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TCC TEXTO FINAL LICENCIATURA MATEMÁTICA

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A CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS
VARGAS, Carlos Alexandre Avila de¹
RU 621356
PADILHA, Eliandro José²
RESUMO
Neste trabalho relata-se, de que forma os jogos matemáticos podem auxiliar os professores em sala de aula, tornando o ambiente da sala mais ameno e prazeroso, ressignificando a aprendizagem dos alunos, que passa a ser construída por eles. O desenvolvimento dos conceitos que facilitam a compreensão da matemática de forma significativa dá-se com o desenvolver da prática do uso dos jogos pelos professores como alternativa pedagógica em sala de aula, assim contribui-se de maneira significativa para a assimilação do trabalho desenvolvido, uma vez que proporciona-se ao aluno, o ato de liberdade na construção do conhecimento, propiciando a construção de sua personalidade, assim criando relações entre o jogo e as suas vivências futuras. Deste modo, com o jogo, proporciona-se ao aluno, uma nova e agradável metodologia de aprendizagem, com isto eleva-se a confiança e torna o aluno, mais seguro de suas decisões e confiante para enfrentar seus obstáculos do dia a dia, uma vez que através dos jogos proporciona-se às crianças, aprender valores, pois brincando, deparam-se com o primeiro contato com números, regras e assim, contextualiza-se com as situações problemas do seu cotidiano, possibilitando-se assim que a criança vá assimilando estes tipos de expressões em seu interior e assim facilita-se o desenvolvimento do raciocínio lógico e mental, imprescindíveis para a assimilação dos conteúdos matemáticos através de levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização. Com esta pesquisa buscou-se mostrar que essas práticas pedagógicas que buscam uma interação do aluno com os conceitos de forma mais lúdica, em prol dos conteúdos, transformando o aluno no construtor do conhecimento. 
Palavra – chave: Jogos. Metodologia. Ludicidade. Aprendizagem
1 INTRODUÇÃO
Durante a pesquisa desenvolvida foi possível compreender de que forma os jogos e brincadeiras auxiliam no trabalho docente e na construção dos conceitos matemáticos nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Deste modo há a construção e o desenvolvimento de conceitos que facilitam a aprendizagem matemática tomando como base os jogos e brincadeiras utilizados em sala de aula, buscando a equidade entre a prática e a teoria.
Deste modo os professores podem explorar as possibilidades propiciadas pela utilização de jogos e brincadeiras direcionando-as à finalidade da construção de conceitos matemáticos nos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Neste trabalho buscou-se o entendimento da importância dos jogos no auxílio ao desenvolvimento físico, intelectual e social da criança, deixando clara a importância da compreensão por parte dos educadores e dos pais da necessidade de se trabalhar este tema nos primeiros anos da vida escolar da criança. Segundo os autores Macedo, Petty e Passos (2005), em “Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar”, consideram fundamental importância que a criança aprenda os procedimentos e seus registros em diferentes situações propostas. 
Os jogos por muito tempo são utilizados nas escolas como instrumentos para recreação e para acalmar as crianças sem muita preocupação com o seu real valor no processo de formação da criança como indivíduo. 
Para Borin (1998) a introdução dos jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos dos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. 
É através dos jogos que as crianças aprendem a contextualizar valores, têm o primeiro contato com números, regras e, sempre contextualizando com situações problemas do seu cotidiano. Possibilitando assim que a criança vá assimilando estes tipos de expressões em seu interior e que consequentemente, irá facilitar seu desenvolvimento. Moura (2000), afirma que “o jogo aproxima-se da matemática via desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, permitindo, assim, trabalhar os conteúdos culturais inerentes ao próprio jogo”.
A importância do jogo está nas possibilidades de resolução de problemas, inúmeras possibilidades que podem ser criadas, que levem a criança a uma aproximação do conhecimento científico, permitindo-a vivenciar mesmo que no “faz de conta” a situações de solução de problemas associados que a faz sentir-se de mesma importância tal qual o problema enfrentado por adultos.
Kishimoto (2000) argumenta que a utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos.
A utilização do jogo como facilitador para a aprendizagem da matemática, justifica-se, devido ao modo como se vai sendo introduzido uma linguagem matemática que de modo gradativo, será incorporada aos conceitos matemáticos formais. Assim desenvolvendo capacidades, como a de lidar com informações e a de criar significados culturais para os conceitos, estratégias, pensamentos rápidos e lógicos e também o estudo de novos conteúdos. Deste modo é no jogo que devemos buscar a ludicidade das resoluções construídas para as situações seriamente vividas pela sociedade.
