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PSORÍASE DEFINIÇÃO: · Doença imunoinflamatória crônica cutâneo articular recorrente caracterizada por placas eritematodescamativas em áreas extensoras e couro cabeludo. · Pode variar a forma de apresentação: desde a em placas até a formas eruptivas severas · Alguns casos podem evoluir para artrite psoriásica EPIDEMIOLOGIA · 2% da população · Pode acometer qualquer idade (geralmente >30 anos) e sem predileção pelo sexo e raça · Tem importante repercussão social FISIOPATOLOGIA · TRIPÉ: Base genética, Influência ambiental e Fatores imunológicos · Predisposição genética: HLA-DR7, B13, B16, B17 (psoríase cutânea) e HLA-A26, B27, B38, B39, DR4, DR7 (artrite periférica e/ou axial) · Fatores predisponentes: · · Infecções (estreptococcia, HIV) · Traumas (Fenômeno de Koebner) · Hipocalcemia · Álcool · Tabagismo · Estresse emocional · Medicamentos (lítio, beta bloq, antimaláricos, corticoides, AINEs) APRESENTAÇÃO E FORMAS CLÍNICAS · Psoríase Vulgar, numular ou em placas · Trata-se da apresentação mais comum 90% dos casos · Lesões em placas ou pápulas com eritema e descamação · Com bordas nítidas cujas escamas branco-prateadas são muito bem aderidas e uma zona clara perilesional (halo de Woronoff) · Pode acometer qualquer região do corpo, mas tem predileção por faces extensoras dos membros, dorso sacral, couro cabeludo e região palmoplantar. · Curetagem de Brocq: sinal da vela e sinal do orvalho sangrante (de Auspitz) · O prurido é variável, mas na grande maioria é leve · Evolução do quadro é crônica e recidivante · Fenômeno de Koebner: Aparecimento de novas lesões sobre áreas de trauma · Psoríase invertida · Aproximadamente 5% dos casos · As placas são exclusivas de áreas de dobras, como axilas, inframamárias e inguinais. · Pela oclusão, assumem aspecto de maceração · Simulam os quadros de intertrigo (assadura) · É mais comum em pacientes HIV positivo e melanodérmicos · Psoríase Gutata · Erupçao súbita · Comum em jovens e adolescentes · Pápulas e pequenas placas eritematodescamativas por todo o corpo (1- 1,5 cm) · Desencadeamento tem grande relação com as infecções por Strptococcus · Quadro pode melhorar com ATB sistêmicos com cobertura para Gram positivos (cefalexina, eritromicina e tetraciclina) · Pode evoluir para a forma clássica da psoríase em placas · Psoríase Pustulosa ou de von Zumbusch: · São casos mais graves, que evoluem com complicações (Insuficiência cardíaca de alto débito, distúrbio eletrolítico etc) · Forma eruptiva, com surgimento de pústulas (estéreis) local ou disseminadas e com manifestações inflamatórias sistêmicas (febre, adinamia e inapetência) · GENERALIZADA: · Geralmente pcte com psoríase vulgar com corticoide sisêmico em suspensão · Evolui com febre, erupções generalizadas e manifestações sistêmicas · EM PLACAS: lesões anulares em tronco e raiz de membros s/ manifestação sistêmica · PALMO-PLANTAR: · Acometimento simétrico de palmas e plantas em surtos, s/ manifestações sistêmicas. · ACRODERMATITE CONTÍNUA DE HALLOPEAU: · Não há tendência a remissão espontânea · Preferência pelos dedos das mãos e pode levar anoníquia · ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ: Impetigo herpetiforme · Psoríase ungueal · Manifestações ungueais podem preceder as cutâneoarticulares em anos · São frequentes, cerca de 50-80% dos casos, surgindo lesões quase patognomônicas, como: · · “Manchas de óleo” · Onicólise · Pitting ungueal · Anoníquia · Psoríase Eritrodérmica: · Qualque forma pode evoluir para uma forma mais grave (eritema universal) associado