@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); RESUMO TOXICOLOGIA Toxicologia \u2192Estuda os agentes tóxicos que causam lesão e como eles causamAgente tóxico \u2192Químico ou físico capaz de causar lesãoToxicidade \u2192Potencial do agente tóxico de provocar efeito nocivoIntoxicação \u2192 manifestação clínica do efeito tóxicoAntídoto \u2192Agente com ação contra a atividades ou efeitos do toxicanteFases da Intoxicação: 1. Exposição. 2. Toxicocinética. 3. Toxicodinâmica. 4. Clínica MICOTOXINAS Metabólitos tóxicos produzidos por fungosContaminação: Indireta = alimentos são contaminados antes da produção/colheita por um fungo Direta = alimento se torna contaminado posteriormente durante produção, processamento, armazenamento e transporteToxicidade: Aguda \u2192Danos ao rim ou fígado Crônica \u2192Neoplasias do fígado Mutagênica \u2192Danos ao DNA Teratogênica \u2192Mal formações, danos no desenvolvimento e danos nervosos· Aflatoxinas:Fungos do gênero Aspergillus spp.Princípio ativo: B1, B2, G1, G2, M1 e aflatoxicol \u2192Efeito mutagênico, carcinogênico, teratogênico e imunossupressor.Atinge todas as espécies \u2192FÍGADOMecanismo: Inibe a síntese proteica = interferem na formação enzimática \u2192\u2193Produção de anticorpos e síntese incompleta de fatores de coagulação = Hemorragias e diminuição da produçãoSinais clínicos: \u2193Ganho de peso, \u2193taxa de crescimento, \u2193produtividade (AGUDOS)Neoplasia, teratogênese e imunodeficiência (CRÔNICOS)· Zearalenona:Mais comum fungo Fusarium RoseumPrincípio ativo: Zea ou F2Efeitos similares à anabolizantes \u2192Estrogênicos = alterações reprodutivasAcomete suínos \u2192REPRODUTORSinais clínicos: vulvovaginite, nascimento de leitões fracos ou natimortos.· Fumosina:Fungos do gênero FusariumPrincípio ativo: B1Acomete equinos, suínos e aves \u2192SNCMecanismo: interfere no metabolismo de esfingolipídios \u2192Necrose liquefativa = leucoencefalomalácia de equinosSinais clínicos: leucoencefalomalácia de quinos, edema pulmonar de suínos e \u2193desempenho das aves· Tricotecenos:Geralmente fungos do gênero Trichoderma e FusariumPrincípio ativo: T2, DAS e DONAcomete monogástricos \u2192TGIMecanismo: inibidores da síntese proteica Sinais clínicos: Redução ou recusa de alimento, desordens digestivas com ulceração, vômitos e hemorragias viscerais· Ergot:Geralmente fungo Claviceps purpureaPrincípio ativo: Ergotamina e ErgonovinaErgotismo = inibidor dos músculos lisos \u2192Vasoconstrição dos vasos periféricos \u2192\u2193circulação sanguínea = hipóxia \u2192Necrose \u2192GangrenaSinais clínicos: gangrena seca, claudicação, necrose nos pés, orelha e cauda RODENTICIDAS DE USO LEGAL Cumarínicos: Bromadifacoum, Difenacoum e Bromadiolona Derivados de Indanediona: Pindona e Clorfacinona (1ª geração), Difacinona (2ª geração)Mecanismo de ação: Bloqueio da enzima Vitamina K epóxido redutase \u2192Não ocorre transformação em vitamina K1 \u2192Não ocorre ativação dos fatores de coagulação = Alteração da coagulação sanguíneaSinais clínicos \u2192Hematoma subcutâneo, epixtase, hemorragias, hematêmese, anemia, mucosas pálidas, fraqueza. *Diagnóstico diferencial: coagulação intravascular disseminada (CID), trombocitopenia autoimune...Antídoto: Fitonadiona intravenosa (Vitamina K1) RODENTICIDAS ILEGAIS · EstricninaConvulsionanteMecanismo de ação: Antagonista competitivo reversível do neurotransmissor glicina \u2192Estricnina se liga a glicina e não ocorre a abertura dos canais de cloro \u2192Não ocorre hiperpolarização = Músculos contraem e não descontraem.Sinais clínicos: Hipersensibilidade, mioclonias, tremores e hipertermia \u2192Convulsões tetânicas, rigidez muscular e espasticidade dos membros = Morte por paralisia dos músculos respiratórios· Fluoracetato de sódio \u21921080ConvulsionanteMecanismo: Inibe a acomitase e Ciclo de Krebs \u2192Desvio para o metabolismo