É imprescindível que os professores tenham esta consciência da importância dos jogos e também das brincadeiras direcionadas, pois assim as crianças vão interagindo com os materiais e os ambientes dos jogos, criando conceitos, aprendendo regras e interiorizando possibilidades, propiciando uma maior interação entre a criança e os problemas matemáticos cotidianos que ocorrerão futuramente. 
Para Martinelli e Martinelli (2016, p.115), “o jogo matemático é muito utilizado como forma de desenvolver a aprendizagem do aluno, auxiliar no desenvolvimento de estratégias, resolver problemas e tornar o aluno crítico e confiante em si mesmo”. 
Piaget (1896-1980), também em defesa do uso de jogos na educação, critica a escola tradicional, por ter como objetivo acomodar as crianças aos conhecimentos tradicionais, em oposição ao que ele defende que é suscitar indivíduos inventivos, críticos e criadores. Por isso proclama: 
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório motor e de simbolismo, uma assimilação do real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil (PIAGET, 1976, p.160)”.
Vygotsky (1896-1934) acentua que “apesar da relação brinquedo-desenvolvimento pode ser comparada à relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo fornece ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência (VYGOTSKY, 1994, p.135)”.
A importância dos jogos e das brincadeiras bem como toda a parte lúdica no auxílio da educação passa sempre pela busca incessante do professor em ser um profissional preparado, em constante busca de novidades e novas tecnologias, sem desprezar o já conceituado, assim sendo um eterno pesquisador, e, não temeroso de utilizar os seus conhecimentos e potencias na hora de inovar na arte de educar, pois inovação e competência andam de mãos dadas rumo a uma educação de qualidade. 
Este trabalho objetiva analisar como os jogos e as brincadeiras, direcionados para contextos matemáticos, podem contribuir no desenvolvimento de suas habilidades de contextualização das suas práxis cotidianas e as mais básicas atividades matemáticas introdutórias já para as crianças nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Desta forma será presentado uma pesquisa sobre como a utilização de brinquedos e brincadeiras direcionados pode auxiliar no de desenvolvimentopsicomotor e psicossocial dos alunos, bem como explorar a criatividade e o lúdico através dos jogos e das brincadeiras em sala de aula. A pesquisa ainda visa esclarecer como os professores podem se utilizar da capacidade das crianças de testar hipóteses e criar valores através das atividades lúdicas dirigidas.
Este trabalho apresenta uma pesquisa realizada em bibliografias de escritores conhecidos, em monografias de profissionais da área onde estes descrevem suas experiências vivenciadas no dia a dia da sala de aula e, contudo, buscou-se uma abordagem ampla do assunto, permitindo dessa forma um embasamento sólido e consistente dos resultados aqui apresentados, referentes à utilização dos jogos e brincadeiras, como metodologia para construção e ressignificação de conceitos matemáticos nos anos iniciais do ensino fundamental, necessários e fundamentais aos alunos para a continuidade do processo de ensino aprendizagem escolares, bem como para a vida em sociedade. 
2. Aluno do curso de licenciatura em Matemática do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Conclusão de Curso. 03-2015
3.Professor Orientador do Centro Universitário Internacional UNINTER
2 A CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS
Os jogos e as brincadeiras, bem como toda a parte lúdica, trazem ao aluno a interação e a experimentação de situações que o levam a criação de padrões, estratégias e conceitos que ficam interiorizados para o restante de sua vida escolar, oportunizando aos alunos uma melhor qualidade da sua aprendizagem. 
Gandro (2000) ressalta que o jogo propicia o desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas na medida em que possibilita a investigação, ou seja, a exploração do conceito através da estrutura matemática subjacente ao jogo e que pode ser vivenciada, pelo aluno, quando ele joga, elaborando estratégias e testando-as a fim de vencer o jogo. 
Esses conceitos desenvolvem-se porque ao jogar, o aluno recebe a oportunidade interagir com algumas situações que o levam a resolver problemas, investigar e desenvolver a melhor jogada, compreender suas ações perante as regras, estabelecendo relações entre elementos do jogo e os conceitos matemáticos. Devemos pensar o jogo como possibilidade de vivenciar uma situação prazerosa e de aprendizagem com significado na formação de conceitos matemáticos, de acordo com o pensamento de SMOLE; DINIZ; MILANI, (2007). 
Na visão de Smole, Diniz e Milani (2007), o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que durante um jogo, cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os outros, defender pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo.
Borin (1998) corrobora os autores acima, afirmando que dentro da situação de jogo, é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, nota-se que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam de matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. A introdução dos jogos nas aulas de matemáticas é a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la.
