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Miltenberger cap 2 e 3

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Prü{'
Curr**rr
Observação e registro
) Como você define um comporlomentoolvo em um pÍogromo de modlficoçôo de comportomenlo?
) Quois mélodos diÍerentes vo'cê pode ulilizor poro registror um comportomentoolvo?
! Como o regisko contínuo difere do registro de intenvolos e do re§istro por omostros de lempo?
F O que é o reotividode do registro de comportomento e como você pode minimizólo?
! O que é concordôncio intercbservodor e por que e importonte?
m aspecto fundamental da modificação do compoltamento é medir o comportamento que é alvo da mudança. Amr
ção do comportamento-alvo (ou comportameúos-alvo) na modificação do comportamento é chamada avaliação co
portamental. Á avaliação comportanxental é importante por diversas razões"
Medir o comportamento antes do tatamento fomece informações que podem ajudá-lo a determinar se o tatame
é necessário.
E A avaliação compoúameutal pode propiciar informações que ajudam a escolher o melhor katamento.
E Medir o comportamento-ahro antes e depois do tratamento permite determinar se o comportamento se modificou ag
o tratamento ter sido implementado.
Considere o exernplo a seguir.
Um supervisor de uma fábrica acreditava que a empresa tinha um problema com os funcionários que chegavam atra
dos ao trabalho. Antes de tomar qualquer ação corretirra, ele registrou o horário de chegada dos funcionários por r,ários d
(Figura 2-l). A avaliação urostrqu que hourre poucos casos de atraso. Desse modo, a avaliação comportamental demonsk
que não havia um problema e qüe a intervenção não era necessiíria.
Se a medição dos horários de chegada dos funcionários mostrasse que havia um problen:a, o supervisor desenvolveria u
plano de modifrcação do comportamento para solucioná-lo. Ele continuaria a registrar os horários de chegada à medida qur
intervenção fosse implementada. E essa raedição feita arrtes, durante e depois da intervenção demonstraria se os funcionári
passaram a chegar atrasados con menos frequência depois que a intervenção foi implernentada.
= Avaliação direta e indíreta
Existern dois tipos de avaliação compoftarnental: direta e indireta (Irvata, Vollmer eZarcone, 1990; Martin e Pear', 199
O'Neill et al., 1997). A avaliação indireta envoh,e o uso de entrevistas, questionários e escalas de avaliação para obter int'o
mações sobre o comportarnento-ah,o da pessoa que exibe o conlportan'rento, ou de outras pessoas (por exemplo,;iais, pr<
fessores ou funcionários). A arraliação indireta rrão é t'eita quando o comportamento-alvo ocorre, inâs depende da lernbranq
do indirríduo quanto ao compoÍamento-ahro. Corn :rvaliação direta, uma pessoa observa e registra o coruPortamento-alv
à medida que ocorre. Para observal'o comportamento-rrlvo, o obselador (ou urna câmera de vídeo, em alguns casos) der.
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Observoçõo e regislro do comporlomenlo I5
.^- *rriro Dróximo da pessoa que exibe o comportamento para que ele possa ser visto (ou ouvido). Além disso, o obser-u*)i)"*"ir, *" deÍinição precisa do comportamento-alvo pam que sua ocorrência possa ser distinguida de oconências
Y':;;" comportaÍnentos. Para registrar o comportamento-alvo, o observador deve registrar sua oconência quando for
:::;;, vários métodos de registro são descritos mais adiante neste capítulo. Quarido o psicólogo de uma escola observa
i.lll'";^"0^socialmente isolada no parquiúo e registra cada interação social com outa criança, esú sendo utilizada uma
illlr""aoáireta Quando o psicólogo entevista a professora do aluno e pergunta quantas vezes a criança geralmente interage
l^-'áir"^ crianças no parquiúo, está sendo utilizada uma avaliação indireta.
Á avaliação direta é a preferida. A avaliação direta geralmente é mais precisa do que a avaliação indireta. Isso porque,
^o z:taliação 
direta o observador é teinado especificamente para observar o comportamento-alvo e regisEar sua ocorrência
i'l.aja,o,tnente. Na avaliação indireta" as infonnações sobre o comportamento-alvo dependem da memória das pessoas. Além
àirro, * pessoas que fornecem informações podem não ter sido treinada-s para observar o comportamento-alvo e talvez
.ao trnl.,"r, percebido todas as ocorrências desse comportamento. Como resultado, a avaliação indireta pode ter como base
Informações incompletas sobre o comportamento-alvo. Portanto, a maioria das pesquisas e aplicações na modificação do
compoftamento depende da avaliação direta. O restante deste capítulo discute métodos de avaliação direta para observar e
resistrar o comportamento-alvo em um progrâma de modificação de comportamento, especiÍicamente as etapas necessárias
paia d"s"nuolver um plano de registro de comportamento. Estas etapas incluem o seguinte:
l. Definição do comportamento-alvo;
2. Determinaçáo da logística de registo;
3. Escolha do método de registro;
4. Escolha do instumento de registo.
= Definição do comportamento-alvo
Aprirneira etapa no deseuvolrriraento de um plano de registo de comportamento é definir o comportamento-ahro que se quer
registrar. Para clefinil o cornportarnento-alvo de uma pessoa em particuiar, é preciso identificar exatarnente o que a pessoa
díz ou faz que c,onstitui o excesso ou déficit comportamental que é alvo da mudança. Uma defiuição colnportâmental inclui
verbos de ação que descrevem comportamentos específicos que uma pessoa exibe. Uma definição compoÍamental é objetiva,
e não ambígua. Como um exemplo de definição de compoúamento-alvo, o comporlamento antidesportivo de urn determinado
jogador de beisebol pode ser definido como gritar obscenidades,jogar o bastão ou capacete no chão e chuüar a terra enquanto
camiúa de rrolta para o banco depois de corneter um erro.
Obsen e que o exemplo não se refere a neúum estado interno, como estar irritado, chateado ou kiste, pois esses estados
internos não podem ser obsen ados e registrados por outa pessoa. A definição comportamental não faz inferências sobre as
inteuções de uma pessoa. As intenções não podem ser observadas e as inferências sobre intenções geralmente são inconetas.
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) F l'içUA.A, 2- i C) 5rrpg11,i551 coleto dodos sol:re o número de funcionórios que chegom okosodo.
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I6 Modificoçõo do comportomenlo: teorio e prólico
Por fim, o rótulo ("um mau desportista") não é utilizado para defurir o comportamento, porque os rótulos não identií
as ações da pessoa.
Rónlos não são comportamenlo. Rótulos em comportamentos são ambíguos; podem signific4r coisas difereutes
pessoas diferentes. Por exemplo, para urna pessoa, um comportamento antidesportivo pode significar brigar com um me
de outra equipe, enquanto outra pessoa pode considerar que significa xingar, jogar o bastão no chão e chrüar a tena- Cor
tamentos especíÍicos podem ser observados e registrados; rónrlos para o comportâmento não podqrn- Âlém do que, rd
podeur ser utilizados inconetamente como explicações de um comportamento. Por exemplo, se.uma pe.ssoa é obser
repetindo sílabas ou palawas enquanto fala, podemos rotulá-la como tendo gagueira. Emseguid4 di2er.que a pessoa r
sílabas ou palawas porque é gaga é um uso inconeto do rótulo como causa do comportamento. A r€petição de palavr
sílabas não é causada pela gagueira; é um comportamento chamado gagueira O principal valordos róulosé que pode
utilizados como urna abreviação conveniente quando se referem a um comportamento-alvo. No.entanto; o comportar
sernpre deve ser dehnido antes de poder ser observado e registado.
Dois observadores concordarão? Uma característica de boa definição comportamental é que, depois de verifi
pessoas diferentes podem observar o rnesmo comportamento e conõordar que este está ocorrendo. Quando duas pq
obsenarn independentemente o mesmo compoÍamento e ambas registram sua ocorrênci4 isso é chamado de concord:
interobservador (CIO) ou confiabilidade interobservador (B alley, 1977; Bailey e Burch, ?002). A CIO, que é comur
relatada em pesquisas de modificação de comportamento, é discutida com mais detalhes mais adiante neste capíhrlo. -
A Tabela2-I enumera as definições cornportamentais de comportamentos-alvo cornuns e os rórulos associados ê
comportamentos. Os comportanentos descritos podem ser observados e especiÍicados em.comum acordo por dois obs
dores independentes. Os rótulos, de outro modo, são nomes gerais comumente utilizados para esses tipos de comportan
RótuIos como esses também podem ser empregados para se referir a comportamentos diferentes dos defuridos aqu
exemplo, em contraste corn a definição dada por Bobby na Tabela 2-l,biurra poderia ser um.róhrlo para o comportar
de gritar; xingar os pais, bater as portas e jogar brinquedos no chão. É preciso desenvolver uma definição cornporlan
específica que se ajuste ao conlportamento-alvo da pessoa que se está observando.
Pesquisadores em modificação do cornportamento definem cuidadosamente os compoúameutos-ah,o das pessoz
quais aplicam algum tratamento. Por exemplo, Iwata e colaboradore§ (Iwata et a1., 1990) utilizaram procediruent
urodifrcação de comportamento para diminuir o comportamento autolesivo em crianças com deficiência intelecrual.
definições para três tipos de compoÉamento autolesivo foram: "morder os braços - cerrar os dentes superiores e inferior
qualquer parte da pele que se estende dos dedos até o cotovelo; bater no próprio rosto - contato audível de uma rnão i
ou fechada contra o próprio rosto ou cabeça; e bater com a cabeça - contato audír,el de qualquer parte da cabeça cont
objeto estacionário (por exemplo, mesa, piso, parede)". Em outro exemplo, Rogers-Warren, Warren e Baer (1977) utili;
procedimentos de ruodificação do comportamento para aumenüar o compartilhamento entre crianças na fase pré-es
EIes definiram a ocorrência do compartilhamento como "quando um indivíduo passava ou entregava algum materia
um segundo indivíduo, quando os indivíduos tocavam materiais entre si, ou quando dois ou rnais indivíduos utiliz
simultanearueute o rnesmo materia[ fuor exemplo, dois indivíduos colorindo no mesnro pedaço de papel)" (p. 3 l1).
TABELÁ. 2-i Deí;niçoes comporlomentois e rólulos poro problemos comuns
Defínição compodamental Rótuto
Ouando Bobby chora e soluça, se deita no chã0, chuta as paredes ou joga brinquedos ou outros objetos n0 chão,
isso é definido como um coírportamento de birra.