anaeróbico = AcidoseOcorre acúmulo de citrato = Efeitos cardiotóxico e neurotóxico e \u2193qntd de cálcio circulante = hipocalcemiaSinais clínicos: náuseas, emese, dor abdominal, convulsões, espasmos musculares, taquicardias e arritmias \u2192Morte por parada cardíaca Hipotensão, falência renal, coma e morte \u2192Rápido rigor mortis INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS · Arsênio:Mecanismo: Compete com o fosfato, inibe a respiração celular e inibe a replicação e reparo de DNA = Degeneração hidrópica tecidualSinais clínicos: dor abdominal, diarreia aquosa. Arsênio é tóxico para o rim = proteinúria e oligúria. Em bovinos atonia ruminal e gostrointestinal. Lesões macroscópicas \u2192congestão mucosa e edema da subsmucosa no TGI Subagudos \u2192rins pálidos, edemaciados, fígado pálido...Antídoto: Dimercaprol \u2192Só funciona se administrado no início dos sinais clínicos· Chumbo:Intoxicação por chumbo = SaturnismoBovinos são os mais susceptíveis \u2192Deposição em tecidos moles e ossosMecanismo: Bloqueia a hematopoese = anemia e produção de hemácias frágeis Interfere na síntese do HEME \u2192Acúmulo de precursores da hemoglobina no sangue Inibe ação do cálcio e interfere na fosforilação oxidativaSinais clínicos: cegueira, pressão da cabeça, andar em círculos, incoordenação, tremor muscular, opistótono, salivação, cólica, diarreia, taquicardia e taquipneia. *Diagnóstico diferencial: raiva, listeriose, polioencefalomalácia, deficiência de cobre, meningoencefalite, intoxicação por arsênio.· Cobre:Comumente em ovinosMecanismo: Acúmulo de cobre em hepatócitos \u2192Lesão progressiva que leva a degeneração e necroseCrise hemolítica aguda \u2192Oxidação de hemácias \u2192Formação de meta-hemoglobina \u2192Oxidação da membrana = LiseToxicose aguda \u2192Não é comum = gastroenterite grave, congestão e necrose hepática, renal e esplênica.Toxicose crônica \u2192Desenvolvimento lento mas sinais de aparecimento súbito = hemólise, anemia, icterícia, hemoglobinúriaSinais clínicos: icterícia e hemoglobinúria, enzimas hepáticas elevadasLesões macroscópicas: pele, mucosa e esclera amareladas, icterícia hepática, baço volumoso pulposo e rins escurosLesões microscópicas: necrose hepática, fibrose portal, necrose tubular renal*Diagnóstico diferencial: leptospirose, hemoglobinúria, bacilo, babesiose e anaplasmose· Mercúrio:Acumulam-se no córtex renal e encéfaloSinais clínicos: neurológicos, dermatológicos, alterações fetais e gastrointestinais Bioacumulação: processo no qual os organismos podem adquirir contaminantes mais rapidamente do que seus corpos podem eliminá-los. Biomagnificação: aumento na concentração de um contaminante a cada nível da cadeia alimentar PLANTAS TÓXICAS NECROSE HEPÁTICA:· Cestrum laevigatum (dama da noite): Não palatável \u2192Ingerem o broto apenas em condições de fome.Princípio ativo: Saponinas· Cestrum parque: princípio ativo \u2192Parquina e carboxiparquina.· Xanthium sp. (figo-bravo): Não palatável Bovinos, equinos, ovinos e suínos.Princípio ativo: Carboxiatractilosideo - Órgão afetado: fígado- Sinais clínicos: apatia, atonia ruminal, anorexia, dor abdominal. Tremor muscular, agressividade, decúbito, movimento de pedalagem.FIBROSE HEPÁTICA:· Senecio spp. (maria-mole): Pouco palatável \u2192Ingerem o broto apenas em condição de fomePrincípio ativo: Alcaloide pirrolizidínicosBovinos e ovinos são mais resistentes- Órgão afetado: fígado- Sinais clínicos: encefalopatia hepática com apatia, incoordenação, pressão da cabeça contra objetos, fotossensibilização. Tenesmo, prolapso do reto. - Lesões macro: Fígado aumentado de tamanho, vesícula biliar distendida e esbranquiçada, fibrose e necrose.*Diagnóstico diferencial: intoxicação por Cestrum sp., Xanthium sp. e aflatoxicose. