacionados com a aprendizagem do aluno. Exige uma grande dedicação do profissional psicopedagogo, permitindo muita satisfação em realizar esse trabalho.
Nesse artigo foi apresentado opiniões de pesquisadores que enfatizam em que momento e circunstância o aluno não aprende e como o psicopedagogo representa, tanto para descobrir as dificuldades de aprendizagem também para determinar o diagnóstico e interferir nos problemas de aprendizagem.
Afirma Bossa (1994), que os problemas de aprendizagem possuem origem na constituição do desejo do sujeito. Embora as explicações para o fracasso escolar tenham sido dadas com justificativas na desnutrição, nos problemas neurológicos e genéticos, poucas são as explicações que enfatizam as questões inorgânicas, ou seja, as de ordem do desejo do sujeito.
REFERÊNCIAS 
Santos 2010 pg. 1
Fernández 1990 www.portaldaeducação.com.br
Weiss 1994 pg. 97 www.scielo.br
Serra 2004 pg. 7 repositorio.roca.utfpr.edu.br
Bossa 1994, apud Porto, 2009 pg. 135
Jorge Visca 1991 www.periodicos.uesb.br
José Coelho 2002 www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Sampaio 2009 pg. 28 novaescola.org.br
Piaget facos.edu.br/publicacoes/revistas
Vigotsky 2003 http://revista.fct.unesp.br
Freire 2002 brasilescola.uol.com.br
Revista Espaço Acadêmico Número 139- Dezembro de 2012
Bossa, Nádia ap Apsicopedagogiabrasil: Contribuições a Partir da Prática 
Djenifer Belo Secretti
Aluna de Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter
Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso (último semestre de 2019).

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