Para Rae, estudar envolve ler um livro, sublinhar Írases em um texto, fa1er exercÍcios de matemática ou Íísica no
livro de exercícios, ler as anotações Íeitas em aula e marcar trechos importantes em capÍtulos de unr livro.
Ouando Pat diz não a alguém que pede que ela Íaça algo que não faz parte de seu trabalho; quando eia pede a
colegas de trabalho para não tocar música atà enquanto está trabalhando, e quando pede aos colegas que batam
à poÍ1a antes de entrarem em seu escritório, é deÍinido como assertividade.
Para Joel, a gagueiÍa é deÍinida como repetir uma palavra ou o som de unra palavra, prolongar o som ao dizer
uma palavra ou hesitar mais de dois segundos entÍe as palavras de uma frase 0u entÍe sílabas enr uma palavra.
Sempre que Mark está com o dedo na boca corn os cientes cerrados juntos a uma unha, cutícula ou pele ao redor
da unha, é deÍinido como toer as utrhas.
Fazer lrirra
Estudar
Ser asserti
Gaguejar
Roer as un
Observoçõo e regisho do comportomento t7
Validade social
Ao úilizar procedimentos de modificação de comportamento para ajudar as pessoas nese sentido, é importante escolher com-
portament0s-alvo que sejam socialmente signiticativos; compoÍlamentos que o cliente concorda que são alvos imporlantes de
mudanp. Uma forma de garantir que você está escolhendo comportamentos-alvo importantes (socialmente significativos) é
avaliarasopiniõesdo cliente ou de outros indivíduos importantes (pais, professores etc.).Ouandotais indivíduos concordam que
os comportamentos-alvo são importantes e aceitáveis, estão estabelecendo a validade social dos comportamentos-alvo. Kazdin
(1977a) e WolÍ (1978) discutiram a importância da validade sócial na modiÍicaÇão do comportamento e nos métodos para avaliar
a validade social.
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PARA UMA
Lrlrunn unts
APROFUNDADíI'
= A logística do registro
O observador
Definirnos o comportamento-alvo a ser registrado para um cliente, ou seja, uma pessoa que exibe o comportamento-alvo e
em relação a quem o programa de modificação de compoúamento será implernentado. A etapa seguiute é ideutificar quem
observará e registará o comportamento. Em um programa de modihcação de comportamento, o comportantento-alvo geral-
rr.Lente é observe.do e registrado por uma pessoa diferente daquela que exibe o comportamento-ah,o (isto é, um observador
independente). O observador pode ser um profissional, como analista de comporlamento ou psicólogo, ou uma pessoa rotinei-
ramente associarla ao cliente em seu ambiente natural, como professor, pai, funcionário ou supervisor. O observador deve ter
proxiuridade corn o cliente para observar o comportarlento-ah,o quando ocolre. A çxceção seria quando o cornporLamento-
-alvo é obserlad.o via r,ídeo. O observador deve ser treinado para identificar a ocorrência do comportamento-alvo e registrá-
-1o imediatamente, também deve ter tempo para obsen,ar e registrar o con'rporlamento e precisa estar disposto a atuar corno
obsewador. Por exemplo, o professor pode ser solicitado a obsenrar e registrar o con'!portarltento-alvo de um de seus alunos,
rnas pode não concordar ern fazê-lo porque com as demandas de ensino não lire sobre tempo para atuar conl0 observador. Na
maioria dos casos, é possível desenvolver um plano de regisko corapoúamental de tal forma que urrra pessoa pode observar
e registrar o conLportamento-alvo do cliente sem intenomper muito sua rotiua nonnal.
Em alguns cÍtsos, o observador é a pessoa que exibe o comportamento-ah,o. Quando o cliente obsen,a e registra seu pró-
prio cornpoLlamento-alvo, isto é chamado de automonitoramento, que é valioso quando não for possível ouh'o observador
registrar o comt,oúamento-alvo, como quando ocorre com pouca frequência ou apenas quando não há ninguém presente
(Stickney e Milt,enberyer,1999; Sticheey, Miltenberyer e Wol-fl 1999). O automonitoramento também pode ser combinado
com a observação direta feita por outro observador. Por exemplo, um psicólogo pode obsewar e registrar diretamente o com-
portamento de uma pessoa que está recebendo tratamento devido a um irábito t1eryoso, como puxar o cabelo. AIém disso,
pode ser solicitado que o cliente monitore automaticamente o comportamento-ahro fora das sessões de terapia. Se o auto-
monitoramento Í'or utiiizado em um programa de modificação do compoúamento, o cliente deve ser treinado para registuar
o próprio comportamento da rnesma maneira que um obsen,ador faria.
Quando e onde registrar
O observador retgistra o comportarnento-alvo em um período específico chamado período de observaçã0. E iniportarrte
escolher um periodo de observação no momento em que for pror,ável que o cotlrpoúaurento-alvo ocorrerá. Informações
obtidas com base: na avaliação indireta do cliente ou de outras pessoas (por exemplo, de urra entrevista) podem indicar os
tnelliores horários para agendar o período de observação. Por exemplo, se os memblos da equipe relatarem que um paciente
em utna enfennaria psiquiátrica tem maior probabiiidade de se envolver eru compoLlarrtenÍo perturbador (definido como
gritar, andar de urnt lado para outro e praguejar contra os residentes) no momento das refeições. o perÍodo de observação
seria agendado piua durar:te as refeições. A duração dos períodos de obseivação também é detemriuada pela disponibilidade
do(s) obsen,ador(es) e das restrições irapostas pelas atividades ou preferências do cliente. Obsen,e que o cliente, os pais,
ou o responsár,el pelo cliente derre dar consentimento anÍes de observar e registrar o corrlpofiarrento. Isto e particularmente
lmportante quaniio a obsen,ação ocorre sem o coúecimento do clieute. Nesses casos. o cliente deverá dar pennissão para
que as observaçõt:s ocorranl, cor1l o entendimento de que algumas obsen,ações podenr ocon-er! às vezes, sem o conhecimento
dele (por exerrpl:, Wrighte À4iltenberger, i987).
A obsen,oÇão e o regisÍro do contporta,nenÍo ocorrern ent ambietttes naÍurais ou etn ontbienÍcs anàlogos. Um ambiente
natural consiste dos locais erx que o com.portamenio-alrro normalrlente ocorre. ObservaL e registrar urn cornporÍamento-
-alvo ent sala de aula é exemplo de ambiente uatural para uln a[r-rno. Observa[ ur1.i colrpoúameirto-alrzo na sala de jogos de
unra clínica e um ambiente análogo, porqLle estar na clínica não faz paúe da lotiria diária nor:itaI cla criança. E provár,el
Que a observação em um atitbiente natural lbuteca urua arrrostra rlais represeniaiii,a Llo contportau'reitto-al\/0, qrLe pode ser
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l g ModiÍicoçõo do comportomento: teorio e prótico
influenciado pelo ambiente análogo, e a obsewação nesse cenário pode fornecer uma amostra que não é repr.esentativ
comportamento em circunstâncias normais. No entanto; há beneffcios quando se faz a observação em um ambiente anal
é mais controlado do que em um ambiente natural, e as variáveis que influenciam o compoftâmento são neais fáceis de st
manipuladas.
A observação do comportamento-alvo Pode ser estruturada ou não estruturada. Quando as obsenrações são estr
radas, o observador faz que eventos ou atirridades específicas ocorram durante o período de observação. For exémpk
observar problemas de comportamento infantil, o observador pode pedir que o pai faça solicitações específlrcas à crir
durante o período de obsenração. Nas observações não estmhradas, neúum evento ou atividade especíirea é organiza
nenhuma instrução é dada, durante o período de observação.
Quando o automonitôramento é utilizado, o cliente pode ser capaz de observar e registrar o comportamento-alvo ao tc
do dia e não pode ser restringido aperíodo de obsenração específico. Por exemplo, clientes que monitoram o número de ci
ros que eles mesmos fumam a cada dia podem registrar cada cigarro fumado, independentemente de quando fumareà
entanto, alguns comporlamentos podem ocorer com tal frequência que o cüente não pode gravá-lo continuamente ao lc
do dia; por exemplo, um cliente que gaguejapode gaguejar centenas de vezes durante o dia. Em casos como este, o cli
seria instruído a registrar o comportamento durante os períodos de observação previamentê combinados com o psicólog
Na pesquisa sobre modificação de comportamento, as pessoas que observrm e regisham 65 çgmportannentos-alvo gr
mente são assistentes de pesquisa treinados. Eles estudam a definição compoúamental do comportamento-alvo e de:
praticam o registro sob a supervisão do pesquisador. Quendo podem registar o comportamento de forma confiável duranÍ
sessões práticas (depois de terem uma boa CIO com o pesquisador), eles registram o comportâmento-alvo durante os períô
de obsewação reais como paúe do estudo. Os períodos de observação utilizados na pesqüsa sobre modificação do coml
tamento são geraLnente breves (digamos, de 15 a 30 minutos). Quando as observações ocorrem em ambientes naturais
pesquisadores geralmente escolhem períodos de observação que são represçntativos da ocorrência usual do comportamer
-alvo. Por exemplo, as observações podem ocorrer em uma sala de aula, no local de trabalho, no hospital, ou ern ol
arnbiente no qual o comportamento-alvo geralnente ocorre. Em um estudo utilizando a r"Lrodihcação do comportamento p
meihorar o comportamento das crianças durante consultas ao dentista, Allen e Stokes (1987) registraram o compoúame
disruptivo delas (deÍinido como movimentos da cabeça e do corpo, choro, engasgos e gemidos) enquanto estavam na cad,
do dentista, que, por sua vez,reaLizavaprocedimentos odoutológicos nas crianças. Em outro estudo, Durand e Mindell (19
ensinaram os pais a utilizarem procedimentos de modificação de comportamento para diminuü o compoúanento de bin
noite (deÍinido como gitar e bater nos móveis) do Íilho pequetro. Nesse estudo, os pais registraram os comportamentos-a
por ullla hora antes do momento de a criança dormir, porque era quando os comportaruentos de birra ocorriam.