O professor, ao preparar suas aulas com a utilização de jogos deve, de forma antecipado, experimentar o jogo e aplicar técnicas que permitam uma total exploração do potencial pedagógico e lúdico do jogo; podendo analisar metodologias adequadas ao tipo de trabalho pedagógico que pretende desenvolver, lincando com os conteúdos que se está trabalhando, assim promovendo maior significado e criando formas de se trabalhar de modo interdisciplinar com outros conteúdos.
O trabalho com jogos requer do professor, certas atitudes, que o levem a considerar como uma atividade a ser realizada durante todo o ano letivo, e não de modo esporádico, relacionando o jogo como uma estratégia aliada à construção do conhecimento, devendo planejar cuidadosamente sua execução (STAREPRAVO, 1999). 
Refletindo Borin (1998), ficou clara a necessidade de que o professor jogue e conheça o jogo antes de fazer uso do mesmo em sala de aula. Isso permite a ele uma análise das suas jogadas, prever possíveis erros e acertos, assim permitindo-lhe melhores condições de auxiliar os seus alunos nas dúvidas que venham a ocorrer no decorrer do jogo, dando-lhes melhores condições de compreensão execução das suas jogadas.
 (...) estudar o jogo antes, o que só é possível jogando. Através da exploração e análise de suas jogadas e da reflexão sobre seus erros e seus acertos é que você terá condições de colocar questões, que irão auxiliar seus alunos, e para que você tenha noção das dificuldades que eles terão que enfrentar. (BORIN, 1998, p. 13)
Um aspecto importante observado ao se trabalhar com jogos é a oportunidade de se trabalhar com os erros, deixando clara a importância dos alunos fazerem seus registros e não descartá-los durante o andamento do jogo, para uma reflexão posterior dos resultados, analisando suas próprias estratégias e hipóteses, a fim de que haja uma maior compreensão das jogadas executadas, desta forma tendo uma maior compreensão dos resultados obtidos e permitindo o reconhecimento do porque dos seus erros, ressignificando e assimilando melhor os resultados obtidos, deixando ao professor, o papel de expectador, do seu processo construtivo da aprendizagem.
Borin (1998) relata que:
Essa metodologia representa, em sua essência, uma mudança de postura em relação ao que é ensinar matemática, ou seja, ao adotá-la, o professor será um espectador do processo de construção do saber pelo seu aluno, e só irá interferir ao final do mesmo, quando isso se fizer necessário através de questionamentos, por exemplo, que levem os alunos a mudanças de hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou para a socialização das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta certa. Ao aluno, de acordo com essa visão, caberá o papel daquele que busca e constrói o seu saber através da análise das situações que se apresentam no decorrer do processo (BORIN, 1998, p.10 -11). 
As atividades com jogos podem ser desenvolvidas em todas as idades, desde o maternal até a fase adulta.
Conforme Lopes (2000): 
É muito fácil e eficiente aprender por meio de jogos, e isto é valido para todas as idades, desde o maternal até a fase adulta. O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz que se torna sujeito ativo do processo.(LOPES,2000, p.23) 
Em um jogo de regras, o aluno abandona o seu egocentrismo e seu interesse passa a ser social. Há então a necessidade de controle mútuo e de regulamentação, uma vez que, é colocada a obrigação do cumprimento das regras e uma vez que ocorra a violação de tais, isso acarretará no fim do jogo social.
De acordo com Barbosa e Carvalho (2016): A importância do jogo de regras num contexto educativo é comprovada por desencadear reflexões nos sujeitos envolvidos proporcionando construções significativas do ponto de vista cognitivo.
Ao jogar os alunos criam estratégias de jogo, analisam como é melhor agir em determinado momento, podendo durante as atividades com jogos um ajudar o outro, esclarecendo regras, apontando opções, competição fica menor, sendo o jogo uma forma de socialização de conhecimento. Sendo importante conhecer cada tipo de jogo, e o que cada um oportuniza como meio de chegar à aprendizagem.
Segundo GROENWALD, (2002, p.2), os jogos podem ser classificados em:
I: Jogos Estratégicos: Jogos onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico. Com eles, as crianças leem as regras e buscam caminhos para atingir o objetivo final, utilizando estratégias para isso. Esses jogos caracterizam-se por possuírem uma estratégia vencedora a ser descoberta pelos jogadores e o fator sorte, em nenhum momento, deve interferir na escolha das jogadas.
II: Jogos de Treinamento:São utilizados quando o professor percebe que alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as ideias anteriormente colocadas: considerar o jogo como instrumento que promove a aprendizagem com grande motivação. 
