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Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 Genética – Fluxo da Informação Genética O fluxo de informações genéticas possui três processos principais: Replicação: informação de uma fita de DNA é transferida para outra fita por meio de pareamento de nucleotídeos complementares; Transcrição: Informação presente no DNA é transcrita para um RNA; Tradução: Passagem da informação do RNA para uma sequência de aminoácidos (proteína). Atualmente, também é conhecido: Existência de mecanismos de reparo durante a replicação; Existência de dois mecanismos de controle na expressão do DNA, por meio da metilação e modificação de histonas; Existência de microRNA que modulam o processo de tradução, ou seja, é um mecanismo de controle da expressão do gene. Pode impedir ou não a tradução (e por consequência, a expressão de um gene); Existência de modificações pós-tradução para melhor funcionamento na célula, são muito variadas. Algumas informações importantes: ______________ Há uma uniformidade nesses processos para todos os seres vivos (todos realizam esses mecanismos para fluxo de informação); Não é o único caminho para o fluxo de informação genética (ex: RNA pode ser usado como molde para criar uma fita de DNA transcrição reversa, usado por células contaminadas por retrovírus em ciclo de reprodução); HIV O ciclo do vírus é complexo e evolve várias proteínas: Todo DNA produzido por transcrição reversa será diferenciado pela letra C inicialmente (cDNA); Será produzido no citoplasma da célula e colocado como segmento (dupla hélice) na sequência de DNA já existente dentro do núcleo, passando assim a ser chamado de pró- vírus; Quando o pró-vírus começa a ser transcrito, a célula passa a mudar seu funcionamento, produzindo mRNA e RNA genômica; Dessa maneira, a célula passará a produzir proteínas estranhas, fazendo que o corpo produza anticorpos contra o vírus agora ativo no indivíduo. O ciclo completo do vírus, possui as seguintes fases: Fase 1: Ligação O HIV inicia seu ciclo de vida quando se liga ao receptor CD4 e a um dois co-receptores na superfície do Linfócito T CD4+. O vírus então se funde com a célula hospedeira. Após a fusão, o vírus libera seu material genético, RNA, no interior da célula hospedeira. CICLO DO HIV Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 Fase 2: Transcrição Reversa O material genético do HIV é encontrado em dois filamentos idênticos de RNA (ácido ribonucleico), ao passo que o material genético das células humanas é encontrado no DNA (ácido desoxirribonucleico). Para que o vírus se integre à célula hospedeira, seu material genético deve ser transformado através de um processo denominado transcrição reversa. Uma enzima viral denominada transcriptase reversa cria uma cópia de DNA viral a partir do RNA viral. Uma vez duplicado o filamento de DNA, o pró-vírus de DNA de filamento duplo está pronto para ser integrado. Após o processo de ligação, o capsídeo viral (que contém filamentos de RNA e enzimas essenciais) é incorporado à célula hospedeira. Uma vez removido o revestimento de proteína, uma enzima viral, denominada transcriptase reversa, cria uma cópia de DNA do RNA viral. Esse novo DNA é denominado pró-vírus. Fase 3: Integração O pró-vírus migra para o núcleo da célula hospedeira, onde o seu DNA é armazenado. A seguir, outra enzima viral, denominada integrase, integra o DNA pró-viral ao DNA da célula. Os genes virais integrados permanecem inativos ou orientam a célula hospedeira a produzir mais HIV. Fase 4: Transcrição Uma vez no interior do núcleo da célula, o material genético do HIV orienta o mecanismo genético da célula a produzir novo HIV. Quando chega o momento de executar as instruções virais, os filamentos de DNA viral no núcleo separam-se e enzimas especiais criam um filamento complementar do material genético denominado RNA mensageiro ou RNAm (o código que corresponde às proteínas virais). O filamento de RNAm completo contém o código necessário para criar novas proteínas virais. Os filamentos de DNA integrados se separam. Fase 5: Tradução O RNAm que contém as instruções virais e à medida que cada filamento de RNAm é processado, as cadeias de proteína correspondentes