Quando as observações ocorrem em ambientes análogos, os pesquisadores geralmente simulam eventos que pod
ocolrer em ambientes aaturais. Por exemplo, Iwata et al. (1982) observaram e registraram o compoúamento autolesivo
crianças com deficiência intelectual em salas de terapia em urnh.ospital. Durante os períodos de obsen ação, eles simular
diferentes eventos ou atividades que as crianças provavelmente vivenciariam en:. casa ou na escola. Por exemplo, os pesqui
dores observararr as crianças brincando enquanto os professores davam instruções e, duraute alguns momeutos, não recebi
atenção do professor. Iwaüa e colaboradores descobriram quq para cada criança, o comportamento autolesivo ocorreu cl
frequências diferentes em períodos de observação que sirnularam diferentes eventos ou atividad.es
= Escolha do método de registro
Diferentes aspectos do comportamento-alvo podem ser medidos utilizando-se diferentes métodos de registro, que incluen
registro contínuo, do produto, de intervalo e por aruostra de tenrpo. Cada urn desses métodos é descrito aqui.
Registro ccntínuo
No registro contínuo, o observador analisa o cliente continuamente durante determinado período e registra cada ocorrênc
do comportamento. Para fazer isso, o observador deve ser capaz de identificar o início e o prosseguimento (or,r início e fir
de cada instância do comporlamento. No registro contínuo, o obsenrador pode registrar várias dirnensões do comportament
-ah,o, parliculanaente, sua frequêucia, duração, iutensidade e latência.
Áfrequ.àrcia de um comportamenÍo é o número de vezes que o coJnportantento ocorre em unt período cle observaçã
Você mede a frequência de um cotnportamento simplesmente contando cada vez que ocone. Uma ocorrência é. defiiir
como início e fim de utn comportamento. Por exeniplo, você pode contar o núniero de cigarros que uma pessoa Íuma. Par
essecourpoían'Iento-alvo,oiníciopodeserdefinidocollloomomentoemqueapessoaacerideocigarro,eofilr,équa,do
pessoa o apaga. Você utilizará uma medida de frequência quando o número de vezes que o comportamento ocorre for a info
tnação mais importante sobre o compoúâmento. A frequência pode ser repoÉada con:lo taxa, que e dividida pela frequênc;
do período de observação. A taxa e freqtLenterriente relatada con'lo respostas pol urirluto.
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Observoçôo e registro do comporlomenÍo l9
^r" à" *" comportamento sincronizando-o desde o início até o fim. Por exemplo, você pode registar o número de minutos
T;r*"os quais um estudante eshrda por di4 o número de minutos em que uma pessoa se exercita ou o pplodg em segundos
]"ã. o qua um pacientc, que sofreu acidente vascular cerebral, se levanta sem assistência durante as sessões de reabilitação
I'^-t osp,t l. Você utilizará uma medida de duração quando o aspecto mais importante do comportamento for o tempo de'i*^oeo,que pode ser repo@do como porc€ntagem de tempo, qug é a duração dividida pelo tempo do período de observação
I'üilànu"tg*' RaPP c Long' 1999)'' - Álgr* puquisadores utilizam um método de registr.o em tempo real no qual é registrado o momento.dato de cada
início-efim do comportamento-alvo (Milt9nberggr, R_app e Long, 1999; Miltenberger et al., 1998). Com registo em tempo
,""f, ". iesquisadores 
têmum registo da Êequência e-duragão do,cgmportamento-alvo, bem como o momento exato de cada
;ãã a" rrr" oeorrências. Agnvação em tempo real pode ser realizada após a gravação do comportamento-alvo no período
de observação. O obsenador então reproduz o.vÍdeo e re_gistra o tempo indicado no cronômetro no início e no Íim de cada
ocorrência do comportamento em uma planilha de dados desenvolvida para regist'o ern tempo.real @app et a1., 2001). Como
altermnv4 computadores de mão ou laptops com software que permite o registro do tempo exato dos eventos podem ser
utilizados para registo em tempo real (Kahng e twata, 1998). :
I intensidade de um comportamento é a quantidade de força, energia eesforço envolvi-do nele- Iatetiídade (também
chamada de magnitudc) é mais dificil de medir do que a frequência ou a duração, porque não envolve simplesmente contax o
núúero de vezesque o comportamento ocorre ou registrar o tempo que leva para que ocorra- Frequentemente, a inteusidade
.é registrada cóm um instr:mento de medição ou utilizando-se uma escala de classificação..Por exemplo, você pode utilizar
um áedidor de decibéis.para verificar o volume da fala de alguém. Um fisioterapeuta pode medir a força do aperto de mão' 
de uma pess oapaÍa avaliar sua recuperação depois de uma lesão. Os pais poderiam usar uma escala de classificação de I a 5
para medir a intensidade da birra de uma criança, e teriarn que definir o comporüaràento associado a cada ponto,na escala de
classificação, de modo que suas classificações fossem confiárreis; e suas avaliações seriam confiáveis se arnbos observassem
u4a bina e registrassem,o mesrno número na escala de classifrcação. A irúensidade não é utilizada,tanto quanto a frequência
: ou duração, rras é uma medida útil quando você esá mais interessado ua força ou maguitude-do comportamento @ailey,
1977;Baíley e Burch, 2002).
Álatência do comportamento é o tempo de algwn estímulo ou evento até o início do comporl.amento. Alatência é medida
registrando-se quanto tempo a pessoa demora para iniciar o comportamento depois que detemrinado evento ocorre, Por
eiemplo, r,ocê pode registar quanto tempo uma criança leva para começar a separar seus brinquedos depois de pedirem que
- ela faça isso: Quanto'menor a latência, rnais cedo a criaaça inicia o comportamento após a solicitação. Outro exemplo de
latência é o tempo que uma pessoa leva para atender o telefone depois que começa a tocar.
Como a laÍência difere da duração?
A latência é o tempo deconido de algum estíniulo ou evento até o início do cornportamento, ao passo que a
duração é o ternpo desde o irÍcio do-cornpoftamento até o fim- Ou seja, a latência é quanto tempo leva para iniciar
o compoúamerrto e a duração é quanto tempo dura o comporlamento.
Ao usar o registro contínuo, você pode escolher uma ou rnais dimensões para sereLl medidas. A dimensão eescolhida
depende de qua.l aspecto do comportamento e rirais impoLtante e de qual dirnensão é mais sensível a mudanças no coruporta-
niento após o hatamento. Por exemplo, se quiser registrar a gagueira de ur-na pessoa, a frequênciapode ser a dimensão mais
tmportante, pois você está interessado no núrnero de palavras gaguejadas. É possível, então, comparar o número de palavra's
gaguejadas antt:s, durante e depois do tratamento. Se o tratameüto for bem-sucedido, deveria haver meuos palavras gague-
jadas- No entanto, a duração também pode ser uma dimensão importante da gagueirase houver longos bloqueios de fala ou
prolongamentors. Nesse caso, é de esperar que a duração da gagueira diminuísse após o tralariento.
Se você estivesse gravando uÍtt conTporídrilenÍo de bin'a de wna criança (griÍor, jogar brinquettos, bater parta.s),
qual diuzensã.o do contportar,rerxÍo você ntedirta?
O exemplo do compoúar:rento de bina de uma criança é rnenos claro. Você pode estar interessado no númeroJ- ---__r_- -- --"'f -^-- _"'- -"-"t*uc acessos de bina por dia (frequência), mas lambérn pode estar interessado en-r quanto tempo dura cada birra (duração). Por
Ltm' talvez seu iuteresse seja ern com que volume de voz a criança grita ou com que força ela joga brinquedos ou bate as
P^ortas (intensidade). Esperamos que, após o tratalnento. os acessos de birra dimiuuam em frequência, druação e intensidade;
'§to e, ocorrerãc, conr rrrenos frequência, não durarão tar]to teurpo e não serão tão violentos
tdmento' Se estivel ern dúvida ou se r,árias diurensões rlo compoúaurento parecerenr relevantes. o melhor curso de ação e
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Fase inicial
20 Modificoçõo do comportomenio: teorio e prótico
= FIGURÁ 2'2 A frequêncio de ocessos de birro duronle os foses iniciol e de trotomento. Duronle o fose inicíol, o comporlomenloolvo é. registrodo, mos o lÍolomenlo oindo nõo esió implemenlodo. As binos diminuírom de úmo médio de mois de seii por dio no
poro menos de duos por dio duronte o tÍotomento.
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468i012
Dias
o tratamento. (A fase inicial é o periodo durante o qual o comportamento-aivo é registrado antes qüe o tratamento
implementado.) Parece que o tratamento foi efrcaz. No entanto, a Figura'2-3 mostra a duração das birras autes e durar
tratamento. Antes do tratarnento, cada um dos cinco a oito acessos de bin'a por dia durou cerca de I rninüto cada, resultz
em um total de 5 a 8 minutos de compoftamento de bina por dia. Durante o tratamento, a duração de cada birra foi m
maioç resultando em mais rninutos de comportamento de birra por dia. Portanto, de acordo côm a medida de duraçãc
birras pioraram durante o tratamento. Isso ressalta a irnpoitância de medir mais de uma dimensão de um comportamento-a
porque mais de uma dimensão pode mudal após o tratamento-
Note também que, para dernonstrar a e{rcácia do tratarlento, é preciso utilizar métodos de pesquisa estabelecidos e
deseúo experimental. Simplesrnente medir o comportarnento antes, durante e depois do trataraento demonbtra se o coml
tamento-alvo mudou, mas não prova que o tratamento causou a mudança de comporlamento (vejab Capítuio 3).
Fase inicial Tratamento
6
Dias
= FTGURÁ. 2^3 A duroçõo dos birros duronte os Íoses iniciol e de irotonrento. As birros ounentoíom de umo duroçôo nrédio de I minuro codoou de um totol de 5 o 8 nrinutos por dio no inicie ps,. cerco de ó minutos codo ou um lotol de ó o l8 minutos por dio duront,. o kolomenlo. Porionlo, o duroçôo do coorporlomento de birro por dio nóo diminuiu, emboro o frequêncio dos birros tenho
dinrinuído.
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Observoçôo e regislro do comportomento 2l
?orcentag€lm de oPortu nidades
A Dorcenugem de tentativas ou porcentagem correta é uma maneira final pela qual o registro de eventos pode ser realizado.