III: Jogos Geométricos: São aqueles que têm como objetivo desenvolver a habilidade de observação e o pensamento lógico. Com eles é possível trabalhar figuras geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos. Considerados também como jogos de construção, são aqueles que trazem ao aluno um assunto desconhecido fazendo com que, através da manipulação de materiais ou de perguntas e respostas, ele sinta a necessidade de uma nova ferramenta, ou, de um novo conhecimento, para resolver determinada situação-problema proposta pelo jogo. E, na procura desse novo conhecimento ele tem a oportunidade de buscar por si mesmo uma nova alternativa para sua resolução.
Jogo é uma importante forma de aprendizagem, uma ferramenta aliada para tornar o ensino da matemática mais prazeroso. Quem faz uso do jogo tem uma postura inovadora no processo de ensino da matemática.
A utilização de jogos como ferramenta pedagógica, tanto como gerador de espontaneidade, ou como desencadeador da indução de ações, característica de posicionamento não construtivista, apontam para a importância da problematização da conversa com o sujeito, levando-o a analisar suas jogadas, propondo comparações, desafios cognitivos, como sendo o tipo de intervenção mais satisfatória, de forma a contextualizar os conteúdos a que se quer interiorizar e estabelecer condições para construções mais efetivas nos sujeitos. 
Desse modo, se torna evidente a necessidade da formação do professor para o uso de jogos em sala de aula, já que há ainda a necessidade de se afastar a ideia de que o uso de jogos ocorre somente como lazer, para preencher o tempo dos alunos, ou que, por si só ensina.
Smole, Diniz e Milani (2007) destacam que o trabalho com jogos em matemática possibilita o desenvolvimento de habilidades como: observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização. Além disso, 
Favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, uma vez que durante o jogo cada jogador tem a possibilidade de acompanhar o trabalho de todos os outros, defender pontos de vista e aprender a ser crítico e confiante em si mesmo. (SMOLE, DINIZ e MILANI, 2007, p.9)
A utilização dos jogos como ferramentas de auxílio pedagógico, estão presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Matemática: que apontam as atividades com jogos como uma das opções de que o professor dispõe para desenvolver situações e problemas ligados ao cotidiano e que propiciam a simulação de situações-problemas que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento de ações; possibilitam a construção de uma atividade positiva perante os erros, uma vez que as situações sucedem-se rapidamente e podem ser corrigidas de forma natural, no decorrer da ação, sem deixar marcas negativas, assim contextualizando com a sua realidade e vivência com as situações cotidianas vivenciadas além da sala de aula, em suas comunidades.
Para Martinelli e Martinelli (2016, P.118):
O mesmo documento indica que os jogos são interessantes meios pelos quais o professor pode analisar seus alunos e avalia-los nos seguintes itens:
· a compreensão: facilidade para entender o processo do jogo, assim como o autocontrole e o respeito a si próprio;
· a facilidade : possibilidade de construir uma estratégia vencedora;
· a possibilidade de descrição: comunicar o procedimento seguido e da maneira de atuar;
· a estratégia utilizada: capacidade de comparar com as previsões ou hipóteses. (Brasil, 1998, p.47).
3 METODOLOGIA: 
Este trabalho foi realizado por meio de pesquisas em bibliografias de escritores conhecidos, em monografias de profissionais da área onde descrevem suas experiências vivenciadas no dia a dia da sala de aula e, contudo, buscando uma abordagem ampla do assunto e permitindo um embasamento sólido e consistente dos resultados do trabalho aqui apresentado.
De acordo com Martins:
Se há uma característica que constitui a marca dos métodos qualitativos ela é a flexibilidade principalmente quanto ás técnicas de coleta de dados, incorporando aquelas mais adequadas á observação que está sendo feita. A variedade de material obtido qualitativamente exige do pesquisador uma capacidade integrativa e analítica que, por sua vez depende do desenvolvimento de uma capacidade criadora e intuitiva. (MARTINS, 2009 p.292).
Durante o processo de construção desse projeto buscar-se-á respostas para a problemática apresentada, em livros de autores renomados, monografias e sites reconhecidamente confiáveis, referentes à utilização dos jogos e brincadeiras, como metodologia para construção e ressignificação de conceitos matemáticos nos anos iniciais do ensino fundamental, necessários e fundamentais aos alunos para a continuidade do processo de ensino aprendizagem escolares, bem como para a vida em sociedade. 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este trabalho buscou pesquisas em materiais que fossem de encontro com o tema escolhido onde procurou-se refletir a relevância de sua pesquisa. O mesmo foi direcionado ao uso de jogos na construção dos conceitos matemáticos nos anos iniciais do Ensino fundamental, como facilitadores da práxis pedagógica desenvolvida pelo professor e, ou aluno, em sala de aula.