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO HEPATÓGENA:· Lantana sp. (chumbinho): Pouco palatável Bovinos e ovinos Princípio ativo: Triterpeno· Brachiaria sp.: Pouco palatávelOvinos mais sensíveis que bovinosPrincípio ativo: Saponinas litogênicas· Enterolobium sp. (timbó): PalatávelPrincipalmente bovinos e depois ovinosPrincípio ativo: Saponinas litogênicasLeva ao aborto- Órgão afetado: fígado- Fotossensibilização secundária: Lesão no fígado \u2192Incapacidade de excretar filoeritrina \u2192Filoeritrina acumula-se na circulação periférica \u2192Absorção de certos comprimentos de ondas de luz \u2192Tornam-se ativados \u2192Transmitindo a energia extra para as células \u2192Lesão celular- Sinais clínicos: anorexia, depressão, atonia ruminal, fezes ressecadas, sialorreia.- Lesões macroscópicas: fibrose portal, fígado aumentado, degeneração, necrose dos hepatócitos.SISTEMA DIGESTIVO:· Baccharis coridifolia (mio-mio): bovinos e ovinos\u2192 Animais recém introduzidos no pastoPrincípio ativo: Tricotecenos macrocíclicos Sinais clínicos: logo após a ingestão da planta \u2192Anorexia, tremores musculares, timpanismo, atonia ruminal- Lesões macroscópicas: congestão e hiperemia do rumem + hemorragia e edema.- Lesões microscópicas: desprendimento do epitélio do rúmen, degeneração e necrose do rúmen *Diagnóstico diferencial: intoxicação por organofosforados e carbamatosMUTAGÊNICAS E ANTI-HEMATOPOÉTICA:· Pteridium aquilinum (samambaia): Relativamente palatável \u2192Comem em escassez de forragem, principalmente bovinosPrincípio ativo: Taquilosídeo e Tiaminase tipo 1Síndromes: intoxicação agua, hematúria crônica (alterações na bexiga) e tumores de células escamosas do trato digestivo superior- Lesão macroscópica: petequias e sufusões- Lesão microscópica: necrose e desaparecimento do tecido hematopoiéticoNEFROTOXICAS:· Amaranthus spp. (caruru): Palatável \u2192Intoxicação no outonoPrincípio ativo: desconhecido- Principal órgão afetado é o rim- Lesão macroscópica: hemorragias e petequias, líquidos na cavidade, lesões ulcerativas- Lesão microscópica: degeneração nefrose tubular tóxica· Thiloa glaucocarpa: ocorre na CaatingaCARDIOTÓXICAS:· Palicourea marcgravii (cafezinho): Palatável \u2192Causa 80% das mortes na região nortePrincípio ativo: Monofluoracetato de sódio- Sinais clínicos: apatia, anorexia, tremores musculares, nistágmo = SuperagudaFIBROSE CARDÍACA:· Ateleia glasioviana (timbó): cardiotóxica e abortiva \u2192Forma abortiva (lesão cardíaca), forma nervosa (espongiose do SN) e forma cardíaca (insuficiência cardíaca congestiva) = SuperagudaPrincípio ativo: desconhecidoAfeta bovinos e ovinosNECROSE MUSCULAR SEGMENTAR:· Senna occidentalis (fedegoso): Ocorre geralmente em bovinos \u2192Miopatia e cardiomiopatia Princípio ativo: desconhecido- Lesão macroscópica: áreas pálidas no músculo esquelético, fígado com aspecto de nós moscada além de urina escura- Lesão microscópica: necrose segmentar dos músculos esqueléticos, congestão e necrose no fígadoPELE E ANEXOS:· Ramaria flavo-brunnescens: FUNGO, desenvolve-se em plantações de eucaliptos \u2192Mal do eucaliptoPalatávelBovinos, ovinos e equinosPrincípio ativo: desconhecido mas parecido com alcaloides do Ergot- Sinais clínicos: lesões na boca (anorexia, emagrecimento e salivação). Sinais neurológicos em bovinos- Lesão macroscópica: Lesões na boca, patas e a perda de pelo no raboCIANOGÊNICAS:· Manihot esculenta (mandioca brava): utilizada na alimentação animal após a volatização do ácido cianídricoPrincípio ativo: ácido cianídricoQualquer animal mas ruminantes mais sensíveis devido ao pH do rúmen. - Mecanismo: glicosídeo cianogênico quando quebrado \u2192transforma-se em ácido cianídrico. Monogástrico pH causa inativação da enzima hidrolítica = menos sensível Ruminantes pH não inativa = mais sensívelÁcido cianídrico bloqueia a cadeia respiratória da mitocôndria e impede o liberamento de oxigênio = Não há a chegada de oxigênio - Sinais clínicos: parada