a descamação fina e comprometimento sistêmico (febre, taquicardia, linfadenopatia) · Eritema é exuberante e generalizado · Tais pacientes evoluem com perdas proteicas, distúrbios hidroeletroliticos ou infecções · Hospitalização para compensação do quadro · Muitas vezes desencadeado por tratamentos errôneos e intempestivos, principalmente com corticoides sistêmicos, após a parada súbita seguida de efeito rebote · Complicações: desidratação, hipotermia, bacteremia, septicemia · Psoríase Artropática · Artrite crônica inflamatória soronegativa (FR-) · Pode acometer até 40% dos psoriásicos (mais comum na forma ungueal) · Lesões de pele precedem em 70% dos casos, concomitantes em 20% e surgem depois em 10% · A uveíte pode acompanhar o caso · 5 padrões de acometimento: · Oligoartrite assimétrica: Mais habitual, com poucas articulações acometidas · Interfalangiana distal: Dedos em salsicha (dactilite), é a forma mais típica, porém menos frequente · Artrite mutilante: Forma mais grave, com sequelas articulares · Poliartrite simétrica: Simula artrite reumatoide, porém com fator reumatoide negativo · Espondiloartrite: acometimento da coluna vertebral semelhante ao da espondilite anquilosante DIAGNÓSTICO · Exames laboratoriais: Sem alteração, exceto em casos com sintomas sistêmicos · ASLO: Positivo na gutata · Eletrólitos: Na eritrodérmica e na pustulosa é comum ter distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalcemia) · Em apresentações típicas o diagnóstico é CLÍNICO · Biópsia + Anatomopatológico indicado em quadros atípicos · Achados na histopatologia: · · Vasodilatação; · Paraceratose; · Acantose; · Espongiose; · Microabscessos de Munro; · Pústulas espongiformes de Kogoj; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PSORÍASE EM PLACAS PSORÍASE GUTATA PSORÍASE PUSTULOSA Dermatite seborreica Pitiríase rubro pilar Pustulose subcórnea Dermatite atópica Linfoma cutâneo de células T Pênfigo foliáceo Líquen plano Pitiríase rósea de Gilbert Pustulose exantemática por farmacodermia Lúpus Sífilis secundária Herpes disseminado farmacodermias farmacodermias disidrose Tinhas e micose fungoide Parapsoríase CRITÉRIOS DE GRAVIDADE DA PSORÍASE CUTÂNEA · Levam em conta a extensão, o tipo e o comprometimento na qualidade de vida do indivíduo · LEVE: <10% da superficie corpórea afetada e não altera a qualidade de vida do doente · MODERADA-GRAVE: · >10% da superficie corpórea afetada e/ou comprometimento importante da qualidade de vida do doente; · Acometimento de face, mãos, pés e genitais; · Psoríase eritrodérmica e pustulosa; · Comprometimento sistêmico TRATAMENTO · Medidas gerais: · Hidratação da pele contínua, mesmo nas remissões · Explicar que NÃO há cura e que os quadros costumam ser recorrentes · Evitar corticoterapia tópica prolongada- NÃO UTILIZAR CORTICOIDE SISTÊMICO · Quadros leves sem comprometimento da qualidade de vida podem ser tratados apenas com medicação tópica · Associação de drogas antiproliferativas (coaltar e o calcipotrieno) + corticoides de media a alta potência (betametasona e clobetasol) · Formas mais graves e extensas: Medicações sistêmicas · Imunossupresores (metotrexato e cicloposrina) - principalmente se tiver artrite psoriasica · Metotrexate 7,5-30 mg/sem · Ciclosporina 2,5-5,0mg/kg/dia · Retinóides (acitretina) – contraindicado em mulheres em idade fértil · Imunobiológicos: anti-TNF alfa (adalimumabe – Humira; etanercepte; infliximab) · Nos cremes hidratantes: Ureia (5 a 20%) e acido salicílico (3-6%) · Fototerapia · Psicoterapia
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