N"rr" r"todo, o observador registra a oconência de um comportamento ern relação a outro evento, como urna tentativa de
ap.."rLdizagern ou uma oportunidade de resposta, e relata os resultados como a porcentagem de oportunidades com que o com-
po.a*"nto oc,crreu. Dizer que um aliuno atendeu às solicitações de um professor 1l vezes durante o perÍodo de obsen,ação
àu que conseguiu grafar I3 palavras corretas em urn teste de ortografia é uraa informação inadequada porque não há menção
de opoúrnidacles de resposta. Reiatar os resultados conro o número de vezes que o comportamento ocorreu dividido pelo
, núrnero de opc,rtunidades propicia infomrações mais úteis. Se o professor tiver feito 12 soiicitações e o aluno tiver atendido
. ;s solicitações do professor I I vezes, a porcentagem de conformidade será de 7lll2, ou92%o. No entaato, se os professores
frzerem25 solicitaçOes e o aluno atendeu 11 vezes, a porcentagem será de apenas 440Á;um nível muito menos aceiúvel para
o comPortan'lento'
Registro do Produto
Outro aspecto de um comporlamento que pode ser registrado é o seu produto. O registro de produto, tarnbérn charnado
de registro per:manente de produto (lvÍarholin e Steinrnan, 1977), é um método de avaiiação indireta que pode ser utilizado
qrrndo um cornporlamento gera ur:l resultado tangível no qual se eslá interessado. É ,mu medida indireta porque você não
eslá observando.e registrando o compoÍamel1to à medida que ocore. Por exemplo, um superrrisor poderia contar o número
de unidades m,lntadas em urna fábric;a como medida do produto do desernpenho de um trabalhador, ou então, um professor
poderia registrirr o número de problernas prescritos como lição de casa que foram corretamente concluídos, ou págil'ias solu-
cionadas de unr livro de exercícios corno rnedidado desempenho acadêmico dos alunos §oell et al., 2000). Em suas pes-
quisas sbbre problemas de compodarnento de estudantes e desempenho acadêmicq À4arhoiin e Steinman (1g77) analisaram
as planilhas de rnaternática dos alunos e registraram o número de problemas de matemática concluídos conetaruente con:ro
produtos pemrurentes do deseurperüo acadêmico dos alunos.
Um beneficio do registro do produto é que o observador não precisa estar presente quando o comportamento ocone. O
professor provrlvelmente não estará presente quando os alunos concluírem suas tarefas de casa, n:as ailda poderá medir o
produto do conqrortamento (os problemas de lição de casa concluídos). Uma desvantagem do registro do produto é que Lrerl
sempre é possí.reI determinar quern es;lá envoh,ido no compoÍamento que levou ao produto que você registlou. Por exemplo,
o professor pf,6, pode determinar se os alurros concluíram seu próprio dever de casa, se alguém os ajudou ou se alguém o fez
por e1es.
Registro de intervalos
Outro método <:onsisre enr registrar se o comporlamento ocorreu durante períodos consecutivos e é denominado registro de
iaten,alos. Para utilizar o registro de intervalos, o observador divide o período de observação em vários períodos ou intervalos
me[ores, obser.,,a o cliente durante cacia ir.rtervalo consecutivo e, em seguida, regish'a se o comportamento ocon'eu nesse inter-
valo. No final dc penodo de observação, o obsen,ador informa a porcentagem de iutervalos em que o comportarxênto foi obser-
vado (o número de intervalos ern que o compoúamento ocorreu dividido pelo número de ilten,alos no período de obsen,ação).
Existem dois tipos de regislro de intervalos: registro de intervalos parciais e registro de intervalos totais. Com o registro de
intervalos parciais, o observador pontua o inten,alo se o comportanento ocorreu durante qualquer parte dele. Corn o registro de
inten,alos parcirais, não se está interessado no número de vezes que o comportamento ocorre (frequência) ou em qlranto ten'rpo
dura (duração). Não é preciso identiÍicar o início e o fim do comportamento; em vez disso, basta regishar se o comportamento
ocorreu durante cada iirterrralo. O termo "registro de interyalo" é sinônimo de "registro de intervalo parcial".
Suponha que urn professor esteja registrando se uma criança interrompe a aula durante cada intervalo de 15 minutos uo
período da aula. O professor progrâl11ia unt cronôrnetro para emitir um sinal sonoro a cada 15 miuutos. QuaLtdo o comporta-
mento perturba,lol ocorre, o professor. marca o interrralo correspondente em uma folha. Quando um inten,alo e marcado, o
professor não p:'ecisa'obsenrar a crian<;a ou registrar o comportamento até o próximo intervalo começar. Se o coniporLaurento
não ocorrer em urr intenralo, o inter',,alo será deixado ern branco na folha. Assim, um benefício do registro de iuten,alo
parcial é que requer mellos tempo e esforço: o observador regisha o colnportamento apenas una vez duraute o inten,alo,
independentemt:nfe de quantas \;ezes (r conlpoúaruento ocorrer ou por quanto tempo durar.
Com o registro de intervalo total, a c'lcorência do cornpoúaruento é malcada eln urn inten,alo apenas quando o corxpor-
tamento ocon'e durante todo o inten,al.o. Se o conrportarnento ocorrer em apenas parte do inten,alo, o conlpoíilmento Lrão é
trarcado corl1o rlcorrido uesse intervalo. Por eremplo, se um analista de cornpoúamento estivesse registrando o corl'IporÍa-
mentodurairtearealizacãodetarefaseursaladeaulautilizandooregistrodeintervalostotaiscominterualosdc l0segrLncios.
ele rnarcaria o intervr:]o para a ocorrêrtcia do compolÍarrento de reahzacão de tarefa sornente se o comporÍanrcnto tivesse
oconido d u ran tc: todo o iu tervalo de I 0 seqtrn dos. Geraiilenie. o r egistro de inten,alos totais e riti iiz-ado para co nr pL)rtall ieutos
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22 ModiÍicoçõo do comportomento: teorio e prótico
que devem ter ocorrência de longa duração. O registro em intervalos totâis é empregado com pouca frequência na pes(
e na prática.
Quando os pesquisadores utilizam registro de intervalo, geralmente escolhem intervalos curtos; como de seis ou
segundos @ailey, 1977;Baíley e Burch, 2002). Dessa form4 eles fazem muitos registros do comportamento durante I
ríodo de observação e obtêm uma amostra mais representativa do comportamento-alvo do que'pôderiam obter de inten
mais longos. Por exemplo, Iwata et al. (1990) utilizaram intervalos de 10 segundos para registrar a oconência de con
tamento autolesivo (por exemplo, bater com a cabeça" dar tapas em si mesmo e se aranhar) em crianças com deficiêr
intelechrais. Miltenberger, Fuqua e McKinley (1985) usaram intervalos de 6 segundos para registrar a ocorrência de "tiq
motores (por exemplo, morrimentos bruscos da cabeça ou dos músculos faciais, piscar rapidameute) em adultos. N
estudo, o vídeo dos pesquisadores registrou adultos nas sessões de obsewação e, em seguida" regisüou o número,de inten
contendo "tiques" motores. A cada 6 segundos, os pesquisadores registraram a presença ou ausência do comportament
"tiques" motores.
Em alguns casos, o registro de frequência e o registro de intervalos podem ser combinados para prodrrzir um registr
frequência dentro de um intervalo. Com esse método, o obsenadot'registra afrequêicia do comportamenío-alvo, m
faz denn'o de intervalos consecutívos no período de observação (Bailey, 1977;Baíley e Burch, 2002)- O registro de frequê
dento de um intervalo mostra a &equência do comportamento e os intenralos específicos em que o comportamento ocol
Registro por amostra de tempo
Ao utilizar o registro por amostra de tempo, você divide o período de observação em intervalos, mas observa e reg
o compoúarnento durante apenas em parte de cada intervalo. Os períodos de observação são separados por períodos
observação. Por exemplo, você pode registrar o cornportamento por apena§! I minuto durante cada intervalo de 15 min
ou pode registrar o comportâmento apenas se estiver ocorrendo no final do intervalo. Considere unt obsen ador que e§
utilizando o regisko por amostra de terrpo para registrar a má poshrra de um cliente (definida corno cunf ar-se, dobrar as co
para a frente). O observador programa um cronômetro para emitir um bipe a cada l0 minutos e regish'a uma instância de
postura somente se a postura do cliente for ruim quando o crouômetro emitir um bipe no final do intervalo. Essa variaçã,
registro por anr.ostra de tempo é chamada registro por amostras de tempo mornentâueas ou ATM. Corn o AIÀrÍ, o coml
tamento é registrado somente se ocorrer no exato mornento em que o intervalo temrina. O regisho por amostra de teml
valioso porque a pessoa não precisa observar o comportamento durante todo o iutervalo. Ern vez disso, o observador regi
o comportamento que ocorr-e durante apenas uma parte do intervalo ou em um momento específico no intervalo.
No regisho de iutervalo ou registro por amostra de tempo, o nível do comportamento é relatado como a porcental
de intervalos em que o comportamento oconeu. Para calcular a porcentagern de intervalos, divida o número de intervi
marcados pelo número total de intervalos durante o período de observação. Um intervalo co.m pontr.ração é um intenralo
que o compo(ameuto foi registrado
A seguir, temos uma ilustração da diferença entre o registro por amostra de ternpo e o registro de intervalo. O perí,
de obsenação e de I minuto e cadabarra vertical indica uma resposta. Os dados mostran que 20 respostas ocorreran')
observação de I minuto. No registro poramostra de tempo, existem l0 intervalos de 10 segundos, rnas o comportamenl
registrado apenas se ocorrer no final do intervalo (por exemplo, nos 3 segundos no final de cada intervalo de I0 segund«
Se o comportamento ocorrer nos prirneiros 7 segundos do inten alo de 10 segundos, não será registrado. No registro de in'
valos, o compoftamento é registrado se ocorrer a qualquer momento durante todo o intewalo de l0 segundos. Neste exemtr
o comportamento foi registrado em 40Yo dos inten,alos como registro por amostra de tempo, rnas foi gravado ent900/o r
intervalos com registro de inten alo.
Cornparação entre registro por arnosti'a de tempo e registro cie intervatos
ttrtltrtrllr rtttttl
Respostas: tara = 20 respbstas por minuto
X x X
Hegistro por Íempo de amostra: 4 intervalos marcados com ocorrência divididos poÍ I 0 intewalos (4/1 0) = 40% de intervalos
x x X X X X x x
Registro de intervalos: 9 intervalos marcados conr ocorrência divididos por 10 intervalos (9/10) = gOy" ce intervalos
Observoçõo e registro do comportomento 23
Métodlos de registro
Begistro contínuo
Registro de Produto .
Registro de intervalo
Registro Por tempo de amostra
Hegistra cada instância do comportamento que ocorre durante o período de observaçã0. Pode
registrar Írequência, duraçã0, intensidade ou latência.
Registra o resultado tangível ou o produto permanente da ocorrência do compoÍ1amento.
Registra a ocorrência ou a não ocorrência do comportamento em intervalos consecutivos durante
um perÍodo de observaçã0.