vão sendo formadas. Esse processo continua até que o filamento de RNAm tenha sido transformado ou "traduzido" em novas proteínas virais necessárias para criar mais vírus. Fase 6: Montagem Viral A montagem viral é a fase final da replicação do HIV. As novas proteínas virais são divididas por uma enzima viral denominada protease, para que possam ser agrupadas em partículas virais. Essas proteínas desempenham várias funções; algumas se tornam elementos estruturais do novo HIV, ao passo que outras se tornam enzimas, tais como a transcriptase reversa. Uma vez sintetizadas as novas partículas virais dão origem a um novo vírus a partir da célula hospedeira. Após a maturação das partículas virais, este novo HIV totalmente maduro está pronto para infectar outras células hospedeiras e repetir o processo de replicação. Proteínas: cadeia polipeptídicas, com cadeia primária de sequência de aminoácidos. Extremidade inicial da proteína: extremidade amino; Extremidade final da proteína: extremidade carboxila. Os genes que codificam proteínas irão indicar a posição de cada aminoácido da cadeia polipeptídica. A partir da estrutura primária, os aminoácidos podem sofrer dobramentos espontâneos, da seguinte maneira: 1. Forma secundária: formato de hélice ou folha; 2. Forma terciária: várias possibilidades (forma final de uma cadeia de aminoácidos); 3. Forma quaternária: mais de uma cadeia polipeptídica interagindo (ex: hemoglobina) A quantidade de estruturas proteicas não se relaciona com a quantidade de aglomerações de cadeias polipeptídicas, pois há cadeias únicas muito mais complexas do que a hemoglobina, como o exemplo, a proteína de Condutância Transmembrana da Fibrose Cística (deleção na posição do aminoácido na posição 508 na estrutura primária, δ-f-508) Forma final da proteína: _______________________ Garante a funcionalidade da proteína, e um dobramento pode acarretar em sérios problemas. Algumas dessas complicações ocorre devido ao acumulo de mutações ao OUTRAS POSSIBILIDADES DO FLUXO DE INFORMAÇÃO Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 longo da vida do indivíduo, gerando distúrbios e doenças. Pode haver através de dobramentos de proteínas, resultando em moléculas funcionais como é caso das proteínas infecciosas príons Príons são estruturas proteicas associadas a doenças neurodegenerativa; Foi comum em bovinos adultos que apresentavam processos infecciosos graves no cérebro- “mal da vaca louca”; Mesmo quando ingeridos, os príons sobrevivem a altas temperaturas de cozimento e ao processo digestivo; Os príons atravessam a barreira encefálica, modificando as proteínas celulares as quais entram em contato e as transformam em mais príons (pelo dobramento modificado de proteínas); Essa lize celular causada, leva a formação de poros com pontos de infecção semelhantes a esponjas; Esse problema se deu devido a alimentação dos bovinos estarem contaminadas com proteína ovina contaminada por esses príons; Algumas proteínas só são capazes de conformar sua estrutura terciária com a intervenção de outras que ficam responsáveis por dobrarem. Essas proteínas que conformam a verdadeira estrutura funcional através de dobramentos não espontâneos são denominadas CHAPERONAS (proteínas dobradoras de outras proteínas). Essas chaperonas: Estabelecem ligações temporárias com a cadeia polipeptídica nascente; Esconde regiões que poderiam interagir de modo a prevenir algum dobramento ou agregação que comprometeriam a forma funcional final; Apenasproteínas mais complexas interagem com chaperonas, pois não possuem dobramento funcional espontâneo; A síntese com chaperonas ocorrem nos ribossomos dos retículos endoplasmáticos (translocação para o interior do reticulo, onde ocorrem o dobramento final e a montagem das estruturas quaternárias); No reticulo também ocorre a degeneração das proteínas malformadas- sistema de verificação; No interior do reticulo, as chances de ocorrer o dobramento por chaperonas e o encontro de subunidades é muito maior, por se tratar de um espaço mais confinado do que o citosol. Síntese de proteínas com e sem chaperonas. PROTEINAS INFECCIOSAS CHAPERONAS Príons: possivelmente derivados de chaperonas;
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