Com o desenvolvimento desta pesquisa, ficou clara, a responsabilidade como educadores de formar um novo perfil de aluno, pensante, flexível a mudança e capaz de interagir com o mundo onde está inserido, onde se faz necessário o uso de matemática mais significativa, que realmente desenvolva suas competências e o torne hábil para o desenvolvimento de suas atividades cotidianas, contribuindo para a sua vivência na sociedade.
O Jogo torna o aluno mais participativo, criativo, desenvolve sua linguagem, seu raciocínio e o trabalho em equipe, de forma lúdica, prazerosa.
Ao realizar esse trabalho ficou claro a importância do educador, permanecer em constante aperfeiçoamento, porque, trabalhar com jogos requer pesquisas confiáveis, bem embasadas que deixam claros os objetivos a serem alcançados, bem como se faz a contextualização do jogo, a realidade do aluno, e da comunidade onde o mesmo está inserido, sem desmerecer a importância do professor, que deverá ser o mediador desse processo pedagógico e metodológico, deverá interferir no jogo, fazendo questionamentos, direcionado-o, sem perder o objetivo do jogo, que é a aprendizagem construída pelo próprio aluno.
A matemática atualmente ainda é ensinada de forma mecânica, tradicional, a mudança através da utilização dos jogos não é fácil, tampouco simples, uma vez que depende da aceitação das famílias, da equipe diretiva da escola, podendo embasar-se em documentos nacionais como os PCNs e a nova BNCC que está sendo estudada, desde que como visto, nos trabalhos acima pesquisados e relatados, seja um processo duradouro, incorporado ao projeto pedagógico da escola e desenvolvido em um processo contínuo e significativo, contextualizando com as características e necessidades dos alunos e da comunidade escolar como um todo.
O jogo é um caminho que leva a aprendizagem de forma lúdica e prazerosa, apresenta regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento e utilização, que transcendem o conteúdo rígido dos livros, para a vivência prática, proporcionado assim condições do aluno, futuro cidadão, enfrentar situações do seu cotidiano.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Sandra Lucia Piola e CARVALHO, Túlio Oliveira de, Jogos Matemáticos como Metodologia de Ensino Aprendizagem das Operações com Números Inteiros. Disponível em: docplayer.com.br/5912435-jogos-matemáticos-como-metodologia-de-ensino-aprendizagem-das-operações-com-números-inteiros.htn.Acesso em: 27 de novembro de 2016.
BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. 3.ed. São Paulo: IME/USP, 1998
CERVO, Amado L., BERVIAN, Pedro A., DA SILVA, Roberto, Metodologia Científica, São Paulo, ABDR, 2007.
GRANDO, Regina C. O Conhecimento Matemático e o uso de Jogos na sala de Aula. Tese de Doutorado. Campinas. Faculdade de Educação, UNICAMP, 2000. Disponível em: pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2012/10/O-CONHECIMENTO-MATEM%C3%81TICO-E-O-USO-DE.pdf. Acesso em: 15 de julho de 2019.
LOPES, Maria da Glória. Jogos na educação: Criar, fazer, jogar. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2000.
MARTINELLI, Líliam Maria Born e MARTINELLI, Paulo, Materiais concretos para o ensino de Matemática nos anos finais do ensino fundamental. Curitiba, Intersaberes, 2016.
MARTINS, Gilberto de Andrade, Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. São Paulo, Atlas, 2009.
MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série): matemática. Secretaria de Educação. Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,1997.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a Educação Infantil. In: Kishimoto, tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ed. São Paulo: Cortez, 2000. 
MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia Sícoli; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e
o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
MARTINELLI, Líliam Maria Born e MARTINELLI, Paulo, Materiais concretos para o ensino de Matemática nos anos finais do ensino fundamental. Curitiba, Intersaberes, 2016.
MARTINS, Gilberto de Andrade, Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas. São Paulo, Atlas, 2009.
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MOURA, Manoel Oriosvaldo de. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. In: kISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ed. São Paulo: Cortez, 2000. 
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
______. Psicologia e Pedagogia. 3. ed. (Trad. D. A. Lindoso e R. M. R. Silva). Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1976. (Orig.: 1969).
SMOLE, Kátia Stocco. Jogos de Matemática de 1° a 5° ano/ Kátia Stocco Smole, Maria Ignez Diniz, Patrícia Cândido. Porto Alegre: Artmed, 2007.
STAREPRAVO, A.R. Jogos, desafios e descobertas: o jogo e a matemática no Ensino Fundamental - séries iniciais. Curitiba: Renascer, 1999.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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