Begistra a oconência ou a não ocorrência do comportamento em intervalos descontÍnuos (amostras
de tempo) durante um perÍodo de observaçã0.
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Escor[ha de um instrumento de registro
Aetapa írnal no desenvolvirnento de um plaao de registro de cornportamento é escolher uni iustmmento de registro. que o
observador utiliza para registrar ou fazer um produto permaneute da oconência do comporlameuto. Papel e lápis são utili-
zados corn mais frequência para registrar o comportamento. Simplificando, o obsenrador.faz urna anobção no papel toda
.vez qve observrlr o comportamento, e para regishá-io corn mais eficiência, o obsen,ador usa urra folha de dados preparada
antecipadameil:e para registrar o comportamento específico. A folha de dados ajuda a olganizar o processo de registro, dei-
xando claro o que o observador derre anotar quando o comportarnento ocorrer.
A folha de clados na Figura 2-4 é uttlizada para registrar a frequência de um coinportamento-alvo. Cada vez que o com-
portameúo occlTe en determilado dia, o observador marca um X ern uma das caixas deste dia. O núinero de caixas com X
preerrchidas para cada dia significa a fi-equência ou o núrnero de vezes que o cornportarnento oconeu em cada dia.
A folha de clados na Figura 2-5 é utilizada para registrar a duração de urn courpoúamento-alvo. Em cada dia, há lugares
para registrar os horários em que o comportamento começou (início) e temrÍnou (fim). Ao registrar o início e o [un de cada
instância de um. comportamento, você acaba registrando por quanto telllpo o comportarlento ocorreu (duração), bem corio
quantas \/ezes ocorreu (fi'equência)
Um exemplo de uma folha de dados utilizada para registrar ern intervaios de i0 segundos é urostrado na Figura 2-6.
Obsewe que exlstem seis caixas em cada iiúa e 15 liúas de caixas. Cada caixa representa urn jntervalo de i0 segundos, para
um total de 90 intervalos em 15 minutos. Para utilizar o método de regisfto de i:rten,alos de 10 segundos, o observador escuta
utn.sinal que ürdica o início de cada inten,alo. Quando o coruportamento-alvo ocorre> o observador coioca uma rnarca de
verifi.cação na caixa do intervalo conespondeute. Se o compoÉamento-ah,o não oconer durante unr intervalo, o obsenrador
deixa essa caixa de intervalo em branco. Como altemativa, cada caixa de inten,alo pode ter um ou mais códigos. O observador
= í:iGtjP.h 2'( Esto Íolho de dodos é utilizodo poro regislror o Írequêncio de um comporlomenio. Coloque unr Xenr r.rmo coiirr:r o codo vez que o
corn;r:rtornerrlo ocorrer. Se o,:LrÍrerenl rnois de I2 instôncios do comportomantc por dio, conlirrue regislrondc no linho se€uinte.
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Folha de dados de frequência
Definição do comportamento a ser registrado:
Frequência fatal diário
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24 Modificoçõo do comporlomento: teorio e próÍico
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= FTGURÁ 2-5 Esto folho de dodos é utilizodo poro registror o duroçõo 
de um cómporlomenlo. É preciso regiskor o momento do início e do
íim em codo inslôncio do comportomenlo. Se houuer mois detrês.inslôncios do comporlomento por dio, conlinue grovondo
no linho seouinte
Folha de dados do intervalo
Nome:
0bservador:
Data e horário da observação: 
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Definição do comportamento a ser registrado:
lnterualos de dez segundos
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Minutos de observação
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í i:tGURir 7-ó Esto é umo folho de dodos de registro de intervolo. Codo coixo corresponde o um inlervolo, e umo nrorco de verificoçôo é
colocodo enr umo coixo quondo o comportomento ocorre duronle es.se inlervolo. Quondo o conipodornenlo nõo ocorre duronlr:
um intervolo, o coixo permonece enr bronco.
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Observoçôo e regisho do comportomento 25
^irc.ulzou coloca 
uma marca de seleção no código que representa o comportamento observado nesse intervalo. Por exemplo,
., ,Oaigor AT e RP podem ser utilizados para indicar os comportamentos de atenção e reprimenda, respectivamente, ao se
:;;; o comportâmento de um pai ao interagir com um filho. Se o pai presta atenção à criança ou a repreende em um
ili"*^to,o observador irá circular AI ou RP, respectivamente, durante esse intervalo.
Outros procedimentos envolvem o registro do comportamento sempre que ocorre. Por exemplo, uma pessoa que quiser
.nntaÍ o número de cigarros que fuma diariamente pode manter um cartão de anotações no inrrólucro do celofane no maço
aã'"ir*ot. Cadavez que.fumar um cigano, a pessoa fazumarnarca no cartão e conta as marcas de verificação no final de
"^da 
dia. Da mesma maneir4 uma pessoa que estiver registraDdo seu comportamento rude pode manter um pequeno bloco de
nous no bolso da camisa; toda vez que ele fizer uma obsewação rude, bastapegar o bloco de anotações e registrar o ocorrido.
Nem todos os instrumentos de registo de compoÉamento dependem de papel e lápis. Qualquer coisa que for possível
ualizar para reg:istrar cada ocorrência de um comportamento pode ser considerado um ürstrumento para esse fim. A seguir
estáo'alguns exemPlos comuns'
r Use um contador de tacadas de golfe para registar a frequência de detemrinado comportamento. Esse contador é uti-
lízado no pulso como um relógio. Cadavez que o comportamento ocorre, você aperta o botão no contador (Lindsley,
1968)- Um pequeno contador de mão pode ser utilizado de maneira similar.
r Use um cronômetro para registar a duração cumulativa de um cornportameuto. Você iuicia e para o cronômetro toda
yez quê o comportamento começa e termila. Corredores e maratouistas costumam utilizar relógios com função de
cronômetro que pennite regiskar a duração dos treinos.
E Use um laptop, smartphone ou outros dispositivos eletrônicos porláteis com aplicativo par-a registrar a frequência e a
duração de muitos comportamentos simultaneamente. Você pressiona teclas diferentes no computador ou no dispo-
sitivo porútil sempre que ocorrerem difereutes comportamentos; se você cohtir:uar pressionando a tecla, a duração
do cornportarnento será registrada (Dixon, 2003; Fogel, Miltenberger, Graves e Koehler, 2010; Iwata et al., 1990;
Jackson e Dixon, 2007;Kahtg e Irvata, 1998). O uso de smartphones para registrar comportamentos está se tornando
cadavez rnais popular, e vários aplicativos já foram desenvolvidos para esse firn (Whiting e Dixon, 2012). Por exem-
, plo, dois aplicativos populares que pennitem o registro de frequência e duração, benr. como o registro de inten,alos,
são o Aplicativo de Acompanhamento de Avaliação Di-reta (D.4.T.4., na sigla em inglês; Behaviorscience.org) e o
Behavior Tracker Pro (Behaviortrackeqpro.com)-
E Use a tecrioiogia de código de barras para registrar um corrportâm.ento. Cada comportarnento a ser registrado recebe
. um código de barras único e o obseruador tem uma folha de papel com todos os códigos de banas referentes aos
comportamentos a serem regishádos. Quando um comportamento específico ocorre, o observador escaneia o código
de barras correspondeute para registrar sua ocorrência.
e Transfua uma moeda de um bolso para outro afim de regish'ar a ftequência de um comportamento. Cada vez que
observar o comportamento em questão, você move uma moeda do seu bolso dileito para o seu bolso esquerdo.
O número de moedas no seu bolso esquerdo no f,rnal do dia será igual à frequência do comportamento (supondo que
você não gaste nenhurna das moedas do seu bolso esquerdo). Faça pequenos rasgos em um pedaço de papel senpre
que ocorer um comportamento. No fiual do período de observação, a frequência do comportatnento será igual ao
número de rasgos no papel (Epstein, 1996)-
E Use uma fieira de cortas, como as utilizadas por guardas florestais para rnedir distâncias de camirüada, que são seme-
ihantes às contas de um terço. Essa "fieira de contas" (que Jason Hicks trouxe a meu conhecimento, aluuo da mirüa
classe de rnodificação do comportarnento, utilizou-a pela primeira vez quando era guarda florestal) consiste errr uln
fio de couro ou náilon que atravessa.uma sequência de contas. Possui duas seções, cada urna com nove contas. Com
as contas em uma seção, a pessoa pode registrar de I a 9; e coffr as coutas na outra seção, pod.e contar de d.ez em dez,
chegando a unra contagem de frequência máxinra de 99. Sernpre que um comportamento-alvo ocorrer, a pessoa rnove- uma conta de um lado da tira para o ouko. No final do dia ou período de observação, o número de contas rnor,idas
indica a frequência do comportamento-ahro. Um sistema de registro similar envolve contas eu1 uma tira de couro ou
corda ao redor do pulso.
E Use um dispositivo de registro de atividade fisica fuedômetro, acelerôrnetro ou GPS). Urr pedômetro é um dispo-
sitivo, utilizado no cinto, que registra cada passo que unia pessoa dá ao caminhar ou colrer. Da mesma fomra. um
acelerômetro é utilizado por uma pessoa que registra r,ários aspectos da atividade fisica, incluiudo passos dados (por
exemplo, Fitbit lFitbit.com], Nike Fuelband [Nike.com]). Um dispositivo de GPS no pulso pode registrar a distância
como uma niedida do quauto a pessoa andou, correu ou andou de bicicleta.
O registro deve ser inrcdiato e prático. Independente rrente clo instr-umento utilizado, a caracterí:;tica de todos os plo-
cediurento:- de registro cle courportarnento é que a pessoa obser-r,a o corlrporlarnerlio e o ::egistrir inrcdiaianreute (a exccção
ocot.re quaudo um dispositivo- corno urn pedônretlo, registi'r auLorrraticamente o conrllortamento). C]uauto rlntes o obser.,,adoi'
26 ModiÍicoçõo do comporlomenlo: teorio e prótico
registrar o comportamento depois de sua ocorrência, rnenor a probabilidade de registrar incorretamente. Uma pessoa (
esperâ algum tempo para registrar uma observação pode simplesmente esquecer de registr.á-la
Outro aspecto de um procedimento de registro de compoÉamento é que deve ser prático. Apessoa responsável por rep
trar o comportamento-alvo deve conseguir realízirlo sem muita dificuldade e sem a intemrpção das atividades em andamer
Se um procedimento de registro for prático, e mais provável que seja concluído com sucesso. Se o procedimento for demorz
ou complicado, então, não será prático. Alérn disso, esse procedimento não deve chamar atenção para quem está fazend,
observação e o registro. Se isso aconteceq talvez o observador não consiga fazer o registro corretamente
= Reatividade
Às vezes, o processo de registro de um cotnportamento faz queo comportamento mude, mesmo antes de qualquer tratamer
ser implementado. O que é denominado reatividade (Foster, Bell-Dolan e Burge, 1988; Hartmann e Wood, i990; Tryr
1998). Areatividade pode ocorrer quando um observador estáregistrando o comportamênto de alguém ou quando algur
se envolt,e em automonitoramento. A reatividade pode ser indesejável, especialmente para fins de pesquisa, porque o co
portamento registrado duraute o período de obsen,ação não representa o nível do comportamento que ocorre na ausência
observador ou na ausência do automonitorameuto. Por exemplo, quando uma criança com comporlamento inadequado vê q
alguém est'á registrando seu comportarnento ern sala de aula, ela pode agir de modo diferente enquanto o observador estir
presente. Normalmente, essa mudança é apenas temporária e o colnportamento volta ao seu.nível original quando a crian
se acostuma com a presença do observador.