respiratória e morte agudaCALCINOGÊNICAS:· Solanum malacoxylon: causa calcinose em bovinos· Nierembergia veitchii: causa calcinose enzoótica em ovinos- Princípio tóxico: glicosídeo hidrossolúvel do 1,25-di-hidróxicolecalciferol \u2192Maior absorção de cálcio e deposição nos ossos e tecidos moles- Lesão macroscópica: endurecimento, engrossamento e perda da elasticidade das artérias, placas mineralizadas- Lesão microscópica: calcificação dos tendões e ligamentos. Hiperplasia das células parafoliculares da tireoide e atrofia das paratireoides.SISTEMA NERVOSO CENTRAL:· Solanum fastigiatum (jurubeba): afeta principalmente bovinos \u2192Sinais cerebelares = Cerebelo- Sinais clínicos: Perda de equilíbrio, extensão do pescoço e membros anteriores, tremor, hipermetria, nistágmo. ANIMAIS PEÇONHENTOS · Acidente crotálico:- Crotalus spp. (cascavel):Princípio ativo: Crotoxina A/B (bloqueio transmissão neuromuscular), crotamina (ativa canal de Na na fibra muscular), Convulxina (efeito convulsionante e agregação plaquetaria)Ação neurotóxica e hemolítica \u2192Ptose palpebral e mandibular, apatia e hemoglobinúriaSinais clínicos: efeito neurotóxico (paralisia), efeito miotóxico (musculatura) e efeito nefrotóxico (lesão renal)· Acidente botrópico:- Bothrops spp. (jararaca):Princípio ativo: hialuronidases, metaloproteases, proteinases (ação proteolítica), botrojararacina, botrombina (ação coagulante), botropasina e hemotoxinas (ação inflamatória) e fosfolipases A2 e Esterases (mediadores de inflamação)Ação proteolítica, hemorrágica e necrosante \u2192Edema local, hemorragias e necrose localSinais clínicos: prostação e apatia, formação local de bolhas e vesículas, sensibilidade dolorosa, exsudação de líquido sanguinolento. Mordedura na face = edema de glote- Tratamento: soro anticrotálico, soro antibotrópico-crotálico e soro polivalente· Acidentes com sapos:- Bufo:Princípio ativo: adrenalina, epinefrina (vasoconstrição e aumento da força de contração), norepinefrina (SNC), dopamina, serotonina, bufogeninas, bufotoxinas e bufotenina (efeitos alucinógenos).Sinais clínicos leves: irritação da mucosa oral e sialorreiaSinais grave: sinais clínicos anteriores + diarreia, dor abdominal, midríase não-responsiva, convulsões, edema pulmonar e cianose. · Acidentes com aranhas:- Loxosceles spp. (aranha marrom): Não possuem comportamento agressivo.Veneno possui propriedades vasoconstritivas, trombóticas, hemolíticas e dermonecróticas.Princípio ativo: hialuronidases e esfingomielinase D (ruptura celular), fosfatases, lipases e proteasesSinais clínicos: sinais não instantâneos \u2192Edema e avermelhamento no local \u2192Cianose e inflamação \u2192Dermonecrose e úlceras profundas \u2192Insuficiência renal aguda devido à hemólise e hemoglobinúria· Acidentes com escorpiões:- Tityus sp.: Princípio ativo: Tityustoxina (TxTx) = neurotoxinaSinais clínicos: dor imediata, edema e eritema \u2192Sudorese, emese, vocalização, hipermotilidade TGI, desorientação, hiperatividade, arritmia, taquipneia e choque = Efeitos de acetilcolina ou adrenalina e insuficiência cardíaca congestiva + edema pulmonar Tratamento: apenas tratamento assintomático · Acidentes com abelhas:- Apis mellifera: Princípio ativo: melitina (efeito hemolítico, cardiotóxico e citotóxico), fosfolipases A2, fosfatase ácida (atividade alergênica), apamina (ação neurotóxica), degranulação de mastócitoSinais clínicos: Reações de hipersensibilidade (indivíduos alérgicos) e de toxicose (local ou sistêmica)Reação local inicialmente com dor, prurido, eritema edema, angioderma e urticária.Reação alérgica \u2192Choque anafilático, pode ocorrer edema de glote e laringe. Toxicose sistêmica (grande nº de picadas) \u2192Depressão, febre, agitação, vocalização, náuseas, emese, taquicardia, taquipneia, edema pulmonar, convulsões e morte
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