E possível reduzü" a reatividade. Uma maneira de reduzir a reatividade é esperar até que as pessoas que estão sen
observadas se acostumem com o obsen,ador. Outra, é que o observador registre o compoftamento sem que as pessoas saibz
que estão sendo observadas. Isso pode ser feito corn o uso de janelas de obs'ervação unidirecionais ou com observador
participantes. Um observador participante é aiguérn que esú normahnente uo cenário em que o comportamento-alvo ocor
colno o auiiliar de um professor em sala de aula. Também e possívei reduzir a reatividade recorrendo ao registro em víde
Areatividade protratrelmente não será utn problerna quando a pessoa se acosfumar com a câmera ou se a câmera estiver ocul'
Á reatividade pode ser desejável. Quando urna pessoa começa a registrar o próprio cornportamento como parte de u
projeto de automonitoramento, o comportamento geraimente muda na direção desejada como resultado do processo (Ep
tein, i 996). Por essa razão, o automonitoramento às vezes é utilizado como tratamento para mudar o comportamento-alv
Por exetlplo, Ollendick (198I) e \\rright e Miltenberger (i987) descobriram que o automonitoraurento de tiques motor'
levou a reduções em sua frequência. Ackerman e Shapiro (1984) relataram que, quando adultos cour deficiências intelectua
automonitoravam a produtividade no frabalho, a produtividade aumentava. Winett, Neale e Grier (1979) mostaram que
autornonitoramento do uso de eletricidade por pessoas em suas casas resultou em redução do uso de eletricidade. O autom
nitorarnento e outras estratégias de autocontrole serão discutidos com mais detalhes no Capítulo 20.
= Concordârrcla entre os observadores (ou interobservadoresi
A CIO derre ser avaliada para deteminar se o comporlamento-alvo está sendo registrado ds forma consistente, e para iss,
duas pessoas devem obsen,ar e registrar independentemente o mes[1o compoúarnento-alvo do mesmo indivíduo duran
o mesmo período de obsen ação. Os registros dos dois obsen,adores são, então, comparados, e é calculada uma porcer
tagem de concordância entre os observadores, Quando essa porcentagem é altE indica que há consistência na pontuaçã
dos dois observadores; a definição do cornportamento-alvo é clara e objetiva, e os observadores estão utilizando o sisreg:
de regisho corretamente. Quando uma elevada CIO é relatada enr ulra pesquisa, sugere que os observadores registraram
cotrportamento-alvo de forma consistente. A CIO deve ser verificada pelo menos ocasionalmente quando a observação e
registro diretos tarrbérn forem utiiizados em ambientes que não são de pesquisa. Em eshrdos de pesquisa, a CIO minimarnenl
aceilável geraimente e de 809/0, ernbora 90oÀ oa mais seja a 1rorcentagem preferida.
A CiO é calculada de forma diferente depeirdendo do metodo de registro utilizado. Para o registro de frequência, a CI(
(expressa coi11o porcentagen:) é calculada dividindo-se a fi-equência irlenor pela frequência maior. Por exemplo, se o obser
rradorA registrar 10 ocorências de compoúamento agressirro em um período de obseruação e o observador B registrar g
a CIO é igual a 900Á. Para o registro de duração, a CiO e calcLrlada dividindo-se a duração menor peia duração rnaior. Po
exemplo,seoobseLwadorAregistra4SminutosdeerercícioeoobservadorBregistra50minutos,aClOéigual a48/50,o
96oÁ. Para o registro de intenralo, r,erifica-se a concordância entre os dois observadores em cada intervalo e, então, divide-s
o núnreto de iuten,alos com concordância pelo uúmero total de iniervaios. A concordância é definida como quando os doi
observadores registranr o comporlalxetrto-alrro ocorrendo ou uão em url interrralo especÍfico. AEigura2-7 mostra os dados d'
registro de inten'alo de dois observadores independentes reqistraudo o comirortamento do ntesn-io cliente ao mesmo telrpo
Ilotrrre20 intervalos tle c;bsen,aÇão e os dois obsenradoLes concordarar'n cour a ocoirência ou não do coruportamento I 7 rrezes
Observoçõo e registro do comporlomenlo
oar,,,ttetvocê divide 17 por 20, o que equivale a 0,85, ou 85%. A CIO para registo por amostra de tempo é calculada darl)i^'ananeira que para registro de intervalo'
"''irirtrm duas variações de cálculos da CIO para registro de intervalo; CIO apenas sobre ocorrências e CIO apenas sobre
^r^1"orrên"ias. No primeiro caso, apenas os intervalos 
em que ambos os observadores poutuaran o comportamento são
l^"r"ao, como coltcordâncias. Intervalos ern que ambos os observadores não marcaram uma oconência do comportamento
iá|,U" utilizados no cálculo. No segundo caso (não ocorrências), apenas os intervalos em que ambos os observadores con-
;orAuu* que o comportamento não ocorreu são contados como concordância. I-ntervalos em que ambos os observadores-,1^rrur*umul ocorrência do comportamento não são utilizados no cálculo. Os cálculos de ocorrência CIO fornecem uma
^"Aia^nrais 
c,cnseryadora de concordância interobservadores para comportamentos de baixa taxa, porque é fácil concordar
.om " 
nao oco:nência do comportamento por acaso. Os cálculos de não ocorrência de CIO fomecem uma medida mais con-
..ruadora da concordância interobservadores para comportamentos com elevada frequência, porque é mais fácil concordar
"om 
u oconên,:ia do comportamento por acaso. A Figura 2-8 mostra o cálculo da CIO apenas sobre ocorrências e a Figura
2-9 o cítlc:ulo da CIO apenas sobre não ocorrências-
A fim de calcular a CIO para registro de frequência dentro de um intervalo, basta calcular uma porcentagem de concor-
dãnciaentre observadores para cada intervalo (a menor frequêucia dividida pela maior frequência), somar os percentuais de
todos os intervalos e dividir pelo número de intervalos no período de observação. A Figura 2-10 mostra o cálculo da CIO
para dois observadores independentes utilizando o registro de fiequência dento de um intervalo.
ü.i_ffiF"ffiI - X x X Y À x X x x X
27
0
I,
n
l-
o
e
:r
a
o
n
:S
I.
n
).
oA/(A + D) = 17120 = 0,85 =85%
= FIGURÁ 2'7 Umo comporoçõo do regisko do iniervolo Íeilo por dois observodores. Um C indíco que os observodores concordorom queo comporlomento ocoÍÍeu ou nõo em um intervolo. Um D indico que os observodores discordorom: um observodor regiskou o
oconêncio do comportomento em um intervolo, e o ouko nóo.:s
is
o
)-
i§.ü#"iffilá"d - x v x x
-ôflffilEffil * x X X
q
o
),
I-
o
ta
o
o
ie
A/(A + D)=4/5 =80oÁ
= FTGURA 2'8 Cólculo do CIO utilizondo o concorclôncio openos quonto ô ocorrêncio. O número de intervolos com concordôncios sobreo ocoíêncio do comportomenÍo e dividido pelos inlervolos com concordôncios + discordôncios. lotervolos em que ombos os
observodores nôo morcorom rrmo ocorrêncio nôo sõo incluídos no cólculo.
,griffiri;,ir; X X X x x X X x xor-
),
)r
rU
ie
is
le
:).
c
q
'Ê
oA/(A + D)= 5/6 = 83.3%
§: fiCUfta 2'9 Cólculo do CIO utilizondo o concordôncio openos quonlo ô nõo ocorrêncio. O número de intervolos com concordóncios quonto
o nôo ocorrêncio do cornportomenlo é diridido pelos intervolos com concordôncios + discordôncios. lntervolos enr qt,e onrks os
c,bservodotes morcoÍoni umo ocorrêncio nõo sôo incluídos no cólculo.
xlx x X X X X
t.
)
a
28 Modificoçõo do comportomento: teorio e prótico
)qx X XX )«XX xxx X xx )cü
xxx x ))« xxx x X xxx rtx
o
3t3?n1/10/01t33t40t03/3
]00% +'100% + 67% + 100% + 75% + 33% +'100% + i00% +67% + 100%=84?%
842% dividido por 1 0 lo número de intervalos) = 94,296
= FIGURÂ 2'I0 Cólculo do concordôncio interobsenodoÍes poÍo registo de Írequêncio dentro de um intervolo. Umo porcentogem doconcordôncio é colculodo poro codo inlervolo, os porcentogens sõo somodos e o somo e dividido pelo número de intervolc
RESUMO DO CAPÍTULO
1. Um comportamento-alvo é definido identificando-se exa-
tamente o que a pessoa diz ou fazque constitui o excesso
compoÍamental ou déficit comportamental direcionado
para a mudança- A definição comportamental deve iucluir
verbos de ação que descrevem o comportamento que a pes-
soa exibe-
Os diferentes métodos que podem ser utilizados para regis-
trar o comportamento-ah,o ihcluem o registro contínuo da
frequência" duração, latência ou magnitude do comporta-
mento; porcentagem de registro de opoÉunidade; registro
de produtos; registro de inten alos; ou regisfto por amoska
de tempo.
Com o registro contínuo, o observador analisa o cliente
continuamente durante todo o período de obsewação e
registra cada ocorrência do comportamento. Com o regis-
to de inten alo e o registro por amosha de tempo, o pe-
ríodo total de observação é dividido em viírios períodos ou
intervalos lneuores e o comportamento é regishado como
TERM OS -CHAVE
ocorrendo ou não deuko de cadaintervalo. Com o reg
tro de intervalo, os intewalos são períodos consecutir
e, com o registro por amostra de'tempo, os intervalos t
separados por períodos sem obsewação.
Areatividade ocone quando'o processo de registro do co
portamento faz que o comportamento mude, meslno au
de qual{uer ftatanento ser implemeutado. A reativida
pode ser minimizada quando se espera até que a pess
que estii sendo observada se acostume com a plesença
observador. Outramaneira de reduzir a reatividade é obs
var as pessoas sem que tenham consciência disso.
A concordância interobservador (CIO) é determinada p
dois observadores regiskando independentemente o col
portamento de uma pessoa durante o mesruo período
observação'e depois comparaado os registos dos d<
observadores. Aavaliação CIO é usada para deterrninar
o comportamento de destino está sendo registado de forr
consistente.
2.
3.
4.
5.
ambiente aoâlogo, 11
ambiente natural, i 7
automonitoramento, 17
avaliação corllportan'lental, 1 4
avaliação direta, I4
avaliação indireta, 14
concordância interobsen,ador; 16
confiabilidade interobsen,ador, 1 6
duração, 19
fase inicial, 19
TESTE I] RÁTICO
frequência, 18
intensidade, l9
latênci4 19
observação estruturada, 1 8
observação não estruhl-ada, 18
período de observação, 17
reatividade, 26
registro contínuo, i8
registro de frequêucia deritro de urn
intervaio, 22
registro de inten,alo parcial,2l
registro de intervalo total, 2l
regish'o de iuten,alo, 2l
registro de produto,2l
registro em tenpo real, i9
registro por amostra de tempo
mour.entâneo,22
registro por al'nostra de tempos, 22
taxa, i8
l. Por gue é irnportarrte registral o cornportarnento que rrocê
está tentando modiflcar quando se recorre à modificação
do conrltorlarnento?
2. Identifique as quatro etaitas enrroh,idas em um plano de
regislrrt de c'.rlnrporlarncnto.
i. Quai e dehrriçào de compoilar.nento-ah,o? Conro dit-ere de
r.rnr rótukt dedo a un1 conll^rortantento?
4. Fomeça uma possír,el definição compoúaillental corri
cortesia.
-5" Por que é importante identiírcar quenl registr'ani ur
comporlarrrento?
6" O que se entende peio temro período tie obscrn,açào?
:t:.l'l- i;:-.-'
0bservadorA
otit'r'rU.üÚid'-'''
a3111
0
10.
ll.
t2.
Ideutiíque e defina quatro di-nensões de um co»lPorta-
mento que podem ser registradas por um método de regis-
tro contínuo'
Fomeça uur exemplo de regisEo de fiequência, registro de
durafo, registo de intensidade e registo de latência-
O que é registro em tempo real? Dê um exemplo.
O que é reg5istro de produto? Dê um exemplo.
O que é registo de intervalo? Dê um exemplo.
O que é registro de frequência dento de um intervalo? Dê
um exemPlo.
O que é regisüo por amostra de tempo? Dê um exernplo.
Dê exemplos de tês diferentes instrumentos de regisho.
Observoçõo e regisko do comportomenlo 29
Por que é importaute registrar um coluportarxento imedia-
tame[te após sua oconência?
O que é reatividade? Descreva dois meios de reduzir a rea-
tividade durante a obsenação direta
17. O que é concordâucia interobsenadores, e por que é
avaliada?
Descreva como se calcula a concordância interobserva-
dores para o registro de frequência, registo de duração,
registo de intervalo.
Descreva como se calcula a concordâucia interobservadorespara o registo de frequência dento de intervalos.
t5.
r6.
r8.
19.
13.
t4.
S
J
S
e
a
o
l. Quando âs pessoas querem modificar o próprio compor-
. tamento, podgm projetar e implementar um programa de
automonitoranrento para si mesmas. Há cinco etapas em
un1 programa de automonitoramento:
i. Áutomonitoramento. Definir e registrar o comporta-
meuto-alvo que se quer modificar.
íí. Representação gráfica. Desenvolver um gráfico e
representar nele o nível diário do comportameuto-alvo.
11i. Definição de metas. Estabelecer uma rneta para a
mudança desejada do comportamento-airro.
iv. Intet'venção. Desenvoh,er e implementar estratégias
específicas de modificação do comportarnento.
.v. Ávaliação. Continuar a registrar o comportamento e
representá-lo uo gráfico para detenninar se o coulpor-
tamento foi modificado e se a meta foi atingida.
. Neste e.xercício, dê o primeiro passo para iniciar o
próprio progtrama de automouitoramento. Defina um corn-
portamento-alvo que você quer modificar e desenvolva
um plano de registo de comportamento para medi-lo.
Ao concluir essa primeira etapa, considere as seguiutes
perguntas:
a. Você definiu o conlportamento-alvo em termos claros
e objetir,'os?
b. Você detem:inou a dimensão apropriada do comporta-
mento-a.lrro a ser registrada (por exemplo, frequência
ou duraç.ão)?
c. Você escolheu um método prático de registr-o?
d. Você será capaz de registrar seu comportarnento-ah,o
imediatamente toda vez que ocorrer?
e. Que pro'blemas você pode encontar ao registrar seu
compoúrrnento-alvo desejado e como lidará com esses
probleruas?
Boa sorte ao iniciar o componente de autonronitora-
mento do seu.programa. Você obterá as iufomrações neces-
sárias para conduzir as etapas restantes do seu programa de
automonitoranlento nos capífu los subseque[tes.
2. Lnagine que você teúa um amigo, chamado James, que
está estudando para ser professor de eruiuo fuirdamental.
Janres está fazendo estágio, Deste semestre, em uma sala de
aula da segunda série em uma escola pública. Ele mencio-
nou que url de seus alunos ten dificuldade enr peruanecer
no lugar, prestando atenção à aula e participando das ati-
vidades. Aalun4 Sar4 sai do lugar e couversa corn ouftas
crianças e uão presta ateição ern James, não participa das
atividades e ah'apallia as outras criauças.
James acredita que se conseguisse fazer Sara ficar no
lugar ela prestaria atenção e participaria da aula- Corno
resultado, ela e os outros alunos teriam um desempeúo
rnelhor nas aulas. Jarnes decide consultar um aualista de
comportamento certificado pela dü'etoria para obter ajuda.
O ana.lista informa a James que o primeiro passo que
ele deve dar, caso resolva utilizar os procedimentos de
modificação do conrpesl2pento com Sar4 é deseuvolver
um plano de regisfto para medir o compoÍameuto dela-
Neste exercício, desenvolva um piano que James poderia
utilizar para registrar o comportamento de Sara quando úo
está sentada. Considere as seguintes perguntas:
a. Qual é a definição do comportamento de Sara quando
não está sentada?
b. Qual método Jarles deveria utilizar para registrar o
comportamento de Sara quando não esú sentada?
c. Qual inskumento James deveria utilizar para registrar o
courportamento? Este inskumento será prático no caso
de James?
3. Eve planeja iniciar uur progmma de levantamento de peso.
EIa quer registrar seu colnportarnento assirn que cou'reçar,
de nrodo que possa rnedir as n:udanças em seu comporta-
mento à medida que o prograrna progredir. Descreva como
Eva poderia usar o registro de frequência, o registro de
duração e o registro de iutensidade para medir seu compor-
tamento referente ao lerrantarnento de peso.
'rl ;.:
â Iji
siÍ
a-i.e ,"1
a dit).t
.,:,j
t:.;
i).
í !_.
jfi
Í- .;,
o
i. GIoria está fazendo uu1 curso de rnodificaçàcr do courpoía-
mento e 1;recisa realizar um ltrojeto de autonronitolrrnrento.
O comporta nreuto que ela escoiheu rnoditrcar é seu costr:me
de ficar urexendo nos cabeios, que consiste enr colocirr a
mão e rn cima da cabeca e eluolar os crrbelos conr os dedos.
O pLinreiro passo ern seu projeto rie automouitoranrer)to
30 ModiÍicoçõo do comportomenlo: teorio e prótico
é desenvoh,er rm plano de registro de comportamento.
Como ela geralmente fica mexendo nos cabelos durante as
aulas, decide registar esse comportâmento imediatamente
após cada aula- Ela manteú um carti[o de anotações na.
bolsa e, assim que sair da sala de aula" anotará o número
de vezes que mexeu nos cabelos.
a. O que há de errado com esse plano de registro de
comportamento?
b. Que mudanças você faria para melhorá-lo?
Ralph vai implementar um projeto de automonitoramento
para ajudií-lo a diminuir o núrnero de cigarros que fuma
por dia. Ele definirá o comportarnento de firrrar um cigarro
sempre que pegar um deles, acendê-lo e fumá-lo até qual-
quer parte. Ele regisEará o número de cigarros que flrma
diariamente contando os cigarros que restaram no maço no
final do dia e subtraindo esse núr:rero do total de cigarros
que estavam no maço no início do dia.
a. O que há de errado com esse plano de registo de
comportamento?
b. O que você faria para melhorá-lo?
A seguu, estão exemplos de definições de comportamen-
tos-alvo ern programas de automonitoÍamento deestudan-
tes- O que há de errado com cada uma dessas definições
comportamentais?
a. Perder a paciência será defurido como ficar com raiva
do raeu marido e gritarcom ele, entar no quarto e bater
a portq ou falar "cale a boca" quando clc disser algo
que me frustra.
b. Comer demais seú definido sempre que eu comer
mais do que o suficiente em uma refeição ou quando
eu.comer tanto a ponto de me sentir inchado ou meu,
cinto ficar muito apertado.
c. Estudar será definido sempre que eu estiver com meus
livros abertos à miúa frente na biblioteca ou na minha
mes4 a TV estiver desligada e não houver ouuas dis-
tações no ambiente em que eu estiver.
3.
2.
o-
o-
es
ta
er
lo
er
lo
,u
Representação do
córnportamento em gra,ficos e
.É;**-
OS
aa
.s-
Q,;ois sõo os seis componenles essenciois de um gróÍico de modificoçõo do comportomenio?
Como representor dodos comportomenÍois em grófico?
Or-re dlferentes dimensôes do comportomento podem ser moslrodos em um grófico?
O que é umo reloçõo Íuncionol, e como demonslror umo reloçõo funcionol no modificoçoo do
comportomento?
Que diferentes estruiuros de pesquiso podem ser utillzodos no pesquiso de modificoçõo do
comportomento?
omo vimos no Capítulo 2, pessoas que utilizarn a modificação de comportarneúo definem cuidadosamente seu com-
portamento-alvo, e o observam e registram diretamente. Dessa forma, é possível documentar se realmente ocorreram
mudanças quando um procedimeuto de modificação de comportamento foi implementado. Á lsrincipal ferrantenta
utilizada para documentar mudanças de comportamento é o gráfico.
GráÍico é uma representação visual da ocorrência de um compoúamento ao longo do tempo. Depois que instâncias do
comportam.ento-alvo são registradas (em uma foll:.a de dados ou de outra maueira), as informações são transferidas para um
gráfico. Gráfico é um modo eficiente de visualizar a ocorrência do comportamento porque mostra os resultados do registro
durante muitos períodos de observação.
Analistas especializados utilizam gráficos para identificar o nível de cornportamento antes do tratamento e após o início
do.tratamento..Dessa forma, eles podern docurnentar mudanças no compoíamento durante o tratameuto e tomar decisões
sobre sua contiauidade. O gráfico facilita a cornparação dos níveis do comportarnento antes, durarÍe e depois do tratamento,
porque os níveis são apresentados visualmente para comparação. Na Figura 3-1, por exemplo, é fácil ver que a Ê-equência do
comportamento é muito menor durante o tratamento (resposta competitiva) do que antes do üatan'lento (fase inicial). Esse
'gráfico em paúicular é do desenho de autogestão de uma estudante. O comportamento-alvo da aluna envolvia morder a parte
irrterna da boca enquanto estudava. Ela registrou o compoÍtamento ein uma folira de dados cada.vez queele oconeu. Após
l0 dias de registro do cornpoÍaurento sem qualquer tralamento (fase inicial), ela implementou um plano de rnodificação
de comportamento no qual utilizou uma resposta conrpetitiva (um compoúamento que é incompatÍr,el com morder a boca
e inteirompe cada ocorrência) para ajudá-la a controlar esse compoíameu.to. Depois de implementar esse procedimento de
resposta compe.titiva, continuou a registrar o comportamento por mais 20 dias. E então registrou o compoíamento mais
quatro vezes, após 1, 5, 10 e 20 semar:as. O lor:go período após o tratamento ter sido implemer:tado é chamado de período
de acompanhamento. A partir deste gráfico, podemos corrcluir que o comportamento de rnorder a boca (como foi r:egistrado
pela aluna) diminuiu subsiancialmente enquanto a estudante implerneutou o tratamento. Tambéur podenros verificar que o
comportamento continuou a ocorrer em uru uível rrenor até 20 sernanas após o tratamento ter sido intplantado.
3,1
32 Modificoçõo do comportomento: teorio e prótico
Acompanhamento
510152025
Dias
= FIGURA 3'I Este grofico mostro o Írequêncio do comporlomenlo de nrorder o boco duronte os íoses iniciol e de kolomento lresposlocompetilivo), e no período de ocomponhomenlo.
= ConTponentes de um gráfico
No típico gráÍico de modificação do comportarnento, o tempo e o compoÉaurento são as duas variáveis representadas. Ca
ponto de dados em um gráfico fomece duas infonnações: quando o conlportamento foi registrado (tempo) e o nível do cor
poúanento naquele mon'iento- O tempo é indicado no eixo irorizontal (também chamado de eixo x ou abscissa), e o nír
do comportameuto e indicado no eixo vertical (tarnbérl chaurado de eixoy, ou ordenada). Na Figura 3-1, a frequência,
morder a boca é indicada no eixo vertical, e o tempo em dias e serllauas é indicado no eixo horizontal. Ao visualizar es
gráhco, você pode deternr.inar a frequência do comportamento de morder a boca em qualquer dia específico, antes ou depc
de o tralarneuto ter sido implementado. Como o acornparúamento é relatado, você também pode ver a frequência do cor
porlamento eur intervalos de até 20 semanas.
Seis contponentes são necessários para que um gráfico esteja contpleto.
w O eixo y e o eixo x. O eixo vertical (eixo;r) e o eixo horizontal (eixo .r) se euconkam no canto inferior esquerdo ,
página. Na maioria dos gráficos, o'eixo x é mais longo do que o eixo.y; gerahnente, uma a duas vezes mais loul
(Figura 3-2).
u Os rótulosparao eixoye o eixox.O rótulo do eixoygeralmente intbrmao comportamentoeadimensão docompc
tamento que é registrzdo. O rótulo do eixo.r nonnahnente indica a unidade de tenlpo durarite o qual o comportamen
éregistrado.NaFigura3-3,orótulodoeixoyé"Horasdeestudo"eorófulodoeixoxé"Dias".
Assim, você sabe que as horas de estudo serão registradas a cada dia para essa pessoa em paÉicular.
É Os números no eixo y e no eixo x. No eixo 1r, os núrneros indicarn as unidades de nredida do comportamento; no ei>
x, indicam as unidades de medida de tempo. É preciso harrer unta nlarca no eixoy e no eixox conespondenfe aca<
o.=o
380€75
:70
Pb5
E60€s5850845
E40b35
Êso
oll€20
G íE'õ rJ.E 10eqú.0
.E
I
1 5 1020
Semanas
a
o
Besposta competitiva
.7 li{_:tiJlí:. :J-.i. O eixo y e o eixo x
eixo x
Representoçõo do comporlomenlo em gróficos e mediçõo de mudonços 33
Dias
= 
FIGURA 3'Ít Róiulos poro o eixo y e o eixo x.
um dos números. Na Figura 3-4, os números no eixoy indicam a que horas o comportamento de estudar ocorreu e os
números no eixo x indicarn os dias em que o estudo foi medido.
Porztos representando dados. Trata-se dos pontos referentes a dados, que devem ser representados corretamente para
indicar o nível do comportamento que ocorreu em cada período específico. As informações sobre o nível do compor-
tamento e os períodos são extraídas da folha de dados ou de outro insfumento de registro de comportamento. Cada
ponto é conectado aos pontos adjacentes por uma lirúa (Figura 3-5).
Linlns representandofases.Trata-se de uma liúa veúical em urn gráfico,que indica uma rnudança no tratameuto.
A mudança pode ser de uma fase sem tratamento para outra com tratamento, de uma fase corn tratarnento para oufra
sem tratarllento, ou de urna fase com tratamento para outra corn tratamento. Cada fase é um período em que o mesrTto
tratamerLto (ou neúum tratamento) eslá em. r,igor. Na Figura 3-6, a liúa que representa a fase separa a fase inicial
(sem tatamento) e as fases de tratan'lento. Os pontos representaDdo dados não estão conectados entre as liúas de fase,
o que permite verificar com mais facilidade diferenças no nível do coraporiamento em diferentes fases.
= FIGURA 3-4 Números no eixo y e no eixo x.
oE
o
oE
G
o
I
I
I
0
.=
o
0
a/\,/\H i t*E..{-_-c/\,/\/3tlg--{CÊ
§tttttrro
10 12
Dias
F ric.uaa 3"s Ponlos represeriiond,: .jodos cm urn críliÍico.
:,kc*-.
EJ
4
oE-
o-
@E
éAO4
o
!
'I
B101214161820
Dias
0
34 ModiÍicoçõo do comportomenio: teoriq e prótico
= FIGURA 3-ó Linho representondo umo fose em um gróÍico.
l0 1?
Dias
14 16 l8 20
Fase inicial Contrato comporta.mental
n
= FIGURÁ 3-7 Rótulos em um gróÍico.
É Rótulos indicandofases. Cada fase em um gráfico deve ser rotulad4 e cada um dos rótulos aparece no topo do grá1
acima da fase específica (Figura 3-7). A rnaioria dos gráficos sobre modificação de com.portamento tetr1 pelo me:
duas fases rotuladas: a fase sem tratame[to e a fase de tatamento. "Fase inicial" é o rótulo mais frequentemente di
à fase sem tratamento. O rótulo da fase de tatamento deve identiÍicar o tatamento específico que está sendo utiliza
Na Figura 3-7, os dois rótulos são "Fase inicial" e "Contrato comporiamental", que é o tratamento específico qu
aluno esú utilizando para aumentar seus estudos- Alguns gráficos têm mais de uma fase de tratarnento ou mais
uma fase inicial.
= Representação Eráfica de ciados comportamentais
Como foi discutido no Capitulo 2, os dados comportamentais são coletados por observação direta e registro do compor
mento em uma foll'ra de dados ou outro instrumento. Uma vez que o coillportamento tenha sido registrado na folha de dadr
pode ser transferido para um gráfico. Por exemplo, a Figura 3-8a é urua folha de dados de frequência que mostra duas ser
nas de regisfro de comportamento, e a Figura 3-8b é um gráfico dos dados comportamentais registrados na folha de dad«
Observe que os dias de I-14 na folha de dados correspondem aos 14 dias no gráfico. Observe também que a frequência,
comportamento representada na folha de dados para cada dia corresponde à frequência registrada no gráÍico para dta. I
observar o gráfico, você pode detenninar imediataurente que a frequência do compoúamento é muito meuor durante o traÍ
rnento do que durante a fase inicial. É preciso exarlinar mais de perto a folha de dados para detectar a difereuça entre a fa
inicial e o tratamento. Por fim, obser-ve que todos os seis componentes essenciais característicos estão incluídos neste gráÍic
Considere um segundo exemplo. Un:a folha de dados de duração completa é mostrada na Figura 3-9a, e a Figura 3-Í
é uma tabela que resune a duração diária do comportamento registrado na folha de dados. Obserrre que a duração do con
portarnento na tabela de resumo para cada unr dos 20 dias corresponde à duração registrada a cada dia na t-olha de dados.
Abt*o da tabela de resunio de dodos (veja a Figura -1-9b) esti. unt grtífi.co apenas parci«lmente cortpleto (ve.1
a Figura j-9c). Utilizando os infonnuções upresenÍadas n«. tabelo tie resnttto de d«dos, cornplcte essc grrít'íc,
Cert(iqtte-se de qtre a gruífico coritpleÍa itic.lui torios os.çer.s contponcntes rrcncionttdos cttzíeriormcrÍe.
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ooE4
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02468
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0
468 10 12 14 16 18 20
Dias
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0
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(a)
Representoçõo do comportomenlo em gróÍicos e mediçõo de mudonços
Frequência
Fase inicial
..r}
(bl
Dias
= FIGURQ 3-B Umo folho de dodos de frequêncio completo é moskodo em (o); o número de cigorros Íumodos por dlo é regislrodo nofolho O gróf;co dos dodos comportomenÍois do folho de dodos {b) tombÉm

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